PN Kruger, África do Sul

O Parque Nacional Ancião da África do Sul


Modo de Arrefecimento
Abutres em modo de ventilação, a usar a brisa suave acima da savana
Búfalos Concentrados
Manada de búfalos concentrada no lowveld do PN Kruger.
Calau e um quase ex-Gafanhoto
Calau segura um gafanhoto recém-capturado.
Croc Encalorado
Crocodilo tenta combater o calor tropical do PN Kruger.
Cudos
Cudos percorrem a savana ressequida do PN Kruger
Uma Família Paquiderme
Manada de elefantes cruza uma estrada de terra do PN Kruger
Kruger e Cia
Homenagem aos fundadores do parque mais antigo da África do Sul
A Espécie Sobranceira
Girafa acima da savana densa do PN Kruger
Hiena Desconfiada
Hiena desconfiada pela aproximação de leoas.
Pelos Confins do PN Kruger
Jipe percorre uma estrada secundária do PN Kruger
Leoa Camuflada
Leoa abrigada do sol tórrido do PN Kruger.
Macaco-Vervet
Macaco-vervet, examina a paisagem
Stapelia Gigantea
Uma orquídea Stapelia Gigantea
Ocaso Arbóreo
Sol prestes a pôr-se, visto atrás de uma árvore do PN Kruger.
Kruger a Preto e Branco
Uma das muitas zebras do PN Kruger
O Caminho para o Ocaso
Jipe percorre uma estrada de terra batida do parque, sobre o ocaso.
Parte da sua área actual já era protegida antes da viragem para o século XX. Decretado, em 1926, o primeiro parque nacional da nação arco-íris, o PN Kruger continuou a expandir-se. Hoje, o sétimo maior de África, abriga o ansiado Big Five e, no que diz respeito a vida selvagem, uma imensidão de espécies mais.

 Uma hora e um quarto de estrada para norte de Mbombela (antiga Nelspruit), desviamos para leste, para o portão de Phabeni.

Supostamente formados para prevenir a caça furtiva e os incidentes dentro do parque, os guardas examinam o porta-bagagens, em busca de armas e de álcool. Passamos a inspecção.

Detemo-nos do lado de lá. Chama-nos a atenção um quadro. Exibe um mapa detalhado da área protegida.

O mapa, por sua vez, está pejado de ímanes circulares, de distintas cores, percebemos, entretanto, que marcavam os avistamentos recentes de espécimes dignos de registo.

Eram sete da manhã. Apesar da hora, contavam-se já muitos os imanes agarrados ao metal gasto. Fotografamo-los, como referência.

Voltamos a arrancar. Momentos depois, deparamo-nos com nova e inesperada sinalização. Indicava umas ruínas.

Com algum esforço, encontramo-las, subsumidas na savana que a época das chuvas fazia crescer, um mero amontoado de tijolos envelhecidos, de um ocre escurecido, restos da base de uma qualquer, em tempos, útil edificação.

As Ruínas que Testemunham a História Aventurosa de João Albasini

A placa identificava-as como ruínas Albasini. Painéis dispostos sob um telheiro explicavam a sua origem, secular e que, sem grande surpresa, nos era conterrânea.

Quem mandou erguer a estrutura foi João Albasini, de família italiana, mas, reza a História, nascido, em 1813, em Lisboa, a bordo de um navio destinado a África, motivo porque se ajustou a uma forma aportuguesada do seu nome, de outra forma, Giovanni.

Em 1831, João Albasini instalou-se em Lourenço Marques, à época, uma base concorrida para as mais diversas empreitadas africanas.

Caçador inveterado, deixou-se enredar pela ganância do ouro branco, o marfim, então, abundante, disponível, legal e até subsidiado pelos governos de certas nações coloniais.

Manada de elefantes cruza uma estrada de terra do PN Kruger

Manada de elefantes cruza uma estrada de terra do PN Kruger

Albasini estabeleceu um mapa de rotas para o interior da savana africana.

