Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta


Indígena Coroado
Um jovem índio Cospes, bem distinto pela sua coroa altiva de penas, sorri para outros do outro lado da rua.
Pauliteiros em Acção
Pauliteiros dançam em honra de São Isidro, o padroeiro dos agricultores, na estrada que liga Mucusún a San Juan, nas imediações de Tostes.
San José de Acequias
Uma das povoações fulcrais dos Pueblos del Sur de Mérida, perdida num vale verdejante percorrido por um rio homónimo.
Danças com Locainas de Santa Rita
Locainas (homens vestidos de damas) dançam em êxtase num canto da praça central de San José de Acequias. As locainas são só algumas das personagens do calendário de festas preenchido dos Pueblos del Sur.
Às compras
Jovem moradora de San José de Acequias recorre a uma velha loja do pueblo, situada numa casa colonial da praça central.
Índios Fuliginosos
Índios Cospes enegrecidos continuam a resistir à evangelização hispânica em Mucusún, um lugarejo nas imediações de San José de Acequias.
Transacção de Pauliteiros
Dois Pauliteros completam um pequeno negócio de ocasião no fim de uma longa exibição das suas artes em honra de San Isidro.
À margem da festa
Carolina segura o filho Jean Alejandro no pátio antigo de uma casa colonial do coração de San José de Acequias.
Pausa Conveniente
Dois índios Cospes repousam das suas danças em honra da Virgem de Coromoto, junto a uma casa de beira de estrada de Mucusún.
Pauliteiro de Colo
Pai segura um pequeno pauliteiro a quem nem a animação dos congéneres junto a Mucuambin rouba o sono.
Amigas Cospes
Jovens mascaradas de indígenas seguem a bordo da caixa de uma pick-up após as danças em honra da Virgem de Coromoto.
A Estrela da Peça
Jovem actriz de San José de Acequias canta num dos trechos musicais da peça juvenil que protagoniza.
Pequeno Pirata y Viajero
Dona Marilin Fernández eleva o seu neto Jean Alejandro junto ao tabuleiro de jogo que lhe mostrava.
Pauliteiro em Serapilheira
Um dos muitos pauliteiros presentes na festa, trajado à sua própria moda.
Capacete não-homologado
Pauliteros rumam a San José de Acequias,. um deles ainda com a sua máscara felpuda assustadora posta, apesar do sol forte que se fazia sentir na região andina dos Pueblos del Sur.
Paciência de Índio
Nativo dos Pueblos del Sur vestido de índio Cospes aguarda por companheiros para prosseguir para San José de Acequias, onde é suposto a festa continuar.
Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.

Enquanto descemos das terras elevadas de Mérida (1.610 m) por uma longa estrada de desfiladeiro, o cenário abrigado entre encostas íngremes torna-se árido. E, logo, pedregoso, salpicado por cactos.

Quase meia-hora de pendente depois, alcançamos Las González.

Damos com o portal de entrada para os Pueblos del Sur decorado com um painel semi-político que classifica o destino como turístico e, ao mesmo tempo, promove a figura de Marcos Díaz Orellana, o governador bolivariano do estado.

O rio Chama broa por ali, acelerado pelo declive que o faz desaguar ainda mais depressa no Maracaibo, o grande lago de que, quando está em condições político-económicas para isso, a Venezuela extrai a maior parte da sua riqueza petrolífera.

Atravessamo-lo por uma velha ponte de ferro com aspecto de campanha. Na margem oposta, tem início a ascensão para as montanhas e vales em que se escondia o destino final.

O Caminho Andino Para os Pueblos del Sur

A estrada de asfalto prova-se desgastada, sinuosa, cada vez mais estreita. O desfazer de uma das suas curvas e contracurvas revela-nos um motociclista-artista da região. Tinha-se detido junto a uma paredão argiloso. Ali trabalhava numa escultura comemorativa, de canivete em riste e capacete colocado com a viseira para baixo, para se proteger da poeira que a sua escavação provocava.

À conta da paragem propositada do autocarro e da curiosidade do grupo multinacional de passageiros, o trânsito deixa praticamente de fluir.

Vêmo-nos forçados a prosseguir caminho. Só nos voltamos a deter à chegada a um lugarejo de nome Mucusún. Ali, surpreende-nos um bando de nativos enegrecidos trajados com saias de vime e coroas de penas e plumas. Eram todos pauliteiros solidários.

Dançavam entregues à música chiadeira de um violoncelista acompanhado por dois tocadores de viola e a uma coreografia que privilegia a soltura de movimentos.

Pauliteiro em Serapilheira

Um dos muitos pauliteiros presentes na festa, trajado à sua própria moda.

A Lenda Indígena-Cristã da Virgem de Coromoto

A exibição daqueles que nos informaram ser índios Cospes homenageava a Virgem de Coromoto. Em tempos, os Cospes foram refugiados da colonização e evangelização forçada dos espanhóis. Até que a Virgem lhes apareceu na selva de Guanare em que se refugiavam e os incitou a baptizarem-se a converterem-se.

