Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor


Guest-Houses
Donos de pousadas tentam atrair clientes saídos do barco proveniente de Phnom Penh.
Travessia de Nek Luong
Passageiros de uma balsa que cruza o rio em Nek Luong.
Legado de Ta Phrom
Raízes apoderam-se de uma das paredes do templo de Ta Phrom.
Vertigem de Angkor
Visitantes vencem a escadaria do grande templo de Angkor.
Entrada para Angkor
Visitantes entram num corredor do templo de Angkor
Escultura
Uma das esculturas de divindades do templo de Angkor.
Vertigem de Angkor II
Visitante intimidada pela inclinação de uma das escadarias de Angkor.
Retiro
Monge budista retirado num recanto do templo de Angkor Wat.
camboja-Angkor-wat-templo-monge
Para Mais tarde
Monges budistas fotografam-se com o templo de Angkor em Fundo.
Sobrelotação
Veículo à pinha, no caminho para Angkor.
Ta Phrom
Visitantes cruzam uma entrada do templo de Ta Phrom.
Mais Raízes
Raízes apoderam-se de uma das paredes do templo de Ta Phrom.
Vishnu
Estátua do deus do Hinduismo Vishnu.
Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso

O cartaz do Sinh Office de Ho Chi Minh City falava em 12 horas.

Mencionava um preço modesto de alguns milhões de Dongs. Não mencionava o tipo de autocarro ou o que quer que fosse sobre o percurso.

Quando se trata de agências de países do terceiro mundo ou se vai ou se fica. Não há tempo para indecisões e, esperar por respostas honestas é ser ingénuo. Conscientes disso, compramos os bilhetes e mentalizamo-nos para o que o dia seguinte poderia reservar.

Deixamos a caótica rua De Tham por volta das oito da manhã. Três horas depois, chegamos à fronteira. E ao princípio de um longo tormento.

A área que marca a divisão entre o Vietname e o Camboja estabelece uma separação óbvia na paisagem. De um momento para o outro, os arrozais encharcados e outros campos verdes dão lugar a uma vastidão ressequida. Dela se destacam dois enormes arcos que assinalam a saída de um país e a entrada no outro.

O motorista dá indicação para que toda a gente abandone o autocarro. Aponta, de forma rude, para a cancela mais próxima, a uns bons 500 metros.

Lá fora estão 40 graus, um forno que torna a caminhada um castigo. Viria a repetir-se da barreira vietnamita à cambojana, onde a fila, aumentada pela preguiça prepotente dos soldados de serviço, é maior que a anterior.

Algum tempo depois, o asfalto até então aceitável transforma-se numa sucessão terrosa de buracos convencionais, de antigas crateras provocadas pelas bombas largadas durante a Guerra do Vietname e por lombas e desníveis subsumidos numa poeira densa.

O percurso passa também a fazer-se aos “esses” e aos saltos. Ainda não é tudo.

Camboja, Angkor, Nek Luong

Passageiros de uma balsa que cruza o rio em Nek Luong.

A Tortura Rodoviária do Cambodja do Pós-Guerra

Aguentamos 150, talvez 200 km de solavancos. As bexigas de alguns passageiros estão nas últimas. Contamo-nos entre os mais aflitos. Por sorte e conveniência, o motorista mal humorado satura-se do desconforto e decide parar.

Andamos já sobre a savana do sudeste asiático quando notamos que os restantes elementos da excursão esbracejam. Tinha-nos passado despercebida uma placa sinalizadora. Caminhávamos entre minas.

A aflição agrava-se mas, uma vez que nada tinha acontecido à ida, no regresso, só temos que identificar e pisar as pegadas no solo. Evitamos a inesperada catástrofe mas não nos safamos do sarcasmo irritante do motorista: “Pode ter sido por pouco, não é? Para a próxima, vejam se se lembram que não estão a passear em Paris!”.

Malgrado o tempo decorrido desde as atrocidades porque se tornou popular o país, aquele cambojano ainda tinha toda a razão.

Em 2010, Kang Kek Lew tornou-se no primeiro khmer vermelho a ser condenado pelos seus crimes de guerra durante o regime maoista de Pol Pot. Muitos mais se deveriam seguir mas o primeiro-ministro Hun Sen sacrificou as condenações em função da estabilidade política.

