Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor


Guest-Houses
Donos de pousadas tentam atrair clientes saídos do barco proveniente de Phnom Penh.
Travessia de Nek Luong
Passageiros de uma balsa que cruza o rio em Nek Luong.
Legado de Ta Phrom
Raízes apoderam-se de uma das paredes do templo de Ta Phrom.
Vertigem de Angkor
Visitantes vencem a escadaria do grande templo de Angkor.
Entrada para Angkor
Visitantes entram num corredor do templo de Angkor
Escultura
Uma das esculturas de divindades do templo de Angkor.
Vertigem de Angkor II
Visitante intimidada pela inclinação de uma das escadarias de Angkor.
Retiro
Monge budista retirado num recanto do templo de Angkor Wat.
camboja-Angkor-wat-templo-monge
Para Mais tarde
Monges budistas fotografam-se com o templo de Angkor em Fundo.
Sobrelotação
Veículo à pinha, no caminho para Angkor.
Ta Phrom
Visitantes cruzam uma entrada do templo de Ta Phrom.
Mais Raízes
Raízes apoderam-se de uma das paredes do templo de Ta Phrom.
Vishnu
Estátua do deus do Hinduismo Vishnu.
Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso

O cartaz do Sinh Office de Ho Chi Minh City falava em 12 horas.

Mencionava um preço modesto de alguns milhões de Dongs. Não mencionava o tipo de autocarro ou o que quer que fosse sobre o percurso.

Quando se trata de agências de países do terceiro mundo ou se vai ou se fica. Não há tempo para indecisões e, esperar por respostas honestas é ser ingénuo. Conscientes disso, compramos os bilhetes e mentalizamo-nos para o que o dia seguinte poderia reservar.

Deixamos a caótica rua De Tham por volta das oito da manhã. Três horas depois, chegamos à fronteira. E ao princípio de um longo tormento.

A área que marca a divisão entre o Vietname e o Camboja estabelece uma separação óbvia na paisagem. De um momento para o outro, os arrozais encharcados e outros campos verdes dão lugar a uma vastidão ressequida. Dela se destacam dois enormes arcos que assinalam a saída de um país e a entrada no outro.

O motorista dá indicação para que toda a gente abandone o autocarro. Aponta, de forma rude, para a cancela mais próxima, a uns bons 500 metros.

Lá fora estão 40 graus, um forno que torna a caminhada um castigo. Viria a repetir-se da barreira vietnamita à cambojana, onde a fila, aumentada pela preguiça prepotente dos soldados de serviço, é maior que a anterior.

Algum tempo depois, o asfalto até então aceitável transforma-se numa sucessão terrosa de buracos convencionais, de antigas crateras provocadas pelas bombas largadas durante a Guerra do Vietname e por lombas e desníveis subsumidos numa poeira densa.

O percurso passa também a fazer-se aos “esses” e aos saltos. Ainda não é tudo.

Camboja, Angkor, Nek Luong

Passageiros de uma balsa que cruza o rio em Nek Luong.

A Tortura Rodoviária do Cambodja do Pós-Guerra

Aguentamos 150, talvez 200 km de solavancos. As bexigas de alguns passageiros estão nas últimas. Contamo-nos entre os mais aflitos. Por sorte e conveniência, o motorista mal humorado satura-se do desconforto e decide parar.

Andamos já sobre a savana do sudeste asiático quando notamos que os restantes elementos da excursão esbracejam. Tinha-nos passado despercebida uma placa sinalizadora. Caminhávamos entre minas.

A aflição agrava-se mas, uma vez que nada tinha acontecido à ida, no regresso, só temos que identificar e pisar as pegadas no solo. Evitamos a inesperada catástrofe mas não nos safamos do sarcasmo irritante do motorista: “Pode ter sido por pouco, não é? Para a próxima, vejam se se lembram que não estão a passear em Paris!”.

Malgrado o tempo decorrido desde as atrocidades porque se tornou popular o país, aquele cambojano ainda tinha toda a razão.