Forjou alianças com o povo Tsonga. Abasteceu os Tsonga de armas que lhes garantiram supremacia sobre as tribos rivais, em particular, sobre os zulus de Shoshangane, que há muito os oprimiam.

Como seria de esperar, exigiu contrapartidas. A principal, que os Tsonga o abastecessem de marfim. Os Tsonga anuíram. O acordo terá garantido a Albasini o serviço de meio milhar de caçadores, armados, treinados a rigor.

Fruto dos seus esforços e de muita carnificina, obteve centenas, milhares de valiosos marfins.

Com o tempo, a confiança mútua aprofundou-se. Os Tsonga nomearam Albasini seu chefe tribal honorário. Chegaram a chamar Albasini a uma área central do seu território na actual província de Limpopo.

Mais tarde, missionários suíços rebaptizaram-na de Valdezia.

Magashula’s Kraal: o Povoado Europeu Inaugural da Savana da África do Sul

João Albasini lucrou ainda com o fornecimento de outros bens a partir do porto de Lourenço Marques, através de terras tidas como “da mosca tsé-tsé” – como eram as actuais da Reserva de Maputo –  até ao entreposto agora arruinado que tínhamos pela frente, Magashula’s Kraal.

Estabelecido em 1845, foi considerado o primeiro povoado europeu na região do Lowveld sul-africano. Foi ali que os Boers se habituaram a recolher o que adquiriam ao negociante.

Dois anos depois, Albasini comprou uma quinta em Ohrigstad, mais para noroeste. Lá desposou Gertina Petronella, filha de Janse van Rensburg, um dos bóeres pioneiros na colonização do interior da África do Sul.

Girafa acima da savana densa do PN Kruger

Girafa acima da savana densa do PN Kruger

A influência de Albasini na região justificou que, em 1858, os portugueses o nomeassem vice-cônsul na África do Sul.

Faleceu em 1888.

Numa penúria inesperada, se tivermos em conta a intensidade dos seus negócios. Em particular, a recolecção e venda de muito e valioso marfim, num precedente que abriu caminho a vários outros caçadores-mercadores, caso do figueirense Diocleciano das Neves.

Um tráfico que, mesmo ilegalizado, se prolonga no tempo, que vitima os elefantes, rinocerontes e outros animais da zona.

Parque Nacional Kruger: uma Área Protegida Hiperbólica do Sul de África

Com quase 20.000 km2, 360km de comprimento por uma média de 60km de largura, limitado a norte pelo rio Limpopo e a sul pelo rio Crocodile, isolado, a leste, de Moçambique pelas montanhas Lebombo, o PN Kruger é imenso.

Apesar da sua história de caça, preserva uma das maiores populações de elefantes de África, com mais de trinta mil espécimes, inseridos numa flora das mais diversificadas do continente.

Uma orquídea Stapelia Gigantea

Uma orquídea Stapelia Gigantea

Pouco depois de retomarmos a estrada do parque, uma manada que a cruza obriga-nos a retrocedermos para uma distância segura.

Adiante, vemos um grande bando de abutres a voarem em círculo.

Outros, pousados no cimo de árvores.

Abutres em modo de ventilação, a usar a brisa suave acima da savana

Abutres em modo de ventilação, a usar a brisa suave acima da savana

Quando nos aproximamos, percebemos que o fazem acima de uma lagoa, com as margens salpicadas de patos, de uns poucos facocheros e búfalos.

Sentimos um cheiro nauseabundo.

Um Ecossistema Complexo, Espécies e Espécimes sem Conta

De um ponto mais próximo, percebemos o cadáver de um hipopótamo em decomposição. Retiramos, apressados, para salvo da pestilência.

Passamos por mais elefantes, entretidos a banharem-se numa zona de prado baixo e ensopado, também frequentado por zebras, cudos e outros antílopes.

Hiena desconfiada pela aproximação de leoas.

