Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade


Rádio MP3 a Pilhas
Rapaz da zona da Saudade segura um rádio Somitec.
Da Saudade para o Mundo
Névoa paira acima da Casa-Museu Almada Negreiros.
De Volta à Saudade
Funcionário da Casa-Museu de Almada Negreiros desce a escadaria do alpendre.
Banana com Fartura
Grande cacho de bananas pendurado no alpendre da Casa Museu Almada Negreiros de Saudade.
Filhos da Saudade
Joaquim Victor, também ele nascido na Saudade, mostra um livro sobre Almada Negreiros.
Placas Comemorativas
Como era a Roça
Joaquim Victor mostra velhas imagens da Roça Saudade.
A Varanda sobre a Selva
O cimo alpendrado da Casa-Museu Almada Negreiros.
Mais Abaixo
Casas perdidas na névoa e na vegetação luxuriante da Saudade.
Som Somitec
Rapaz da zona da Saudade segura um rádio Somitec.
O Cimo da Velha Roça
Alpendre da Casa-Museu cercado da selva limiar do PN Obo.
Vulto Negreiros
Figura representativa de Almada Negreiros, a entrada da sua Casa-Museu de Saudade.
Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.

Já quase a chegarmos aos domínios húmidos e luxuriantes da velha Roça Saudade, distrai-nos uma estranha visão.

Ambos os lados da ladeira empedrada surgiam, ali, como leitos vegetais, feitos de uma espécie de tufos de algodão e de folhas amarelas, outras, mais velhas, de um laranja gasto, todas elas vítimas de um Outono que a equatorial São Tomé desconhece.

Abrimos as portas do Jimny para obtermos uma sensação de tacto. Estamos nessa experiência quando dois santomenses aparecem do fundo da ladeira, a caminharem sobre o dito tapete.

Um deles, o mais novo, vem de galochas, calções vermelhos e polo desportivo azul, um pretenso uniforme da equipa de futebol australiano de Camp David.

Por si só, o quadro já se provava inusitado. Como se não bastasse, o rapaz leva pendurado ao pescoço um rádio leitor de MP3, portátil e peculiar, de marca Somitec, Made in China, nem esperávamos outra coisa.

Detectamos algum surrealismo na cena. Esforçamo-nos por a retratar. O rapaz segura a telefonia com as duas mãos. Concede-nos um prenúncio de sorriso que vai bem com a frondosidade verde do fundo.

Ele e o adulto seguem pelo caminho aveludado. Nós, ficamos mais uns instantes a examiná-lo.

Quando retomamos a viagem, assalta-nos a mente o que resultaria se, em vez de nós, tivesse sido o multifacetado e irrequieto Almada Negreiros a cruzar-se com um quadro daqueles, para mais, na sua terra.

Enquanto o cogitávamos, rendemo-nos à evidência de que, mesmo no curto período em que viveu no coração da ilha, excentricidades equatoriais não lhe terão faltado.

Estava São Tomé em questão.

Poucas ilhas ocultam o exotismo selvagem e de fim do Mundo no meio do Mundo que São Tomé e que Príncipe preservam.

Chegada a Saudade e à Casa-Museu Almada Negreiros

Completamos a rampa. Pouco depois, damos com o espaço da Roça Saudade.

Delimitavam-no três ou quatro canas de bambu.

Opostas a um vulto recortado e negro de Almada destacado num jardim bem cuidado, de frente ou de costas – a posição da figura parecia-nos ambivalente – para o edifício renovado da propriedade.

Passamos para o lado de lá da fachada. Uma escada em L conduz-nos à base de alvenaria secular do edifício, agora recuperada.

Desvendamos o muro que abrigava os degraus, ilustrado com o famoso início “Basta pum Basta!” do Manifesto Anti-Dantas, complementado com as citações de Negreiros:

“As pessoas que mais admiro são aquelas que nunca acabam”. A civilização é um fenómeno colectivo. A cultura é um fenómeno individual.” esta última, de “Cultura e Civilização” que o também poeta inaugurou com “Uma mesa cheia de feijões”.

Joaquim Victor. Filho de Saudade, Mentor da Casa-Museu Almada Negreiros

Do lado de lá do mural, espera-nos nova escadaria, esta, de madeira. E, no cimo, o jovem empreendedor Joaquim Victor, também ele, filho de Saudade.

