Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa


Boti Falls
O duo de quedas d'água que os nativos dizem que entra em matrimónio na época das chuvas, quando ambas se unem pelo aumento do caudal do rio.
Entrevista Salpicada
Guia das Boti Falls concede uma entrevista a jornalistas ganeses.
Privilégio de chefe
Chefe tribal é transportado sobre um palanquim, durante o Festival do Kente.
Audiência feminina
Grupo de mulheres em vestidos tradicionais, à saída do Festival do Kente de Kptoe.
Danças tribais
Duas dançarinas contorcem-se durante uma das exibições tribais do festival.
Discurso bem-disposto
Líder coroado a ouro prossegue com um discurso que faz sorrir a tribuna.
Próxima geração do Kente
Jovens participantes sentadas à sombra e trajadas com motivos kente com diversas cores.
Ganesas Intrigadas
Mulheres ganesas examinam a intrusão dos fotógrafos estrangeiros num festival que tende a ser quase só ganês.
Kente & Ouro
Chefe tribal numa das tribunas do festival vestido com tecido kente e repleto de ouro.
Desfile colorido
Parada de mulheres exibe um padrão kente tradicional de uma determinada região.
À sombra da Tradição
Multidão colorida assiste ao desenrolar do festival sentada à sombra de grandes chapéus de sol tradicionais.
Regresso animado
Mulheres conversam de regresso aos seus lares, após o encerramento do Festival Kente.
Irmãs
Jovens ganesas posam para uma fotografia mais intrigadas que orgulhosas ou vaidosas.
Tecidos e Simbolismos Tribais
Jovens ganesas posam para uma fotografia mais intrigadas que orgulhosas ou vaidosas.
A Umbrella Rock
Visitante das Boti Falls examina a forma caprichosa da Umbrella Rock.
Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.

A jornada de Kumasi para Koforidua demorou menos do que estávamos a recear, das onze da manhã às duas e meia da tarde com uma troca de jipe pelo caminho.

Aquele em que Frank, o motorista da GTA, autoridade de turismo do Gana, nos conduzia havia já alguns dias, começou a gerar barulhos metálicos. A que não seriam alheios um qualquer problema na bateria que fazia com que a sua luz no painel acendesse por tudo e por nada.

De acordo, Frank entra no estacionamento de um grande núcleo de restaurantes beira-estrada. Estaciona ao lado de um jipe igual ao nosso, cinza claro, em vez de escuro.

Os dois motoristas aconselham os passageiros a, enquanto tratavam do transbordo da bagagem, irem à casa de banho e comprarem o que quisessem. Em cima da hora do almoço, não nos fazemos rogados.

Passamos os olhos a correr pela profusão de petiscos em oferta. Compramos espetadas de frango e inhame frito, tudo para levar. Não tínhamos tempo a perder. Além do que, decorridos nove dias de périplo ganês, na sua maior parte, rodoviário, há muito que a atmosfera do veículo tinha deixado de nos preocupar.

Era suposto chegarmos à entrada de umas tais de quedas d’água de Boti antes das quatro da tarde.

Um desvio a um mercado de colares de contas ditado por Kojo Bentum-Williams e Yoosi Quarm, responsáveis do turismo causou um atraso de que, por mais que desejasse, Frank não conseguiria recuperar.

A Visita Atrasada às Quedas d’Água de Boti

Ao darmos entrada no parque que delimitava as cascatas, recebe-nos uma comitiva algo mal-diposta de quatro elementos, entre directores e guias: “Já não estávamos a contar convosco”, transmite uma directora local a Kojo, num tom seco de descompostura mal disfarçada. “nós fechamos às quatro, parece-me que foram atempadamente informados disso”.

Kojo puxa pelos galões diplomáticos e resolve o apuro como pode.

Instantes depois, estávamos todos a descer os duzentos e cinquenta degraus que conduziam à base das quedas d’água, por uma ladeira subsumida numa vegetação tropical luxuriante e encharcada.

No fundo, encontramos um lago lamacento, à sombra de árvores frondosas. Dessa sombra, o rio Pawnpanw precipitava-se de uma falésia meio côncava, ali já na forma das duas cachoeiras Boti inferiores.

Explica-nos um dos guias que ditava a tradição da região que a da direita era masculina. A da esquerda, feminina.

E que, aquando da estação das chuvas as duas quedas d’água se juntavam no que os nativos consideravam a sua época de acasalamento, agraciada por sucessivos arco-íris gerados pelos salpicos soltos pelo impacto da água e pelo vento.

Boti Falls, Gana

Boti Falls: de Perdidas na Selva a Refúgio de Repouso do Pai da Nação Ganesa

Hoje, uma mera atracção natural frequentada pelos ganeses em períodos de descanso, as Boti ocultam uma história controversa. Durante séculos, permaneceram escondidas na selva densa da zona. Assim foi até que um missionário católico com elas deu e passou a usá-las como lugar de repouso e diversão do seu núcleo de convivas.

