São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate


Muito que escolher
Trabalhadores seleccionam nozes de cacau na roça de Água Izé, no sul de São Tomé.
Roça na selva
Edifícios de uma das muitas roças perdidas na floresta tropical da ilha do Príncipe.
Um fruto versátil
Um exemplar já maduro de fruto de cacau, ainda bem longe do chocolate a que as suas nozes dão mais tarde origem.
Abrigos do tempo
As sanzalas da roça de Água Izé, uma das mais antigas e maiores de São Tomé também ainda hoje uma das mais habitadas.
Claudio “Chocolate” Corallo
Claudio Corallo durante uma das suas apresentações do melhor cacau e chocolate de São Tomé e Príncipe.
Silhuetas da Roça
Trabalhadoras escolhem cacau na roça Agostinho Neto, no norte de São Tomé.
Cacau sortido
Profusão multicolor de frutos de cacau, na roça São João dos Angolares.
Product of São Tomé
Trabalhador transporta uma saca de cacau produzido e embalado na roça Água Izé, no sul de São Tomé.
Tropicalidade
Vista da roça do Terreiro Velho, com o Ilhéu do Boné do Joquei, como a forma mais distante.
Puro Cacau
Uma mão cheia de cacau, há muito a maior exportação de São Tomé e Príncipe.
No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.

Estamos em Santo António de Príncipe. O senhor Armandinho conduz a pick up de serviço do patrão, o Secretário de Estado da Economia Silvino Palmer.

Guia pela estrada vermelha e sinuosa que sulca a selva luxuriante da ilha do Príncipe entre Santo António – a única cidade da ilha – e as profundezas do mato para sul.

Passada a roça de Porto Real e a aldeola também decadente de São Joaquim, apontamos para Terreiro Velho. A propriedade desperta antigas memórias na mente de Armando.

Para nossa fortuna, o antigo avançado da selecção nacional santomense não se furta a partilhá-lhas. “Ora, então agora estamos a caminho do Terreiro Velho. Tem uma vista fabulosa, vão ver. Era de um senhor português chamado Jerónimo Carneiro. Sabem como é que a ganhou? À batota!”

“À batota? Mas que tipo de batota?” perguntamos-lhe, intrigados pela simplicidade da descrição. ”Armandinho mostra-se surpreendido pela nossa ignorância: “Oh, que batota acham que foi ? Às cartas, claro! Não me peçam pormenores que eu não estava lá mas quase toda a gente da minha geração sabe disso.”

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça

Edifícios de uma das muitas roças perdidas na floresta tropical da ilha do Príncipe.

Mais tarde, à conversa com Silvino Palmer, no seu gabinete, este mostra-se inclinado para que não tenha sido bem assim. E, no entanto, Armandinho tinha todas as razões para conhecer a estória, fosse ela ou não real.

Armandinho habitava desde sempre na roça Sundy, também ela, em tempos, propriedade da família Jerónimo Carneiro. Os seus pais tinham chegado ao Príncipe numa das levas de emigração de Cabo Verde, vindos da ilha da Praia. “Quando? Isso já é mais difícil de dizer.

Ora eu nasci em 1953.” Informa-nos, sem hesitação. “Tenho ideia que foi logo a seguir à guerra.”

A Visita Não Anunciada à Roça Produtora de Cacau do Terreiro Velho

A estrada conquista uma colina, abre para a clareira elevada e revela um portão. “Já cá estamos, diz-nos do lugar do pendura, Francisco Ambrósio, antigo estudante de Castelo Branco e aspirante a vedeta do futebol europeu a quem os planos saíram furados, agora professor de várias escolas do Príncipe.

Roça de Terreiro Velho, ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

Guarda à entrada da roça Terreiro Velho, hoje propriedade do produtor de chocolate italiano Claudio Corallo, residente em São Tomé

Um outro jovem encarregue de guardar roça abre-nos passagem e dá-nos permissão para a explorarmos.