Foi Joaquim o responsável pela recuperação do lugar de nascimento de Almada Negreiros, mesmo que, de início, não soubesse – como não sabia quase ninguém, em São Tomé e Príncipe – que o artista era natural da Roça Saudade.

Joaquim Victor, pressente, pelas horas que eram e pelo nosso ar desvigorado, que precisávamos de recuperar energias. Senta-nos a uma mesa da esplanada alpendrada, com vista para a selva coberta de névoa que dali se prolonga na direcção do Atlântico.

Joaquim Victor explica-nos que o único documento que descreve a velha Roça Saudade é o livro “Almada Negreiros Africano” da autoria do Padre António Ambrósio, missionário em São Tomé, escritor dedicado a registar os modos e costumes da ilha, e que assim a descreveu:

A casa onde Almada nasceu, na sede da Roça Saudade, estava suspensa sobre uma profunda grota e aberta à nascente por uma varanda corrida ao estilo tropical, para um mar de verdura que, depois da primeira quebra, se espraiava numa ondulação aparentemente suave por vários quilómetros de extensão, em forma de leque rendilhado, até ao mar oceano.”

 À mesa, em vez de feijões, Kim, como é também conhecido, serve-nos um peixe-agulha, acompanhado de batata-doce, beringela e maracujá. Saboreamos o interior de São Tomé num deleite com que concorre a beleza da paisagem na iminência do enigmático Parque Natural Ôbo.

Roça Saudade, o Berço Equatorial de Almada Negreiros

É desconhecido da maior parte dos portugueses e até dos apreciadores de Almada Negreiros que o artista por ali nasceu. E que viveu os primeiros anos da sua vida nestes confins clorofilinos do Equador.

Joaquim Victor elucida-nos, aliás, que, Almada Negreiros começou a ser descoberto, em São Tomé e Príncipe, apenas partir de 2014, devido à sua intervenção na Roça Saudade.

Daí, para cá, tornou-se uma espécie de moda histórica que ele tem feito por fomentar.

Em jeito de testemunho da sua criancice santomense, o muro que envolve a escadaria exibe ainda parte de um dos poemas em que Almada celebrou a infância e o afecto maternal.

Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois, venho sentar-me ao teu lado…”

Mãe! Passa a tua mão na minha cabeça! Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade…

A mãe mencionada, Elvira Sobra de Almada Negreiros, era uma mestiça santomense abastada. O marido, pai de Almada, era António Lobo de Almada Negreiros, natural de Aljustrel, tenente da Cavalaria, jornalista, escritor, ensaísta e maçon. Mais tarde, nomeado administrador do concelho de São Tomé.

A Presença do Padre António Ambrósio na Vida da Família Negreiros

O Padre António Ambrósio que já antes mencionámos, além de uma espécie de cronista de São Tomé, era responsável pelos sacramentos no interior da ilha.

Levou a cabo o baptismo do recém-nascido Almada, na Igreja da Trindade, hoje, capital do distrito de Mé-Zóchi. E narrou-o assim no seu livro “Almada Negreiros Africano”:

«Aos vinte e quatro dias do mez de Junho do anno mil oitocentos e noventa e três, nesta Egreja Parochial da Santíssima Trindade, Concelho de S. Thomé, Diocese de S. Thomé e Príncipe, baptizei solemnemente um indivíduo do sexo masculino, a quem dei o nome de – JOSÉ- e que nasceu nesta freguesia, na Fazenda Saudade, às tres horas da manhã do dia sete do mcz d’ Abril do anno de mil oitocentos e noventa e tres, filho illegítimo de digo legitimo de António Lobo d’ Almada Negreiros, casado, natural de Portugal, proprietário, agricultor e de Dona Elvira Sobral de Almada Negreiros, casada, natural desta freguesia, proprietária, parochianos desta freguesia, moradores na mencionada Fazenda, neto paterno de Pedro d’ Almada Pereira e de Margarida Francisca de Almada Lobo Branco de Negreiros. Foi padrinho José António Freire Sobral, casado, proprietário e agricultor e madrinha Dona Marianna Emília de Souza Sobral, casada, proprietária e agricultora, os quaes todos sei serem os próprios. E para constar lavrei em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perante os padrinhos comigo o assignaram.”

