Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura – Ilha Canária e Jangada do Tempo


Surf na Playa del Moro
Surfistas aproveitam as vagas suaves da Playa del Moro.
Torre e Cone
Uma das torres da Casa de Los Coroneles com a Montaña del Frontón em fundo.
Enseada de El Tostón
Quase ocaso doura o litoral norte de El Cotillo.
Casa de Los Coroneles
Palmeiras destacadas do Pátio da Casa de Los Coroneles, em La Oliva.
Tefia
Arquitectura Rural da aldeia-museu de Tefia.
Farol El Tostón
Farol de El Tostón, no limiar norte da península homónima.
A Postos
Nadador salvador de uma praia do PN Corralejo.
A grande Montaña del Frontón
O vulcão cónico de El Frontón destacado acima da Iglésia de Candelária e do centro histórico de La Oliva.
Beira-mar de El Tostón
Dunas da costa oposta à do PN Corralejo.
Moínhos de El Cotillo
Duo de moinhos salpicam a paisagem no interior de El Cotillo.
Estrada no PN Corralejo
Iglésia de la Candelária
Palmeiras antecedem o grande templo cristão de La Oliva.
Montanha del Frontón II
A montanha del Frontón destacada acima de ruínas, nas imediações da Casa de Los Coroneles.
Asfalto nas Dunas
Estrada percorre o PN Corralejo entre as maiores dunas das ilhas Canárias.
Montanha Tindaya
O vulcão cónico e icónico de Tindaya, acima de uma sebe de cactos.
Abrigo de Basalto
Banhistas abrigados dos ventos Alísios no interior de um abrigo feito de basalto.
A Montanha Roja
Jipe dirige-se ao sopé da montanha Roja, no leste de Fuerteventura.
PN Corralejo
Sombras do Farol de El Tostón
Sol põe-se atrás do Farol El Tostón.
Banhistas Nudistas
Veraneantes do norte da Europa entram na água cristalina da Playa del Pozo.
Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.

No mapa, o ponto em que a vastidão do Saara se rende ao Atlântico mais próximo, coincide com Tarfaya e o Cabo Juby.

São litorais da região Laâyoune-Boujdour-Sakia El Hamra que os marroquinos da zona celebram, mesmo se banhados por um mar que os Alísios mantêm enfarinhado de poeiras do deserto.

Ao deixarmos Corralejo na direcção do parque natural homónimo, deparamo-nos com uma espécie de extensão canária deste mundo.

Parte da areia com que os irascíveis e instáveis Alísios polvilham o Atlântico (e fazem, inclusive chegar às Américas) cai sobre Fuerteventura.

fuerteventura ilha canária tempo, PN Corralejo

A costa nordeste da ilha, em particular, recebe quantidade tal que lá se formaram as dunas supremas das Canárias, avolumadas sobre uma base de matéria orgânica gerada pela desintegração de conchas e dos esqueletos externos de outras criaturas do mar.

Bem mais distante do Saara, a água do Atlântico é, por ali, cristalina. Mesmo se o vento raramente dá tréguas, flui em temperaturas que deixam os visitantes do norte da Europa em êxtase.

Parque Nacional Corralejo. O Deserto Litoral de Fuerteventura

O casario da Corralejo urbana fica, em definitivo e sem excepção para trás. Então, a estrada marginal ziguezagueia pelo deserto de Fuerteventura abaixo. Revela-nos praias selvagens com atmosferas balneares inusitadas.

À entrada da Playa del Pozo, uma manada de cabras verificava o quão edíveis seriam os arbustos que salpicavam o branco sem fim.

fuerteventura ilha canária tempo, PN Corralejo, Playa del Pozo

Veraneantes do norte da Europa entram na água cristalina da Playa del Pozo.

Quando se acercam da beira-mar, intrigam um casal já idoso de nudistas que se metia na água cristalina aquém do canal El Rio.

