São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé


Barcos na Gravilha
Embarcações tradicionais de madeira a salvo das vagas, no norte da ilha de São Tomé.
Enseada do Norte
Enseada à vista da Roça Monte Forte.
Igreja do Carmo
A igreja sobranceira da roça Agostinho Neto.
Lagoa Azul
Visitantes deliciam-se com as águas mornas e turquesa da Lagoa Azul.
Barco Zarpa da Lagoa Azul
Embarcação de pesca distancia-se da costa norte da ilha de São Tomé.
Peixe Porco-Espinho
Pescador exibe um porco-espinho recém-pescado na roça Agostinhp Neto.
Gerações
Almoço
Hora do Recreio
Alunos jogam futebol na escola da Roça Agostinho Neto.
Cesto de Cacau
Trabalhadora carrega cacau num armazém da roça Agostinho Neto.
Dia-a-Dia
Cena caricata de vida num muro da roça Agostinho Neto.
Alameda para o Hospital
Alameda que conduz ao velho hospital da Roça Agostinho Neto.
Roça Monte Forte
Recanto do edifício principal da roça Monte Forte.
Banhos de Água Funda
Crianças divertem-se nas águas escuras da Ribeira Funda.
Roça Água Funda
Casa ribeirinha da roça da Ribeira Funda.
Túnel Santa Catarina
O túnel providencial de Santa Catarina.
Manada
Manada da roça Diogo Vaz ocupa a estrada que circunda o norte de São Tomé.
Vaqueiro da Roça Diogo Vaz
Jovem vaqueiro posa com uma das muitas vacas de que toma conta.
Padrão dos Descobrimentos
O monumento que marca o lugar em que desembarcaram os descobridores portugueses da ilha de São Tomé.
Recanto da Roça Monte Forte
Outro recanto, mais colorido, da roça Monte Forte.
Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.

Nuns meros quilómetros, o trajecto rumo ao interior norte da ilha confirma-se uma nova viagem no tempo.

A urgência que nos movia era a do conhecimento. Sem que o esperássemos, a estrada da província de Lobata deixa-nos na base de uma longa rampa empedrada que a erva se esforçava por invadir.

Conduzia ao edifício do velho hospital da Roça Rio do Ouro, apesar do quase meio século de degradação, ainda destacado da selva envolvente pelo tom de salmão da fachada de cem metros.

O hospital foi erguido durante os anos 20 do século XX, para dar resposta à população crescente dos colonos e trabalhadores da Sociedade Agrícola Valle Flôr, uma das maiores e mais influentes do arquipélago.

Quem, como nós, se depara com a quantidade de transeuntes que sobem, descem e vivem a alameda murada, sente-se tentado a pensar que nada mudou da era colonial para cá.

A Vida Pós-Colonial da Roça Rio do Ouro, agora, Roça Agostinho Neto

E, no entanto, no período pós-independência de São Tomé e Príncipe, a roça foi rebaptizada em homenagem ao pai da independência de Angola, Agostinho Neto.

Tanto o hospital como a roça em geral perderam a sua função e capacidade operacional. O hospital nunca mais recuperou do abandono logístico que o vitimou.

A roça, essa, só há alguns anos deu sinais produtivos de vida, detectáveis, sobretudo, pelo retomar da produção do cacau.

Alcançamos a escadaria do edifício central. No cimo, um tapete estendido sobre o corrimão frontal precede a entrada. Uma porta de madeira remendada, escancarada, serve de convite.

Entramos. Em vez de uma recepção, de enfermeiros, médicos e pacientes, damos com duas mulheres mal-sentadas a descascarem e cortarem a mandioca do almoço.

Preparam-no junto a um recanto do átrio adaptado a lar, como tantos outros que viríamos a encontrar, se bem que a maior parte das casas se mantém nas velhas sanzalas destinadas aos trabalhadores e famílias.

Deixamo-nos perder, por algum tempo mais, naquele abandono hospitalar, sob o olhar das raparigas surpreendidas pela intrusão.

A Azáfama Santomense nas Velhas Sanzalas da Roça Agostinho Neto

Demovidos pela falta de outros moradores ou interlocutores, mudamo-nos para uma das alamedas de sanzalas.

Aí, sim, concentrava-se o dia-a-dia da roça: em estendais com cores que resplandeciam ao sol. Em pais e filhos que partilhavam aposentos e átrios diminutos e as vidas de uns e dos outros.

