Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle


Mini-snorkeling
Rapazinho tailandês diverte-se equipado com equipamento de snorkeling nas águas pouco profundas ao largo de Phi-Phi Leh.
Maya Bay
Primeira lancha da manhã a chegar à baía de Maya, na ilha de Phi Phi Leh.
Nongsok
Visitante das ilhas Phi Phi segue na proa de um long-tail boat, durante um tour de snorkeling.
Rota de Evacuação
Sinal instalado após o tsunami de 2004 indica a rota de fuga em caso de novo maremoto.
Maya Bay II
Lanchas atracadas na Maya Bay, a grande atracção das ilhas Phi Phi após a fama gerada por "A Praia" e o tsunami de 2004 que destruiu os long-tailboats em que antes ali levavam visitantes.
Pelos Ares
Grupo de visitantes entretêm-se a soltar um pequeno balão de ar quente sobre o arquipélago das Phi Phi.
Benção budista
Tiras de tecido colorido abençoam um barco de pesca tailandês.
De um lado ao outro
Banhistas percorrem um trilho que atravessa a Maya Bay, sinalizado como rota de fuga em caso de tsunami.
Barco pós-tsunami
Barco atracado num recanto da enseada principal da ilha de Phi-Phi Don, a maior do arquipélago.
Convívio marinho
Grupo de asiáticos flutua nas águas tranquilas do interior de um grupo de penhascos projectados do mar de Andamão.
Ray Lay beach
Mochileira compra algo num bar-barco instalado nas águas rasas da Ray Lay beach, em Krabi.
Pintura de Krabi
Pescador regressa do mar com a maré vazia e durante um pôr-do-sol exuberante numa praia de Krabi.
Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.

Os nossos nomes são Marco e Sara.

Que mais precisam de saber? Coisas sobre a nossa família ou de onde somos? Nada disso interessa. Não após cruzarmos o oceano e nos termos libertado, à procura de algo mais belo, algo mais excitante e sim, admitimos, eventualmente mais perigoso.

A adaptação da apresentação irreverente do americano Richard (Leonardo di Caprio) assentava-nos na perfeição enquanto, tal como ele, percorríamos a rua mochileira mais famosa de Banguecoque – a Khao San –  meio à deriva e acossados por agentes dos mais diversos negócios, à procura de sítio para nos alojarmos.

Esfomeados e de rastos após a longa viagem do extremo ocidental da Europa para o sudeste asiático, faltava-nos a paciência para o doloroso processo de escolher quarto.

Ficámos no primeiro que espreitámos, numa guest-house com poucas ou nenhuma diferença face àquela em que Richard se instalou, onde logo conheceu o lunático e malfadado Daffy (Robert Carlisle) que lhe entregou o objecto fulcral do enredo, o mapa da ilha secreta.

Pintura de Krabi

Pescador regressa do mar com a maré vazia e durante um pôr-do-sol exuberante numa praia de Krabi.

O Ritual Tailandês e Mochileiro Incontornável da Khao San Road

Deixámos as mochilas e mais alguma tralha. Descemos a escadaria da pensão oriental para almoçar já muito fora de horas.

Com a tarde a terminar, regressamos à azáfama da Khao San Road, em que centenas de jovens viajantes regressavam de tours de dia, acabavam de chegar de partes distintas da Tailândia ou países vizinhos, bebiam as últimas cervejas Chang e Singh ou faziam as derradeiras compras de produtos contrafeitos antes de voltarem a casa.

chinatown, banguecoque, mil e uma noites, tailandia

Donos de uma banca na gigantesca Chinatown de Banguecoque.

Umas horas depois, a atmosfera tornar-se-ia bem mais intensa.

Os bares aumentaram o volume da música, o consumo do álcool intensificou-se e os farangs (assim chamam os tailandeses aos estrangeiros) de alma perdida cediam aos seus instintos mais básicos incluindo ao incontornável desejo que os fazia sondar o sexo oposto ocidental e tailandês mais apetecível e acessível.

Nós, dormimos mais com o jet lag que um com o outro enquanto dezenas de jovens prostitutas e ladyboys proactivos assumiam a sua posição de ataque na rua e atmosfera do lugar se continuou a degradar.

Como para os restantes viajantes, a Khao San foi, para nós, um mero ponto de partida. Não era a primeira vez que de lá saíamos em direcção ao sul tailandês.

Convés de ferry dirigido às Ilhas Phi Phi, repleto de passageiros veraneantes.

Em ambas, gastámos menos que os 4.000 baths (menos de 100€) que Richard e o casal francês despenderam a chegar ao litoral de Ko Phangan, de onde os três nadaram o derradeiro quilómetro e pouco até à ilha que o mapa partilhado pelo americano os convencera a descobrir.

E tiveram que nadar porque nenhum barqueiro os queria levar a uma ilha parte do Parque Nacional Koh Phi Phi.

