São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador


Baía de Pantufo
Enseada tropical e piscatória do povoado de Pantufo.
Recém-Pescados
Jovem familiar de pescadores exibe peixes recém-pescados.
Barcos de pesca de Pantufo
Nativa de Pantufo passa entre a frota de barcos de pesca da povoação.
Dona Mascavada
Moradora da Roça São João Angolares.
João Carlos Silva na Roça São João
Cozinheiro João Carlos Silva e ajudantes preparam petiscos na Roça São João Angolares.
Dona Mascavada II
Moradora da Roça São João Angolares.
Boca do Inferno
A laje e formação de origem vulcânica ao largo de São João dos Angolares.
Infantário de Angolares
Crianças brincam num infantário tropical de São João dos Angolares.
Lavadeiras da Ribeira Afonso
Mulheres dos arredores da ribeira Afonso numa intensa e fluvial lavagem de roupa.
Curva de Angolares
Motociclo completa um meandro da estrada, na iminência da roça São João de Angolares.
Moradores Porto Alegre
Habitantes dos edifícios legados pela roça de Porto Alegre.
Lavagem Maternal
Mulher lava roupa com um bebe atado às costas.
Fut Praia em Porto Alegre
Rapazes de Porto Alegre jogam à bola sobre a maré vazia.
Os Patos da Roça
Bando de patos à entrada da roça São João de Angolares.
Despojo de Guerra
Tanque de guerra abandonado na Roça de Porto Alegre.
Roça Porto Alegre
Imagem de marca da roça de Porto Alegre, a sua alameda de palmeiras.
Casa da Roça
Edifício de origem colonial da roça São João de Angolares.
Roça São João dos Angolares
Relvado e edifício da Roça São João Angolares.
Jovens Moradores de Água Izé
Jovens moradores da roça Água-Izé.
Edifício Roça Água Izé
Edifício semi-abandonado da roça Água-Izé.
Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.

Já de si, a jornada rumo ao extremo sul de São Tomé tinha tudo para se arrastar.

O facto de nos confrontarmos com uma primeira paragem obrigatória em Pantufo, pouco veio a ajudar.

Pantufo distava uns meros 3km da grande cidade da ilha. Com quase dois mil habitantes, este arredor à beira-mar da capital plantado agrupa um casario abundante abençoado pela igreja de São Pedro, nas imediações do relvado do FC Aliança Nacional, o clube que concentra as paixões desportivas da terra.

E, no entanto, o que nos chama a atenção é o frenesim em que encontramos o areal abaixo da Estada de Pantufo, numa altura em que os seus pescadores regressavam da faina.

Grupos deles conjugam esforços para puxarem as embarcações para fora do alcance da maré-cheia. Outros, já na companhia das famílias, examinam os peixes capturados.

Sem saberem ao certo como lidarem com o nosso inesperado interesse, escolhem os exemplares mais volumosos e impressionantes do pescado, por exemplo, um bonito que ainda trás em si, muito do azul do Atlântico.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, Pescador de Pantufo e BonitoE três ou quatro, menos exuberantes, que uma jovem familiar agrupa e nos mostra em cacho, para logo se esgueirar entre os barcos artesanais em doca seca e se sumir para trás da sebe de árvores que separa a baía da povoação.

A via mantém-se próxima do mar. Às portas da Igreja amarela e pontiaguda de Santana, os seus dois sentidos separam-se.

O trânsito de Sul-Norte faz-se quase em cima do oceano. Pelo oposto abaixo, seguimos na direcção de Água Izé, aldeia e lugar de outra roça incontornável de São Tomé e Príncipe.

Roça Água-Izé. Um Projecto Esclavagista de um Negro Feito Barão

Um facto histórico inusitado, destaca-a das demais. A Roça Água Izé foi obra de João Maria de Sousa Almeida (1816-1869), um principense de origem negra. Filho de um coronel terratenente, membro de uma família negra surpreendentemente abastada e influente para a época.

De acordo com os seus recursos, o Barão de Água Izé, assim o proclamou D. Luís, em 1868, viajou o mundo. Acumulou um currículo e experiência de vida que, por si só, são uma história.

Foi comandante militar, governador de Benguela e comerciante em Angola.

Viveu em Lisboa, de onde partiu para um périplo europeu. Mais tarde, cruzou o Atlântico à descoberta do Portugal Sul-Americano.

No Brasil, os colonos portugueses mantinham das maiores plantações do mundo, à custa do trabalho de milhões de escravos raptados em África.

Também nesse capítulo da era colonial portuguesa, João Maria de Sousa Almeida se revelou um caso à parte. Ou nem tanto.

