Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL


Ilha menor, habitante XL
Tupola Tapaau, moradora da ilha de Manono, uma ilha menor de Samoa.
Recolecção II
Nativos de Tongatapu vasculham os recifes durante a mare?-baixa.
Recolecção I
Moradora da ilha de Tongatapu mostra um polvo rece?m-capturado.
Ao balcão
Kosetalau Toreafoa, dono de uma loja de beira de estrada de Samoa Ocidental.
Sobrelotado
Passageira volumosa em trajes tradicionais entra num mini-bus de Tongatapu.
Floresta alimentar
Grandes taros, em tempos, o tube?rculo na base alimentar de Tonga e de boa parte da Poline?sia.
Skipper XL
Timoneiro ao leme de um barco que liga Tongatapu a? Fafa Island Resort.
Desgosto
Senhoras sai?das de um cemite?rio de Tongatapu onde visitaram um parente que pereceu devido a?s doenc?as na?o comunica?veis que assolam Tonga e o Paci?fico do Sul.
Recolecção III
Nativa de Tongatapu vasculha os recifes durante a mare?-baixa.
A iguaria possível
Moradores de Tongatapu cozinham torresmos a? moda local, outro petisco nada sauda?vel.
Corrida literária
Samoano corre acima e abaixo da colina em que esta? sepultado Robert Louis Stevenson para perder peso.
Recolecção IV
Nativos de Tongatapu vasculham os recifes durante a mare?-baixa.
Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.

Sentimos o tema do excesso de peso na pele bem mais cedo do que contávamos.

Embarcamos no avião com destino a Nuku’ Alofa, a capital de Tonga. Menos de um minuto depois de nos sentarmos a bordo, ficamos a conhecer os parceiros de voo mais imediatos. Uma senhora que se aproxima dos fundos da coxia ganha um volume intimidante.

A muito esforço, encaixa-se no assento exíguo. Sem que o pudesse evitar, faz sumir o braço esquerdo da nossa cadeira mais próxima e invade o espaço que nos estava reservado.

O avião desacelera na pista do aeroporto Fua’amotu e imobiliza-se em frente ao seu edifício principal. Livres do aperto, atravessamos os metros derradeiros do asfalto atentos às peculiaridades inaugurais da nação.

Seguiam-nos, vagarosos, dezenas de outros passageiros tonganeses que acenavam aos familiares e amigos na varanda sobranceira do aeroporto.

Entre uns e os outros, saltava uma vez mais à vista o tamanho exagerado e arredondado das pessoas. Nem os tupenus e os kofu-tupenus – as saias tradicionais de tarja – disfarçavam a corpulência dos vultos, muitos deles acima dos 90, 100 ou até bem mais quilos.

À medida que exploramos a cidade e a ilha de Tongatapu em redor, percebemos o quão generalizado se revelava o excesso de peso e de dimensão da população. E de como, com o tempo, se havia acumulado desde o topo da sua esfera dinástica.

Uma Monarquia de Peso

Em Setembro de 2006, após 41 anos no trono, Tonga perdeu o seu rei Taufa’ahau Tupou IV.

Nas três décadas anteriores ao falecimento, Tupou IV manteve lugar no livro dos recordes como o monarca mais pesado do mundo, à data do registo inicial (1976) com uns módicos 209 kg. Ao longo da sua vida, os problemas de saúde sucederam-se, cardíacos, de diabetes e derivados.

O rei ainda se aventurou a fazer exercício três vezes por semana e perdeu quase metade desse peso. Baixou para os 130kg. O esforço não chegou para evitar um ano e meio de desterro e de tratamentos em Auckland. E a sua morte, aos 88 anos,  mesmo assim não tão precoce como se poderia prever.

Muitos dos seus inocentes e humildes súbditos sucumbem às mesmas maleitas, demasiados, em plena meia-idade, ou pouco depois.

Nem sempre assim foi. Malgrado a prevalência da má alimentação e das doenças, uma porção significativa dos tonganeses resiste, em especial, aqueles que não chegam a ter dinheiro para se alimentar fora de casa, ou para consumir diferente do que as suas terras lhes proporcionam.

Nativa de Tongatapu mostra um polvo recém-capturado

Moradora da ilha de Tongatapu mostra um polvo recém-capturado

A base alimentar do arquipélago de Tonga, de todas as ilhas da vasta Polinésia, aliás, assentava em tubérculos (em especial no taro), em bananas, coco e no peixe e marisco capturado ao largo.

No entanto, a partir dos séculos XIX e XX, por influência da emigração destes ilhéus para a Nova Zelândia e Austrália, começaram por se popularizar, na origem, peças de carne gordas (repletas de gorduras saturadas, cartilagens e pele) e pouco dispendiosas.

Taros, Tongatapu, Tonga

Grandes taros, em tempos, o tubérculo na base alimentar de Tonga e de boa parte da Polinésia.

Tonga: da Alimentação Tradicional à Prejudicial

Foram os casos das maminhas de cordeiro e das caudas de peru, consideradas restos nos países produtores de gado. O hábito de as comer ter-se-á desenvolvido nesses mesmos países. Com o tempo, os produtores constataram que os polinésios imigrados as apreciavam.

