Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta


Indígena Coroado
Um jovem índio Cospes, bem distinto pela sua coroa altiva de penas, sorri para outros do outro lado da rua.
Pauliteiros em Acção
Pauliteiros dançam em honra de São Isidro, o padroeiro dos agricultores, na estrada que liga Mucusún a San Juan, nas imediações de Tostes.
San José de Acequias
Uma das povoações fulcrais dos Pueblos del Sur de Mérida, perdida num vale verdejante percorrido por um rio homónimo.
Danças com Locainas de Santa Rita
Locainas (homens vestidos de damas) dançam em êxtase num canto da praça central de San José de Acequias. As locainas são só algumas das personagens do calendário de festas preenchido dos Pueblos del Sur.
Às compras
Jovem moradora de San José de Acequias recorre a uma velha loja do pueblo, situada numa casa colonial da praça central.
Índios Fuliginosos
Índios Cospes enegrecidos continuam a resistir à evangelização hispânica em Mucusún, um lugarejo nas imediações de San José de Acequias.
Transacção de Pauliteiros
Dois Pauliteros completam um pequeno negócio de ocasião no fim de uma longa exibição das suas artes em honra de San Isidro.
À margem da festa
Carolina segura o filho Jean Alejandro no pátio antigo de uma casa colonial do coração de San José de Acequias.
Pausa Conveniente
Dois índios Cospes repousam das suas danças em honra da Virgem de Coromoto, junto a uma casa de beira de estrada de Mucusún.
Pauliteiro de Colo
Pai segura um pequeno pauliteiro a quem nem a animação dos congéneres junto a Mucuambin rouba o sono.
Amigas Cospes
Jovens mascaradas de indígenas seguem a bordo da caixa de uma pick-up após as danças em honra da Virgem de Coromoto.
A Estrela da Peça
Jovem actriz de San José de Acequias canta num dos trechos musicais da peça juvenil que protagoniza.
Pequeno Pirata y Viajero
Dona Marilin Fernández eleva o seu neto Jean Alejandro junto ao tabuleiro de jogo que lhe mostrava.
Pauliteiro em Serapilheira
Um dos muitos pauliteiros presentes na festa, trajado à sua própria moda.
Capacete não-homologado
Pauliteros rumam a San José de Acequias,. um deles ainda com a sua máscara felpuda assustadora posta, apesar do sol forte que se fazia sentir na região andina dos Pueblos del Sur.
Paciência de Índio
Nativo dos Pueblos del Sur vestido de índio Cospes aguarda por companheiros para prosseguir para San José de Acequias, onde é suposto a festa continuar.
Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.

Enquanto descemos das terras elevadas de Mérida (1.610 m) por uma longa estrada de desfiladeiro, o cenário abrigado entre encostas íngremes torna-se árido. E, logo, pedregoso, salpicado por cactos.

Quase meia-hora de pendente depois, alcançamos Las González.

Damos com o portal de entrada para os Pueblos del Sur decorado com um painel semi-político que classifica o destino como turístico e, ao mesmo tempo, promove a figura de Marcos Díaz Orellana, o governador bolivariano do estado.

O rio Chama broa por ali, acelerado pelo declive que o faz desaguar ainda mais depressa no Maracaibo, o grande lago de que, quando está em condições político-económicas para isso, a Venezuela extrai a maior parte da sua riqueza petrolífera.

Atravessamo-lo por uma velha ponte de ferro com aspecto de campanha. Na margem oposta, tem início a ascensão para as montanhas e vales em que se escondia o destino final.

O Caminho Andino Para os Pueblos del Sur

A estrada de asfalto prova-se desgastada, sinuosa, cada vez mais estreita. O desfazer de uma das suas curvas e contracurvas revela-nos um motociclista-artista da região. Tinha-se detido junto a uma paredão argiloso. Ali trabalhava numa escultura comemorativa, de canivete em riste e capacete colocado com a viseira para baixo, para se proteger da poeira que a sua escavação provocava.

À conta da paragem propositada do autocarro e da curiosidade do grupo multinacional de passageiros, o trânsito deixa praticamente de fluir.

Vêmo-nos forçados a prosseguir caminho. Só nos voltamos a deter à chegada a um lugarejo de nome Mucusún. Ali, surpreende-nos um bando de nativos enegrecidos trajados com saias de vime e coroas de penas e plumas. Eram todos pauliteiros solidários.

Dançavam entregues à música chiadeira de um violoncelista acompanhado por dois tocadores de viola e a uma coreografia que privilegia a soltura de movimentos.

