Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo


Recanto Piscatório
Recanto humanizado da praia grande de Porto Santo.
Piscinas Atlânticas
As Piscinas naturais de Porto de Salemas.
Ouro e Esmeralda
Banhistas frequentam a praia dourada-esmeralda do Penedo.
Ponta da Calheta vs Ilhéu da Cal
O Boqueirão de Baixo e o ilhéu da Cal como vistos da Ponta da Calheta.
Tubos de Órgão
Os tubos de órgão, formação geológica excêntrica, na base do Pico de Ana Ferreira.
Contra Gigantes
Moinhos do Porto Santo, nas imediações do Miradouro da Portela.
Morenos
Enseada apertada e profunda da Ilha de Porto Santo.
Equilíbrio natural
Carolina Freitas em equilibrismo na Gruta do Pico Ana Ferreira.
Praia Não Vigiada
Recanto balnear inusitados da Praia das Salemas.
Silhuetas Férreas
Silhuetas do ilhéu de Ferro e mais além.
Barrilhas
Barrilhas exuberantes, dão mais cor e mais vida ao Porto Santo.
King Kong
Porto das Salemas com o rochedo King Kong em fundo.
Linhas de Porto Santo
Vista da ilha de Porto Santo, a partir do miradouro da Calheta.
A Praia de Pedra do Zimbralinho
Formas geológicas produzidas pelo vulcanismo, na enseada do Zimbralinho.
Nos passos de alguém
Passos marcam um rumo na praia grande da ilha de Porto Santo.
Ascensão
Carolina Freitas sobe ao Pico de Ana Ferreira.
Porto das Salemas
Maré vazia no Porto das Salemas, com o rochedo King Kong na distância.
Vinhedo Porto Santo
Vinhedos separados por sebes de canas.
Fim da Caminhada
Um visitante da Ponta da Canaveira, com vista para o Ilhéu de Ferro.
Tarde dourada
Passos dourados na praia grande da ilha de Porto Santo.
Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.

Chegados ao miradouro da Ponta da Calheta, o estreito no limiar da praia sem fim do Porto Santo torna o mar menos profundo.

Pinta o Boqueirão de Baixo de um azul-turquesa resplandecente que contrasta com a negrura e crueza geológica do Ilhéu da Cal por diante.

Hoje, o visual dourado e translúcido que fez da grande praia o principal atributo financeiro da ilha pouco ou nada deixa saber das agruras que sucessivas gerações de portosantenses passaram em função do maior dos seus ilhéus.

Desde os tempos remotos da colonização da ilha que a secura inóspita de Porto Santo – a partir de 1940, por exemplo, passaram-se doze anos sem pluviosidade – inviabilizou cultivos e prados que permitissem a criação de animais de maior porte.

Toda e qualquer matéria-prima lá encontrada tinha valor redobrado. Foi o caso do calcário, a fonte de cal que acabou por inspirar o baptismo do também chamado Ilhéu de Baixo.

Ilhéu da Cal, Porto Salemas, Ilha Porto Santo, Portugal

O Boqueirão de Baixo e o ilhéu da Cal como vistos da Ponta da Calheta.

O Ilhéu de Baixo e a Era Portosantense da Cal

Durante o século XX, alguns empresários viram na diversidade mineral do sub-arquipélago de Porto Santo uma riqueza que permitiu atenuar as carências agrícolas e pecuárias das ilhas. Foram instaladas pedreiras de calcário no ainda chamado Ilhéu de Baixo.

Extraído a grande custo, de minas e galerias, o calcário era transportado de barco para a ilha-mãe e, lá, transformado em cal destinado às edificações que aumentavam no Porto Santo, ainda mais na ilha da Madeira, que os portosantenses se habituaram a fornecer em troca de vegetais, frutas e outros mantimentos que tinham dificuldade em obter.

O calcário era cozinhado em grandes fornos com feitio de cone invertido. Chegaram a ser dezassete. E libertavam um aroma intenso que, às tantas, os nativos da ilha reconheciam fosse onde fosse.

Mesmo se a cozedura do calcário se fazia a temperaturas elevadíssimas, nenhuma fase da produção da cal se revelava tão arriscada como a da extração. Registaram-se vários acidentes nas minas e pedreiras. Num único desabamento de rochas, pereceram dezasseis homens.

Nas últimas décadas, o turismo começou a compensar as carências de Porto Santo. Alguns destes fornos foram preservados como património histórico incontornável da ilha.

Atraem os forasteiros mais curiosos a quem o reduto do grande areal dourado, só por si, não faz umas boas férias.

Praia da Ilha de Porto Santo, Portugal

Passos marcam um rumo na praia grande da ilha de Porto Santo.