Quase todos os indígenas aceitaram. Não foi esse o caso do cacique – de nome Coromoto – que receava perder a sua importância. Coromoto fugiu. A Virgem voltou a aparecer-lhe. Irado, Coromoto tentou agarrá-la mas a Virgem desapareceu, materializada numa pequena estampa vegetal que viria a ser encontrada e é venerada pelos venezuelanos.

Quanto a Coromoto, foi mordido por uma cobra venenosa. Regressou moribundo a Guanare onde, em transe, começou a pedir o seu próprio baptismo. Salvo da morte pela Virgem e convertido, tornou-se um apóstolo. Rogou a um grupo de índios que ainda resistiam que se convertessem.

Mais tarde, já com o nome católico de Ángel Custódio, morreu de velhice.

Os Indígenas Cospes Retomam a Sua Exibição

A dança dos Cospes desenrola-se entre uma plantação elevada e um casario rural oposto, coberto de telhas coloniais envelhecidas.

Quando termina, o cacique dos “indígenas” inaugura um discurso o mais pomposo possível em que louva a chegada dos visitantes da FITVEN, a feira internacional de turismo venezuelana que havia suscitado toda a encenação.

Indígena Coroado

E, sobretudo, a iniciativa do Ministério do Turismo da sua pátria bolivariana em fazer daquelas paragens remotas um destino turístico.

Confrontamos o actor de Coromoto de câmaras em riste. O cacique regressa ao seu papel de líder dos indígenas fuliginosos. Pega num arco cupídico de madeira e faz-se ainda mais selvagem.

Aponta-nos o seu arquinho e a flecha diminuta. Ao mesmo tempo, esconde a face e emite gritos e uivos de criatura em pânico, intercalados com bufos de fúria.

Índios Fuliginosos

Índios Cospes enegrecidos continuam a resistir à evangelização hispânica em Mucusún, um lugarejo nas imediações de San José de Acequias.

Acompanhamos o acto até ao índio Cospe lhe pôr cobro. Após o que regressamos ao autocarro benzidos pelo som de uma maraca que passa a tocar na nossa direcção.

Os Pauliteiros, Locos e Locainas Exuberantes de Mucuambin

Continuamos serra adentro perseguidos por uma carrinha pick up carregada de índios cospes que se haveriam de juntar à festa mais à frente. Ao chegarmos às imediações de Mucuambin, a cena repete-se. Dessa feita, a cores.

Pauliteiros em Acção

Pauliteiros dançam em honra de São Isidro, o padroeiro dos agricultores, na estrada que liga Mucusún a San Juan, nas imediações de Tostes.

Descemos para a beira da estrada. Lá nos prendam com danças frenéticas de pauliteiros, vários em trajes garridos repletos de franjas, em estilo de caretos das Américas, em homenagem a San Isidro, o santo padroeiro dos agricultores.

Cada qual exibe o seu visual irreverente. Alguns usam máscaras que são cabeças medonhas de cabra, vaca e outros animais domésticos.

Capacete não-homologado

Pauliteros rumam a San José de Acequias,. um deles ainda com a sua máscara felpuda assustadora posta, apesar do sol forte que se fazia sentir na região andina dos Pueblos del Sur.

Eternizações fascinantes de cultos e rituais totémicos dos povos chibcha e arawak com que os colonos espanhóis se debateram no século XVI e que acabaram por aniquilar ou assimilar.

Pauliteiro de Colo

Pai segura um pequeno pauliteiro a quem nem a animação dos congéneres junto a Mucuambin rouba o sono.

Até bebés se sujeitam à tradição. Vemo-los adormecerem ao colo, em vestes reduzidas com os mesmos padrões das dos mais velhos. Enquanto isso, alguns adultos capricham na sua infantilidade. Cavalgam sobre cavalitos de pau no meio de uma roda de pauliteiros incansáveis.

Também em Mucuambin, o espectáculo atinge o seu término.

Regressamos mais uma vez à boleia do autocarro da organização. Segue-nos um bando folclórico de motociclistas movidos pela satisfação do dever cumprido.

San José, Coração dos Pueblos del Sur

Vencidas mais umas curvas, quase sempre sobre abismos, e uma enorme ladeira que atravessa o vale repleto de milharais do rio San José, penetramos na praça central da cidade homónima, aquela que é considerada a povoação nuclear dos Pueblos del Sur.

San José de Acequias

Uma das povoações fulcrais dos Pueblos del Sur de Mérida, perdida num vale verdejante percorrido por um rio homónimo.

Junto à esquadra de polícia, um mural a negro junta o trio Chávez, Castro e Morales. Valida o bolivarianismo da municipalidade com a máxima “No estamos dispuestos a dejarle a nuestros hijos una pátria reducida a escombros por el capitalismo”.