Pauliteiro em Serapilheira

Um dos muitos pauliteiros presentes na festa, trajado à sua própria moda.

A Lenda Indígena-Cristã da Virgem de Coromoto

A exibição daqueles que nos informaram ser índios Cospes homenageava a Virgem de Coromoto. Em tempos, os Cospes foram refugiados da colonização e evangelização forçada dos espanhóis. Até que a Virgem lhes apareceu na selva de Guanare em que se refugiavam e os incitou a baptizarem-se a converterem-se.

Quase todos os indígenas aceitaram. Não foi esse o caso do cacique – de nome Coromoto – que receava perder a sua importância. Coromoto fugiu. A Virgem voltou a aparecer-lhe. Irado, Coromoto tentou agarrá-la mas a Virgem desapareceu, materializada numa pequena estampa vegetal que viria a ser encontrada e é venerada pelos venezuelanos.

Quanto a Coromoto, foi mordido por uma cobra venenosa. Regressou moribundo a Guanare onde, em transe, começou a pedir o seu próprio baptismo. Salvo da morte pela Virgem e convertido, tornou-se um apóstolo. Rogou a um grupo de índios que ainda resistiam que se convertessem.

Mais tarde, já com o nome católico de Ángel Custódio, morreu de velhice.

Os Indígenas Cospes Retomam a Sua Exibição

A dança dos Cospes desenrola-se entre uma plantação elevada e um casario rural oposto, coberto de telhas coloniais envelhecidas.

Quando termina, o cacique dos “indígenas” inaugura um discurso o mais pomposo possível em que louva a chegada dos visitantes da FITVEN, a feira internacional de turismo venezuelana que havia suscitado toda a encenação.

Indígena Coroado

E, sobretudo, a iniciativa do Ministério do Turismo da sua pátria bolivariana em fazer daquelas paragens remotas um destino turístico.

Confrontamos o actor de Coromoto de câmaras em riste. O cacique regressa ao seu papel de líder dos indígenas fuliginosos. Pega num arco cupídico de madeira e faz-se ainda mais selvagem.

Aponta-nos o seu arquinho e a flecha diminuta. Ao mesmo tempo, esconde a face e emite gritos e uivos de criatura em pânico, intercalados com bufos de fúria.

Índios Fuliginosos

Índios Cospes enegrecidos continuam a resistir à evangelização hispânica em Mucusún, um lugarejo nas imediações de San José de Acequias.

Acompanhamos o acto até ao índio Cospe lhe pôr cobro. Após o que regressamos ao autocarro benzidos pelo som de uma maraca que passa a tocar na nossa direcção.

Os Pauliteiros, Locos e Locainas Exuberantes de Mucuambin

Continuamos serra adentro perseguidos por uma carrinha pick up carregada de índios cospes que se haveriam de juntar à festa mais à frente. Ao chegarmos às imediações de Mucuambin, a cena repete-se. Dessa feita, a cores.

Pauliteiros em Acção

Pauliteiros dançam em honra de São Isidro, o padroeiro dos agricultores, na estrada que liga Mucusún a San Juan, nas imediações de Tostes.

Descemos para a beira da estrada. Lá nos prendam com danças frenéticas de pauliteiros, vários em trajes garridos repletos de franjas, em estilo de caretos das Américas, em homenagem a San Isidro, o santo padroeiro dos agricultores.

Cada qual exibe o seu visual irreverente. Alguns usam máscaras que são cabeças medonhas de cabra, vaca e outros animais domésticos.

Capacete não-homologado

Pauliteros rumam a San José de Acequias,. um deles ainda com a sua máscara felpuda assustadora posta, apesar do sol forte que se fazia sentir na região andina dos Pueblos del Sur.

Eternizações fascinantes de cultos e rituais totémicos dos povos chibcha e arawak com que os colonos espanhóis se debateram no século XVI e que acabaram por aniquilar ou assimilar.

Pauliteiro de Colo

Pai segura um pequeno pauliteiro a quem nem a animação dos congéneres junto a Mucuambin rouba o sono.

Até bebés se sujeitam à tradição. Vemo-los adormecerem ao colo, em vestes reduzidas com os mesmos padrões das dos mais velhos. Enquanto isso, alguns adultos capricham na sua infantilidade. Cavalgam sobre cavalitos de pau no meio de uma roda de pauliteiros incansáveis.

Também em Mucuambin, o espectáculo atinge o seu término.

Regressamos mais uma vez à boleia do autocarro da organização. Segue-nos um bando folclórico de motociclistas movidos pela satisfação do dever cumprido.