Uma jovem santomense irrompe de um beco murado.

Prenda-nos com um sorriso incondicional que nem as duas próximas gerações que carregava, uma nos braços, outra na barriga bem grávida, pareciam incomodar.

Um transeunte seu vizinho, regressado do mar, exibe-nos um peixe porco-espinho recém-capturado.

Chegamos a um pátio desafogado, estendido numa área plana entre sanzalas. Dali, observamos, em formato panorâmico, os seus vários níveis.

As mais próximas, adicionadas a posteriori, cobertas por grandes chapas. As antigas, maiores, ainda cobertas de telha portuguesa envelhecida pelo sol tropical.

E, sobranceira, como era suposto numa ex-colónia benzida pelo catolicismo, a igreja da Nª Srª do Carmo, quase tão alva como a roupa branca nos estendais esvoaçantes.

O Regresso Oportuno do sempre Valioso Cacau

Abaixo dessa espécie de recreio, por fim, em estufas plásticas e armazéns lúgubres, testemunhamos como, nos últimos tempos, a roça se havia inspirado na história, como procurava reavivar os tempos em que São Tomé e Príncipe foi o maior produtor mundial de cacau.

Uma trabalhadora espalhava os grãos que secavam sob o calor abafado. Quatro ou cinco outros, transportavam grandes cestos cheios, entre estufas e depósitos.

Num armazém próximo, uma equipa de mulheres sentadas ou acocoradas, algumas com a companhia de crianças, escolhiam o cacau de grandes montes, com paciência inesgotável.

Nas décadas mais recentes, associada à popularização do chocolate e derivados, a procura do cacau aumentou sobremaneira.

Justificou a sua produção em São Tomé e Príncipe, mesmo se semi-artesanal e em quantidades ínfimas, se comparado, por exemplo, com o grande rival africano, o Gana. São Tomé e Príncipe, o Gana e África em geral laboram, agora, por sua conta.

Ainda celebram as suas independências.

Um painel com um busto negro impera, destacado sobre a placa pós-colonial identificativa da propriedade: “Empresa Estatal Agro-Pecuária Dr. António A. (Agostinho) Neto.”

Não longe, damos com o edifício verde-gasto que acolhe a escola local.

Lá decorre uma partida de futebol aguerrida, disputada pela miudagem num descampado de terra.

Do lado de lá do muro que o delimita, desenrola-se uma corrida de pneus, guiados, descida abaixo, por quatro ou cinco rapazes munidos de varas.

Lagoa Azul, um Pedaço Deslumbrante de Atlântico ainda Norte

Volta após volta, já circulávamos na roça havia mais de uma hora. Vem-nos à mente o itinerário do norte da ilha que era suposto cumprirmos até ao fim do dia. Regressamos ao jipe.

Apontamos ao litoral norte de São Tomé.

Passamos por Guadalupe. Logo, atalhamos para a Lagoa Azul, uma enseada encaixada num apêndice de terra peculiar, encerrado por um promontório ervado de que desponta um farol miniatura homónimo.

Revela-se, ao mesmo tempo, deslumbrante e aconchegante a praia que ali desvendamos, com a sua amostra de areal revelado pela maré-vaza, abaixo de um entorno de calhaus e rochedos de origem vulcânica.

Banham a praia águas atlânticas translúcidas, de um tom turquesa intenso, mais resplandecente que os verdes da erva e dos tamarindos e de outras árvores em redor. Confronta ainda o areal um embondeiro portentoso e, até que a época da queda chegasse, frondoso.

Deleitavam-se na lagoa tépida alguns expatriados, de folga das missões que os levaram a São Tomé. Entretanto, junta-se-lhes uma família santomense, chegada da banca que por ali serve peixe e banana grelhados.

Prendamo-nos com uma curta pausa de deleite balnear. Sob o sol quase equatorial – a Linha do Equador passa sobre o Ilhéu das Rolas, secamo-nos em três tempos. Voltamos à estrada.

Apontamos a Neves, a capital do distrito de Lembá. Lá nos detemos por breves instantes para comprar petiscos. Prosseguimos para sudoeste.