Os Investimentos Agrícolas e Esclavagistas de João Maria de Sousa Almeida

Malgrado as suas origens negras, o Barão enriqueceu com o tráfico de escravos.

Ao regressar do Brasil a São Tomé e Príncipe, em 1853, levou consigo uma série de novidades que se provariam a base do sucesso agrícola colonial do arquipélago: café, tabaco, óleo de palma e cacau que dizia ser a árvore dos pobres.

Dois anos volvidos, em Praia-Rei, hoje conhecida como Água Izé, plantou os primeiros cacaueiros e inaugurou a que se viria a revelar a produção prolífica de cacau da Companhia da Ilha do Príncipe.

E, decorrida meia década, dominava já de tal maneira os segredos do cacau que publicou um estudo completo sobre a sua plantação e processamento.

A obediência dos seus trabalhadores escravos, essa, conquistou-a pela crueldade. Indiferente às suas origens, João Maria de Sousa Almeida recorreu, vezes sem conta, à violência e a punições desalmadas.

Quando descemos à Boca do Inferno, uma laje vulcânica que gera géiseres marinhos exuberantes, os tais sopros do Atlântico revelam-se quase nulos.

De acordo, o guia que lá nos conduz coloca o ênfase da visita no mito para sempre associado ao lugar: “sabem que o Barão João Maria de Sousa Almeida impressionava de tal maneira os santomenses que o começaram a ver como sobrenatural.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, Boca do InfernoDizia-se que tinha o poder de entrar a cavalgar nesta Boca do Inferno e de sair directo na de Cascais.”

No que diz respeito ao Barão de Água-Izé, entre histórias míticas e reais mas surreais, daria para um romance à parte.

A Vida Livre mas Muito Humilde da Roça Água Izé do Pós-Indepenência

De regresso ao casario envolto de coqueiros, bananeiras e restante flora tropical de Água Izé, encontramos a velha roça em plena actividade.

Num armazém, uma equipa de nativos escolhe o cacau, ensaca-o e empilha sacas, um trabalho que, não chega para os mais de 1200 habitantes de Água Izé.

Ao circularmos em redor, cruzamos o seu dia-a-dia não cacaueiro.

Crianças que, na rua, lavam loiça, escolhem bananas acabadas de colher ou fazem os TPCs escolares à luz da porta de casa. Mães que amamentam recém-nascidos, outras que grelham peixe.

Outras ainda que repousam sentadas contra as paredes das velhas sanzalas, entregues a conversas bem-dispostas.

Ribeira Afonso e as suas Lavadeiras Inconformadas

Completados mais 6km para sul, uma nova expressão da vida santomense prova-se demasiado exuberante para a podermos ignorar.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, lavadeiras Ribeira AfonsoA via estreita. Encaixa-se numa ponte. Para ambos os lados, a Ribeira Afonso que cruzávamos, estava repleta de lavadeiras e de roupa já lavada, estendida ao sol sobre as margens pedregosas.

À boa moda africana, algumas mulheres mantinham bebés amarrados às costas. Embalavam os rebentos com o esfregar e o vaivém dos seus corpos vigorosos.

Sem surpresa, aquela profusão de lavadeiras despertava a atenção dos estrangeiros que por ali passavam. As mulheres estavam mais que fartas de se verem fotografadas pelo que os nossos esforços enfrentaram uma quase-imediata reprovação.

“Parem com isso! É todo o dia a mesma coisa, pensam que isto é o jardim zoológico ou quê?”

Da Ribeira Afonso para baixo, a estrada rende-se a uma série de meandros intrincados. Vence as enseadas recortadas de Micondo e volta a recolher para o interior.

Uma nova curva pronunciada, deixa-nos à entrada da Roça São João dos Angolares.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, curva de Angolares

Na Roça com os Tachos em São João dos Angolares

Estávamos sobre a hora de almoço. E foram os pratos e petiscos santomenses do programa de TV “Na Roça com os Tachos” que tornaram a Roça São João e o cozinheiro João Carlos Silva famosos.

Recebe-nos um bando sortido de patos demasiado entretidos com o arranjo de penas para nos abrirem alas.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, patos da Roça São João de AngolaresSubimos à casa. Admiramos a decoração simples e elegante que combinava na perfeição com os traços coloniais das portas e janelas.

Passamos ao terraço. Encontramo-lo partilhado por grupos de convivas, amigos e familiares, que saboreavam entradinhas.

Também João Carlos Silva por ali está, nem poderia ser doutra maneira. O anfitrião dá início ao seu espectáculo gastronómico do dia.