No entanto, a terra em que se situavam pertencia aos Akyems de Tafo, um grupo tribal da zona. Quando a reclamaram, perceberam que já tinha sido vendida por um outro chefe tribal, a um membro de uma terceira tribo. Típica do complexo Gana, a disputa não parou de se complicar.

Requereu uma intervenção judicial que, contra a vontade de todos, declarou as quedas d’água domínio público.

Por essa altura, a contenda já tinha tornado as cachoeiras famosas. O primeiro Primeiro-Ministro e Presidente ganês, Dr. Kwame Nkrumah decidiu visitá-las em 1961. A imponência do cenário natural impressionou-o de tal maneira que Nkrumah incumbiu o comissário regional de ali lhe erguer uma casa de retiro.

Naquele fluir do rio e da gente, o tempo voltara a passar mais do que era suposto. Começava a escurecer. E ainda suposto espreitarmos uma outra peculiaridade natural da região de Yilo Krobo, esta feita apenas de rocha, em vez de rocha e água.

Visita Crepuscular e Seca à uma Misteriosa Umbrella Rock

A Umbrella Rock distava 2km dali, por caminho de cabras. Com o ocaso iminente, Kojo e o séquito, decidem que o percorríamos de jipe, em vez de a pé.

Desembarcados, numa atmosfera azulada de crepúsculo, desvendamos uma formação rochosa esculpida pela erosão com inspiração de cogumelo e de que o imaginário popular destacou poder abrigar das bátegas tropicais, de uma só vez, 12 a 15 dos seus.

Umbrella Rock, Kente Festival Agotime, GanaMesmo sem chuva, apesar da quase noite, a comitiva já bem expandida face à contada em Boti, entrega-se a fotos e selfies sem fim, numa sessão comunal a que só o escuro absoluto daquele vale perdido no nada de Akpamu, pôs fim.

Partimos rumo a Koforidua, a capital destas partes do país, tratada pela sua juventude por K-Dua ou por KofCity.

Uma Noite e Passagem Alucinante por Koforidua

Por mais informal que a cidade fosse chamada, encaminham-nos para um tal de Royal Hotel.

Devido ao trabalho no computador que tínhamos em atraso, dormimos meras cinco horas.

Às 8h10, despertamos feitos zombies, descompostos por Kojo com quem, por norma refilávamos todas as manhãs, por ele e Yoosi ditarem os começos dos dias para bem mais tarde que o que desejávamos.

Saímos em dois jipes, montanha acima, a grande velocidade, com os quatro piscas ligados, a buzinar e com ultrapassagens demasiado perigosas, numa mini-caravana a que só faltavam sirenes para nos assumirmos numa operação especial.

A Embaixada ao Chefe Tribal da Região que Nunca Chegou a ter Lugar

Malgrado a comoção, Yoosi explica-nos a ocorrência: “estamos a fazer um desvio. É suposto saudarmos o chefe tribal desta região e estamos muito atrasados.

No Gana, os chefes são soberbos. Não gostam de esperar. Quando os fazem esperar, os visitantes têm que lhes oferecer uma vaca. Não sai barato, acreditem!”

Acreditávamos. Quando damos entrada no The Royal Senchi – o resort a beira do rio Volta marcado como ponto de encontro – o tal Chefe Tribal já não estava. Ficámos sem perceber quem iria comprar o bovino,

Saúda-nos um gerente europeu do hotel. Bebemos cocktails de boas-vindas e tiramos uma foto oficial daquela visita de toca e foge.

Voltamos a sair, dessa feita apontados à delegação do turismo ganês de Ho, região do leste do Gana que viríamos mais a explorar

Escala na Cidade de Ho, a Caminho do Famoso Festival de Kente de Kpetoe

Lá se junta nos um guia da cidade. Nii Tawiah indica-nos o caminho para Kpetoe, o lugar a oriente de Ho em que, desde 1995, se realiza todos os anos, o festival Agbzmevorza, mais conhecido como Agotime Kente.

Para não variar, as estimativas e preparações do duo Kojo e Yoosi voltam a falhar.

Em vez de começar apenas da parte da tarde, como nos havia informado Kojo, o festival já decorria sobre um relvado desafogado.

Kente Festival Agotime, Gana, assistênciaUma multidão em parte sentada, em parte em pé, à sombra de chapéus de sol tribais elegantes, ocupava um sector mais amplo, digamos que popular.

Entrada de Rompante no Festival Agotime Kente já em Pleno

No centro, destacava-se um palanque com uma cobertura com as cores da bandeira ganesa e que abrigava os mais altos representantes de diversas sub-nações étnicas do Gana.

Na prática, durante o festival tem lugar uma recepção de chefes e seus súbditos que chegam com o propósito superior de exibir distintos tipos de trajes e tecidos kente produzidos nas suas regiões.

Kente Festival Agotime, Gana, jovens participantesO festival tem lugar em Agotime lugar que proclama que foram  as suas gentes a introduzir a arte da sua tecelagem do Kente no actual território ganês.