Em 2010, Kang Kek Lew tornou-se no primeiro khmer vermelho a ser condenado pelos seus crimes de guerra durante o regime maoista de Pol Pot. Muitos mais se deveriam seguir mas o primeiro-ministro Hun Sen sacrificou as condenações em função da estabilidade política.

Foi algo que visto como uma protecção a vários líderes guerrilheiros, hoje presentes nas instituições locais e nacionais do governo cambojano.  Se os antigos criminosos continuam dissimulados no poder, o Camboja permanece uma das nações mais vulneráveis da Ásia, dependente da assistência das nações desenvolvidas e do investimento chinês.

Camboja, Angkor, cambojanos à pinha

Veículo à pinha, no caminho para Angkor.

À medida que progredimos no país, percebemos a quantidade de campos ressequidos ainda infestados de minas e por cultivar, a predominância de habitações básicas sobrelotadas pelas famílias e pelos seus animais domésticos.

Palmeira cambojana atrás de palmeira cambojana (Borassus flabellifer), palafita após palafita, já bem depois do pôr-do-sol e com um atraso de cinco horas, chegamos por fim a Phnom Penh. Temos apenas uma curta noite de sono para recuperar na capital.

A Navegação Deslumbrante de Phnom Penh a Siem Reap

A viagem recomeça cedo, com partida de uma doca sobre o rio Tonlé Sap que ali se junta ao Mekong.  O Tonlé Sap muda de direcção duas vezes por ano, invertido pelo refluxo do caudal do rio principal que a época das chuvas torna excessivo. Aguardam-nos embarcações futuristas mas desgastadas que, em três tempos, se enchem de estrangeiros.

Zarpamos. A grande velocidade, o barco deixa para trás as aldeias ribeirinhas que aparecem pelo caminho. E faz balouçar, os pequenos barcos dos pescadores que as alimentam.

A dois terços do percurso, o leito alarga e dá lugar a uma imensidão disforme. De rio, o Tonlé Sap passa a lago. Mais duas horas de navegação, atingimos as proximidades de Siem Reap. Mas estamos em plena época seca. Nesta altura, as margens são inacessíveis aos barcos maiores. E esse recuo do lago, obriga a um complexo transbordo.

Provenientes de filiais flutuantes, dezenas de recrutadores turísticos a trabalhar para guest houses acercam-se de nós em pequenas embarcações. Num processo divisório, tentam convencer o maior número possível de visitantes a prosseguir com eles.

Camboja, lago Tonle sap, Angkor, guest-houses

Donos de pousadas tentam atrair clientes saídos do barco proveniente de Phnom Penh.

Sem alternativas válidas, é o que fazemos.

Dia e meio depois da partida de Ho Chi Minh, tínhamos chegado a Siem Reap. Os templos de Angkor pareciam mais próximos que nunca. Aproximava-se a hora da recompensa.

A Cidade Legada Pela Poderosa civilização Khmer

Construídos entre os séculos XI e XIV, quando a civilização khmer estava no seu auge, os templos de Angkor testemunham, mais do que a grandeza, a enorme criatividade arquitectónica de um povo que dominou o Sudeste da Ásia.

Os khmer subjugaram diferentes etnias durante 600 anos, desde o sul do que é hoje o Vietname, ao território de Yunnan no sul da China, até à baía de Bengala na Índia.

Os mais de cem templos de Angkor que tínhamos por diante são os vestígios vivos de um centro administrativo e religioso que albergava centenas de casas, edifícios públicos e palácios construídos em madeira e que, por isso, desapareceram.  Segundo a crença Khmer, o direito de habitar em edifícios de pedra ou tijolo reservava-se apenas aos deuses.

Camboja, templo de Angkor, escultura

Uma das esculturas de divindades do templo de Angkor.

Vários séculos depois, as autoridades cambojanas e da UNESCO concederam a visitantes de todo o mundo, o privilégio de os admirar. Estavamos determinados em aproveitar ao máximo a benesse.