Insistimos com os Alísios, como os Alísios fazem com as paisagens que castigam.

Soprados de norte para sul, os ventos tornaram-se de tal maneira prevalentes que os majoreros (nativos de Fuerteventura) disseminaram, naquela e noutras praias, castros arredondados feitos de calhaus de basalto mal empilhados.

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Banhistas abrigados dos ventos Alísios no interior de um abrigo feito de basalto.

Passamos junto a um desses abrigos. Vemos três bicicletas estacionadas contra a fachada oposta ao mar, a salvo da brisa salgada. Do interior, despontam chapéus de sol de várias cores.

Sobrevoam-nos gralhas determinadas. Quando uma delas pousa sobre o cimo do refúgio, compreendemos o seu mote, uma banhista que as prenda com bolachas achocolatadas.

Para sul, sucedem-se mais praias generosas, a Larga, a de Los Matos, a El Bajo Negro, a Dormidero, a Del Moro, a Del Rosadero e a Alzada.

Ondas mansas afagam a Del Moro.

Espalhado pela sua enseada profunda, um batalhão de estrangeiros enfiados em neoprene pratica os movimentos elementares do surf.

fuerteventura ilha canária tempo, PN Corralejo, Playa del Moro

Surfistas aproveitam as vagas suaves da Playa del Moro.

Outros areais estão desertos. Ou povoam-nos uns poucos banhistas adeptos da reclusão.

Por altura da calheta de Barca Quebrada, o areal dá de si. Aos poucos, cede a um ocre vulcânico gasto pelo tempo.

Numa ilha deste ocre, ainda envolta de dunas, afirma-se a cratera oval de Los Apartaderos e, após cruzarmos uma série barrancos, impõe-se à estrada a vertente crua de outro velho e dramático vulcão, a Montaña Roja (312m).

fuerteventura ilha canária tempo, PN Corralejo, montanha Roja

Jipe dirige-se ao sopé da montanha Roja, no leste de Fuerteventura.

A proliferação vulcânica, sobretudo ao longo da crista da ilha, estende-se por mais algumas dezenas de quilómetros. Obriga-nos a prosseguirmos para sul. Atravessamos o barranco hiperbólico de Fimapaire.

Nas imediações de Puerto Lajas, por fim, a ilha aplana.

Permite-nos flectir para ocidente, rumo ao interior e a La Oliva.

A ex-Capital dos Coronéis de La Oliva

As ruas desta cidade cruzam o âmago histórico de Fuerteventura, de igual forma envolto de vulcões mal disfarçados de morros e de montes.

Metemo-nos pela Calle la Orilla. Percorridas umas centenas de metros, examinamos o extremo oposto, um cenário subtropical, western e surreal, magrebino, mexicano e andaluz que nos deixa perdidos no espaço e no tempo.

Uma pintura deste incaracterístico, em particular, estimula-nos os sentidos. À esquerda da estrada, próxima, uma palmeira frondosa. Oposta, uma casa térrea, ainda mais baixa que o lampião amarelo que lhe doura a noite.

fuerteventura ilha canária tempo, Montaña del Frontón, La Oliva

O vulcão cónico de El Frontón destacado acima da Iglésia de Candelária e do centro histórico de La Oliva.

No fundo da calle, distante, os contornos brancos e basálticos da Iglésia de Nuestra Señora de la Candelaria.

E a encerrar o quadro, contra o céu azulão, o cone raiado perfeito da Montaña del Frontón, outro vulcanismo excêntrico da ilha e um elemento incontornável da monumentalidade de La Oliva.

La Oliva sucedeu a Betancuria como capital de Fuerteventura,  de 1834 a 1860, em vinte e seis dos cento e cinquenta anos em que residiram na cidade os Coroneles, administradores e Governadores Militares todo-poderosos que só respondiam ao Capitão General das Ilhas e à Coroa de Castela, por esta altura, já Bourbon. Desde sempre católica.

fuerteventura ilha canária tempo, iglésia de la Candelária

Palmeiras antecedem o grande templo cristão de La Oliva.

