Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirenéus Sul-Americanos


O cimo de telha de Piri
Vista dos sucessivos telhados nas imediações da Rua do Rosário
Sombras de fé
Holofote faz projectar sombras dos fiéis contra a Igreja de Nª Srª do Rosário
Piri Dourada
Iluminação de Piri nos tons dourados que combinam com o Ciclo do Ouro que deu origem à cidade
Camisetas contra troncos-nus
Uma peladinha à beira do Rio das Almas
Paisagem de Piri
Amigas percorrem u
Joia de trabalho
O ocaso dourado de Pirenópolis
Western Brasileiro
Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, sobre o Rio das Almas, o rio de que foi extraído o ouro que financiou Pirenópolis.
Caminho da fé
Morador conduz uma charrete pela frente da igreja da Nª Srª do Rosário
Paepalanthus ou caliandra
Cris na oficina
Fachada & Buritis
A fachada da igreja de Nª Srª do Rosário acompanhada das suas palmeiras buritis
Igreja Nª Srª Rosário-Pirenópolis-Goiás-Brasi
Loja-em-casa-colonial-Pirenópolis-Goiás-Brasil
Telhados Portugueses de Pirenópolis
Casario de Pirenópolis tal como visto do cimo de uma das torres da igreja d Nª Srª do Rosário.
Palmeiras acima do Casario
Enorme buritis parecem vigiar a vida de Pirenópolis.
Banho equino
Rapazes banham-se e a alguns cavalos no rio das Almas, logo ao lado da ponte do Carmo.
De serviço
Cozinheiras da Fazenda Babilónia preparam uma refeição
Em plena Petrocidade
Guias internam-se na Cidade de Pedra
Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.

Alguns dos muitos dias em Pirenópolis, passamo-los alojados num hotel instalado na encosta contrária à do velho centro. É do miradouro privilegiado dos seus terraços que admiramos o casario secular.

Dali, percebemos melhor como se adaptou à serrania verdejante de Pireneus, como se imiscuiu e integrou na vegetação tropical: nos buritis, nos coqueiros, nos tamarindos.

A simbiose da sua história com a serra e o Cerrado imenso em redor explica, aliás, porque uma passarada exótica faz parte da vida local, com destaque para os exuberantes, esquivos e sempre atarefados tucanos. De quando em quando, estas aves também trepadoras sobrevoam-nos a grande velocidade, acima de ruas, ruelas becos e avenidas delimitadas por casinhas térreas e alguns casarões.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário e casario de Pirenópolis, Goiás, Brasil

A igreja de Pirenópolis, de Nª Srª do Rosário destaca-se do casario colonial e da vegetação que envolve Pirenópolis.

Casario Colonial e uma Natureza Providencial

Em Piri, os edifícios têm paredes brancas. Têm molduras de portas e janelas coloridas, cobertas por telha portuguesa, parte delas ainda moldada nas coxas dos escravos. Sejam ou não lares, quase todas as construções foram financiadas pelo ouro extraído do rio das Almas e bacia envolvente.

A época seca do estado de Goiás e do imenso Planalto Central brasileiro estava em vigor havia mais de um mês. Dia após dia, caminhamos para o centro de Pirenópolis sob um céu azulão, aqui e ali, sarapintado de novelos tresmalhados de nebulosidade.

Descemos a rua do Carmo. Atravessamos a velha ponte homónima, ainda hoje de madeira vermelha e branca, anunciada por candeeiros parisienses. Daqueles lampiões elegantes que, entre proveitos de ouro, diamantes e café, se convencionou iluminarem as povoações brasileiras abastadas.

Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil

Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, sobre o Rio das Almas, o rio de que foi extraído o ouro que financiou Pirenópolis.

Para cá, para lá, de olho no caudal esverdeado do Almas, constatamos como, em Pirenópolis, os tempos se fundiram de forma harmoniosa. Em plena temporada da longa Festa do Divino Espírito Santo local – uma das mais exuberantes à face da Terra – vemos-nos forçados a dar passagem a caravanas de cavaleiros trajados segundo a moda hípica de há dois ou três séculos.

Do outro lado do Almas, já em plena avenida Beira-Rio, damos com uma peladinha aguerrida: camisetas contra troncos-nus, sobre o pelado irregular oposto ao Beco da Cadeia.

