Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo


Timur, o Grande
Estátua imponente de Timur, um conquistador turco-mongol que fundou a Dinastia Timurida.
Um matrimónio espacial
Noivos posam para a fotografia junto a um mural pintado com o firmamento.
Um astro dos astros
Visitantes apreciam a estátua de Ulugh Beg em frente ao observatório espacial que construiu.
O Sextante Fakhri
Estrutura do amplo sextante criado por Ulugh Beg que lhe permitiu e ao seu núcleo de cientistas levar a cabo diversas medições e estudos mais tarde essenciais à astronomia.
Ulugh Beg & cia
Reconstituição de pintura histórica que exibe Ulugh Beg e parceiros durante os seus estudos astronómicos.
Tarefas terrenas
Empregadas de limpeza em plena actividade na madraça de Ulugh Beg, parte do Registão de Samarcanda.
Poses espaciais
Videografo filma noiva usbeque durante uma das muitas sessões de fotografia e vídeo realizadas junto ao observatório espacial de Ulugh Beg.
Homenagem a Buzz
Painel de homenagem a Edwin Buzz Aldrin, no interior do museu do Observatório Espacial.
Em honra de Beg
Estátua de bronze de Ulugh Beg no portal de entrada da sua madraça do Registão de Samarcanda
Gur-e-Amir
Interior do mausoléu de Gur-e-Amir de Samarcanda, onde se encontra sepultado Ulugh Beg.
Jogo de Sombras no Registão
Sombras uzbeques em frente a uma das fachadas monumentais do Registão, o coração histórico de Samarcanda.
Registão Nocturno
Recanto do complexo do Registão, iluminado pelas luzes artificiais que os responsáveis ligam quando um grupo de visitantes assegura um pagamento respectivo.
POCHTA
Caixa de correio em russo à entrada de uma das madraças do Registão.
Ulugh Beg e Cia
Estátua de Ulugh Beg e de outros astrónomos, à entrada de um dos edifícios do Registão de Samarcanda.
Minarete Camuflado
Arquitectura do Registão, o principal testemunho da grandiosidade da Dinastia Timurida e de Samarcanda.
Registão Dourado
Recanto do complexo do Registão, iluminado pelas luzes artificiais que os responsáveis ligam quando um grupo de visitantes assegura um pagamento respectivo.
Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.

Apesar do fluxo intimidante de velhos Ladas e Volgas soviéticos, desafiamos a rotunda e a autoridade do polícia sinaleiro a umas poucas dezenas de metros.

Esperamos que o estatuto de forasteiros nos safe de sarilhos.

Favorecidos pelo abrandamento de duas ou três daquelas relíquias automóveis, conquistamos a rotunda no meio da Avenida Universitet Bulvari.

Entre árvores seculares e frondosas, encontramos a estátua imponente de Timur O Grande, o fundador turco-mongol impiedoso da sua própria dinastia, conquistador de um vasto império que incorporou a Pérsia e parte considerável da Ásia.

Samarcanda, Uzbequistão, estátua de Timur

Estátua imponente de Amir Timur, um conquistador turco-mongol que fundou a Dinastia Timurida.

Quando chegamos às imediações do trono que ocupa, estamos aos pés do ídolo histórico supremo da nação.

Nessa mesma tarde, avançamos uns seis quilómetros para nordeste de Samarcanda e duas gerações na linhagem.

É com uma espécie de orgulho contido que os anfitriões que temos na cidade nos conduzem à estátua e aos domínios elevados do observatório de Ulugh Beg, neto de Timur, uma personagem com propósitos de vida bem distintos dos do avô.

Ascensão ao Observatório Espacial Ulugh Beg de Samarcanda

Subimos ao longo de um paredão pintado de azul e salpicado de branco que, não restam dúvidas, emula o Cosmos.

A determinada altura da rampa, surpreende-nos uma sessão fotográfica de um casamento local, numa versão pouco ou nada muçulmana e, tradicional, só se fosse da era Soviética do Usbequistão.

O noivo traja um fato negro de cetim que contrasta com a camisa e a gravata, ambas brancas. A noiva vem de vestido branco que, da cintura para baixo, se alarga em folhes. Tanto o fotógrafo como o vídeografo de serviço usam o muro como fundo das suas imagens para assim lhes conferirem um fascinante visual celestial.

Combinam esforços para que o véu da noiva pareça flutuar num vácuo ficcional e instruem o noivo para apontar para galáxias longínquas, à laia de conquistador de muito mais que um mero coração.

Um matrimónio espacial

Noivos posam para a fotografia junto a um mural pintado com o firmamento.

A sessão fotográfica levara-nos a atenção que a guia Niluvar Oripova merecia.