Apoiado por alguns ajudantes, concretiza uma sequência de petiscos tradicionais, elaborados com banana, maracujá, amendoim, chocolate, mariscos e tantos sabores de São Tomé.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, João Carlos Silva, Roça São João AngolaresJoão Carlos Silva serve-os sobre toalhas com padrões africanos que poderíamos encontrar em capulanas e lenços.

E com uma vista privilegiada sobre a propriedade em redor e a baía dos Angolares em frente. Um tal repasto e o cenário em que foi servido merecia o resto da tarde em descanso contemplativo.

Habituados ao nomadismo fotográfico, forçamo-nos a retomar o itinerário.

A Miragem Tropical e Excêntrica Pico Cão Grande

Tal como o tínhamos preparado, sabíamos que o caminho para a ponta sul passava por uma das elevações estranhas e emblemáticas de São Tomé.

Esperávamos vislumbrá-lo a qualquer momento. A visão não tardou, desprovida da pureza vegetal que merecia.

Passado o povoado de Dª Augusta e a Praia de Pesqueira, a São Tomé forrada da sua vegetação natural e endémica, dá lugar a uma plantação sem fim de palmeiras de óleo de palma, as mesmas que o Barão de Água Izé introduziu na ilha e que, cada vez mais, por esse mundo fora, profanam os trópicos.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, Pico Cão GrandeAvistamos a montanha aguçada do Pico Cão Grande, destacada acima de um sem fim dessas palmeiras e, de tempos a tempos, meio sumida numa nebulosidade baixa que abafava a floresta húmida densa e misteriosa do Parque Natural de Ôbo, uma selva, ao invés, protegida.

Prosseguimos para sul. Deixamos para trás Monte Mário e Henrique. Chegamos à Ponta da Baleia que serve de ancoradouro às ligações de barco ao Ilhéu das Rolas.

Atravessamos a Vila Malaza.

Porto Alegre, a sua própria Roça e os Fundos da ilha de São Tomé

Do lado de lá da baía que a acolheu, chegamos à Roça Porto Alegre, e voltamos ao âmbito histórico da família Sousa Almeida.

Fundou-a Jacinto Carneiro, filho do Barão de Água-Izé.

Apesar de remota e acessível quase apenas de barco, Jacinto Carneiro conseguiu expandi-la e torna-la um caso sério de multiprodução agrícola, ao ponto de, num regime de auto-suficiência, a ter tornado a segunda maior propriedade do sul de São Tomé, com um território vasto que incluía o Ilhéu das Rolas e seis dependências.

A Roça de Porto Alegre mantém uma configuração que é única, com uma alameda de palmeiras a conduzir à sua casa principal, para junto dos lares dos empregados e das longas sanzalas.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, Roça Porto AlegreUma vez mais, encontramos a roça entregue à espécie de remanso histórico a que São Tomé se viu no pós-independência. Cabras e galinhas salpicam o pasto à entrada, a alameda de palmeiras e os pátios degradados.

Um único elemento destoava do cenário expectável de uma roça santomense. Por uma qualquer contingência bélica, enferrujado e tomado pela vegetação, um velho tanque de guerra tinha ali achado o derradeiro pouso.

Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, tanque Roça Porto AlegreUns quilómetros para sul, a praia Inhame provava-se o último dos recantos balneares da ilha de São Tomé. Uma espécie de dedo geológico inacessível por estrada indicava-nos o iminente Ilhéu das Rolas.

E, a cruzá-lo, a linha do Equador que marca o meio tropical do Planeta.

Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé

Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Roça Sundy, Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

A Certeza da Teoria da Relatividade

Em 1919, Arthur Eddington, um astrofísico britânico, escolheu a roça Sundy para comprovar a famosa teoria de Albert Einstein. Decorrido mais de um século, o norte da ilha do Príncipe que o acolheu continua entre os lugares mais deslumbrantes do Universo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
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Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
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300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
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De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
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Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

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Rinoceronte listado após sair de uma lagoa repleta de limos.
Parques Naturais
Reserva de Vida Selvagem Mkhaya, eSwatini

A Reserva dos Rinocerontes Garantidos

Criada, em 1979, com o fim de evitar a extinção do precioso gado nguni, Mkhaya ajustou-se a uma missão tão ou mais importante. Preserva espécimes de boa parte da fauna indígena ameaçada da região. Com destaque para rinocerontes (brancos e negros) que os rangers locais se gabam de sempre revelarem.
Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em Java, Indonésia
Património Mundial UNESCO
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
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Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Conversa ao pôr-do-sol
Praias
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Religião
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Parque Nacional Etosha Namíbia, chuva
Vida Selvagem
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.