Deixamos o questionário sobre Jerónimo Carneiro e a viatura e saímos à descoberta, guiados por Armando, Francisco e por Eduardo, amigo do segundo, que fizera todo o caminho, ao ar livre, sobre a caixa da carrinha.

Reparamos nos carris miniatura do caminho de ferro antes usado para conduzir os carregamentos de cacau das plantações até aos secadores. Admiramos o edifício principal da roça. “Olhem aqui!” sugere-nos Armando que conversa com o capataz da propriedade no limiar do terreno elevado.

Avançamos até debaixo das grandes árvores que lhes concediam sobra. Dali, na sua companhia, desvendamos uma enseada em forma de coração, preenchida por um Golfo da Guiné cor de turquesa que se embala suavemente contra a tropicalidade da ilha.

Tropicalidade

Vista da roça do Terreiro Velho, com o Ilhéu do Boné do Joquei, como a forma mais distante.

O mato, em particular, era tão denso e invasivo que se havia apoderado de dois cabeços rochosos mais próximos e do ilhéu do Boné de Joquéi, longínquo.

Cacau Fresco Para Matar a Sede Tropical

Enquanto apreciávamos o cenário, Francisco e Eduardo tinham descido à plantação que se estendia encosta abaixo. Passado algum tempo, reaparecem e oferecem-nos frutos de cacau já partidos ao meio, maduros e suculentos.

Meio desidratados pelo calor do meio da manhã, devoramo-los em três tempos. Temos, assim, o primeiro gosto da matéria-prima mais rentável e notória de São Tomé e Príncipe: dois maravilhosos cacaus, belos e amarelos.

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe

Um exemplar já maduro de fruto de cacau, ainda bem longe do chocolate a que as suas nozes dão mais tarde origem.

Percebemos, entretanto, que, apesar do tamanho diminuto do Príncipe, com excepção para o capataz – que tinha no Terreiro Velho a sua segunda casa – fazia muito que os nossos cicerones ali não iam.

Foi com um interesse partilhado mas muito pouca informação da sua parte que descemos a escadaria para a zona da escolha, da secagem e torrefacção, sob telheiros de chapa.

Era Dia da Criança, uma espécie de feriado em Príncipe. Também estávamos na primeira roça que visitávamos no arquipélago. Não nos inquietou por aí além a ausência de trabalhadores.

Pelo contrário, o aroma achocolatado que irradiava dos depósitos ainda mornos saciou-nos os sentidos. Ao mesmo tempo, a certeza de que viríamos a ter inúmeras outras incursões cacaueiras sossegava-nos a curiosidade e o espírito criativo.

O Quartel de Cacau e Chocolate do Italiano Claudio Corallo

Uns dias depois, voamos para São Tomé. Como é suposto, na capital, visitamos a casa e fábrica de Claudio Corallo. O chocolateiro do momento recebe-nos disposto a partilhar muita da sua sabedoria sobre o cacau e a arte de o transformar.

Apercebemo-nos então que, sem o sabermos, tínhamos feito o percurso ideal. Décadas após a vigência de Jerónimo Carneiro, o Terreiro Velho estava agora na posse daquele expatriado italiano. Tinha-se tornado um domínio sagrado do cacau.

Como Cláudio explica aos seus sucessivos visitantes, até 1800, a produção cacaueira era exclusiva da América do Sul.  Após o virar do século, D. João VI apercebeu-se que Portugal ficaria sem o Brasil.

Fez por garantir que o cacau da Bahia – uma das maiores fontes de rendimento da Coroa – fosse transposto para São Tomé e Príncipe, a sua colónia mais tranquila e com clima mais compatível.

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, São João Angolares

Profusão multicolor de frutos de cacau, na roça São João dos Angolares.

Em 1900, o arquipélago mantinha-se o maior produtor de cacau do mundo. Contudo, em tempos mais recentes, os cacaueiros originais foram substituídos por outros, híbridos, mais produtivos mas, como concluiu Claudio Corallo, de qualidade inferior. Só a pequena e isolada ilha do Principe ficou a salvo dessa mácula.