Conscientes da dificuldade que as ilhas isoladas de Tonga, Samoa e restante Polinésia, tinham de consumir carne, fosse pela sua escassez fosse pelo custo elevado das peças de melhor qualidade, encontraram na exportação daquelas “sobras” um nicho de negócio lucrativo.

A Nova Zelândia começou a para lá exportar os mutton flats que produzia em quantidades industriais ou não tivesse muitos mais habitantes ovinos que humanos. Já os Estados Unidos, detentores da vizinha Samoa Americana, exportaram as caudas de peru.

Em pouco tempo, os polinésios do Pacífico do Sul viam-nas como iguarias.

No mesmo tempo, a tal pseudo-carne gerou uma epidemia de obesidade que só se agravaria, o que não surpreende se tivermos em conta que cada 100g dos mutton flaps contêm 40g de gordura, 20g das quais, saturadas.

Alguns tonganeses consomem quase 1kg numa única refeição.

Preparação de torresmos em Tongatapu, Tonga

Moradores de Tongatapu cozinham torresmos à moda local, outro petisco nada saudável

Os Mutton Flaps, em vez de Peixe e Vegetais

Nos dias que dedicamos a Nuku’Alofa, trabalhamos ao computador, repousamos e alimentamo-nos num tal de “Friends Cafe” um antro cosmopolita que atraía e reunia os forasteiros, turistas e em negócios.

Mesmo se o seu menu ocidentalizado se provava dos mais dispendiosos da cidade e o WiFi oferecido demorava meia-hora a enviar ou a receber ficheiros com umas dezenas de kb.

Também alugamos um carro e saímos à descoberta de Tongatapu, a ilha-mãe de Tonga. Nessas voltas, apercebemo-nos da quantidade de nativos que, durante a maré-baixa, passavam os recifes a pente fino e recolhiam tudo o que se movesse ou parecesse vivo: polvos, chocos, moluscos, ouriços e criaturas afins.

Moradores de Tongatapu vasculham os recifes durante a maré-baixa, em Tonga.

Nativos de Tongatapu vasculham os recifes durante a maré-baixa

E, para o interior, como diversas famílias continuavam a lavrar as terras e a plantar e a colher os vegetais mais apreciados.

No entanto, desprovidos de quaisquer noções de saúde ou nutricionismo, muitos destes pescadores, recolectores e agricultores procuram vender os produtos do seu trabalho.

Se o conseguem (o que nem sempre é fácil), adquirem os apetecidos mutton flaps que alimentaram e viciaram as últimas gerações que cresceram sem alternativas viáveis de carne. Com frequência, os mutton flaps eram a única peça de ovídeo à venda.

Carnes mais saudáveis de outro tipo de gado tinham preços fora do alcance. Em simultâneo, os consumidores deixaram-se iludir pelo preconceito generalizado de que o que vinha de fora era de qualidade superior:

“Em tempos, os tonganeses remaram pela vastidão destes mares do Pacífico nas suas grandes canoas” declarou à BBC sobre o problema a anciã Papiloa Bloomfield Foliaki. “Quando deixou de ser necessário, invertemos essas canoas em terra e usámo-las como lares.

O Preconceito Prejudicial de que Se é Estrangeiro é Melhor

Agora já ninguém está contente com essas casas. Só as ocidentais, mais evoluídas, as que encontram na Nova Zelândia, na Austrália e Estados Unidos satisfazem as famílias. Com a comida é a mesma coisa.”

À medida que a modernidade deu à costa de Tonga e de outras ilhas polinésias, distintas receitas do mesmo mal se propagaram.

À imagem do que testemunhámos em comunidades mais pobres e socialmente desprotegidas da Nova Zelândia, sobretudo de etnia maori ou de imigrantes polinésios, mais tarde em Apia – a capital de Samoa Ocidental – os MacDonalds, Burguer Kings, KFCs e franchisados do género enriqueciam os proprietários e as empresas-mãe.

Gerava grandes lucros gerados com base no desconhecimento das famílias do que deviam ou não comer, do que era saudável ou lhes arruinaria a saúde.

Em repetidas ocasiões, reparámos em como reuniam os seus grandes clãs às meses destes estabelecimentos. E em como se empanturravam de hambúrgueres e asinhas de frango e batatas fritas, de gelados e batidos e os empurravam com quase-baldes de bebidas gaseificadas e açucaradas.

Noutras ocasiões, vimos como se entregavam a churrascos caseiros animados em que devoravam entrecostos, salsichas e outros petiscos tão ou mais gordos e gordurosos.

Ou como, em Samoa, Kosetalau Toreafoa, o dono regressado da diáspora na Austrália e E.U.A. de uma loja de beira de estrada pouco mais tinha à venda que refrigerantes, enlatados e pacotes chineses de noodles instantâneos, inundados de MSG’s, sal e gorduras saturadas.

Dono de uma loja da ilha de Upolu, Samoa Ocidental

osetalau Toreafoa, dono de uma loja de beira de estrada de Samoa Ocidental.