Dirigimo-nos ao lado oposto da entrada do complexo, ansiosos por encontrar as ruínas furtivas de Ta Phrom (Brahma ancestral) um dos poucos templos a que não foi roubada à protecção original da selva.

Descobrimo-lo fiel ao imaginário dos viajantes, cercado por árvores tropicais com raízes tentaculares que se agarram aos muros e paredes envelhecidos.

Camboja, Angkor, Ta Phrom

Raízes apoderam-se de uma das paredes do templo de Ta Phrom.

Ali, o canto exótico das aves quebra o silêncio e reforça uma atmosfera de puro misticismo. Assim contemplado, o templo abandonado não faz justiça à grandiosidade da civilização que o ergueu.

E, no entanto, uma placa informativa afiança que eram 12.500 as pessoas que nele viviam ou que lá serviam. Dois mil e setecentos oficiais, seiscentos e quinze dançarinos e mais de 80.000 almas das povoações circundantes trabalhavam para assegurar os mantimentos e outros serviços.

Está provado que Angkor foi mais que um lugar artístico ou religioso. Acolheu cidades impressionantes que também serviam o povo khmer.

Voltamos ao reduto de Angkor Thom em busca de Bayon.

Camboja, Angkor, templo de Ta Phrom

Visitantes cruzam uma entrada do templo de Ta Phrom.

Tal como Ta Prohm, também este edifício agrupa corredores estreitos e lances vertiginosos de escadas. Nele se destaca a colecção de cinquenta torres decoradas com duzentas misteriosas faces sorridentes de Avalokiteshvara, o Buda da compaixão.

E a inspiração do rei Jayavarman VII para a construção da cidade.

A Imponência Religiosa e Khmer de Angkor Wat

Mudamo-nos para o Angkor Wat a mais imponente de todas as estruturas de Angkor, considerado o trono do Império Khmer e o maior edifício religioso do mundo.

Muitas das características de Angkor Wat são únicas no conjunto dos templo. Uma delas é a sua orientação para Oeste. 

O Oeste é, no universo khmer, a direcção da morte. Essa constatação levou vários estudiosos a concluir que o Angkor Wat havia sido erguido como túmulo.

A ideia foi ainda alavancada pelo facto de muitos dos seus baixos-relevos terem sido criados de forma a serem interpretados ao contrário do movimento dos ponteiros de um relógio, uma opção com antecedentes nos rituais funerários hindus.

Por outro lado, o deus hindu Vishnu sempre foi associado ao Oeste. De acordo, a explicação hoje mais aceite é a de que o Angkor Wat foi inicialmente um templo, mais tarde, o mausoléu de Suryavarman II, o décimo sexto rei do império khmer.

Camboja, templo de Angkor, Vishnu

Estátua do deus do Hinduismo Vishnu.

Atravessarmos a ponte sobre o fosso exterior. Passamos para o interior de uma câmara escura. Ao sairmos, temos a visão inesperada e majestosa de três enormes torres longínquas. E pela frente, uma enorme avenida conduz ao templo central.

Percorremo-la lado a lado com um grupo de monges budistas que, com os seus trajes cor-de-laranja ,emprestam cor ao lugar e que se fotografam sem parar.

Camboja, templo de Angkor, monges budista

Monges budistas fotografam-se com o templo de Angkor em Fundo.

Acabamos a conversar, apesar do seu inglês limitado que têm o ensejo de praticar: “Não somos khmer, somos tailandeses. Vimos a Angkor de vez em quando.

Para nós é um privilégio sagrado podermos aqui rezar em paz. Durante muito tempo, corríamos risco de vida de cada vez que o tentávamos.”

Chegados ao pátio interior do templo, examinamos as galerias térreas e enfrentamos as escadarias assustadoras que dão acesso aos níveis superiores, determinados a conquistarmos o acesso à vista desafogada sobre o complexo em redor.

Camboja, templo de Angkor, escadaria

Visitante intimidada pela inclinação de uma das escadarias de Angkor.