O Projecto Hoteleiro da Roça Monte Forte

No lugarejo seguinte, visitamos a Roça Monte Forte, à data, um projecto de alojamento em que se empenhava um tal de Sr. Jerónimo Mota que nos recebe de braços abertos, trajado com uma camisola da selecção das quinas, comemorativa da derrota com a Grécia na final do Euro 2004.

Jerónimo mostra-nos o edifício principal, todo ele de madeira, com excepção para o telhado, uma vez mais de telha portuguesa clássica.

O anfitrião faz-nos sentar no átrio, em cadeiras de esplanada Super Bock. Serve-nos sumos naturais.

Findos os refrescos, conduz-nos pelo alpendre e pelas varandas, cada qual com vistas privilegiadas sobre a encosta verdejante e o limiar do Atlântico Norte.

Jerónimo passa-nos uma folha de agenda, com a morada e os contactos escrevinhados numa caligrafia contorcionista que, por muito que tentássemos, falharíamos sempre em imitar.

Cumpridas as despedidas, acompanha-nos de volta ao asfalto.

A Estrada de Monteforte a Anambó

Segue-se Esprainha. E Monteforte, a povoação, agora de nome todo junto.

Ao passarmos pela ponte sobre o rio Água Monte Forte, constatamos uma manada de vacas estendida sobre o caudal raso, dividida entre beber da água e devorar as folhas tenras de árvores recém-caídas.

O vaqueiro que as guarda, de sorriso fácil, acerca-se.

Informa-nos que a manada é da Roça Diogo Vaz e ri-se a bom rir quando o alertamos, na brincadeira que, a passarem tanto tempo no rio, os animais se transformariam em hipopótamos.

A estrada torna-se ainda mais sinuosa.

Envolve-a um manto denso de folhas secas de visual outonal, mesmo se o Outono ainda está por visitar São Tomé. Enfia-se numa floresta tropical densa que se insinua ao mar.

Do Padrão dos Descobrimentos de Anambó ao Fim da Estrada

Na beira-mar verdejante, húmida e vulcânica de Anambó encontramos o padrão dos descobrimentos que marca o lugar em que desembarcaram, em 1470, João de Santarém e Pêro Escobar, os descobridores portugueses de São Tomé.

Descemos toda a costa de Santa Clotilde e, entretanto, a de Santa Catarina.

Ali, a via avança na base de uma encosta abrupta, pouco mais de dois metros acima do nível do mar.

Atravessamos um túnel pitoresco que um avanço da falésia impôs ao itinerário.

Uns quilómetros adicionais para sul, cruzado o rio Bindá, a estrada confronta-se com a vastidão selvagem do Parque Natural Ôbo e desiste.

Força-nos a inverter caminho.

Com o sol já desaparecido para o lado oposto da ilha, só interrompemos o regresso em Ribeira Funda.

Fazemo-lo deslumbrados com a alegria com que alguns miúdos, de pelota, repetiam mergulhos acrobáticos para o rio profundo, percorrido por patos. Mais que isso, de cor suspeita.

Toda a acção e a diversão a decorrerem em frente à mansão colonial de uma antiga fazenda. Algures no norte, noroeste exuberante de São Tomé. Sem sinais do extremo oposto da ilha.

Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Roça Sundy, Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

A Certeza da Teoria da Relatividade

Em 1919, Arthur Eddington, um astrofísico britânico, escolheu a roça Sundy para comprovar a famosa teoria de Albert Einstein. Decorrido mais de um século, o norte da ilha do Príncipe que o acolheu continua entre os lugares mais deslumbrantes do Universo.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Cidades
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Cultura
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
jet lag evitar voo, jetlag, turbulência
Em Viagem
Jet Lag (Parte 1)

Evite a Turbulência do Pós Voo

Quando voamos através de mais que 3 fusos horários, o relógio interno que regula o nosso organismo confunde-se. O máximo que podemos fazer é aliviar o mal-estar que sentimos até se voltar a acertar.
Remadores Intha num canal do Lago Inlé
Étnico
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

muralha da fortaleza de Novgorod e da Catedral Ortodoxa de Santa Sofia, Rússia
História
Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
Elafonisi, Creta, Grécia
Ilhas
Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Natureza
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Nuvem lenticular, Mount Cook, Nova Zelândia
Parques Naturais
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Porto Rico, San Juan, Cidade muralhada, panoramica
Património Mundial UNESCO
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Praias
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete
Religião
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.