Peladinha em Pirenópolis, Goiás, Brasil

Uma peladinha à beira do Rio das Almas

O Âmago Religioso e Social da Igreja de Nª Srª do Rosário

Fazemo-nos à Rua do Rosário, a via de fé da cidade que conduz à Igreja de Nª Senhora do Rosário, a primeira e maior edificação religiosa do Estado de Goiás.

Esta igreja foi erguida entre 1732 e 1736, no auge da abundância aurífera. Foi prendada com tal sumptuosidade que, tendo em conta os parâmetros da região, começou a ser vista como uma verdadeira catedral.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Pirenópolis, Goiás, Brasil

A fachada da igreja de Nª Srª do Rosário acompanhada das suas palmeiras buritis

Marcou – como ainda marca – o centro geográfico e social da cidade, para o que contribui o duo divinal de grandes palmeiras buritis que já quase fazem parte da fachada.

Lá vemos serem erguidos a custo os mastros quase tão altos como os buritis que ostentam os estandartes da Festa do Divino Espírito Santo. Lá se realizam missas atrás de missas, casamentos, baptizados, comunhões, ensaios musicais e tantos outros eventos.

Lá admiramos o teatro espontâneo das sombras dos crentes que assistiam a um fogo-de-artifício distante. Entre os projectores e as paredes alvas da igreja, e ao dos participantes numa procissão eminente que não tarda a sumir-se no dourado resplandecente, algo extraterrestre, da nave.

Sombra de crentes de Pirenópolis, Goiás, Brasil

Holofote faz projectar sombras dos fiéis contra a Igreja de Nª Srª do Rosário

Nascida do ouro desviado aos Goyás

 O arraial que deu origem à Pirenópolis abençoada dos nossos dias resultou da determinação de bandeirantes portugueses: Amaro Leite, Urbano do Couto Menezes, este, companheiro de Bartolomeu Bueno da Silva, filho de um bandeirante português homónimo.

Bartolomeu Bueno da Silva, pai, foi autor de tantas atrocidades cometidas sobre os Goyas que este grupo de indígenas o apodou de Anhanguera, velho diabo, no seu dialecto.

Bartolomeu da Silva – o filho – obteve do governador da Província de São Paulo a concessão do território dos Goyas em redor de Meia-Ponte. Assim ficou conhecida a zona depois de uma inundação do Rio Almas ter destruído metade da ponte que o permitia cruzar.

Banho equino no Rio das Almas, Pirenópolis, Goiás, Brasil

Rapazes banham-se e a alguns cavalos no rio das Almas, logo ao lado da ponte do Carmo.

O Ouro Lucrativo das Almas

Em troca, o governador exigiu que as minas de ouro fossem exploradas por portugueses. Para o cumprir, o Anhanguera filho – entretanto instalado em Vila Boa (hoje, Goiás Velho)  incumbiu Manuel Rodrigues Tomar de fundar um arraial.

Seguiu-se a prospecção. Ao longo do rio das Almas, o ouro surgiu em grande quantidade. Fez milionários vários colonos portugueses. Financiou a expansão da povoação de Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte, e a construção de quatro igrejas.

Meia Ponte ganhou um inesperado impulso civilizacional. E começou a competir com Vila Boa no estatuto de cidade mais abastada do estado de Goiás. Assim foi, até 1800.

Rua colonial dourada em Pirenópolis, Goiás, Brasil

Iluminação de Piri nos tons dourados que combinam com o Ciclo do Ouro que deu origem à cidade

O Inevitável Declínio Financeiro de Pirenópolis

Na viragem para o século XIX, o ouro já escasseava. As rotas comerciais de Goiás passaram a centrar-se noutra vizinha, Anápolis. Muitos dos habitantes emigraram. Noventa anos depois, Meia Ponte foi rebatizada de Pirenópolis.

Piri só recuperou do marasmo a partir de 1960. Primeiro, com a construção quase messiânica de Brasília, carente de matérias-primas, em particular do quartzito abundante em redor de Pirenópolis. Decorridos outros vinte anos, comunidades em busca de vida alternativa rejuvenesceram a notoriedade de Piri. Para lá atraíram migrantes e visitantes vindos da nova capital brasileira.

Casario de Pirenópolis, Goiás, Brasil

Casario de Pirenópolis tal como visto do cimo de uma das torres da igreja d Nª Srª do Rosário.

