Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico


Trilho para o calor
Placa a indicar a cabana de sauna num hotel de Saariselka
Novos “clientes”
Casal prepara-se para entrar no complexo em que se situa a sauna de fumo de Saariselka
Recanto gelado
Recanto do edifício que abriga a sauna de fumo do Fell Centre de Kilopaa.
Tábuas anti-grelha
Tábuas-assento e equipamento anti-fogo na cabana da sauna de fumo do Fell Center de Kilopaa.
Sauna Finlandesa
Grupo de finlandeses usufrui do calor do loumlyly, o vapor produzido pela água despejada sobre as pedras aquecidas.
De volta ao calor
Mulher deixa o avanto (abertura em rio ou lago gelado) de volta à sauna.
Intervalo
Utilizador da sauna de fumo deixa a cabina com uma das placas usadas como assento
– 5º
Termómetro marca a temperatura invernal no Feel Centre de Kilopaa.
De saída I
Frequentadora segura a sua tábua e prepara-se para deixar o grupo
Casal bebe cerveja após um período no interior da sauna.
Só para o Caso
Bóia a postos para qualquer emergência no avanto.
Tábuas anti-grelha II
Tábuas de assento penduradas no exterior da sauna.
Banho de avanto
Duas senhoras deixam o avanto (buraco aberto num lago ou rio gelado) depois de mais um mergulho pós-sauna.
extintor-sauna finlandesa
Sauna feita
Finlandês deixa o edifício balnear do Fell Center de Kilopaa, após uma prolongada sauna.
Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.

Chega o fim de Março. Inari recebe nova edição da Kings Cup, a competição de corridas de renas mais importante da Lapónia.

Tínhamos arranjado a viagem de maneira a não perder este evento excêntrico e, com sorte, reservamos alojamento numa das muitas cabanas do Parque Lake & Snow Inari que, estava, como sempre, à pinha.

Tapani é o chefe de família que gere aquele negócio e outros que envolvem passeios e pescarias movidas a snowmobiles ou por barcos, consoante a época do ano.

É também o nosso anfitrião e faz questão de nos explicar o privilégio que tivemos em ali conseguir vaga. “A maior parte das nossas cabanas estão reservadas com grande antecedência para o fim de semana da corrida.

Aliás, muitas delas estão tomadas nestes dias para os próximos 25 anos e as famílias que as alugam nunca me perdoariam se me esquecesse delas. Para nós é muito bom negócio mas menos simples do que parece.”

Não nos custa a acreditar. Tapani conduz um Audi branco volumoso e vistoso, com mudanças automáticas que nos diz já estarem adaptadas ao gelo e ao degelo.

Termometro, Sauna finlandesa

Termómetro marca a temperatura invernal no Feel Centre de Kilopaa.

Parece comprovar-se, assim, a prosperidade garantida pela sua empresa. Temos também noção de que a maioria dos participantes e espectadores que lhe alugam cabanas durante a competição são criadores de renas e/ou provêm de uma Finlândia campestre não tão polida e cortês como a de Helsínquia e outras cidades do sul.

O Hábito Finlandês Incontornável da Sauna

Tapani continua a explicar: “Alguns hóspedes chegam com péssimos hábitos. Estacionam os carros e deixam os sistemas de aquecimento e anticongelantes ligados à electricidade toda a noite, em vez de o fazerem só duas ou três horas antes de saírem, como é suposto.

Direcção, Sauna Finlandesa

Placa a indicar a cabana de sauna num hotel de Saariselka

O ano passado, por esta altura, tivemos -30º de mínima. Além dos carros, todos conviviam nas saunas ao mesmo tempo e fizeram com que o fusível principal do parque rebentasse. Ficaram a gelar até que a brigada da companhia nos socorreu. Além do custo da energia, tivemos que pagar 500 euros só pela intervenção.

Mas o que é que se pode fazer? Aqui ninguém passa sem sauna e as que temos nestas casas até são eléctricas e das piores.”

Nem Todas as Saunas são Boas Saunas

Não demorámos a perceber o quanto os finlandeses embirram com os maus sistemas de aquecimento, que secam tanto como esquentam as cabines de madeira e os corpos.

São esses os que as cadeias de hotéis mais acessíveis instalam nos quartos dos hóspedes por respeito ao princípio de que uma estada finlandesa sem sauna é inconcebível.

Diz-se na Finlândia que se pode construir uma sauna sem casa mas nunca uma casa sem sauna.

Cabine gelada, Sauna finlandesa

Recanto do edifício que abriga a sauna de fumo do Fell Centre de Kilopaa.

Existem cabines de sauna no Parlamento Nacional, as mais profundas do mundo, a 1400m, nas instalações da mina de zinco e prata de Pyhäsalmy e, onde quer que os soldados finlandeses das missões de paz da ONU se desloquem, o que fez com que a Eritreia, por exemplo, também tenha tido as suas.

Do Frio para o Frio: viagem de Inari para Saariselka

Entretanto, mudamo-nos de Inari para a zona de Saariselka e juntamo-nos a uma caminhada pré-organizada sobre raquetes de neve acima e abaixo das colinas brancas do Parque Nacional Urho K. Kekkonen.

