Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação


Encontro de irmãos
Composições do Flam Railway encontram-se em sentidos contrários.
Rio deGelo
Curso de água alimentado pelo degelo flui ao longo do PN Hallingskarvet.
Panorama a bordo
Passageiros do Flam Railway convivem numa das carruagens.
Onde o Inverno resiste
Cenário nevado do PN Hallingskarvet, num domínio planáltico que antecede Myrdal.
Verde-espelho
Paisagem espelhada num dos muitos lagos entre Nesbyen e Myrdal.
Myrdal – Ti Flam/Rallarvegen
Placa identifica a estação de Myrdal e a sua altitude: 866.8 metros.
Malvin Midje ao seu dispôr
Malvin Midje, funcionário do Flam Railway.
A Poderosa Kjosfossen
Kjosfossen, a queda d'água mais íntima do Flam Railway.
Dança de huldra
Dançarina encarna o papel de uma huldra, à beira da queda d'água Kjosfossen. Uma huldra é uma criatura da mitologia norueguesa que atrai os homens à floresta.
Noruega dos pequeninos
Passageiros orientais admiram as casas miniatura de Myrdal.
Fiorde adentro
Composição do Flam Railway entra num dos vários túneis do caminho de ferro.
Véu de Noiva Norueguesa
Queda d'água flui do cimo de uma ravina verdejante, uma das visões comuns do do Flam Railway.
Flam à Vista
Panorâmica da zona velha de Flam, a anteceder a estação final de Flam.
Dança de huldra
Figurante de uma huldra dança sobre a floresta ensopada junto à queda d'água Kjosfossen.
Encontro de tugas
Sara Wong e Marco C. Pereira com João Carvalho, o "despachado" funcionário português do Flam Railway que põe os passageiros a mexer.
Entroncamento ferroviário-marinho de Flam
Linha do Flam Railway encontra a doca em que atracam os cruzeiros que sobem o Sognefjord.
Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.

É só em Nesbyen, já mais despertos sobre a plataforma da estação local do Flam Railway, que a jornada nos suscita as primeiras emoções.

Estamos em Junho. Choveu todo o percurso desde a capital. Tal como ansiávamos que sucedesse, mais para meio da manhã, as nuvens deram de si e permitiram um embarque seco e ordeiro tendo em conta que, nesta secção inicial da viagem, num comboio convencional, moderno e sem janelas que abrissem, os passageiros iam seguir com assentos marcados.

Mesmo assim, a entrada é disputada ao centímetro. No fim, vencem os sempre determinados e imbatíveis chineses.

Instalamo-nos o mais confortáveis possível mas, inquietos, saímos para uma ou outra foto à pressa e voltamos aos lugares sempre a controlar o momento da partida. Decorridos dez minutos, a composição põe-se em marcha connosco dentro, sem sobressaltos.

O Cenário Surpreendente que antecede o do Flam Railway

Íamos convencidos de que o trajecto que antecede o mais notório Flam Railway se revelaria banal. Não foi assim. Viajámos quase sempre ao longo do caudal serpenteante do rio Hallingdalselva e de lagos vizinhos encaixados em vales verdejantes, pejados de lares campestres.

PN Hallingskarvet, Noruega

Cenário nevado do PN Hallingskarvet, num domínio planáltico que antecede Myrdal.

Mais para a frente, entramos nas terras altas do PN Hallingskarvet, bem acima dos 1000 metros de altitude. Tudo muda de figura. Mesmo em Junho, este planalto esculpido por sucessivas idades do gelo continuava no seu Inverno à parte. O verde passa a surgir apenas a espaços e, a determinada altura, cede de vez a uma panorama acastanhado e branco dos retalhos de neve que resistem às intenções do estio.

Cascatas alimentadas pelo degelo desses nevados e de glaciares soberanos fluem penhascos abaixo e alimentam vários rios, riachos e lagos: o Tungevatnet, o Hestebotnvatnet, o Finsevatnet e outros – que por ali fluem. Os mais sérios são velozes e repletos de rápidos, uns correm na região de Buskerud, outros, na fronteiriça de Hordaland.

Numa e noutra, como cogumelos humanos, grandes cabanas-abrigo de madeira escura ornam o planalto. Enchem-nos o imaginário de deliciosos retiros divididos entre a beira-rio e a beira-lareira.

Não tarda, deixamos o domínio de Hallingskarvet. Prosseguimos para noroeste e para baixo dos mil metros. Aos 866, após mais de duas horas de ziguezagues, a composição dá entrada em Myrdal, um povoado disposto em redor da estação ferroviária homónima, ali presente como entroncamento da linha de Bergen e da de Flam.

Placa da estação do Flam Railway de Myrdal, Noruega.

Placa identifica a estação de Myrdal e a sua altitude: 866.8 metros.