Hiena desconfiada pela aproximação de leoas.

Uma hiena caminha ao largo, de olho em possíveis refeições, atenta sobretudo à ameaça de duas leoas que vislumbramos, à sombra de uma acácia portentosa.

Noutra próxima, um calau-de-bico-amarelo prepara-se para devorar um gafanhoto recém-capturado.

Calau segura um gafanhoto recém-capturado.

Calau segura um gafanhoto recém-capturado.

Girafas despontam do nada, as suas cabeças bem acima da vegetação espinhosa que vela uma manada de búfalos indolentes.

Castiga-nos um calor abrasivo.

É, assim, com alívio, que vemos a estrada aproximar-se da área de descanso de Skukuza (também lugar da sede do parque) e do rio Sabie, habitat de crocodilos, cruzado com frequência por elefantes despreocupados com os répteis.

Crocodilo tenta combater o calor tropical do PN Kruger.

Crocodilo tenta combater o calor tropical do PN Kruger.

Refrescamo-nos, renovamos energias.

A Ponte Ferroviária Polémica sobre o Rio Sabie

Com vista para o rio e para uma ponte ferroviária que por ali o atravessa. A ponte integra uma tal de linha Selati, erguida em 1892-93.

Suspensa pouco depois, quando o governo da República do Transvaal descobriu que o francês Eugene Oppenheim por detrás do consórcio tinha subornado boa parte dos membros do parlamento do Transvaal para assegurar o controlo da linha.

Findo o imbróglio, a Rep. de Transvaal ficou com 120km de caminho-de-ferro abandonado. Oppenheim e um irmão viram-se condenados a três anos de clausura numa prisão de Bruxelas.

Mais tarde, a linha foi recuperada. Provou-se útil e rentável.

A determinada altura, cerca de 250 composições atravessavam o parque, por semana. Abatiam inúmeros animais, apanhados desprevenidos.

Uma das muitas zebras do PN Kruger

Uma das muitas zebras do PN Kruger

Por essa razão, em 1960, as autoridades substituíram-na por outra que passava mais para oriente da área protegida.

Hoje, uma composição imobilizada ao longo da ponte aloja um dos hotéis mais excêntricos e dispendiosos do parque e de África, inaugurado muito em função da sua localização única, do ponto de vista elevado acima do rio Sabie, no coração da savana do PN Kruger, a mais vasta, mais visitada, a primeira área protegida da África do Sul.

PN Kruger: a Fusão de Áreas Protegidas iniciada no Século XX

O PN Kruger teve a sua génese, em 1898, na reserva de vida selvagem de Sabie, criada para impedir a extinção de várias espécies, a começar pelos elefantes, que caçadores como João Albasini e Diocleciano das Neves tinham, ao longo dos anos, eliminado.

Macaco-vervet, examina a paisagem

Macaco-vervet, examina a paisagem

Seguiu-se, em 1902, com o mesmo fim, a Reserva de Singwitsi, situada no extremo norte do PN Kruger.

No decorrer do século XX, nativos e fazendeiros foram removidos de uma área muito mais ampla.

Em, 1926, a anexação da Reserva de Shingwedzi às duas outras, complementada com a anexação de várias fazendas extensas, permitiu a oficialização do PN Kruger.

Foi baptizado em homenagem do presidente da República de Traansval, de 1880 a 1900.

Homenagem aos fundadores do parque mais antigo da África do Sul

Homenagem aos fundadores do parque mais antigo da África do Sul

Como resultado da sistematização e aperfeiçoamento da protecção – sem despeito de inúmeros problemas, com destaque para o pecado capital do abate ilegal de rinocerontes – o PN Kruger abriga 147 espécies de grandes mamíferos.

Mais que qualquer outra reserva de vida selvagem africana.

Incluindo o sempre relevante e ansiado Big Five.

Manada de búfalos concentrada no lowveld do PN Kruger.