Uma multidão ansiosa, aguardava a vinda da comitiva, à sombra das árvores e alinhada numa diagonal vertiginosa, sob os telheiros do casario secular. Mal damos entrada na praça, em vez de locos, é um batalhão de locainas também com grandes cabeleiras e em longos vestidos antigos de cores vivas que assume o protagonismo.

Danças com Locainas de Santa Rita

Locainas (homens vestidos de damas) dançam em êxtase num canto da praça central de San José de Acequias. As locainas são só algumas das personagens do calendário de festas preenchido dos Pueblos del Sur.

Fazem ressoar os inevitáveis paulitos uns nos outros. Esse ritmo, sincronizado com o dos tambores, mantém os moradores, habituados àquela animação apenas noutras alturas do ano, sob uma espécie transe.

O dono do negócio mais bem localizado da aldeia, de chapéu de vaqueiro, não se faz rogado. Factura muitos bolívares extra, abrigado entre um balcão de madeira envelhecido e prateleiras mal arrumadas.

Às compras

Jovem moradora de San José de Acequias recorre a uma velha loja do pueblo, situada numa casa colonial da praça central.

Também Marilin Fernández, a vizinha do lado, cede ao chamariz do lucro. Aproveita a disponibilidade da sua geleira decana e improvisa a sua própria bodega que assinala com um simples rectângulo de papel escrito a marcador sobre a janela.

“Venham ver o meu forno de lenha!”. Convida-nos para compensar a resistência rebelde da sua mais jovem filha ao convívio com os forasteiros.

Não pensamos duas vezes. No interior do lar, damos com divisões espartanas e lúgubres mas também com um pátio central a céu aberto que pouco ou nada teria mudado desde a construção colonial do domicílio.

Nesse mesmo pátio, Carolina produz-se com grande minúcia ao espelho, sempre de olho no neto de Marilin, mesmo assim, esperançada em ainda apanhar o melhor da romaria.

Pequeno Pirata y Viajero

Dona Marilin Fernández eleva o seu neto Jean Alejandro junto ao tabuleiro de jogo que lhe mostrava.

O Fim de Festa Vespertino e o Fim da Tarde Encharcado

Lá fora, a comemoração tinha-se mudado para uma pequena hacienda a que autoridades de ocasião mantinham o acesso restringido, por forma a evitarem uma indesejada enchente.

Sobre a relva da fazenda, tem lugar um banquete de almoço e uma exibição mais ampla da vida e das festas tradicionais dos Pueblos del Sur.

Há um trapiche histórico em regime de self-service. E uma espera a que alguns visitantes se sujeitam para conseguirem copos de sumo de cana-de-açúcar acabado de espremer. Sob telheiros próximos, outro conjunto de músicos toca temas famosos entre os nativos. Vendedores dão a conhecer artesanato e o sabor dos principais pitéus da região.

Ainda nos juntamos ao público entusiasta de uma peça de teatro musical, feminina e juvenil que aborda as dificuldades em encontrar o homem certo para o casamento.

A Estrela da PeçaHavia muito que nuvens escuras como breu se apoderavam do vale. Mal a peça termina, desata a chover a potes. Todo San José se refugia da mais que garantida molha.

Detemo-nos entre a fazenda e a praça central, junto a um grupo de adolescentes que tinham terminado uma qualquer prova desportiva e se premiavam com sorvetes caseiros embalados em sacos.

Um deles ouve-nos dialogar e pergunta se somos portugueses. “Pois, bem me parecia que estava a reconhecer essa maneira de falar. Há mais uns poucos por aí. Já há muito que não falam como vocês mas de certeza alguns vos percebem bem melhor que eu!”.

Esperamos que o aguaceiro ceda à bonança e regressámos ao coração daquele Pueblo del Sur em êxtase atentos a sinais de vida dos inesperados descendentes de luso-venezuelanos.

Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Cerimónias e Festividades
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Cidades
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
viagem de volta ao mundo, símbolo de sabedoria ilustrado numa janela do aeroporto de Inari, Lapónia Finlandesa
Em Viagem
Volta ao Mundo - Parte 1

Viajar Traz Sabedoria. Saiba como dar a Volta ao Mundo.

A Terra gira sobre si própria todos os dias. Nesta série de artigos, encontra esclarecimentos e conselhos indispensáveis a quem faz questão de a circundar pelo menos uma vez na vida.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Horseshoe Bend
História
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Navala, Viti Levu, Fiji
Ilhas
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal
Natureza
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Hell's Bend do Fish River Canyon, Namíbia
Parques Naturais
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
Património Mundial UNESCO
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Tambores e tatoos
Praias
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Teleférico de Sanahin, Arménia
Religião
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Singapura, ilha Sucesso e Monotonia
Sociedade
Singapura

A Ilha do Sucesso e da Monotonia

Habituada a planear e a vencer, Singapura seduz e recruta gente ambiciosa de todo o mundo. Ao mesmo tempo, parece aborrecer de morte alguns dos seus habitantes mais criativos.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.