Foi algo que visto como uma protecção a vários líderes guerrilheiros, hoje presentes nas instituições locais e nacionais do governo cambojano.  Se os antigos criminosos continuam dissimulados no poder, o Camboja permanece uma das nações mais vulneráveis da Ásia, dependente da assistência das nações desenvolvidas e do investimento chinês.

Camboja, Angkor, cambojanos à pinha

Veículo à pinha, no caminho para Angkor.

À medida que progredimos no país, percebemos a quantidade de campos ressequidos ainda infestados de minas e por cultivar, a predominância de habitações básicas sobrelotadas pelas famílias e pelos seus animais domésticos.

Palmeira cambojana atrás de palmeira cambojana (Borassus flabellifer), palafita após palafita, já bem depois do pôr-do-sol e com um atraso de cinco horas, chegamos por fim a Phnom Penh. Temos apenas uma curta noite de sono para recuperar na capital.

A Navegação Deslumbrante de Phnom Penh a Siem Reap

A viagem recomeça cedo, com partida de uma doca sobre o rio Tonlé Sap que ali se junta ao Mekong.  O Tonlé Sap muda de direcção duas vezes por ano, invertido pelo refluxo do caudal do rio principal que a época das chuvas torna excessivo. Aguardam-nos embarcações futuristas mas desgastadas que, em três tempos, se enchem de estrangeiros.

Zarpamos. A grande velocidade, o barco deixa para trás as aldeias ribeirinhas que aparecem pelo caminho. E faz balouçar, os pequenos barcos dos pescadores que as alimentam.

A dois terços do percurso, o leito alarga e dá lugar a uma imensidão disforme. De rio, o Tonlé Sap passa a lago. Mais duas horas de navegação, atingimos as proximidades de Siem Reap. Mas estamos em plena época seca. Nesta altura, as margens são inacessíveis aos barcos maiores. E esse recuo do lago, obriga a um complexo transbordo.

Provenientes de filiais flutuantes, dezenas de recrutadores turísticos a trabalhar para guest houses acercam-se de nós em pequenas embarcações. Num processo divisório, tentam convencer o maior número possível de visitantes a prosseguir com eles.

Camboja, lago Tonle sap, Angkor, guest-houses

Donos de pousadas tentam atrair clientes saídos do barco proveniente de Phnom Penh.

Sem alternativas válidas, é o que fazemos.

Dia e meio depois da partida de Ho Chi Minh, tínhamos chegado a Siem Reap. Os templos de Angkor pareciam mais próximos que nunca. Aproximava-se a hora da recompensa.

A Cidade Legada Pela Poderosa civilização Khmer

Construídos entre os séculos XI e XIV, quando a civilização khmer estava no seu auge, os templos de Angkor testemunham, mais do que a grandeza, a enorme criatividade arquitectónica de um povo que dominou o Sudeste da Ásia.

Os khmer subjugaram diferentes etnias durante 600 anos, desde o sul do que é hoje o Vietname, ao território de Yunnan no sul da China, até à baía de Bengala na Índia.

Os mais de cem templos de Angkor que tínhamos por diante são os vestígios vivos de um centro administrativo e religioso que albergava centenas de casas, edifícios públicos e palácios construídos em madeira e que, por isso, desapareceram.  Segundo a crença Khmer, o direito de habitar em edifícios de pedra ou tijolo reservava-se apenas aos deuses.

Camboja, templo de Angkor, escultura

Uma das esculturas de divindades do templo de Angkor.

Vários séculos depois, as autoridades cambojanas e da UNESCO concederam a visitantes de todo o mundo, o privilégio de os admirar. Estavamos determinados em aproveitar ao máximo a benesse.

Dirigimo-nos ao lado oposto da entrada do complexo, ansiosos por encontrar as ruínas furtivas de Ta Phrom (Brahma ancestral) um dos poucos templos a que não foi roubada à protecção original da selva.

Descobrimo-lo fiel ao imaginário dos viajantes, cercado por árvores tropicais com raízes tentaculares que se agarram aos muros e paredes envelhecidos.

Camboja, Angkor, Ta Phrom

Raízes apoderam-se de uma das paredes do templo de Ta Phrom.