Manada de búfalos concentrada no lowveld do PN Kruger.

A Activação Providencial para o Turismo da Linha Selati

Entretanto, a linha Selati permitiu que os primeiros grupos de turistas o visitassem, na sequência do que já acontecia, havia três anos, com a Reserva de Sabie.

Mais recentemente, o parque foi dotado de estradas, várias, asfaltadas.

Jipe percorre uma estrada de terra batida do parque, sobre o ocaso.

Jipe percorre uma estrada de terra batida do parque, sobre o ocaso.

O facto de, como fazíamos, permitir aos visitantes percorrerem-no ao volante das suas viaturas, tornou-o um sucesso inequívoco.

Apesar de, de tempos a tempos, como expectável, sucederem incidentes: esmagamentos causados por elefantes, como aconteceu no fim de Janeiro de 2025, ataques de leopardos e outros.

Bem mais frequentes, são as mortes de animais atropelados por viaturas.

Jipe percorre uma estrada secundária do PN Kruger

Jipe percorre uma estrada secundária do PN Kruger

Faltava-nos encontrar um leopardo. Buscamo-lo, tarde fora, no caminho para o portão de Malelane, o conveniente para seguirmos rumo a Mbombela.

Em vão.

Dessa feita, ficamo-nos pelo Big Four.

O Big Five já o tínhamos cumprido uns dias antes, em Kapama, uma reserva situada a norte do parque, parte duma área não oficial denominada Greater Kruger Park.

Sol prestes a pôr-se, visto atrás de uma árvore do PN Kruger.

Sol prestes a pôr-se, visto atrás de uma árvore do PN Kruger.

COMO IR

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Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Table Mountain, África do Sul

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Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

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Robben Island, África do Sul

A Ilha ao Largo do Apartheid

Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a vislumbrar a Robben Island, aquando da sua travessia do Cabo das Tormentas. Com os séculos, os colonos transformaram-na em asilo e prisão. Nelson Mandela deixou-a em 1982, após dezoito anos de pena. Decorridos outros doze, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Panorama Route, África do Sul

Na Rota Panorâmica da África do Sul

Conduzimos dos meandros profundos do rio Blyde até ao povoado ex-colonial e pitoresco de Pilgrim’s Rest e às grutas de Sudwala. Km após Km, a província de Mpumalanga revela-nos a sua grandiosidade.
Pilgrim's Rest, África do Sul

Peregrinação ao Legado Mineiro do Velho Transvaal

A região a norte do rio Vaal acolheu duas grandes febres do ouro. A segunda teve início em 1870, só já no século XX, com a introdução da electricidade e maquinaria industrial gerou riqueza substancial. A suficiente para fixar uma casa da moeda, um banco, dezenas de outros negócios e os lares do monumento nacional sul-africano de Pilgrim’s Rest.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Cerimónias e Festividades
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-freedom
Cidades
Frederiksted, Saint Croix, Ilhas Virgens Americanas

A Cidade da Emancipação das Índias Ocidentais Dinamarquesas

Se Christiansted se afirmou como a capital e principal polo comercial da ilha de Saint Croix, a “irmã” do sotavento, Frederiksted teve o seu apogeu civilizacional quando lá se deu a revolta e posterior libertação dos escravos que garantiam a prosperidade da colónia.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Em Viagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Étnico
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Uxmal, Iucatão, capital Maia, a Pirâmide do Adivinho
História
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Fajãzinha, Ilha das Flores
Ilhas
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Natureza
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
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Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Parques Naturais
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Entre as Araucárias de La Araucania

A determinada latitude do longilíneo Chile, entramos em La Araucanía. Este é um Chile rude, repleto de vulcões, lagos, rios, quedas d’água e das florestas de coníferas de que brotou o nome da região. E é o coração de pinhão da maior etnia indígena do país: a Mapuche.
Canal de Lazer
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Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
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Personagens
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O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Praias
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Cabine lotada
Sociedade
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Vida Selvagem
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.