Já o pai António Lobo, também ele autor conceituado, fez questão de dedicar um poema da sua obra “Equatoriaes” ao rebento, à data de 7 de Abril de 1894, com um ano de idade.

Um anno! Um beijo de luz

Na tua fáce, criança!

Suavíssima esperança

Que desabrócha e seduz!

Nunca se acábe a bonança

Que a tua frônte tradúz,

Como um beijo de Jesus

Da Mãe na virginea trança

A Tragédia e o Retorno dos Almada Negreiros à Metropole

Em 1895, apenas dois anos após ter dado à luz José Sobral de Almada Negreiros, Elvira Negreiros faleceu. A morte da esposa feriu a “Suavíssima esperança” de António Lobo e o alento de continuar em São Tomé.

Desamparado, o administrador decidiu regressar à Metrópole.

Viveu, nos primeiros tempos, em Lisboa. Internou José Sobral e o irmão António no Colégio Jesuíta de Campolide. Lá permaneceram ambos até 1910, quando a Implantação da República ditou o fecho do estabelecimento.

O ano de viragem para o século XX, ia contar com o evento incontornável da Exposição Universal de Paris. António Lobo foi nomeado responsável pelo Pavilhão das Colónias com que Portugal se vangloriou.

Não voltou a viver em São Tomé.

José Sobral de Almada Negreiros, o predestinado Almada, cresceu, assim, na Roça Saudade apenas até aos dois anos. Seria de todo impossível encontrar, na propriedade, algum seu legado artístico santomense.

Legado Precioso da Roça Saudade

Como nos sublinha Joaquim Victor, a realidade provou-se distinta no que disse respeito à vivência da família na roça até ao final do século XIX.

“Com o tempo, a casa degradou-se muito. Tornou-se um perigo latente para as crianças que habitavam a Saudade e em volta, que se aventuravam a explorá-la e a brincar nas suas ruínas.”

Os trabalhos de recuperação geridos por Kim tiveram início a partir dos alicerces originais da casa alpendrada. Foram realizados à mão, com muita paciência e com a descoberta recompensadora de centenas de cacos dos tempos dos pais e dos avós de Almada.

Parte deles, provinham de fábricas portuguesas de loiça conceituadas como o foram a Sacavém e a Alcântara.

Joaquim, fez questão de os guardar, com a intenção de, mais tarde, os expor.

Desviamo-nos, por momentos, da Casa Museu Almada Negreiros, com a ideia de espreitarmos a cascata de São Nicolau, dela próxima.

Quando regressamos, dá entrada na ex-Roça Saudade mais um grupo de estudantes, provindos da capital, dos muitos que agora aprendem nas escolas sobre Almada.

E que, orgulhosos do seu berço em São Tomé, viajam ao âmago da ilha para o visitar, em incursões introspectivas à cultura santomense, em explorações semi-ordeiras da civilização equatorial da ilha.

São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé

Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Roça Sundy, Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

A Certeza da Teoria da Relatividade

Em 1919, Arthur Eddington, um astrofísico britânico, escolheu a roça Sundy para comprovar a famosa teoria de Albert Einstein. Decorrido mais de um século, o norte da ilha do Príncipe que o acolheu continua entre os lugares mais deslumbrantes do Universo.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Vista Serra do Cume, Ilha Terceira, Açores Ímpares
Cidades
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cavalgada em tons de Dourado
Cultura
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Kandy, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Vanuatu, Cruzeiro em Wala
Étnico
Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Mural de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos
História
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Ilha Sentosa, Singapura, Família em praia artificial de Sentosa
Ilhas
Sentosa, Singapura

A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Vaca cachena em Valdreu, Terras de Bouro, Portugal
Natureza
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Parques Naturais
Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
San Juan, Cidade Velha, Porto Rico, Reggaeton, bandeira em Portão
Património Mundial UNESCO
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

ocupação Tibete pela China, Tecto do Mundo, As forças ocupantes
Religião
Lhasa, Tibete

A Sino-Demolição do Tecto do Mundo

Qualquer debate sobre soberania é acessório e uma perda de tempo. Quem quiser deslumbrar-se com a pureza, a afabilidade e o exotismo da cultura tibetana deve visitar o território o quanto antes. A ganância civilizacional Han que move a China não tardará a soterrar o milenar Tibete.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Autocarro garrido em Apia, Samoa Ocidental
Sociedade
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Vida Selvagem
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.