Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico


A Gran Sabana
A savana salpicada de palmeiras buritis em que foram rodadas cenas de Parque Jurássico.
Num rio de jaspe
Família refresca-se sobre jaspe, na lagoa formada pelo salto Kamá, uma das várias quedas d' água imponentes da Gran Sabana.
A caminho do Mundo Perdido
Carregadores transportam provisões para uma expedição de subida ao Monte Roraima.
Guru da Gran Sabana
Líder e guia guianês Alexis, que acompanha as expedições de visitantes ao Monte Roraima e com eles partilha sabedoria e estórias da Gran Sabana.
Kamá meru
O Salto Meru, um dos vários tropeções do rio Aponwao no seu percurso ao longo da Gran Sabana.
Armas pemones
Montra de pequenas zarabatanas usadas pelos várias indígenas hoje denominados Pémon, expostas para cativar compradores no cimo do Salto Kamá.
Alga sobre jaspe
Vegetação verde prospera sobre a superfície polida de jaspe da Quebrada com o mesmo nome.
Acima da savana
Participantes numa expedição ao cimo do Monte Roraima admiram a vasta Gran Sabana, a partir de uma elevação do tepuy.
Papagaio louro
Papagaio dissimulado na vegetação verdejante em redor do rio Aponwao.
Caudal enfurecido
Aguaceiro engrossa o caudal já volumoso do rio Yuruani e a força de uma outra queda d'água da Gran Sabana, o salto Yuruani.
Futebol entre tepuys
Campo de futebol demasiado ervado com vista privilegiada para os tepuys Roraima e Kukenam
Repouso sobre jaspe II
Família descontrai na água tépida e batida pelo sol da lagoa do salto Kamá.
Lares Pemones
Cabanas típicas das etnias pemon que habitam a Gran Sabana, nas imediações do Salto Kamá.
Pequeno Salto
Queda d'água reduzida em comparação com várias outras imponentes a norte de Santa Elena de Uáiren.

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Não serão propriamente frequentes os casos de quem visite a Venezuela com entrada pelo seu remoto sul. É verdade que celebrámos a conveniência de voar da cidade brasileira de Belém para Manaus, completar o percurso dali para Boavista e, logo, até à fronteira em vez de pagar um balúrdio por um voo internacional com várias paragens que nos obrigaria a ir até uma das principais cidades brasileiras e, desta para Caracas, ainda bem longe das paragens venezuelanas raianas que tínhamos em mente.

Só uma incidência pseudo-climatológica da viagem, em particular, desfez da satisfação gerada pela existência de uma alternativa, reforçada pelo facto de nem termos sequer que pernoitar em Manaus. Nas últimas seis horas do primeiro trecho de autocarro – foram 15 de viagem, mais de 24 se contarmos com as esperas em estações de camionagem – o motorista desligou as luzes e prendou os passageiros com ar condicionado enregelante. Mesmo precavidos com camisolas de manga comprida, só uma manta dourada de amianto estaladiço que transportávamos para precaver eventuais hipotermias evitou que adoecêssemos à séria naquele ónibus de Tártaro.

Chegámos ao limite norte do Brasil, já após as 18 h. A Polícia Federal encerrara às seis da tarde e não às dez da noite, como nos haviam informado. Mesmo sem o carimbo no passaporte, prosseguimos, ilegais, até Santa Elena de Uairén, uma cidade gerada pela descoberta de diamantes a uns 100 km, em 1924, que se desenvolveu bem mais quando a única estrada das redondezas, a EN-10 proveniente de El Dorado, por ela passou. Hoje, com quase 20.000 habitantes e muitos trabalhadores e visitantes brasileiros, Santa Elena foi a povoação que escolhemos como base para a descoberta da Gran Sabana venezuelana.

O dia seguinte serviu quase só para dormir e recuperarmos da tortura fluvial, aérea e terrestre a que nos tínhamos submetido desde a longínqua ilha brasileira de Marajó, no delta do rio Amazonas e para regressarmos à fronteira onde obtivemos os carimbos em falta. Ao segundo dia de estada num hotel de nome Augusta, conseguimos, por fim, preparar a expedição ao monte Roraima que nos tinha atraído àquelas paragens. Regressámos ao hotel seis dias depois, deslumbrados mas com todos os músculos e tendões destruídos pela difícil jornada de ida e volta ao cimo do “Mundo Perdido” de Sir Arthur Conan Doyle.

Mesmo em todo esse tempo de longa caminhada, explorámos apenas uma ínfima parte da vasta Gran Sabana que se prolonga por mais de 10.000 km2 e invade os territórios da Guiana e do Brasil. A extensão deste domínio geológico pejado de grandes mesetas rochosas legadas pela erosão pré-histórica de uma plataforma rochosa infinitamente maior e o facto de termos o tempo contado, aconselhava a que contemplássemos uma continuação rodoviária da descoberta. Não tardámos a render-nos à evidência.

O sol mal tinha nascido. Como combinado, Santiago já esperava à porta do hotel ao volante de um velho Cadillac branco. Saudamo-lo, metemos as mochilas no que sobrava da grande bagageira e partimos a caminho da ruta EN-10 e da Gran Sabana. Pouco depois, o começo madrugador começou a parecer-nos providencial. “Meus amigos, antes de tudo temos que ir meter gasolina”. Comunica-nos Santiago sem qualquer pudor. Rumamos a uma estação de serviço nos arredores da cidade. Mal lá chegamos, entramos em pânico. Eram as horas que eram mas a fila principal para abastecer tinha mais de um quilómetro de comprimento e, junto às bombas, ramificava-se em várias outras, por comparação, diminutas. “Não se inquietem!”, sossega-nos o condutor. “Com a carta de guia e turistas a bordo, não tenho que me sujeitar à espera. Quem provoca isto tudo são os brasileiros que vêm cá aproveitar! As autoridades já deviam ter feito alguma coisa para o evitar mas há demasiados interesses por detrás.”

