Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro


Lugarejo
O Mosteiro
Uma Estupa de Jarkhot
Portal para Jarkhot
Edifícios da Gompa
Kheni masculino
Quase Lá
Morador de Jarkhot
Jarkhot e a Cordilheira
A Grande Gompa
Convívio ao Sol
Edifícios Budista-Tibetanos de Jarkhot
Kagbeni à Vista
Kagbeni e o Reino de Mustang
Bob Marley Hotel
À Saída de Muktinath
Próxima Paragem:Jarkhot
A Majestosa Jarkhot
Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.

Por mais que o quiséssemos, não temos como evitar voltarmos ao tema dos banhos.

Na tarde em que completámos a travessia do desfiladeiro Thorong La, tinha passado uma semana sem duches, ou algo que pudéssemos sequer equiparar.

No Bob Marley Hotel de Muktinath, “One Love” era “One Love”. Vimo-nos prendados com duches fluídos, de início bem quentes, que um uso simultâneo excessivo, logo amornou.

Derreados das oito horas de caminhada, em boa parte acima dos cinco mil metros de altitude, quase sempre muito inclinada, reorganizamos o equipamento e a roupa à pressa.

Livres dessa chatice, mudamo-nos para o terraço, onde estava combinado encontrarmo-nos com o resto do grupo da travessia.

Em Muktinath, os 5410m de altitude do desfiladeiro, tinham passado para 3800m.

Mesmo se incomparável com o que sofremos no High Camp, o fim da tarde trouxe um frio que a pedra em que fora erguido o hotel parecia acentuar. Assim que o sol desapareceu para trás das montanhas, o terraço tornou-se desconfortável.

Já há muito habituados ao “jogo das cadeiras” das guest e tea houses dos Annapurnas, apressamo-nos a passar para a sala de refeições e a conquistarmos o entorno da salamandra. Lá nos reunimos a devorar os jantares que o metabolismo, aceleradíssimo de tanta caminhada e esforço, nos obrigou a antecipar.

Entregamo-nos a uma cavaqueira tão amena como a sala. Don, o nosso carregador, joga snooker com o pseudo-guia da Sara e do Manel. Quando terminam, o carregador irrompe convívio adentro, embriagado, como acontecia, noite após noite.

Temos que o convencer que não poderia regressar a Manang (a pelo menos um dia e meio de caminhada), àquela hora.

Que tinha que ir dormir e que sairia, recuperado, na madrugada seguinte. Apesar do seu alcoolismo e da estatura atarracada, pelo que tínhamos visto na ida, achávamos que, desde que não apanhasse tempo demasiado tempestuoso, Don voltaria a casa apenas num dia.

Por volta das 21h, alimentados e reconfortados, sentimos os corpos a darem de si. Fomo-nos todos deitar. Pensávamos que, após aqueles três dias desgastantes, dormiríamos até ao meio-dia. Ao invés, às 7h30 já estávamos a despertar, rejuvenescidos e uma vez mais esfomeados.

Devoramos o pequeno-almoço preferido do menu, entre as 8h30 e as 9h.

Meia-hora depois, espreitamos o principal santuário local, Mukti Kshetra (traduzível como “lugar da libertação”), vixnuíta e sagrado para os hindus mas que os budistas se habituaram a venerar.

Cumprida a curta peregrinação encosta acima, retornamos à rua ressequida dos hotéis. É entre bancas pejadas de roupa e de artesanato que inauguramos o trajecto para terras mais baixas.

Com Don a caminho de Manang, voltávamos a ter as duas mochilas grandes sobre nós. A readaptação àquele sobrepeso, custou-nos, mas, com os corpos massacrados de, não tarda, vinte dias de exercício intenso, depressa se cumpriu.

A primeira grande diferença que encontrámos no caminho esteve na paisagem. Já nos tínhamos habituado à neve que cobria as encostas e os cumes desde Thorong Pedi até às vertentes mais elevadas de Thorong La.

Ali, a norte de montanhas tão imponentes como a Annapurna III (7555m) e a Tilicho (7134m), entre a época das chuvas e o Inverno, a chuva e os nevões eram raros. O solo mantinha-se áspero e até poeirento, a vegetação, amarelada do frio e da secura.

Cursos de água vindouros abririam excepções exuberantes neste cenário. Faltava-nos lá chegar.

De Muktinath a Kagbeni, Quase Sempre a Descer

Despedimo-nos de Muktinath. Umas centenas de metros depois, percebemos que, salvo se o evitássemos, a continuação do Circuito Annapurna se faria sobre asfalto.

Num instante, concordamos que, sempre possível, encontraríamos atalhos e alternativas ainda imaculadas.

Nessa demanda, chegamos a um ponto com vista desafogada. Destacavam-se, ao longe, os picos aguçados e nevados da cordilheira Jakkriojagga (6402m).

Logo abaixo, um povoado extremo estendia-se sobre uma crista árida. Mal o detectámos, cortámos para o primeiro trilho campestre que nos parecia lá levar.

