![Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2018/09/47c91e40-0b3f-488e-9825-97f98612fd0a-440x293.jpg)
Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
![Celebração newar, Bhaktapur, Nepal](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2018/09/0a7339ba-25e7-4601-951c-19634f3f2981-440x304.jpg)
Bhaktapur, Nepal
O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
![Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2018/09/04ea461a-9e63-4be9-a799-997d2dee50a1-440x293.jpg)
Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
![Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2019/01/562f3210-68c9-4ce8-996c-7ae578a6836f-440x294.jpg)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal
Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
![Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2019/01/dedddc0a-29c8-4da1-ab57-04fdbdc68143-440x293.jpg)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal
Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
![Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2019/03/Braga-Cordilheira-Annapurna-Nepal-5-440x294.jpg)
Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
![Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2019/05/Duo-que-deixou-Ice-lake-antes-de-nos-ice-lake-Annapurnas-Nepal-440x293.jpg)
Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
![Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal](https://www.got2globe.com/wp-content/uploads/2020/03/Fieis-no-templo-de-Milarepa-Circuito-Annapurna-Nepal-440x293.jpg)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal
Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.