Metade dos seis coronéis que mandaram na cidade e na região de La Oliva tinham apelido Bethencourt. Descendiam do conquistador Jean de Bethencourt.

No fim do século XIV, os reis de Castela confiaram a conquista das Ilhas Canárias a este normando determinado.

Uns poucos anos depois, fruto de os nativos serem umas meras centenas e pouco combativos, Jean de Bethencourt já tinha conquistado Lanzarote e Fuerteventura.

Casa de Los Coroneles. O Quartel-General dos Líderes de Fuerteventura

Passamos pela igreja-mãe da cidade. Logo, metemo-nos na Calle de Los Coroneles. A certo ponto, ficamos entregues a uma planície desolada, de solo-lixa encarniçado, não tarda, intersectada com o sopé da Montaña del Frontón.

Ali mesmo, na iminência do seu cone, achamos o quartel-general dos coronéis, uma casa fortificada de dois pisos, um quase castelo, com fachada amarela aberta por oito janelas simétricas, as quatro superiores dotadas de pequenas varandas.

fuerteventura ilha canária tempo, Casa de Los Coroneles e Montanha del Frontón

Uma das torres da Casa de Los Coroneles com a Montaña del Frontón em fundo.

Torres ameadas delimitam os extremos opostos. Encerram um pátio nuclear ladeado de galerias alpendradas de madeira.

De um recanto desse pátio meio sombrio, duas palmeiras buscam a luz solar e a imensidão celeste.

Em redor do pátio, no piso inferior, ficavam os aposentos dos servos, os celeiros, as zonas de vigilância e as protocolares e de arquivo do quartel. No superior, concentravam-se os lares dos coronéis, a cozinha, a sala de refeições, lugar dos quartos, todos eles com vistas abertas para as montanhas circundantes.

fuerteventura ilha canária tempo, Casa de Los Coroneles

Palmeiras destacadas do Pátio da Casa de Los Coroneles, em La Oliva.

Subimos à torre mais próxima da Montaña del Frontón. Do cimo muralhado, desvendamos uma outra série de edifícios menores, hoje, meras ruínas que fazem de biombo à aba do monte.

Em Busca da Montanha Sagrada de Tindaya

De regresso ao solo, inauguramos a descoberta da região de La Oliva em redor da ex-capital.

Para norte da cidade, impõe-se o domínio estorricado e cinza de outro vulcão, o de La Arena. Provou-se de tal maneira inóspito e intimidante que os colonos baptizaram a área contígua de Malpaís de Arena.

Sem desprezo para os seus visuais pós-apocalípticos, invertemos o caminho. Apontamos ao sul de Fuerteventura, estrada FV-101 abaixo, procuramos nova elevação emblemática.

A montaña de Tindaya (400m) é especial porque os majos (indígenas de Fuerteventura) a tinham como sagrada, lhe atribuíam poderes mágicos, lhe faziam oferendas rituais e a ilustraram com centenas de petróglifos com os mais distintos motivos, incluindo grandes pés.

fuerteventura ilha canária tempo, Montanha Tindaya

O vulcão cónico e icónico de Tindaya, acima de uma sebe de cactos.

Damos a volta à montanha, à procura da sua perspectiva mais vulcânica e dramática mas receosos de descobrir o que a modernidade por ali teria feito. Os temores confirmam-se.

Malgrado os sucessivos movimentos que lutam pela defesa de Tindaya: “Tindaya no se Toca” e outros, por altura do nosso périplo, já uma velha pedreira tinha desfigurado a encosta.

Em redor, demasiado próximas, estruturas modernas da povoação homónima (caso do campo de futebol) desrespeitavam o vulcão sacro dos majos.

Em simultâneo,  projectos com ambições financeiras desmedidas e falta de escrúpulos condizentes visavam a sua riqueza mineral.