Os 9km revelam cenários recompensadores mas desgastam-nos mais que o esperado. Felizmente temos um almoço leve e revigorante à espera na estância de Kiilopää. E, em seguida, a honra de recuperarmos os corpos castigados numa velha savusauna, ou sauna de fumo.

De saida, Sauna Finlandesa

Utilizador da sauna de fumo deixa a cabina com uma das placas usadas como assento

Percorremos o Fell Center Kiilopää entre esquiadores de fundo e outros desportistas e amantes da natureza que aproveitam o fim de semana frígido mas solarengo e damos com o edifício pitoresco que alberga os balneários.

Atravessamos um túnel e, ao fundo, vemos de novo a paisagem branca, salpicada por alguma vegetação mais resistente. Entramos nos vestiários aquecidos por uma lareira com fogo suave e repletos de roupa invernal e saímos para o exterior já de fato de banho.

Depois, agarramos nas tábuas que servem de assento e empurramos a velha porta de madeira fusca que separa o frio atroz do aconchego.

Assentos de madeira, Sauna Finlandesa

Tábuas-assento e equipamento anti-fogo na cabana da sauna de fumo do Fell Center de Kilopaa.

O Acolhimento Aconchegante da Sauna da Lapónia

A luz entra à nossa frente. Revela-nos a cabine enegrecida mas ampla, preenchida por uma névoa densa que abriga dezenas de finlandeses em animada cavaqueira sobre uma mezzanine recolhida.

Confrontados com a lotação esgotada, hesitamos no piso térreo. Mas, após a estranheza inicial pela visita dos forasteiros, o grupo aperta-se e incita-nos a subir. Só uma mulher se atreve a esboçar frases curtas em inglês. Como tal, não forçamos diálogos que se poderiam tornar incomodativos.

Cabine lotada

Grupo de finlandeses usufrui do calor do loumlyly, o vapor produzido pela água despejada sobre as pedras aquecidas.

O facto de apurarem de onde somos suscita comentários e expressões que nos limitamos a observar com curiosidade, ou não fosse o dialecto finlandês um dos mais impenetráveis da Europa.

A novidade depressa passa e os locais voltam ao seu convívio natural que aquecem com piadas frequentes e com as enormes colheradas de água que mandam para cima da tonelada de pedras negras em brasa para renovarem o löyly, como chamam ao vapor de sauna que os massaja, estimula e aprimora.

Segundo a sabedoria finlandesa é trinta minutos após sair de uma sauna que o corpo humano se revela mais belo. Decidimos ficar cerca de uma hora com vários intervalos.

Bóia, Sauna Finlandesa

Bóia a postos para qualquer emergência no avanto.

Do Calor para ao Gelo Árctico, do Gelo Árctico ao Calor

Aguentamos um primeiro período longo até que uma outra matriarca insiste que façamos as coisas como deve ser e nos convoca para o devido arrefecimento: “Come on, come on ! River water !”.

Seguimo-la e a uma caravana de banhistas confiantes que percorre um passadiço de tábuas até às imediações do rio Kiilopuro, todo congelado e coberto de neve como o cenário em redor, excepto no avanto uma pequena área que os funcionários do parque preservam aberta com ajuda da corrente.

Saunistas no avanto, sauna finlandesa

Duas senhoras deixam o avanto (buraco aberto num lago ou rio gelado) depois de mais um mergulho pós-sauna.

Mais tarde, divertimo-nos ao descobrir que existe na Finlândia a Avantouinti uma Associação que promove estes banhos revigorantes e que lhe cabe a ela e também a outras entidades – casos da Finnish Sauna Society e da Finnish Skiing Association (Suomen Latu) manter os buracos nos rios e lagos funcionais.

O Mergulho Anestesiante num Avanto da Lapónia

Observamos as primeiras senhoras cinquentonas mergulharem sem receios na água a 0 graus a que se juntam de imediato os maridos. Os seus banhos duram menos de 20 segundos o que não nos deixa sequer tempo para hesitações. Chega a nossa vez e temos que cumprir com a dignidade do visitante.

Descemos as escadas e entramos sem pensarmos. O calor do corpo é de imediato anulado pela temperatura quase negativa e sentimos o rio a picar-nos como se fosse feito de agulhas. Damos mais um mergulho para confirmar que ainda estamos vivos e corremos para a salvação das toalhas. Depois, regressamos ao interior da sauna, onde recomeçamos o processo.

Tanto dentro como fora da cabine, os finlandeses bebem cervejas frias que os refrescam de forma menos brusca que o rio. Nas culturas finlandesa e letã é inclusive aceitável que se deite alguma cerveja na água a lançar sobre as pedras incandescentes para libertar o aroma dos grãos fermentados.

Hora cerveja, sauna finlandesa

Casal bebe cerveja após um período no interior da sauna.

Mas esse hábito divide a população e, uma vez que estão presentes dezenas de utilizadores, o grupo segue o procedimento normal e limita-se a emborcar lata atrás de lata.

Como asseguram por aqueles lados, se é algo que uma sauna acompanhada de uma cerveja gelada não soluciona então o mais certo é não ter cura.

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Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

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