A obsessão por o fazermos, garantiu-nos a genuinidade himalaia e budista com que o Circuito Annapurna nos tinha prendado, até ao zénite de Thorong La.

O trilho entranha-se num reduto de socalcos que imaginávamos, de Maio a Setembro, ensopados e preenchidos por arrozais viçosos. Naquela altura, sustinham um qualquer outro cereal de sequeiro que tardava em despontar.

Um camponês incitava duas vacas a puxarem o arado com que, entre arbustos outonais, revolvia a terra.

De Entrada na Majestosa Jarkhot

Pouco depois de o saudarmos, damos com um sinal que, malgrado a forma de “proibido”, tinha, bem visível, um “Welcome to Jarkhot”.

Jarkhot foi, assim, a povoação que se seguiu, cerca de trezentos metros mais baixa que Muktinath, mais próxima do grande rio que por ali fluía, o Gandaki.

Ao cumprirmos os derradeiros passos, um grande bando de corvos descola não sabemos de onde. Uma súbita corrente ascendente convidara as aves negras a pairarem sobre o vale e sobre nós. Quando atingimos a entrada da aldeia e da sua longilínea gompa, já os tínhamos perdido de vista.

Após o hiato hindu do também conhecido por Shree Muktinath Temple, Jarkhot marcava um regresso em pleno à esfera budista-tibetana de quase todo o Circuito Annapurna, de povoações-santuário de que se destacaram Brakka e a bem mais vasta Manang.

Voltávamos a caminhar lado a lado com paredes de oração e a atravessar as estupas que serviam de portais de bênção à entrada e à saída, reforçadas por dois khenis, um masculino, outro feminino, duo de guardiães moldados em argila e incumbidos de devorarem os maus espíritos.

Bandeiras de oração destacavam-se dos telhados lisos dos vários edifícios da gompa.

Um morador vizinho do templo, aparece no terraço do seu lar e atira uma qualquer dádiva a galinhas que vasculhavam a ruela em frente.

Vista de sul e das suas traseiras, Jarkhot tinha-nos parecido uma coisa.

Depois de termos passado para o norte e dela nos distanciarmos, vemos definir-se a sua linha de edifícios, todos com fachadas alvas, com excepção para o edifício primordial, o palácio real sobranceiro e ocre.

Aos poucos, a povoação reveste-se de uma imponência condizente com o seu passado.

Jarkhot, um Passado entre a Realeza e a Medicina Tradicional Nepalesa

No século XVII, Jharkot, antes conhecida como Dzarkot, com frequência abreviado para Dzar, engrandeceu quando os reis da dinastia Gunthang se aperceberam da sua localização privilegiada.

Cercada de terra bem mais fértil que a que existia na região de Jhong, de que se apressaram a mudar.

A partir de Jharkot, a realeza continuou a reger um domínio vasto que, hoje, abarca doze baragaon, o equivalente a aldeias e às suas terras.

Nessa era, muito graças à fertilidade e abundância de plantas, as gentes de Jharkot especializaram-se em medicina e até veterinária naturais, nas suas mais diversas formas de cura.

Essa aptidão desenvolveu-se até hoje.

Na grande gompa de Jharkot, os monges budista-tibetanos preservam uma colecção profícua de remédios naturais a que os nepaleses das redondezas recorrem quando se veem aflitos.

O número de divisões e a grandiosidade do palácio real, em geral, atestam que os reis de Gunthang se mudaram para a velha Dzar com planos de por ali se manterem.

Apreciavam as perspectivas desafogadas sobre o vale de Muktinath, sobre Jhong, Putak e Khingar.

Kagbeni, a aldeia que tínhamos estabelecido como destino do dia, permanecia escondida pela encosta que se impunha a oeste e acima de Jharkot.

A Caminho de Kagbeni

O trilho que saía da aldeia descia em direção a um tributário do rio Gandaki. Uma vez que Kagbeni se situava noutra direcção, vimo-nos forçados a retomar o asfalto.

Instantes depois, um marco de distâncias plantado à beira da estrada informa-nos que Kagbeni distava cinco quilómetros.

Mesmo com as mochilas a pressionarem-nos os ombros como nunca, era coisa pouca para o que nos tínhamos habituado a percorrer.

A estrada serpenteia, apontada às montanhas descomunais e pontiagudas de Jakkriojagga. Continuamos sem ter vista para ocidente. Até que atingimos a ponta rebaixada da encosta que dava passagem à via.

Aí, desvendámos todo um novo vale, bem mais plano e verdejante que o de Jharkot, assente em terras de aluvião acumuladas, ao longo dos tempos, pelo fluxo do Gandaki.

Um leito descomunal e pedregoso do rio antecedia a povoação e os muitos minifúndios que a cercavam e alimentavam.

Uma nova encosta íngreme e barrenta fechava todo o cenário.

Kagbeni, o Portal para o Reino do Alto Mustang

Para norte, ficava o domínio durante muito tempo proibido de Alto Mustang que nos inspirou planos de futuras aventuras.

Quase 12 km e quatro horas de contemplação após a partida de Muktinath, estávamos às portas de Kagbeni.

Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna - A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
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Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
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Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
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