Claudio Corallo. Depois do Velho Zaire, a Vida Doce de São Tomé e Príncipe

Depois de ter vivido e produzido café no Zaire, Claudio Corallo viu-se forçado a deixar o cada vez mais instável Zaire de Mobutu Sese Seko.

Em São Tomé e Príncipe, embarcou numa nova demanda pelo cacau e pelo chocolate perfeito. Na segunda das ilhas, Claudio começou por encontrar o Terreiro Velho e cacaueiros ideais para combater o maior problema de há muito do cacau e do chocolate: a amargura.

Durante a prova em que participamos na sua pequena fábrica à beira da avenida marginal de São Tomé, os primeiros momentos são dedicados a exemplificar como o cacau bem cultivado e processado – e, de acordo, o chocolate derivado – não são amargos, ao contrário do que se popularizou. Como a amargura é sempre produto de defeitos.

Claudio Corallo, Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe

Claudio Corallo durante uma das suas apresentações do melhor cacau e chocolate de São Tomé e Príncipe.

Uma Prova Exaustiva do Melhor Cacau e Chocolate do Mundo

Em seguida, Claudio dá-nos a provar e aos restantes participantes, nozes de cacau e chocolate com diferentes percentagens de cacau e de açúcar combinados com distintas espécies de café, passas, gengibre e outros.

Fá-lo de forma tutorial para que as nossas vistas, gostos e olfactos perdessem o mínimo de informação. “Agora mordam tudo de uma vez só!” instrui-nos preocupado com que sentíssemos o sabor explosivo mas pouco duradouro de um determinado café arábica.

Entre os vários sabores e aromas do cacau, do café e do chocolate, a experiência confirmava-se deliciosa. Sensibilizou-nos para como o verdadeiro chocolate é tudo menos aquilo que as marcas multinacionais colocam nas prateleiras das lojas e hipermercados.

E para o papel fulcral de São Tomé e Príncipe – a segunda nação mais diminuta de África a seguir às Seicheles – no mercado mundial do cacau.

O Ressuscitar da Produção de Cacau em São Tomé e em Príncipe

Com esta matéria-prima a dar lucro crescente a partir do início do século XIX, mais proprietários e empresas portuguesas apostaram em novas roças cacaueiras em ambas as ilhas.

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Agostinho Neto

Trabalhadoras escolhem cacau na roça Agostinho Neto, no norte de São Tomé.

A mão-de-obra foi assegurada por trabalhadores trazidos de Angola, mais tarde de Cabo Verde como cantou Cesária Évora em “Saudade” e até de Macau.

A produção de cacau do pequeno arquipélago revelou-se de tal forma profícua que frustrou as pretensões britânicas de liderar esse comércio.

Fez aumentar a pressão de Londres sobre aquilo que apelidava de trabalho escravo, ilegal por obedecer a contratos fictícios e não prever o direito de interrupção ou de regresso ao lugar de origem, apesar de, após a abolição da escravatura de 1876, ter passado a contemplar um pagamento.

São Tomé e Príncipe e o Cacau Produzido Sobre o Equador

Assim retratou Miguel Sousa Tavares o tema no seu famosíssimo best-seller de 2003, “Equador”, protagonizado pelo pinga-amor Luís Bernardo Valença.

No romance, Luís Bernardo é nomeado governador de São Tomé e Príncipe pelo rei Dom Carlos. Após um curto período de adaptação ao desterro equatorial, mais que sentir compaixão pelos trabalhadores injustiçados das roças, o governador perde-se de paixão pela mulher do cônsul que a Grã-Bretanha despachara da Índia com a missão de se inteirar do incumprimento dos colonos portugueses.

Também ganha a desconfiança e a inimizade da comunidade de proprietários e administradores.

Após o virar do século XX, a produção de cacau diminui em São Tomé e Príncipe. Vitimou-a algum esgotamento dos solos. mas sobretudo a falta de escala do arquipélago e a concorrência internacional.