João Carvalho na Liderança do Transbordo de Myrdal

É suposto tomarmos a última. Desembarcamos todos para uma plataforma central desafogada. Confrontados com duas linhas, algo distantes do pequeno edifício central, os passageiros rendem-se a uma desorientação momentânea.

Uns, deslocam-se para um lado, outros para o oposto, em busca do melhor lugar para se situarem na disputa dos assentos do comboio que se seguia, esse sim, conhecido por percorrer dos cenários mais impressionantes da Noruega e do mundo.

O desnorte pouco dura. Às tantas, um dos funcionários da estação, identificado com um colete verde-fluorescente, aparece e alto mas num tom paternal grita: “Follow me my children, follow me!”. Assim convoca e dispõe todos os passageiros em sua roda de forma a ouvirem o briefing que tinha para comunicar.

Ficamos a saber de onde surgiria a composição do Flam Railway, em que sentido seguiria e onde nos deveríamos posicionar face à composição iminente. Formam-se novas filas, com a comoção esperada. Uma passageira chinesa mais excitada com a evasão e a competição atropela uma outra norte-americana, já com alguma idade. Suscita um incidente de relações internacionais que a boa disposição dos demais depressa ajuda a sanar.

Entretanto, a composição do Flam Railway encosta na plataforma, liderada por uma locomotiva eléctrica cinzenta que puxa várias carruagens bem mais antigas que aquelas em que havíamos chegado a Myrdal.

Por Fim, a Bordo do Reputado Flam Railway

Este segundo e derradeiro comboio fazia já os primeiros dos seus 20 km de trajecto quando o funcionário que nos tinha orientado a todos na estação de partida nos aborda: “Esperem lá, vocês são portugueses, certo?”, questiona-nos imbuído de uma forte suspeita de nos ter ouvido a falar português.

Sara Wong, Marco C. Pereira & João Carvalho, Flam Railway, Noruega

Sara Wong e Marco C. Pereira com João Carvalho, o “despachado” funcionário português do Flam Railway que põe os passageiros a mexer.

Confirmamo-lo. Damos sequência a uma inesperada conversa de compatriotas. João Carvalho diz-nos que é da Margem Sul, onde também temos família. Cumpria a mais recente de várias épocas de Verão a trabalhar no Flam Railway.

Elogiamos-lhe o à vontade e a eficiência com que conduzia os passageiros e perguntamos se os funcionários noruegueses também os tratam daquela tarefa. “Bom tratar… tratam mas não o fazem assim como eu.” diz-nos para confirmar aquilo de que, de qualquer maneira, já não tínhamos grandes dúvidas: o à vontade mediterrânico do João era único e precioso.

Vasculhamos a mente. Ficamos com a impressão de já o ter visto em destaque num documentário francês ou alemão sobre aquele caminho-de-ferro. “É bem possível, confirma-nos o João. Já vieram aí filmar tantas vezes!” Trocamos contactos. João, regressa aos seus afazeres, carruagens fora.

Flam Railway: um Caminho-de-ferro Providencial Conquistado aos Fiordes

Nós, entregamo-nos às janelas que tínhamos conquistado. Dedicamo-nos a contemplar e a registar as paisagens de ambos os lados da linha, uma ramificação da Bergen Line, finalizada em 1941, após 20 anos de construção, no vale de Flamsdalen com o fim de abrir um acesso crucial ao Sognefjord, conhecido como o Rei dos Fiordes e o mais amplo e profundo da Noruega.

A Flam Line tem 20km, 10 túneis e uma ponte. Serpenteia 863 metros abaixo até aos 59m de elevação de Flam. Com um gradiente de 5,5%, é uma das linhas com maior declive à face da Terra. De acordo, as várias carruagens estão equipadas com distintos travões capazes de deter toda a composição.

Queda d'água, Flam Railway, Noruega

Queda d’água flui do cimo de uma ravina verdejante, uma das visões comuns do do Flam Railway.

Nesse trajecto, as janelas das carruagens prendam-nos com vistas incríveis: alguns picos e penhascos nevados mas, sobretudo, ravinas e desfiladeiros profundos e verdejantes com os fundos decorados por casinhas de madeira vermelhas, algumas, amarelas. Caem quedas d’água do cimo dessas ravinas, bem mais longas e caprichosas que as do PN Hallingskarvet.

O Encontro Mitológico com a queda d’água Kjosfossen

Uma delas, a Kjosfossen, precipita-se 90 metros, entre o cimo dissimulado do grande lago Reinungavatnet e o caudal do rio Flamselvi que acompanharíamos até à derradeira estação.

Cai tão volumosa, furiosa e próxima do comboio que parece inundá-lo a qualquer momento. Em vez, passa por baixo da plataforma ali instalada para a composição se deter e conceder aos passageiros uma contemplação despachada e muito borrifada. Da queda d’água. Mas não só.

Kjosfossen, Flam Railway Line, Noruega

Kjosfossen, a queda d’água mais íntima do Flam Railway.

