Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter


Pacífico celestial
Vista aérea de Moorea a partir de um avião da Air Tahiti que faz a ligação entre várias ilhas do arquipélago das Sociedade.
De molho
Coqueiro praticamente deitado sobre o mar tranquilo da baía de Cook.
Litoral de coral
Panorâmica de Moorea com a linha de costa envolvida por um recife de coral amplo.
Tatoo
Músico tatuado com tatuagens inspiradas na tradição polinésia taitiana.
Uma superfície dentada
Alguns dos muitos picos aguçados de Mooorea, uma ilha de origem vulcânica esculpida por uma intensa erosão.
Modo resort
Estrutura de cabanas-palafitas sofisticadas de um dos hotéis requintados instalado sobre a lagoa aquém do recife de coral de Moorea.
Espécie de cavaquinho
Músico toca um instrumento de corda tradicional.
Tons de azul
Forte contraste de tons marinhos entre o interior e o exterior da lagoa coralífera. Ao fundo, o verde das montanhas de Taiti.
De molho II
A Baía de Cook, um dos muitos recortes geológicos de Mo'orea, em tempos navegado pelo descobridor inglês James Cook.
Quase lá
Visitante caminha nao longo da costa norte de Mo'orea, à beira da lagoa interior
A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.

Descansamos e preparamos a exploração do Taiti e de Moorea à beira da piscina de Carole e das duas amigas, ambas Caroline, com quem a anfitriã partilhava a vivenda de Puna’auia.

Elas, por sua vez, experimentam hulas tradicionais polinésias, as saias vegetais que, com o tempo, evoluíram e deram lugar aos populares páreos.

Eram peças de vestuário essenciais para a sua participação na heiva, o festival e competição local de dança, em que entrariam como metros (francesas da metrópole) e assim se procuravam integrar na sociedade taitiana. As amigas tinham acabado de regressar de umas férias no Havai.

Queixavam-se com frequência de que Caró estava sempre atrasada.  Com a melhor das intenções, de lá lhe trouxeram um presente, um espelho que versava “I am not retarded”. Compraram-lhe o souvenir com base no significado francês de “retardé”.

Ao receber a prenda, Carole – bem mais dotada na língua inglesa – percebeu de imediato que alguma coisa não batia ali bem. Questionou-as sobre o que acharam que lá estava escrito. Quando lhes explicou o quê, entregaram-se as três a longas gargalhadas.

Por aquela hora, as amigas partilhavam ainda um compromisso. Saem à pressa. Nós, constatamos que o ocaso nos apanhava desprevenidos.

Rumamos a uma praia nas imediações da ponta de Nu’uroa, na orla da lagoa delimitada pela barreira de recife que protegia a maior parte da ilha.

A Silhueta Peculiar de Moorea

Banhamo-nos. Conversamos imersos naquele mar amornado pela tropicalidade. Apreciamos a ilha ao largo.

Reconstituímos nas mentes o mapa do grupo Barlavento do arquipélago das Sociedade. Concluímos que, pelo menos em consciência, contemplávamos Moorea pela primeira vez.

Carole reaparece a passear o seu labrador negro. Como o cão, o sol mergulha com estardalhaço sobre o horizonte.

O súbito arrebol transforma o verde exuberante da ilha irmã de Taiti num contorno escuro e caprichoso envolto de dourado, o celeste e o marinho seu reflexo.

Casal em caiaque com Moorea em fundo, Polinésia Francesa

Silhueta de casal em caiaque e da ilha de Moorea, em fundo.

À aparente distância de uma boa natação, a vinte minutos de barco, Moorea parecia-nos mais intrigante que nunca. Dias depois, em vez de desembarcarmos do ferry, acabamos por lá aterrar, chegados de Huahine, uma ilha mais distante do grupo.

O curto voo revelou-nos vistas aéreas de três dos vários cogumelos insulares característicos da Polinésia Francesa, o da Huahine de que descolamos, o de Moorea e também de Taiti, a irmã mais velha, ilha fulcral do arquipélago das Sociedade.

Nos três casos, montanhas pontiagudas e luxuriantes despontavam de lagoas incríveis com tons de azul que mudavam do ciano a um quase petróleo consoante a profundidade do leito arenoso marinho. Delimitavam estas lagoas, atóis que combinavam orlas terrestres com secções de recife.

Tal como nos permitira suspeitar a observação a partir do litoral oeste de Taiti, o maciço montanhoso no âmago de Moorea, podia até ser menor e menos elevado.

Revelava-se, todavia, uma esplendorosa obra de arte geológica. Entrecortada e afiada até aos limites da imaginação pela actividade vulcânica e pela erosão milenar, em particular, das chuvadas tropicais que mantêm as montanhas cobertas de uma floresta viçosa.

Vanessa, a Dama Metropolitaine de Moorea

O avião pousa na ponta nordeste, ao longo de uma zona excepcional de laje que concedeu a construção da pista singular da ilha.