Quando a ela regressámos, reparámos na figura dourada e sentada que lhe oferecia sombra, em como contemplava o horizonte, indiferente aos acontecimentos corriqueiros em redor.

A Vocação Astronómica do Sultão Ulugh Beg

Ansiosa por retomar a função em que ainda dava os primeiros passos, Nilufar não perdeu tempo: “Aqui o têm: Ulugh Beg, ou o Grande Príncipe. O seu nome verdadeiro era Muhammad Taragay.

Um astro dos astros

Visitantes apreciam a estátua de Ulugh Beg em frente ao observatório espacial que construiu.

Foi criado na corte de Timur. A partir de 1409, tornou-se o regente do domínio de Mavennakhr de que era capital Samarcanda.

Mas o Grande Príncipe mostrou-se pouco interessado em seguir os passos dos antecedentes. Começou por se dedicar à ciência. Abriu uma madraça, uma espécie de universidade muçulmana com enorme gabarito.”

Entre as vocações de Muhammad Taragay, depressa se incluiu o estudo dos astros. Aliás, a astronomia tornou-se o seu tema académico de eleição, ministrada por cientistas do mundo muçulmano escolhidos a dedo; a determinada altura, mais de sessenta astrónomos.

Quatro anos depois de inaugurar a madraça, em plena Idade Medieval (1424), Ulugh Beg fundou ainda o observatório espacial em que estávamos prestes a entrar, na  origem com três andares.

A Influência de Ulugh Beg na Futura Exploração do Espaço

Começamos por espreitar a sua vala escavada ao longo da linha do Meridiano e em cujo limite existia um arco usado para calcular as várias constantes com base no Sol e nos movimentos dos planetas.

A combinação da estrutura com o objecto formava o amplo sextante Fakhri que permitiu levar a cabo diversas medições e estudos mais tarde essenciais à astronomia.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Sextante Fakhri

Estrutura do amplo sextante criado por Ulugh Beg que lhe permitiu e ao seu núcleo de cientistas levar a cabo diversas medições e estudos mais tarde essenciais à astronomia.

Além de imagens e outros documentos antigos, o museu do Observatório está repleto de imagens dos triunfos espaciais mais recentes, com destaque para a alunagem norte-americana.

Este destaque, em particular, só foi possível pela relativa maturidade da independência uzbeque face aos antigos senhores coloniais de Moscovo.

Em paralelo com a consciência da importância dos seus antepassados para estes triunfos, existe uma certa frustração entre a comunidade de cientistas e historiadores muçulmanos por os congéneres ocidentais negligenciarem o contributo dos astrónomos muçulmanos.

“É demasiado comum os autores saltarem de Ptolomeu para Copérnico e ignorarem os mil e quinhentos anos de protagonismo muçulmano da astronomia.” queixou-se, por exemplo, Salmah Beimeche, um autor frequentemente revisitado pela sua insatisfação.

No interior do museu, destaca-se ainda uma imagem de Edwin “Buzz” Aldrin com a Lua em fundo, uma conquista do Programa Espacial Americano.

A legenda refere que “os pensadores nascidos no Uzbequistão sempre tiveram grande valor para ele até porque há 40 anos alunou sobre uma cratera baptizada em honra de Akhmad Fargonly”.

Este, como Ulugh Beg, um dos astrónomos da Ásia Central que emprestaram os seus nomes a morfologias da Lua.

Além da “sua” cratera, Ulugh Beg, também o cedeu à 2439 Ulugbek, uma cintura de asteroides descoberta, em 1977, pelo russo Nikolai Chernykh, durante mais de quarenta anos um caçador incansável de asteroides, em co-autoria com a sua mulher.

O Assassínio de Ulugh Beg e a Destruição dos seus Sonhos

Mas, como continua hoje a acontecer, foram os próprios muçulmanos radicais a contribuir para a desvalorização dos feitos da sua civilização.

A sabedoria de Ulugh Beg na governação não se comparava com a sua mestria científica.

Ulugh Beg & cia

Reconstituição de pintura histórica que exibe Ulugh Beg e parceiros durante os seus estudos astronómicos.

Após a morte do pai, Beg viu-se derrotado numa de várias batalhas contra um sobrinho e outros familiares que procuraram usurpar-lhe o poder em determinadas áreas do Império Timúrida.

Ulugh Beg acabou decapitado quando se dirigia para Meca, por ordem do seu próprio filho mais velho, em 1449.

Nesse mesmo ano, o observatório espacial que construíra em Samarcanda foi demolido por fanáticos religiosos.

De tal maneira arrasado, que só viria a ser redescoberto em 1908, por um arqueólogo Uzbeque-Russo, V.L.Vyatkin, que adquiriu um documento que informava a sua exacta localização.