Cercam Pirenópolis sítios e fazendas com pastos conquistados ao cerrado, salpicados de boiada, de termiteiros e ipês amarelos ou de um cor-de-rosa inverosímil.

A Fazenda Produtora de Estórias da Babilónia

Num dos nossos vários dias pirepolinos, acordamos cedo. Encontramo-nos com Dª Telma que nos leva à sua fazenda Babilónia, a mais emblemática da região, situada a 24 km do centro de Pirenópolis.

Emulamos, assim, o programa de visita do nosso viajado pai da democracia, ex-presidente Mário Soares. “Se querem saber, eu achei ele bem simpático, sincero, muito “terra a terra” afiança-nos Dª Telma. “Me pareceu daquelas pessoas que dá vontade de abraçar. E isto mesmo se ele recusou um suco de tamarindo e outro de maracujá do seu café da manhã. Um tava demasiado amargo, o outro demasiado doce, dizia ele.”

Cozinheiras da Fazenda Babilónia preparam uma refeição

Com mais de dois séculos de história, a Fazenda Babilónia foi – antes de mudar de donos – o engenho de cana-de-açúcar de São Joaquim, um dos maiores do Brasil numa altura em que nele trabalhavam centenas de escravos.

Os actuais proprietários respeitaram a estrutura e o aspecto colonial. Em 1965, a fazenda foi nomeada Património Histórico. Continua a servir o mesmo café da manhã colonial goiano delicioso e variado tomado pelo saudoso bochechas.

A Pirenópolis dos Pireneus, do Cerrado e da Cidade de Pedra

Novo dia, novas explorações. Encontramo-nos com Cristiano Costa, à data Presidente da Associação dos Guias, no CAT- Centro de Atendimento ao Turista.

Filho orgulhoso de Pirenópolis, Cris coloca-se de imediato ao dispor. Nos tempos que se seguem, entre passeios, caminhadas e soluções logísticas, ele, o irmão Tilapa e Kike Palma – um amigo de ambos – revelar-se-iam providenciais no acompanhamento da Festa do Divino Espírito Santo que levámos a cabo. Para dizer a verdade, em muito mais do que fizemos em Pirenópolis.

Cris quis mostrar-nos um dos seus lugares favoritos em redor de Piri. Ávidos por tudo o que fosse novo, aderimos de imediato ao repto. Na manhã seguinte, bem cedo, integramos uma pequena comitiva a que se juntaram os seus colegas Eduardo e Jorginho.

De início a bordo de um jipe, penetramos no Parque Estadual da Serra dos Pireneus, por um caminho que se desenrola entre os emblemáticos Morro do Cabeludo e os Três Picos: o Pai (1385m), o Filho e o Espírito Santo.

Chuveirinho do cerrado em redor de Pirenópolis, Goiás, Brasil

Chuveirinho destacado do cerrado em redor de Pirenópolis, Goiás, Brasil

Já a mais de 50km de Piri, acima dos mil metros de altitude, passamos a caminhar entre buritis, cactos e chuveirinhos (Paepalanthus, caliandras ou sempre-vivas), plantas emblemáticas do Cerrado, com flores brancas que parecem gotas d’água.

A Inesperada Cidade de Pedra do Cerrado

Por fim, damos com o destino da jornada. A Cidade de Pedra local é considerada uma das mais vastas e labirínticas do Brasil. Situada para lá dos Três Picos, esta obra de arte geológica foi legada pela erosão de arenito e quartzito.

Cidade de Pedra, arredores de Pirenópolis, Goiás, Brasil

Guias internam-se na Cidade de Pedra

Ditaram testes de carbono 14 que se terá começado a formar há cerca de 800 milhões de anos, com início no período pré-cambriano. A Cidade de Pedra surge numa área de cerrado rupestre preenchida por formações rochosas de grandes dimensões, algumas, verdadeiros pilares recortados que há muito desafiam a gravidade.

Em 1871, aquele que se crê ter sido o primeiro homem a deixar uma descrição escrita do lugar, o médico e naturalista francês Francois Trigant des Genettes viu bastante mais.