Recebe-nos Vanessa Boulais, outra jovem francesa apostada na vida alternativa, bem mais solarenga, livre e melhor remunerada da Polinésia Francesa. Vanessa tinha comprado um Twingo há apenas três semanas. É nele que seguimos para a sua casinha com jardim.

Vanessa era enfermeira em Papeete, a capital do Taiti e de todo aquele território insular ultramarino. Só fazia os turnos da noite, de maneira a poder apanhar, na ida e na volta, o Aremiti 5, o ferry que ligava Moorea à capital. A nova anfitriã instala-nos.

Faz questão de nos levar a um rent a scooter. De lá, ela segue para os seus afazeres. Nós, inauguramos o ansiado modo de exploração.

A Descoberta Motorizada de Moorea

Não há, em Moorea, uma Papeete ou sequer um centro urbano que se lhe assemelhe. Em vez, os seus dezasseis mil habitantes surgem dispersos por pequenas vilas, aldeias e lugarejos, com centro administrativo, vá lá que seja, em Afareaitu e Vaiare, communes a meio da costa leste.

Fazemo-nos à estrada circular que percorre o litoral recortado. Dela partem outras, íngremes, que conduzem a pontos elevados na encosta. Uma destas vias interna-se mais que as afins.

É por ela que cruzamos os vales profundos de Opunohu e de Paopao, massacramos o motor fraco da scooter e seguimos montanha acima até passarmos o pitoresco Colégio Agrícola e atingirmos o miradouro Belvedere, o ponto mais elevado da ilha acessível por veículo.

Nas suas alturas verdejantes, deleitamo-nos com a imponência pseudo-piramidal do monte Rotui (899m), com as suas muitas arestas aguçadas. Este monte mantém apartadas, sem apelo, as baías profundas de Opunohu e de Cook.

Linhas dentadas de Moorea, Polinésia Francesa

Alguns dos muitos picos aguçados de Mooorea, uma ilha de origem vulcânica esculpida por uma intensa erosão.

Para trás e para o interior, ergue-se a montanha suprema de Moorea, o monte Tohivea (1207m), em tempos, parte da borda sul da cratera pré-histórica da ilha.

Um Reduto Tropical com Muito de Rural

Moorea está como que dividida em três mundos distintos. Afareaitu e Vaiare, mais urbanas sem serem verdadeiras cidades, formam um deles.

As aldeolas e povoações congéneres por que passamos enquanto damos a volta à ilha são outro. Nelas vadiam galinhas, porcos e restantes animais domésticos que os nativos entregam à natureza circundante.

Estas povoações são formadas por agrupamentos de casas mais ou menos tradicionais, de fares com telhados de junco ou fibras de palmeira a outras, derivadas, já todas em madeira ou com materiais menos orgânicos.

Sejam como forem os domicílios, os terrenos contíguos surgem ajardinados e florados com tal afinco que nos fazem suspeitar de contágio de um excessivo perfeccionismo colonial francófono.

A povoação da ilha é diminuta. Só de quando em quando nos cruzamos com um ou outro nativo por norma demasiado entregue aos seus afazeres ou indiferente para saudar os popas (estrangeiros) de passagem.

Aliás, em poucos lugares do mundo sentimos tanta dificuldade como nas Ilhas Sociedade para conhecermos nativos e com eles convivermos. Terá sido igual ou pior nas comparáveis ilhas Cook.

Apesar de algumas excepções, continua a provar-se bipolar a relação dos polinésios das ilhas Sociedade com os seus colonos históricos. Vanessa não tarda a descrever-nos o que vive: “no exterior, os polinésios são o mais simpáticos que conseguem para com os metros.

Nativos e Metros: um Convívio por Resolver

Nos locais de trabalho, a coisa muda de figura. Mantêm a educação necessária às funções mas durante as horas de pausa, por exemplo, é raro juntarem-se aos de fora. Nós, achamos que eles não gostam de nós que vimos da França metrópole porque consideram que lhes tiramos os postos de trabalho.

O que até pode ser verdade mas não deve ser visto só assim. É a França que injecta dinheiro na Polinésia Francesa onde pouca gente paga impostos relevantes.

A ideia que nos dá é que o trabalho desagrada aos polinésios. As mulheres, em grande número, ficam em casa. Os homens trabalham, mas não todos, nem de perto nem de longe e, quando trabalham, nem sempre o fazem com vontade.”

O que é certo é que os nativos não parecem estar suficientemente insatisfeitos com o sacrifício da sua independência e integridade cultural. Os movimentos de separação têm-se revelado inexpressivos. Os polinésios sabem que a qualidade de vida que preservam há décadas depende da França.

E, isto, apesar de as ilhas com menos expressão turística sofrerem uma séria falta das infraestruturas, cuidados de saúde e outros direitos abundantes em Taiti, em Moorea e noutras ilhas mais relevantes.

Vista aérea de Moorea

Vista aérea de Moorea a partir de um avião da Air Tahiti que faz a ligação entre várias ilhas do arquipélago das Sociedade

Vanessa conta-nos o caso de uma mulher de vinte anos que havia dado à luz em Papeete, regressou de avião à sua casa na ilha de Maupiti e lá se viu vítima de uma infecção. Sem centro hospitalar em Maupiti ou voos frequentes para Taiti, já não conseguiu voltar a Papeete com vida.