A Vulnerabilidade Genética dos Polinésios

Como se não bastasse, os cientistas apuraram que muitos dos polinésios portam um gene da obesidade desenvolvido ao longo dos séculos crê-se que por, nas suas viagens e tentativas de colonização do Pacífico, se terem visto obrigados a resistir a longos períodos sem se alimentarem.

Este gene faz alegadamente com que mais gordura se acumule nos seus corpos e com que ganhem mais depressa peso e volume.

Tal factor será determinante na predominância polinésia no topo do ranking dos países mais “pesados” no mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, nove dos dez países cimeiros são a Samoa Americana, Nauru, Ilhas Cook, Tokelau, Tonga, Samoa, Ilhas Marshall, Kiribati e Palau.

Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.

Tupola Tapaau, moradora da ilha de Manono, uma ilha menor de Samoa.

Só o Qatar, o Kuwait, Saint Kitts and Nevis, as Bahamas, Barbados e outras ilhas caribenhas  se imiscuem no Top 20 neste clube restrito de obesos. Em vários dos territórios mais de 50% da população é obesa.

Em alguns, a percentagem nacional ultrapassa os 80%. Nos tempos mais recentes, a Samoa Americana, com nove obesos em cada dez habitantes tem vindo a destacar-se dos demais. Ao que não será alheia a ainda mais intensa adopção do fast food que há muito devassa os E.U.A.

Polinésios como o tatuado, encorpado e barrigudo Kosetalau Toreafoa, que nos atende a afagar a grande barriga exibida acima do balcão, resistem a abandonar as crenças culturais de que “grande é belo e sinal de riqueza e prosperidade”.

Mulheres de Tongatapu, de luto, Tonga

Senhoras saídas de um cemitério de Tongatapu onde visitaram um parente que pereceu devido às doenças não comunicáveis que assolam Tonga e o Pacífico do Sul.

Falham em entender que, ao invés, magro não significa necessariamente pobre ou com fome e em distinguir entre grande e gordo.

Outros Agentes Nocivos em Tonga e Samoa: as Igrejas e as Multinacionais

A religião, por sua vez, preenche uma variável não desprezável no tema.

Os sacerdotes de igrejas como a Free Wesleyan Church, a igreja mórmon de Jesus Cristo e dos Santos dos Últimos Dias, a Igreja Livre de Tonga e até mesmo as igrejas católicas romanas ocupam lugares de autoridade e modelo social influentes mas prejudiciais se tivermos em conta que quase todos são obesos.

Nem tudo é negativo. Tanto em Tonga como em Samoa os jovens e homens até à meia-idade continuam a praticar râguebi ao fim de tarde ou manhãs de fim-de-semana e feriados, em vários ervados naturais disseminados pelo arquipélago.

Jogging em redor da sepultura de Robert Louis Stevenson, em Upolu, Samoa Ocidental

Samoano corre acima e abaixo da colina em que está sepultado Robert Louis Stevenson para perder peso

Um râguebi nem sempre de primeira água mas atlético e sôfrego, a espaços violento e que faz da pequena nação a 12ª potência mundial do desporto, fornecedora de inúmeros jogadores naturalizados sobretudo à todo-poderosa Nova Zelândia.

Na Polinésia Francesa, as autoridades gaulesas reagiram em 2009 com taxas sobre as bebidas açucaradas. Desde então, outras nações do Pacífico seguiram o exemplo, com sucesso reduzido.

As multinacionais são de tal forma predominantes que acabam por manipular os governos e contornar as restrições. Aqui e ali, os seus logos e designs decoraram as fachadas de lares, bares e outros negócios das ilhas, como acontece com os das multinacionais de fast food proeminentes.

Enquanto isso, boa parte dos polinésios continua sem saber como se desenrodilhar do flagelo nutricional que os vitima.

Mais informação sobre este tema na página respectiva da Wikipedia.

Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia - Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Upolu, Samoa  

No Coração Partido da Polinésia

O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
Savai'i, Samoa

A Grande Samoa

Upolu acolhe a capital e boa parte das atenções turísticas. Do outro lado do estreito de Apolima, a também vulcânica Savai’i é a maior e mais elevada ilha do arquipélago de Samoa e a sexta da imensa Polinésia. Os samoanos louvam de tal maneira a sua genuinidade que a consideram a alma da nação.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
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Quando os colonos portugueses descobriram a ilha de Brava, repararam no seu clima, muito mais húmido que a maior parte de Cabo Verde. Determinados em manterem ligações com a distante metrópole, chamaram a principal povoação de Nova Sintra.
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Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

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Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
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A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
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Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
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Deixamos a fortaleza de Galle para trás. De Unawatuna a Tangale, o sul do Sri Lanka faz-se de praias com areia dourada e de coqueirais atraídos pela frescura do Índico. Em tempos, palco de conflito entre potências locais e coloniais, este litoral é há muito partilhado por mochileiros dos quatro cantos do Mundo.
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Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
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Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
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The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
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Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Vida Selvagem
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
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Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.