Da Ray Lay Beach ao Retiro Deslumbrante das Ilhas Phi Phi

Da primeira vez, sem o seu mapa ou outra forma de nos metermos em sarilhos, continuámos para o litoral privilegiado de Krabi.

Lá nos rendemos à beleza indolente da praia de Ray Lay, cercada de penhascos verticais de calcário e, como tal, acessível apenas de barco.

Ray Lay beach

Mochileira compra algo num bar-barco instalado nas águas rasas da Ray Lay beach, em Krabi.

De Krabi, mudámo-nos para as ilhas Phi Phi, na altura, as mais ansiadas paragens tailandesas.

À chegada, uma enorme frota de long-tail boats coloridos ocupava quase toda o areal de Phi Phi Don, a ilha-mãe do arquipélago.

Para diante do cais da aldeia muçulmana de Ban Ton Sai, uma floresta densa de coqueiros preenchia as suas terras planas e chegava a invadir as encostas dos extremos mais elevados de Don.

Esta floresta abrigava e dava sombra a um sem número de guest-houses, bares, restaurantes, casas de massagem e centros de mergulho entre outros incontáveis negócios.

Juntámo-nos a veraneantes de todas as partes e abrigámo-nos num albergue local abafado e humilde.

“A Praia”. O Clássico de Danny Boyle que Eternizou o Modo de Vida Mochileiro

Estávamos em 2000.

Nesse mesmo ano, estreou por quase todo o planeta “A Praia”, um filme realizado por Danny Boyle a partir do romance com o mesmo nome de Alex Garland, escritor, viajante compulsivo, introspectivo, sempre inconformado com o que viajar representava e devia representar, com o que estava bem e mal na maneira de viajar dos ocidentais:

“Os turistas iam de férias enquanto os viajantes faziam outra coisa. Viajavam.” era uma das suas perspectivas preferidas sobre o tema.

Não tardámos a constatar que as Phi Phi permaneciam ocupadas por um misto de ambos.

E que, passadas décadas desde que os ocidentais pioneiros as visitaram, predominavam os primeiros.

Nongsok

Visitante das ilhas Phi Phi segue na proa de um long-tail boat, durante um tour de snorkeling

Admirador de Garland, Boyle aproveitou o sucesso de “Trainspotting” (“Sem Limites”) e de “A Life Less Ordinary” (“Vidas Diferentes”).

Mudou-se para a Tailândia no início de 1999, após recrutar um Leonardo di Caprio adolescente e em plena ascensão consumado o protagonismo mais que melodramático, meloso, de “Titanic”. Boyle filmou o enredo pouco alterado do livro nalguns dos cenários tailandeses de sonho.

Um deles ficava a menos de dois quilómetros da guest house em que nos alojámos. Em 2000, era só uma das incontáveis praias escondidas pelos ainda mais abundantes cachos de rochedos verdejantes projectados do fundo do Mar de Andamão.

A Praia” correu mundo. Pode ter dividido os cinéfilos. Deixou um trilho cultural indelével para os novos mochileiros do milénio.

No ano seguinte, a ilha-filha de Phi Phi Leh e, em particular, a Maya Bay em que têm lugar as cenas mais invejáveis e abomináveis do filme começaram a conquistar popularidade.

Mini-snorkeling

Rapazinho tailandês diverte-se equipado com equipamento de snorkeling nas águas pouco profundas ao largo de Phi-Phi Leh.

Para o que contribuiu o oportunismo das pequenas agências de Krabi, das ilhas Phi Phi e dos proprietários de embarcações que a começaram a destacar nos seus cartazes e folhetos de tours.

Em “A Praia” a Maya Bay foi o cenário da carnificina provocada pelo tubarão que vitimou os irmãos suecos encarregues da pesca.

Os forasteiros que continuavam a afluir a Phi Phi Don, esses, não esqueciam sobretudo o convívio quase imaculado da comunidade no seu éden oculto.

E, outros, a cena erótica nocturna entre Richard e Françoise nas águas a que a agitação do plâncton dera um misterioso brilho azul.

Sem surpresa, o paraíso começou a receber hordas diárias de visitantes. As filmagens já tinham deixado alterações na paisagem que irritaram parte da população nativa e os ambientalistas.

Apesar da polémica, as invasões quotidianas prosseguiram por três anos, período em que fizeram lucrar os donos dos pitorescos mas ensurdecedores long-tail boats.

Antiga frota de long-tail boats quatro anos antes do tsunami de Dezembro de 2004 a ter destruído.

O Maremoto Arrasador de 24 de Dezembro de 2004

Assim se passou até que, na manhã de 24 de Dezembro de 2004, um simples capricho geológico provou que os paraísos, tal como nos habituámos a apreciar, ficam onde a Terra quiser.