Ali, o canto exótico das aves quebra o silêncio e reforça uma atmosfera de puro misticismo. Assim contemplado, o templo abandonado não faz justiça à grandiosidade da civilização que o ergueu.

E, no entanto, uma placa informativa afiança que eram 12.500 as pessoas que nele viviam ou que lá serviam. Dois mil e setecentos oficiais, seiscentos e quinze dançarinos e mais de 80.000 almas das povoações circundantes trabalhavam para assegurar os mantimentos e outros serviços.

Está provado que Angkor foi mais que um lugar artístico ou religioso. Acolheu cidades impressionantes que também serviam o povo khmer.

Voltamos ao reduto de Angkor Thom em busca de Bayon.

Camboja, Angkor, templo de Ta Phrom

Visitantes cruzam uma entrada do templo de Ta Phrom.

Tal como Ta Prohm, também este edifício agrupa corredores estreitos e lances vertiginosos de escadas. Nele se destaca a colecção de cinquenta torres decoradas com duzentas misteriosas faces sorridentes de Avalokiteshvara, o Buda da compaixão.

E a inspiração do rei Jayavarman VII para a construção da cidade.

A Imponência Religiosa e Khmer de Angkor Wat

Mudamo-nos para o Angkor Wat a mais imponente de todas as estruturas de Angkor, considerado o trono do Império Khmer e o maior edifício religioso do mundo.

Muitas das características de Angkor Wat são únicas no conjunto dos templo. Uma delas é a sua orientação para Oeste. 

O Oeste é, no universo khmer, a direcção da morte. Essa constatação levou vários estudiosos a concluir que o Angkor Wat havia sido erguido como túmulo.

A ideia foi ainda alavancada pelo facto de muitos dos seus baixos-relevos terem sido criados de forma a serem interpretados ao contrário do movimento dos ponteiros de um relógio, uma opção com antecedentes nos rituais funerários hindus.

Por outro lado, o deus hindu Vishnu sempre foi associado ao Oeste. De acordo, a explicação hoje mais aceite é a de que o Angkor Wat foi inicialmente um templo, mais tarde, o mausoléu de Suryavarman II, o décimo sexto rei do império khmer.

Camboja, templo de Angkor, Vishnu

Estátua do deus do Hinduismo Vishnu.

Atravessarmos a ponte sobre o fosso exterior. Passamos para o interior de uma câmara escura. Ao sairmos, temos a visão inesperada e majestosa de três enormes torres longínquas. E pela frente, uma enorme avenida conduz ao templo central.

Percorremo-la lado a lado com um grupo de monges budistas que, com os seus trajes cor-de-laranja ,emprestam cor ao lugar e que se fotografam sem parar.

Camboja, templo de Angkor, monges budista

Monges budistas fotografam-se com o templo de Angkor em Fundo.

Acabamos a conversar, apesar do seu inglês limitado que têm o ensejo de praticar: “Não somos khmer, somos tailandeses. Vimos a Angkor de vez em quando.

Para nós é um privilégio sagrado podermos aqui rezar em paz. Durante muito tempo, corríamos risco de vida de cada vez que o tentávamos.”

Chegados ao pátio interior do templo, examinamos as galerias térreas e enfrentamos as escadarias assustadoras que dão acesso aos níveis superiores, determinados a conquistarmos o acesso à vista desafogada sobre o complexo em redor.

Camboja, templo de Angkor, escadaria

Visitante intimidada pela inclinação de uma das escadarias de Angkor.

Nessa altura, compreendemos um pouco melhor o discurso dos monges. E confirmamos que a longa e dolorosa viagem partir de Ho chi Minh tinha valido a pena.

Camboja: do Fratricídio ao Esquecimento Forçado

Devastado pela guerra e pelo regime sanguinário de Pol Pot, o Camboja esteve mais de vinte anos fora do mapa turístico do mundo.

Após o cessar-fogo e a estabilização relativa da situação política, o país abriu-se, pouco a pouco, ao estrangeiro. Expôs aos visitantes o estado em que havia ficado: uma destruição quase total da sua escassa rede de transportes e da maior parte das infraestruturas importantes.

Uma população oprimida pela violência impune dos khmers vermelhos e pela corrupção generalizada de um governo vendido a todo o tipo de interesses.