San José, Coração dos Pueblos del Sur

Vencidas mais umas curvas, quase sempre sobre abismos, e uma enorme ladeira que atravessa o vale repleto de milharais do rio San José, penetramos na praça central da cidade homónima, aquela que é considerada a povoação nuclear dos Pueblos del Sur.

San José de Acequias

Uma das povoações fulcrais dos Pueblos del Sur de Mérida, perdida num vale verdejante percorrido por um rio homónimo.

Junto à esquadra de polícia, um mural a negro junta o trio Chávez, Castro e Morales. Valida o bolivarianismo da municipalidade com a máxima “No estamos dispuestos a dejarle a nuestros hijos una pátria reducida a escombros por el capitalismo”.

Uma multidão ansiosa, aguardava a vinda da comitiva, à sombra das árvores e alinhada numa diagonal vertiginosa, sob os telheiros do casario secular. Mal damos entrada na praça, em vez de locos, é um batalhão de locainas também com grandes cabeleiras e em longos vestidos antigos de cores vivas que assume o protagonismo.

Danças com Locainas de Santa Rita

Locainas (homens vestidos de damas) dançam em êxtase num canto da praça central de San José de Acequias. As locainas são só algumas das personagens do calendário de festas preenchido dos Pueblos del Sur.

Fazem ressoar os inevitáveis paulitos uns nos outros. Esse ritmo, sincronizado com o dos tambores, mantém os moradores, habituados àquela animação apenas noutras alturas do ano, sob uma espécie transe.

O dono do negócio mais bem localizado da aldeia, de chapéu de vaqueiro, não se faz rogado. Factura muitos bolívares extra, abrigado entre um balcão de madeira envelhecido e prateleiras mal arrumadas.

Às compras

Jovem moradora de San José de Acequias recorre a uma velha loja do pueblo, situada numa casa colonial da praça central.

Também Marilin Fernández, a vizinha do lado, cede ao chamariz do lucro. Aproveita a disponibilidade da sua geleira decana e improvisa a sua própria bodega que assinala com um simples rectângulo de papel escrito a marcador sobre a janela.

“Venham ver o meu forno de lenha!”. Convida-nos para compensar a resistência rebelde da sua mais jovem filha ao convívio com os forasteiros.

Não pensamos duas vezes. No interior do lar, damos com divisões espartanas e lúgubres mas também com um pátio central a céu aberto que pouco ou nada teria mudado desde a construção colonial do domicílio.

Nesse mesmo pátio, Carolina produz-se com grande minúcia ao espelho, sempre de olho no neto de Marilin, mesmo assim, esperançada em ainda apanhar o melhor da romaria.

Pequeno Pirata y Viajero

Dona Marilin Fernández eleva o seu neto Jean Alejandro junto ao tabuleiro de jogo que lhe mostrava.

O Fim de Festa Vespertino e o Fim da Tarde Encharcado

Lá fora, a comemoração tinha-se mudado para uma pequena hacienda a que autoridades de ocasião mantinham o acesso restringido, por forma a evitarem uma indesejada enchente.

Sobre a relva da fazenda, tem lugar um banquete de almoço e uma exibição mais ampla da vida e das festas tradicionais dos Pueblos del Sur.

Há um trapiche histórico em regime de self-service. E uma espera a que alguns visitantes se sujeitam para conseguirem copos de sumo de cana-de-açúcar acabado de espremer. Sob telheiros próximos, outro conjunto de músicos toca temas famosos entre os nativos. Vendedores dão a conhecer artesanato e o sabor dos principais pitéus da região.

Ainda nos juntamos ao público entusiasta de uma peça de teatro musical, feminina e juvenil que aborda as dificuldades em encontrar o homem certo para o casamento.

A Estrela da PeçaHavia muito que nuvens escuras como breu se apoderavam do vale. Mal a peça termina, desata a chover a potes. Todo San José se refugia da mais que garantida molha.

Detemo-nos entre a fazenda e a praça central, junto a um grupo de adolescentes que tinham terminado uma qualquer prova desportiva e se premiavam com sorvetes caseiros embalados em sacos.

Um deles ouve-nos dialogar e pergunta se somos portugueses. “Pois, bem me parecia que estava a reconhecer essa maneira de falar. Há mais uns poucos por aí. Já há muito que não falam como vocês mas de certeza alguns vos percebem bem melhor que eu!”.

Esperamos que o aguaceiro ceda à bonança e regressámos ao coração daquele Pueblo del Sur em êxtase atentos a sinais de vida dos inesperados descendentes de luso-venezuelanos.

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