Também sabemos onde Ulugh Beg foi sepultado: no mausoléu Gur-e-Amir, junto com o seu avô Amir Timur.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, mausoleu Gur-e-Amir

Interior do mausoléu de Gur-e-Amir de Samarcanda, onde se encontra sepultado Ulugh Beg.

Na sequência do observatório, visitamos o Registão de Samarcanda.

A Imponência Arquitectónica do Coração Histórico de Samarcanda

Trata-se do monumento mais reputado da cidade, formado por três madraças, uma delas a tal de Ulugh Beg, flanqueada por dois minaretes com visual de foguetões que os anos fizeram inclinar em direcção ao interior ao pátio do edifício.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, minarete

Arquitectura do Registão, o principal testemunho da grandiosidade da Dinastia Timurida e de Samarcanda.

E que os guardas em uniformes verdes do complexo usam como isco de turista para aumentarem os seus parcos rendimentos: “querem ir lá acima? A vista é incrível. Pagam-me vinte euros e levo-vos lá.”

Já à sombra do iwan (espécie de portal), surge uma escultura que homenageia o mentor da madraça e outras das personalidades que lhe deram alma.

Em honra de Beg

Estátua de bronze de Ulugh Beg no portal de entrada da sua madraça do Registão de Samarcanda

No interior, dispõem-se em redor do pátio uma mesquita, as antigas salas de leitura e várias das camaratas em que viviam os estudantes.

Hoje, muitas destas salas foram adaptadas a pequenas lojas de artesanato e recordações, algumas delas ocupadas por negociantes de origem russa que agora – muito depois da independência do Uzbequistão e da partida dos seus compatriotas eslavos – impingem velhos itens da era em que a U.R.S.S. e os E.U.A. concorriam, obcecados, pela conquista do Espaço que Ulugh Beg e seus discípulos tanto lhes revelaram.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, caixa correio

Caixa de correio em russo à entrada de uma das madraças do Registão.

No final de um dos dias que passámos em Samarcanda, somos informados que é possível que venha a haver um espectáculo de luz e som com iluminação e projecções artísticas sobre as fachadas do Registão.

Nem os nossos guias nem os transeuntes que por ali encontramos parecem saber ao certo se se confirma, ou a que dias e horas é suposto ter lugar.

As Caprichosas Luzes Terrestres do Registão de Samarcanda

Passam-se, assim, trinta ou quarenta minutos de indefinição quando Nilufar, a nossa jovem guia, chega com um novo dado: os guardas dizem que os responsáveis podem activar a iluminação mas os turistas têm que pagar. “

Temos que pagar? Mas então existem bilhetes à venda?” perguntamos. “Não existem bilhetes, mas eles só activam o espectáculo se houver um mínimo de pagantes”.

Torcemos o nariz, como já tínhamos torcido numa série de outros esquemas deste género engendrados pelos guardas do Registão. Ao mesmo tempo, imaginamos como o complexo de monumentos iluminado sobre o lusco-fusco deveria ser belíssimo de fotografar.

Fazemos as contas. Chegamos à conclusão que bastava arranjarmos uma dúzia de estrangeiros adicionais para o espectáculo nos custar uma ninharia. Alguns deles já se tinham até juntado à discussão e à nossa demanda. Volvidos vinte minutos adicionais, estavam reunidos uns quinze pagantes, acima do que fora exigido.

O sol tinha-se posto e anoitecia a olhos vistos. Ficámos todos a aguardar o espectáculo que, no entanto, continuava por inaugurar.

Só já bem após o desvanecer do lusco-fusco é que as luzes foram ligadas.

praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

As cores da praça do Registão sob uma luz crepuscular.

Para a maior parte dos estrangeiros, esteve bem assim. Nós, sentimo-nos frustrados por tanto esforço ter resultado num quase nada fotográfico.

Depois de as luzes serem desligadas, sentámo-nos a contemplar o firmamento que o astrónomo Ulugh Beg dali mesmo tanto estudara.

Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
Wycliffe Wells, Austrália

Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Cidades
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Cultura
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Tambores e tatoos
Étnico
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
História
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Ocaso, Santo Antão, Cabo Verde
Ilhas
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
PN Tortuguero, Costa Rica, barco público
Natureza
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Enriquillo, Grande lago das Antilhas, República Dominicana, vista da Cueva das Caritas de Taínos
Parques Naturais
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Cilaos, ilha da Reunião, Casario Piton des Neiges
Património Mundial UNESCO
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Varela Guiné Bissau, praia de Nhiquim
Praias
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Autocarro garrido em Apia, Samoa Ocidental
Sociedade
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Vida Selvagem
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.