Nessa altura, compreendemos um pouco melhor o discurso dos monges. E confirmamos que a longa e dolorosa viagem partir de Ho chi Minh tinha valido a pena.

Camboja: do Fratricídio ao Esquecimento Forçado

Devastado pela guerra e pelo regime sanguinário de Pol Pot, o Camboja esteve mais de vinte anos fora do mapa turístico do mundo.

Após o cessar-fogo e a estabilização relativa da situação política, o país abriu-se, pouco a pouco, ao estrangeiro. Expôs aos visitantes o estado em que havia ficado: uma destruição quase total da sua escassa rede de transportes e da maior parte das infraestruturas importantes.

Uma população oprimida pela violência impune dos khmers vermelhos e pela corrupção generalizada de um governo vendido a todo o tipo de interesses.

Um território repleto de minas por rebentar que impedem os camponeses de voltar a cultivar os campos e mata, ainda hoje, várias pessoas por dia.

Em 2003, a situação do Camboja era ainda muito frágil.

Camboja, templo de Angkor, monge budista

Monge budista retirado num recanto do templo de Angkor Wat.

Em termos políticos, o país continua dividido pelos conflitos do passado: os dirigentes são vistos como tendo sido pró ou contra vietnamitas; antigos apoiantes da barbárie perpetrada pelos khmers vermelhos ou opositores.

Esta última oposição é uma verdadeira ferida aberta na sociedade cambojana. Depois das eleições de 1998, uma parte significativa dos guerrilheiros khmer deixou a selva.

Entregou-se às forças governamentais da recém-criada coligação que uniu as duas maiores forças políticas do país, o CPP e a FUNCINPEC.

Em 25 de Dezembro desse ano, o líder da coligação, Hun Sen, foi prendado com um pedido de autorização dos principais dirigentes khmer vermelhos para também eles se entregarem ao governo.

Hun Sen fora desde sempre um defensor de um julgamento dos responsáveis pelo genocídio generalizado em que havia mergulhado o país.

No entanto, inexplicavelmente, os líderes khmer vermelhos tiveram uma recepção VIP à chegada à capital. Hun Sen passou a defender a necessidade primordial de uma reconciliação nacional e evitou castigar os seus antigos inimigos, como a população cambojana esperava que acontecesse.

Esta reviravolta é ainda hoje uma causa latente de instabilidade. À medida que os membros da guerrilha khmer vermelha voltaram às suas casas, muitos deles passaram a viver lado a lado com pessoas que haviam torturado ou mutilado, ou a quem haviam assassinado parte da família.

O receio de que um julgamento justo das altas patentes khmer vermelhas possa assustar os restantes ex-guerrilheiros e levá-los de novo para a selva e reacender do conflito, tem sido um forte factor dissuasor.

Assim mesmo, habituados a sofrer e calar, os cambojanos agarram-se à única opção que lhes foi dada: esquecer o que ficou para trás.

Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Hoi An, Vietname

O Porto Vietnamita Que Ficou a Ver Navios

Hoi An foi um dos entrepostos comerciais mais importantes da Ásia. Mudanças políticas e o assoreamento do rio Thu Bon ditaram o seu declínio e preservaram-na como as cidade mais pitoresca do Vietname.

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Hanói, Vietname

Sob a Ordem do Caos

Hanói ignora há muito os escassos semáforos, outros sinais de trânsito e os sinaleiros decorativos. Vive num ritmo próprio e numa ordem do caos inatingível pelo Ocidente.
Hué, Vietname

A Herança Vermelha do Vietname Imperial

Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete
Cidades
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Cultura
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Em Viagem
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Étnico
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
História
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Marcha Patriota
Ilhas
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Macaco-uivador, PN Tortuguero, Costa Rica
Natureza
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Parques Naturais
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Moscovo, Kremlin, Praça Vermelha, Rússia, rio Moscovo
Património Mundial UNESCO
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Sesimbra, Vila, Portugal, castelo
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Religião
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
PT EN ES FR DE IT