Puro Cacau

Uma mão cheia de cacau, há muito a maior exportação de São Tomé e Príncipe.

O Abandono Pós-Independência que Levou as Roças à Ruína

A partir da independência de Portugal, ainda a inabilidade dos governos santomenses de aproveitarem as infraestruturas – muitas delas exemplares – construídas pelos maiores proprietários, para prosseguirem com uma produção que até vinha a recuperar de 1945 a 1975.

As roças ficaram quase ao abandono, com os seus antigos trabalhadores a habitarem as sanzalas sem condições de assegurarem, por si só, a manutenção das mansões dos proprietários, dos edifícios de laboração ou dos hospitais com que algumas roças contavam.

O cacau de São Tomé e Príncipe diminuiu. Não desapareceu.

Os tempos passaram. Algumas comunidades vivem hoje nas roças com condições apenas um pouco melhores que aquelas em que os seus antepassados mais longínquos envelheceram.

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça

As sanzalas da roça de Água Izé, uma das mais antigas e maiores de São Tomé também ainda hoje uma das mais habitadas.

O espectro do desemprego é de tal forma preocupante na pequena nação africana que o facto de uma roça continuar a produzir e a exportar cacau é tido como uma dádiva.

Isto, por mais fastidioso e mal remunerado que seja o trabalho.

A Roça de Água Izé. E Tantas Outras em Seguida

Foi isso que constatámos quando, a caminho do sul de São Tomé, passámos na de Água Izé, uma das mais antigas, maiores e mais habitadas do arquipélago.

Ali, num dos vários armazéns próximos da entrada, damos com uma equipa de escolha em plena laboração. Eram sobretudo mulheres santomenses descendentes de cabo-verdianos ou angolanos, de peles brilhantes e sorrisos difíceis.

Gentis a removerem as nozes defeituosas das grandes gamelas, enquanto dois ou três jovens alinham grandes sacas já cheias, identificadas com “Cacau Fino. Água Izé. Product of São Tomé & Principe”.

Product of São Tomé

Trabalhador transporta uma saca de cacau produzido e embalado na roça Água Izé, no sul de São Tomé.

Uma catrefada de cachopos aparece do nada. Inaugura o seu inevitável peditório de “doxi, doxi”, “lapiseirra, lápiseirra” com cada erre a parecerem quatro como dita o curioso sotaque santomense.

Poderá ter sido ou não a pedinchice das crianças a inspirar os mais velhos mas, quando os miúdos finalmente se acalmam, uma das trabalhadoras inaugura um canto crioulo, em tom agudo.

Em três tempos, as restantes mulheres acompanham-na num hino partilhado que nos soou a lamento, como se tivéssemos recuado nos séculos à era local da escravatura ou do que se lhe seguiu.

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé

Trabalhadores seleccionam nozes de cacau na roça de Água Izé, no sul de São Tomé.

No tempo em que ficámos por São Tomé, investigámos a realidade de várias outras roças.

Nas de Porto Alegre, Bombaím, Monte Café, Agostinho Neto, fossem em quais fossem, a decadência dos edifícios repetia-se como uma inevitabilidade do destino.

Em quase todas, o cacau continuava a alimentar uma já secular história de prosperidade e sobrevivência.

Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
A Crucificação em Helsínquia
Cerimónias e Festividades
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
São Tomé, cidade, São Tomé e Príncipe, ruela do Forte
Cidades
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Intersecção
Cultura
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
voos baratos, comprar voos baratos, bilhetes de avião baratos,
Em Viagem
Viajar Não Custa

Compre Voos Antes de os Preços Descolarem

Conseguir voos baratos tornou-se quase uma ciência. Fique a par dos princípios porque se rege o mercado das tarifas aéreas e evite o desconforto financeiro de comprar em má hora.
Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Étnico
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
História
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Ilhas
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Natureza
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Parques Naturais
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Cansaço em tons de verde
Património Mundial UNESCO
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Praias
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
igreja, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico
Religião
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Sociedade
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Glaciar Meares
Vida Selvagem
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.