Cidade mas não Tanto

Alvitrou que a Cidade de Pedra deveria ser uma espécie de Atlântida perdida, com muralhas fortificadas, praças, ruas, ruínas de estátuas, de templos, teatros e palácios, lares e até túmulos. Daí para cá, pouco terá mudado. Com a “cidade” diante e bastante tempo para a contemplar, chegámos à conclusão que a imaginação do naturalista tinha pouco de natural.

Suplantava em larga escala a de Cris e dos colegas que, de tempos a tempos, nos chamavam atenção para determinadas formas familiares: o orangotango, a bruxinha, entre tantos outros.

De início, a excentricidade da língua portuguesa de Cris divertia-nos. Fazia-nos lembrar as falas de Urtigão, o famoso personagem campestre dos livrinhos Disney brasileiros.

À imagem de muitos dos goianos sem estudos aturados, Cris trocava os eles (Ls) pelos erres. Mas não só. Ao mesmo tempo, atropelava a concordância de número a torto a direito. De acordo, para proferir “as bicicletas”, dizia “as bicicreta”.

Cristiano Costa no seu atelier joalheiro de Pirenópolis, Goiás, Brasil

Cristiano Costa trabalha em jóias com recurso a elementos naturais do Cerrado.

Os Joalheiros Prodigiosos de Pirenópolis

Podiam faltar a Cristiano Costa melhores oportunidades, mas nunca a determinação. Além de guiar forasteiros, Cris criava joias num mini-estúdio artesanal que tinha há muito montado na casa em que co-habitava com a família.

Chegou a mostrar-nos como, com muita paciência e minúcia, combinava ametistas, topázios, turmalinas, esmeraldas, águas-marinhas – com sementes, metais e outros materiais.

Não era o único a fazê-lo, em Pirenópolis. À falta de outros empregos, muitos Pirenopolinos tornaram-se joalheiros e desenham as suas próprias obras de arte.

Os melhores, acabam por fornecer as lojas locais, as de outros pontos do Brasil e até mesmo do estrangeiro. Piri conta com em redor de cem ateliês. Emprega cerca de 300 artesãos, alguns com estilos próprios prodigiosos.

Ourives em acção em Pirenópolis, Goiás, Brasil

Um dos muitos joalheiros de Pirinópolis trabalha um fio.

Um período em que o negócio quase sempre prospera são os derradeiros dias da Festa do Divino Espírito Santo, quando as Cavalhadas da cidade têm lugar no Cavalhódromo local: cavaleiros cristãos contra Mouros, pouco importa se estamos no coração da América do Sul.

Pôr-do-sol sobre Pirenópolis, Goiás, Brasil

Fim do dia aloura por completo as silhuetas difusas da cidade.

Na manhã seguinte, como acontece ano após ano, os infiéis saíram derrotados. Os Cavaleiros entraram em modo de repouso. Piri voltou a viver na paz absoluta do Divino Espírito Santo.

Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Sirocco, Arabia, Helsinquia
Arquitectura & Design
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Mdina, Malta, Cidade Silenciosa, arquitectura
Cidades
Mdina, Malta

A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Sombra de sucesso
Cultura
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Las Cuevas, Mendoza, de um lado ao outro dos andes, argentina
Em Viagem
Mendoza, Argentina

De Um Lado ao Outro dos Andes

Saída da Mendoza cidade, a ruta N7 perde-se em vinhedos, eleva-se ao sopé do Monte Aconcágua e cruza os Andes até ao Chile. Poucos trechos transfronteiriços revelam a imponência desta ascensão forçada
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Étnico
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Catedral São Paulo, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas
História
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Igreja Ortodoxa de Bolshoi Zayatski, ilhas Solovetsky, Rússia
Ilhas
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Encontro das águas, Manaus, Amazonas, Brasil
Natureza
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Parques Naturais
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Património Mundial UNESCO
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Praias
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Cabo Espichel, Santuário da Senhora do Cabo, Sesimbra,
Religião
Lagoa de Albufeira ao Cabo Espichel, Sesimbra, Portugal

Romagem a um Cabo de Culto

Do cimo dos seus 134 metros de altura, o Cabo Espichel revela uma costa atlântica tão dramática como deslumbrante. Com partida na Lagoa de Albufeira a norte, litoral dourado abaixo, aventuramo-nos pelos mais de 600 anos de mistério, misticismo e veneração da sua aparecida Nossa Senhora do Cabo.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Vida Selvagem
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.