Mesmo assim, os indígenas toleram a sua progressiva submissão à administração e cultura gaulesa, bem patente na proliferação das baguetes, dos Carrefours e dos inúmeros veleiros atracados nas marinas em redor da ilha pelos metros abastados.

Uma Acesa Disputa Colonial

E, no entanto, se o rumo histórico dos descobrimentos europeus tivesse sido distinto, hoje, a Polinésia Francesa seria espanhola ou inglesa.

Crê-se que o primeiro navegador ocidental a avistar Moorea foi, em 1606, Pedro Fernandes de Queirós, um eborense ao serviço de Espanha, mas os primeiros europeus a ancorarem e a permanecerem com sérias intenções de exploração foram Samuel Wallis e o bem mais famoso capitão James Cook, em 1769.

A Baía de Cook local continua a honrar o explorador homónimo. Cook, por sua vez, foi o autor do baptismo das Ilhas Sociedade. Fê-lo em função do patrocínio da sua expedição concedido pela Real Sociedade de Londres (para o melhoramento do Conhecimento Natural). Também Charles Darwin viria a estudar tanto Taiti como Moorea.

Na ressaca destas primeiras abordagens, verificou-se uma verdadeira corrida ao domínio das inúmeras ilhas polinésias, disputada entre britânicos, espanhóis e franceses. Após sucessivos e intrincados eventos, os últimos anexaram Taiti e decretaram um Protectorado Francês que incluía já diversas outras ilhas em redor.

Desrespeitaram uma tal de Convenção Jarnac, assinada em 1847, para contentamento dos britânicos. Daí em diante, não cessaram de alargar o seu domínio no Pacífico. Como os restantes, Moorea, um dos seus redutos mais próximos de Taiti, foi-se afrancesando.

A Delicada Faceta Requintada e Luxuosa de Moorea

O “terceiro mundo” de Moorea, também ele produto deste contexto histórico, é ainda mais complexo.

Moorea, Polinésia Francesa

Panorâmica de Moorea com a linha de costa envolvida por um recife de coral amplo.

Com o tempo, seduzidos pela sumptuosidade esmeralda-turquesa dos cenários divinais, os franceses fomentaram que a Polinésia Francesa se transformasse no mais requintado recreio insular do Pacífico do Sul.  Moorea não fugiu à norma.

Malgrado o amplo litoral da ilha, enquanto a circundamos, constatamos que as verdadeiras praias, com areais vastos, são incomuns, excepção feita às de Hauru Point e à de Temae – das raras públicas – a última nas imediações do aeroporto.

Essa lacuna não impediu que dezenas de resorts luxuosos se tenham apoderado da beira-mar com acessos directos e luxuosos à lagoa turquesa no interior da barreira de recife.

Por um lado, os resorts furtam aos habitantes e aos visitantes não hóspedes um convívio fácil e saudável com a incrível orla marinha.

Cabanas palafíticas de um dos resorts luxuosos de Moorea, Polinésia Francesa

Estrutura de cabanas-palafitas sofisticadas de um dos hotéis requintados instalado sobre a lagoa aquém do recife de coral de Moorea

Por outro, mesmo se são empresas da metrópole e de outras partes do mundo a ficar com os lucros, os hotéis feitos de cabanas geminadas quase flutuantes dão emprego a uma boa parte dos nativos. Formam um reduto divulgado no resto do mundo como “chaves do paraíso” perfeitas para luas-de-mel e escapadas românticas.

Como seria de esperar, é assim que o resto do mundo vê a mítica Bora Bora e, por extensão, Moorea. Demasiados forasteiros visitam estas ilhas por uns meros dias e têm contacto com pouco mais que o resort e lagoa circundante. Como qualquer outra das Ilhas Sociedade, Moorea é uma criação da Natureza demasiado longínqua e prodigiosa para ser desperdiçada.

Mais informações sobre a Polinésia Francesa no site do Tahiti Tourisme

Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Bora-Bora, Raiatea, Huahine, Polinésia Francesa

Um Trio Intrigante de Sociedades

No coração idílico do vasto oceano Pacífico, o Arquipélago da Sociedade, parte da Polinésia Francesa, embeleza o planeta como uma criação quase perfeita da Natureza. Exploramo-lo durante um bom tempo a partir do Taiti. Os últimos dias, dedicamo-los a Bora Bora, Huahine e Raiatea.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Sé Catedral, Funchal, Madeira
Cidades
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Cabine lotada
Cultura
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Em Viagem
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Étnico
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
História
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Cena de rua, Guadalupe, Caribe, Efeito Borboleta, Antilhas Francesas
Ilhas
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Vaca cachena em Valdreu, Terras de Bouro, Portugal
Natureza
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parques Naturais
Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Património Mundial UNESCO
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Praias
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Mosteiro de Tawang, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
patpong, bar go go, banguecoque, mil e uma noites, tailandia
Sociedade
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.