Um sismo com magnitude superior a 9.0 agitou o fundo do oceano Indico durante mais de oito minutos.

Gerou um tsunami que causou destruição disseminada em distintas regiões da Ásia e, em particular, arrasou o istmo de Phi Phi Don, uns meros metros acima do nível do mar e onde tinham acabado de despertar a maioria dos turistas, viajantes, trabalhadores e moradores.

As ondas e o fluxo marinho massivo que se seguiu provocaram milhares de vítimas. Devastaram quase por completo a floresta densa de coqueiros e grande parte dos edifícios.

Destruíram ainda a frota de long-tailboats que, além de ser imagem de marca da ilha, há muito transportava os farangs mais poupados nas suas pequenas excursões de snorkeling e outros passeios.

Cercada por penhascos excepto numa pequena entrada, a Maya Bay pouco ou nada sofreu. O guia Lonely Planet informou que as ondas mais fortes que entraram a limparam apenas da vegetação não nativa acrescentada em 1999 pela equipa de filmagem.

Ao invés, a Maya Bay beneficiou durante algum tempo da indisponibilidade turística daquelas paragens da Tailândia. Viu-se, de novo, quase secreta.

Maya Bay

Primeira lancha da manhã a chegar à baía de Maya, na ilha de Phi Phi Leh.

Na longa-metragem, a comunidade de “A Praia” termina quando outros mochileiros a quem Richard havia dado uma cópia do mapa chegam à ilha e despertam a ira do dono tailandês da plantação local de marijuana.

Este tinha já avisado o grupo original que só os admitiria a eles. Convenceu então a carismática líder Sal (Tilda Swinton) a abater o culpado.

Confrontada com a falta de escrúpulos de Sal e com a probabilidade de o mesmo lhes poder acontecer, a comunidade abandona a ilha secreta do ecrã.

O Regresso Pós-Maremoto às Ilhas Phi-Phi

Por volta de 2006, já se passava o inverso com a ilha real.

Malgrado os muitos anos volvidos, quando regressámos às ilhas Phi Phi, a desolação provocada pelo tsunami ainda era bem visível. Algum entulho e um ou outro estaleiro evidenciavam a reconstrução.

A floresta de coqueiros e a frota de long-tail boats já não existiam. No caso das embarcações, tinham sido substituídas por dezenas de lanchas modernas muito menos ruidosas mas sem o encanto tradicional das antecessoras.

Foi a bordo de uma delas que voltámos à Maya Bay. Encontrámo-la repleta destas lanchas, a transbordar de visitantes dos quatro cantos do mundo e de sinais que indicavam as rotas de evacuação em caso de tsunami.

Rota de Evacuação

Sinal instalado após o tsunami de 2004 indica a rota de fuga em caso de novo maremoto

Em “A Praia” já de volta a Banguecoque, Richard assume “E eu? Ainda acredito no paraíso. Mas agora, pelo menos, sei que não é um lugar que se possa procurar porque não é onde se vá.

É como nos sentimos num determinado momento da nossa vida quando fazemos parte de alguma coisa.

E quando encontramos esse momento… dura para sempre.”

Também nós regressámos à capital tailandesa e à Khao San. E lá nos vimos numa comunidade, já com demasiados daqueles que Alex Garland e o alter ego Richard definiam como “os cancros, os parasitas que comiam o mundo todo”.

Os viajantes sem interesse pelas outras gentes e lugares do planeta que apenas desejavam reproduzir, noutros lugares, os mesmos comportamentos redutores e decadentes que tinham à porta de casa.

Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É manifestamente parco para o número de almas que a desejam.
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Bago, Myanmar

Viagem a Bago. E ao Reino Português de Pegu

Determinados e oportunistas, dois aventureiros portugueses tornaram-se reis do reino de Pegu. A sua dinastia só durou de 1600 a 1613. Ficou para a história.
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Visitantes nos Jameos del Água, Lanzarote, Canárias, Espanha
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Uma espécie de portal
Cidades
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores, quarto de arco-íris
Cultura
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Cobá, viagem às Ruínas Maias, Pac Chen, Maias de agora
Étnico
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Teleférico de Sanahin, Arménia
História
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Ilhas
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Cascata de Tamul, Aquismón, Huasteca Potosina, San Luís Potosi, México
Natureza
Aquismón, San Luís Potosi, México

A Água que os Deuses Despejam de Jarros

Nenhuma queda d’água da Huasteca Potosina se compara com a de Tamul, a terceira mais alta do México, com 105 metros de altura e, na época das chuvas, quase 300 metros de largo. De visita à região, saímos na demanda do salto de rio que os indígenas viam como divino.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Fuga de Seljalandsfoss
Parques Naturais
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Templo Kongobuji
Património Mundial UNESCO
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Praias
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Religião
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Sociedade
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
PT EN ES FR DE IT