Um território repleto de minas por rebentar que impedem os camponeses de voltar a cultivar os campos e mata, ainda hoje, várias pessoas por dia.

Em 2003, a situação do Camboja era ainda muito frágil.

Camboja, templo de Angkor, monge budista

Monge budista retirado num recanto do templo de Angkor Wat.

Em termos políticos, o país continua dividido pelos conflitos do passado: os dirigentes são vistos como tendo sido pró ou contra vietnamitas; antigos apoiantes da barbárie perpetrada pelos khmers vermelhos ou opositores.

Esta última oposição é uma verdadeira ferida aberta na sociedade cambojana. Depois das eleições de 1998, uma parte significativa dos guerrilheiros khmer deixou a selva.

Entregou-se às forças governamentais da recém-criada coligação que uniu as duas maiores forças políticas do país, o CPP e a FUNCINPEC.

Em 25 de Dezembro desse ano, o líder da coligação, Hun Sen, foi prendado com um pedido de autorização dos principais dirigentes khmer vermelhos para também eles se entregarem ao governo.

Hun Sen fora desde sempre um defensor de um julgamento dos responsáveis pelo genocídio generalizado em que havia mergulhado o país.

No entanto, inexplicavelmente, os líderes khmer vermelhos tiveram uma recepção VIP à chegada à capital. Hun Sen passou a defender a necessidade primordial de uma reconciliação nacional e evitou castigar os seus antigos inimigos, como a população cambojana esperava que acontecesse.

Esta reviravolta é ainda hoje uma causa latente de instabilidade. À medida que os membros da guerrilha khmer vermelha voltaram às suas casas, muitos deles passaram a viver lado a lado com pessoas que haviam torturado ou mutilado, ou a quem haviam assassinado parte da família.

O receio de que um julgamento justo das altas patentes khmer vermelhas possa assustar os restantes ex-guerrilheiros e levá-los de novo para a selva e reacender do conflito, tem sido um forte factor dissuasor.

Assim mesmo, habituados a sofrer e calar, os cambojanos agarram-se à única opção que lhes foi dada: esquecer o que ficou para trás.

Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Hoi An, Vietname

O Porto Vietnamita Que Ficou a Ver Navios

Hoi An foi um dos entrepostos comerciais mais importantes da Ásia. Mudanças políticas e o assoreamento do rio Thu Bon ditaram o seu declínio e preservaram-na como as cidade mais pitoresca do Vietname.

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Hanói, Vietname

Sob a Ordem do Caos

Hanói ignora há muito os escassos semáforos, outros sinais de trânsito e os sinaleiros decorativos. Vive num ritmo próprio e numa ordem do caos inatingível pelo Ocidente.
Hué, Vietname

A Herança Vermelha do Vietname Imperial

Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Basseterre, São Cristóvão e Neves, St. Kitts, Berkeley Memorial
Cidades
Basseterre, São Cristóvão e Neves

Uma Capital ao Nível do Mar das Caraíbas

Instalada entre o sopé da montanha Olivees e o oceano, a diminuta Basseterre é a maior cidade de São Cristóvão e Neves. Com origem colonial francesa, há muito anglófona, mantém-se pitoresca. Desvirtuam-na, apenas, os gigantescos cruzeiros que a inundam de visitantes de toca-e-foge.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia
Cultura
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
DMZ, Coreia do Sul, Linha sem retorno
Em Viagem
DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Étnico
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Roça Bombaim, Roça Monte Café, ilha São Tomé, bandeira
História
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Aruba, Antilhas Holandesas, ABC, tartaruga
Ilhas
Aruba

Aruba: a Ilha no Lugar Certo

Crê-se que os nativos caquetío lhe chamavam oruba, ou “ilha bem situada”. Frustrados pela falta de ouro, os descobridores espanhóis trataram-na por “ilha inútil”. Ao percorrermos o seu cimo caribenho, percebemos o quanto o primeiro baptismo de Aruba sempre fez mais sentido.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Natureza
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Ribeiro Frio, Madeira, Vereda dos Balcões,
Parques Naturais
Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Património Mundial UNESCO
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Praias
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Acolhedora Vegas
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
PN Tortuguero, Costa Rica, barco público
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.