Não tardámos a compreender o fenómeno. Graças ao benefício da enorme produção de petróleo venezuelana e à subvenção do governo, o combustível custava, na Venezuela, quatro cêntimos de Euro por litro ou, como resumiam alguns condutores orgulhosos do prodígio mas revoltados com o abuso dos vizinhos, menos que água ou o ar. “Pagamos muito mais por uma garrafa de água e até para meter pressão nos pneus! Mas, no Brasil, custa quase um dólar e meio por litro (praticamente os mesmos euros) e os candongueiros usufruem mais do que nós, tanto os brasileiros como os venezuelanos. Entram aqui com tanques duplos e jerricãs escondidos, subornam os militares e ganham enormidades com o contrabando. Só para terem ideia do quanto, em Santa Elena, à conta disto, estamos a ficar sem professores e sem gente de várias outras profissões.”

Salvo se o fizesse em part-time, Santiago não sacrificara ainda a sua. Comprometido com acordo, o chofer e guia regressa ao aconchego de cabedal velho da viatura e conduz-nos em direcção a norte, para longe de Santa Elena e de toda e qualquer urbanização.

Viajamos ao longo de uma savana sem fim e entre tepuys (as tais mesetas) de dimensões e formatos distintos, ali, com destaque para os irmãos Kukenam e Roraima de que tínhamos regressado havia tão pouco tempo. Acompanha-nos o rio Yuruani, caprichoso nos seus meandros apertados mas também no trajecto mais amplo. Cruzamo-lo uma primeira vez. Pouco depois, desviamos do asfalto e damos um pulo à Quebrada de Jaspe, uma pequena cascata que flui sobre a rocha que lhe dá o nome, polida e de um vermelho bem vivo que contrasta com o verde das algas que, aqui e ali, a ele se agarram.

Chove a potes quando chegamos a nova intersecção do Yuruani com a EN-10. As nuvens baixas e a névoa tornam difusa a forma dos tepuis mas não nos perturbam a visão intermédia do Salto Yuruani que faz despenhar as águas cor de caramelo de uma plataforma com seis metros de altura e sessenta de largura.

Mais alguns quilómetros e voltamos a deter-nos. Desta feita, perante o único cenário da Gran Sabana quase tão impressionante como os tepuys.

A estrada, ali elevada, revela um miradouro à sua esquerda. Desse ponto para Oeste, desvenda-se uma planície verdejante salpicada de palmeiras buritis que seguem o curso de correntes subterrâneas. Na grandiosidade do enquadramento, mais parecem bonsais. Só os indígenas Pemón podem habitar estas terras. De tempos a tempos, queimam áreas da planície para que a chuva faça desabrochar novos rebentos que, por sua vez, atraem tapires, tatus e veados, a sua caça.

Foi aquele o cenário que inspirou Steven Spielberg a criar várias das cenas do “Parque Jurássico” original, em que contracenam Sam Neil, Laura Dern, Jeff Goldblum e o falecido irmão do mentor da “Vida na Terra”, Richard Attenborough.

Esse mesmo cenário que continuamos a explorar permanece e permanecerá por muito mais milénios entre ilhas no tempo que abrigam, nos seus cumes, fauna e flora desse período geológico entre o Triásico e o Cretácico. A Santiago já não lhe causam grande entusiasmo.

A determinada altura do percurso, sentimos o carro desviar-se da longa linha recta que percorria. Não reagimos de imediato mas a descida de duas das rodas para a berma e a visão do condutor de cabeça baixa obrigam-nos a gritar-lhe e a tomarmos conta do volante.

Santiago desperta e desculpa-se sem grande jeito: “estava à procura de uma coisa que deixei cair ao chão”. Era mentira e a terceira vez que nos salvávamos de motoristas dorminhocos na Venezuela, terra de muita farra e vida nocturna.

Chegamos vivos às imediações do Salto Kamá, uma outra queda d’ água imponente com 50 metros de altura e que forma uma lagoa avermelhada sobre lajes do sempre abundante jaspe.

Algumas cabanas pemones ladeiam o cimo limiar do rio e os indígenas usam-nas como base para venderem artesanato. Antes de descermos, ainda experimentamos a incrível precisão de uma das zarabatanas com que habitualmente disparam setas envenenadas. Pouco depois, aproveitamos os últimos raios de sol a incidirem sobre a lagoa, refrescamo-nos e ficamos a descontrair dentro da água tépida na companhia de uma família venezuelana linguaruda.

Santiago desesperou por alguns momentos mais antes de inaugurarmos o retorno a Santa Elena. No regresso, tivemos que o acordar por mais duas vezes. Nem assim o velhote admitiu que seria melhor ceder o volante.

Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Moscovo, Kremlin, Praça Vermelha, Rússia, rio Moscovo
Cidades
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cultura
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Em Viagem
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Pequeno navegador
Étnico
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Embaixada, Nikko, Spring Festival Shunki-Reitaisai, Cortejo Toshogu Tokugawa, Japão
História
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Ilhas
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Natureza
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Parques Naturais
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
New Orleans luisiana, First Line
Património Mundial UNESCO
New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano

New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Sociedade
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Vida Selvagem
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.