No entanto, a povoação de Bonwire, nas imediações de Kumasi, centro de etnia Ashanti do país, é também considerada uma fonte ganesa do Kente.

Seja qual for a sua origem e alma ganesa, arte do kente disseminou-se e diversificou-se.

Kente Festival Agotime, Gana, paradaO kente é tecido em faixas de seda e algodão sob as mais diversas formas e níveis de qualidade que víamos trajadas à laia de toga nos homens, mulheres e até crianças em redor.

Existe o kente autêntico tecido apenas por meio tradicional. Existe também um outro intermédio que sai de fábricas ganesas como a Viisco e a Akosombo Textile Lda.

Depois – não há como lhe escapar – é ainda comercializada uma versão baratucha produzida em massa na China, por norma, para consumo do público ocidental.

A Diversidade de Padrões e o Significado dos Tons do Kente

Em qualquer caso, cada uma das cores empregues nos padrões do kente tem o seu significado: o negro identifica-se com a madurez, espiritualidade ancestral, funeral, luto e afins. O azul com a paz, a harmonia e o amor. O verde com a vegetação, a plantação, a colheita o crescimento, a renovação espiritual. O dourado com a realeza, riqueza, estatuto elevado, glória, pureza espiritual.

E por aí fora, quanto ao restante espectro cromático. Os padrões do kente são complexos e identificados com um nome e até uma mensagem do tecelão.

Kente Festival Agotime, Gana, irmãs

Os nomes dos tecidos, como as cores e os padrões, provam-se elementos importantes na altura dos ganeses adquirirem o seu kente. Se o dinheiro não for um problema, a qualidade do tecido também nunca o será.

O Kente mais valioso é, de longe, o tradicional, o usado pelos chefes tradicionais que apreciávamos resplandecerem no relvado e tribunas circundantes, coroados e decorados com cordões, braceletes, anéis, medalhões e restante parafernália de ouro.

Kente Festival Agotime, Gana, ouro

E que, protegidos da torreira da tarde por uma grande tenda de lona e afundados em cadeirões, ouvíamos discursarem em câmera lenta, parecia-nos que sem fim.

A certo ponto, a organização vê-se forçada a apressar e abreviar os discursos que se seguiam, um golpe rude para alguns líderes que há dias preparavam as suas ilustres mensagens.

Danças, Exibições Tradicionais e as dos Chefes Tribais, elevados sobre Palanquins Excêntricos

Regressamos ao descoberto do relvado. Lá têm início exibições de dança ao ritmo de jambés, tambores e espécies de maracas ganesas.

Kente Festival Agotime, Gana, dançasAs mulheres alinham-se. Dançam em fila e exibem os seus kentes e as formas voluptuosas neles apertadas num círculo de êxtase solarengo, orgulhoso e sorridente.

Não era o primeiro festival tribal ganês em que participávamos. Tínhamos vivido o Fetu Afahye com incrível intensidade, nas ruas de Cape Coast.

Com a tarde a caminhar para o seu término, intensificava-se em nós a sensação de que faltava naquele Agotime Kente Festival qualquer coisa de incontornável. Só durou uns minutos.

De um momento para o outro, as danças, os tambores, os jambés, toda a música e restantes expressões populares sobre o relvado desvaneceram-se.

Dois chefes aproximaram-se do fundo da clareira, num plano acima da multidão. Parte dessa multidão, aliás, carregava-os sobre palanquins exuberantes, espécies de grandes banheiras douradas padronizadas com motivos intrincados.

Kente Festival Agotime, Gana, chefe tribalNum ponto central do relvado, desimpedido de gente por seguranças da organização, os chefes ficam lado a lado, cada qual embrulhado na toga de kente respectiva, a brandir a sua espada e outros elementos significativos da sua realeza e da supremacia que justificava ali se exibirem sobranceiros.

Logo, seguiram os seus próprios destinos e o dos seus povos.

Todo o poder tem limites.

No entretanto, o seu foi transferido para o palanque central. Lá seriam inauguradas as condecorações e discursos nacionais e magnânimos de encerramento.

Deram o mote para uma debandada gradual da multidão.

Kente Festival Agotime, Gana, de regressoPara o regresso aos lares e aos trajes humildes do dia-a-dia ganês. Se os deuses assim permitissem, no ano seguinte, o kente voltaria a ser celebrado.

Volta, Gana

Uma Volta pelo Volta

Em tempos coloniais, a grande região africana do Volta foi alemã, britânica e francesa. Hoje, a área a leste deste rio majestoso da África Ocidental e do lago em que se espraia forma uma província homónima. E um recanto montanhoso, luxuriante e deslumbrante do Gana.
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Nzulezu, Gana

Uma Aldeia à Tona do Gana

Partimos da estância balnear de Busua, para o extremo ocidente da costa atlântica do Gana. Em Beyin, desviamos para norte, rumo ao lago Amansuri. Lá encontramos Nzulezu, uma das mais antigas e genuínas povoações lacustres da África Ocidental.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
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Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
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