Sem aviso, do cimo das ruínas de uma casa antiga, surge uma mulher loura misteriosa que traja um vestido vermelho. Dança. Move-se e continua a dançar em redor da casa e, logo, pela floresta ensopada contígua, ao som de uma música folk norueguesa.

Tendo o Flam Railway sido, a determinada altura, dedicado aos forasteiros turistas, pago com preços condizentes foi complementado com um acto de estudantes da Escola de Ballet Norueguesa. Lá encarnam, há já muito, a Huldra, uma criatura (mas também toda uma raça ou espécie) espiritual e esquiva da mitologia da Noruega.

Estabelece a mitologia escandinava que estas criaturas atraem os homens à floresta para os seduzir. E que são especialmente benévolas para com os carvoeiros, que se habituaram a contemplar quando estes repousam e enquanto as suas brasas incandescentes arrefecem.

Dança de huldra

Dançarina encarna o papel de uma huldra à beira da queda d’água Kjosfossen, Uma huldra é uma criatura da mitologia norueguesa que atrai os homens à floresta.

Rallarvegen e a Descida para Breikvam

Soa novo aviso a reclamar o reembarque. A composição retoma a descida. Uns poucos quilómetros para diante, quase a meio do percurso, ficamos de frente para outro cenário impressionante: Rallarvegen. O trecho de uma estrada estreita e de terra batida, ziguezagueia vinte uma vezes da base de uma nova queda d’água até ao seu cimo.

Na origem, esta estrada foi ali construída para facilitar os trabalhos hercúleos do Flam Railway, conduzidos pelos ralar (engenheiros de navegação). Finaliza uma via com mais de 120 km que, segundo apuramos mais tarde, vem das alturas de Hol, no condado de Buskerud.

Hoje, usam-na sobretudo os adeptos de BTT. Todos os anos, no curto período em que não está gelada – entre Julho e Setembro – percorrem-na mais de 20.000 ciclistas ansiosos por renovar a adrenalina.

Passamos por sucessivas povoações ribeirinhas, instaladas de forma harmoniosa numa ou noutra margem do rio Flamselvi. Parecem-nos frágeis as suas casas de madeira, insignificantes, naquele cenário feito de paredões de rocha cobertos em parte de árvores que vencem a gravidade.

As povoações são abençoadas por pequenas igrejas luteranas. Têm casas do povo com bandeiras da Noruega altivas. Dali até Flam, pouco divergem do padrão normativo vermelho-branco-amarelo.

Por altura de Breikvam, a linha do Flam Railway divide-se em dois, por forma a que as composições a viajar em sentidos opostos não tenham que parar. Vamos de cabeça quase de fora e assistimos a um desses encontros em que os dois comboios parecem espelhos um do outro.

Old Flam, Flam Railway, Noruega

Panorâmica da zona velha de Flam, a anteceder a estação final de Flam.

Flam. E o Sognefjord à Vista

Não tarda, o gradiente da linha suaviza-se e o vale do Flamselvi abre-se. Conseguimos vislumbrar a Flam antiga, também ela com a esperada disposição e organização norueguesa e uma igrejazinha de madeira escura diminuta a poucos metros do leito do rio.

O comboio vence mais um meandro. Do lado de lá, já sobre a foz do Flamselvi, entramos na Flam moderna, a justificada pela cada vez mais atarefada confluência do Flam Railway e do cais de Flam, no limiar do majestoso Sognefjord.

Funcionário do Flam Railway, Flam, Noruega

Malvin Midje, funcionário do Flam Railway.

A composição desacelera dos menos de 40 km/h a que seguia e detém-se. Os passageiros recuperam a sua bagagem. Aos poucos, descem para a última das estações.

Logo ali, a uns meros metros, esperam-nos merecidas estadias nos hotéis da vila, ou embarques nos navios que percorrem o Sognefjord.

Linha do Flam Railway chega a Flam, Noruega

Linha do Flam Railway encontra a doca em que atracam os cruzeiros que sobem o Sognefjord.

Por volta das três e meia da tarde, subimos a bordo de um dos Fjord Cruises entre Flam e Bergen, rumo à ainda longínqua segunda maior cidade da Noruega. Nessa tarde, no entanto, só navegámos até Balestrand, onde tivemos o privilégio de pernoitar. Balestrand e Bergen, ficam para próximos capítulos.

 

Mais Informações e reservas do comboio Flam Railway e de Tours “Sognefjord in a Nutshell” em www.fjordtours.com.

Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Preikestolen - Rocha do Púlpito, Noruega

Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega

Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta
Cidades
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cultura
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Étnico
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Submarino Vesikko
História
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Autocarro garrido em Apia, Samoa Ocidental
Ilhas
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Cumbre Vieja, La Palma, erupção, Tsunami,Um Apocalipse Televisionado
Natureza
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Parques Naturais
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Património Mundial UNESCO
Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
La Digue, Seychelles, Anse d'Argent
Praias
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
Religião
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Sociedade
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.