O Legado Rural de Tefia

Mudamo-nos para a aldeia rural de Tefia.

Em tempos, este pueblo secular acolhia centenas de camponeses que subsistiam dos cereais de sequeiro que por ali produziam e que moíam nos moinhos de vento e de tracção animal com que a comunidade se havia dotado.

fuerteventura ilha canária tempo, moinhos de El Cotillo

Duo de moinhos salpicam a paisagem no interior de El Cotillo.

Sobretudo a partir da década de 70, o esforço intenso requerido pela agricultura afastou as novas gerações.

As gentes de Tefia mudaram-se em peso para Puerto Rosário (a capital actual da ilha) e para outras partes.

fuerteventura ilha canária tempo, Tefia

Arquitectura Rural da aldeia-museu de Tefia.

Em Tefia encontramos, agora, o Museu de Alcogida, constituído com o fim de perpetuar as tradições e conhecimentos rurais da ilha.

Há horas que desvendávamos o interior abafado, às vezes tórrido, de Fuerteventura.

Contra-sentido, quando a tarde e o calor se desvanecem, retomamos o litoral da ilha, o Noroeste, entre El Cotillo e El Tostón, já não o de Corralejo.

El Cotillo e o Farol Setentrional de El Tostón

Ao atravessarmos El Cotillo, constatamos como evoluiu de pueblito piscatório para o centro urbano e turístico prolífico que rivaliza com Corralejo.

fuerteventura ilha canária tempo, beira-mar El Tostón

Dunas da costa oposta à do PN Corralejo.

Passamos junto às enseadas recortadas e protegidas por recifes com que o Atlântico prenda a cidade. Vemos como se repetem norte acima.

Chegamos a El Tostón, uma península de dunas e de beira-mar rochosa, destacada no oceano à entrada do canal que separa Fuerteventura de Lanzarote e, como tal, crucial para a navegação.

fuerteventura ilha canária tempo, farol El Tostón, pôr-do-sol

Farol de El Tostón, no limiar norte da península homónima.

Virada ao poente, o ocaso tornou esta zona notória a dobrar. Àquela hora crepuscular, o retiro do grande astro já dourava o castillo local, uma pequena fortaleza cilíndrica.

A culminar uma condução tresloucada, ainda o vemos pegar fogo ao farol del Tostón, ao cimo e oeste recortado de Fuerteventura e aos fundos dantescos da vizinha Lanzarote.

fuerteventura ilha canária tempo, farol El Tostón, pôr-do-sol

Sol põe-se atrás do Farol El Tostón.

Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias

Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Tenerife, Canárias

Pelo Leste da Ilha da Montanha Branca

A quase triangular Tenerife tem o centro dominado pelo majestoso vulcão Teide. Na sua extremidade oriental, há um outro domínio rugoso, mesmo assim, lugar da capital da ilha e de outras povoações incontornáveis, de bosques misteriosos e de incríveis litorais abruptos.
Vegueta, Gran Canária, Canárias

Às Voltas pelo Âmago das Canárias Reais

O velho e majestoso bairro Vegueta de Las Palmas destaca-se na longa e complexa hispanização das Canárias. Findo um longo período de expedições senhoriais, lá teve início a derradeira conquista da Gran Canária e das restantes ilhas do arquipélago, sob comando dos monarcas de Castela e Aragão.
Santa Cruz de La Palma, Canárias

A Viagem na História de Santa Cruz de La Palma

Começou como mera Villa del Apurón. Chegado o séc. XVI, a povoação não só tinha ultrapassado as suas dificuldades como era já a terceira cidade portuária da Europa. Herdeira dessa abençoada prosperidade, Santa Cruz de La Palma tornou-se uma das capitais mais elegantes das Canárias.
Gran Canária, Canárias

Gran (diosas) Canária (s)

É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
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Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
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Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
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