Périplo pelo Porto Santo Dourado. E Pelo Dramático Legado pelo Vulcanismo

Sobretudo a quem chega de um período passado na vizinha ilha da Madeira, ou de países sem litoral ou com litoral todo ele rochoso, a grande praia de Porto Santo surge como uma espécie de miragem real, como um sonho de deleite balnear com 9km de que custa despertar.

Carolina Freitas, a guia nativa incumbida de nos mostrar a sua ilha conhece bem o modo All Inclusive All Praia e Preguiça em que demasiados visitantes passam os dias. Habituada a repetir as caminhadas e explorações mais recompensadoras da ilha, mantém um vigor físico impressionante que, numa fase de inactividade própria do confinamento a que obrigou a pandemia Covid 19, nos obrigou a esforços redobrados.

“Mesmo sendo Domingo, isto mal nunca me pode fazer” afiança-nos Carolina na sua imperturbável boa-disposição.

“Há um tempo que não posso ir ao ginásio mas estas caminhadas são tão boas ou melhores” acrescenta, enquanto galga as centenas de degraus naturais do Pico de Ana Ferreira, como se a sua ascensão se tratasse de um qualquer passeio alegre.

Pico de Ana Ferreira, Ilha de Porto Santo, Portugal

Carolina Freitas sobe ao Pico de Ana Ferreira.

À Conquista do Pico de Ana Ferreira

O Pico de Ana Ferreira é uma das elevações contidas de Porto Santo, ilha formada há em redor de 14 milhões de anos. Prova-se excepcional pela sua configuração geológica, não tanto pelos 283 metros que constituem o zénite do ocidente da ilha.

Ditaram caprichos tensionais do arrefecimento do magma que moldou o Porto Santo que este monte se fizesse de colunas prismáticas quase perfeitas, orientadas sob diversos sentidos. Umas, surgem deitadas. Outras oblíquas. Outras ainda, com predomínio na base, verticais, ou apenas ligeiramente tombadas em jeito de Tubos de Órgão, como foram apelidadas.

Tubos de Órgão, Ilha de Porto Santo, Portugal

Os tubos de órgão, formação geológica excêntrica, na base do Pico de Ana Ferreira.

Carolina vence os degraus de mugearite, um a um, dois a dois, entre arbustos e cactos, ainda e sempre a um ritmo de corredora de trilhos profissional. Mantermo-nos no encalço da cicerone esfalfa-nos.

Recuperamos a sua companhia, deixamos o coração recuperar da tortura a que o submetíamos. Em seguida, inteiramo-nos do contexto histórico peculiar por detrás do nome do monte.

Afiança um sector mais linguarudo da história que, malgrado o cognome de “O Príncipe Perfeito”, o Rei de Portugal e dos Algarves D. João II teve uma filha bastarda. Pressionada pela corte para não complicar a vida ao pai e ao reino, Ana Ferreira mudou-se para a ilha do Porto Santo. Mais que lá se instalar, dizem os portosantenses, que a senhora tornou a ilha um seu feudo.

Ora, logo a partir dos primeiros anos da sua povoação, Porto Santo foi alvejada pelos piratas berberes. Quando se via ameaçado, o povo escondia-se no Pico do Castelo, no extremo nordeste da ilha. E, diz-se ainda que, mesmo bastarda e degredada, Ana Ferreira não se misturava com a populaça.

Em vez, refugiava-se no monte que Carolina nos tinha feito conquistar, quem sabe se na gruta que, entretanto, nos revela e em que fica

Gruta Pico Ana Ferreira, Ilha Porto Santo, Portugal

Carolina Freitas em equilibrismo na Gruta do Pico Ana Ferreira.

mos um bom tempo a admirar o panorama emoldurado em forma elíptica da ilha, entregues a experiências acrobáticas-fotográficas.

A Descoberta Inaugural da ilha de Porto Santo

Divirjamos da conquista para a descoberta. Há que deixar tão claro quanto Carolina nos deixou a nós que o Porto Santo foi a primeira das ilhas ainda hoje portuguesas que os navegadores lusos encontraram.

Mesmo se, à imagem da Madeira, já aparecia em mapas desde, pelo menos 1339, Porto Santo foi achado, em 1418, por acidente durante uma expedição comandada por João Gonçalves Zarco, em que participaram ainda Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo.

O Infante Dom Henrique tinha instruído os navegadores a serviço da coroa a encontrarem novos territórios a ocidente de África. Enquanto orientavam o regresso pela Volta do Mar, uma tempestade fez os navios desviar-se da rota habitual.

Sem que nada o deixasse prever, a tempestade empurrou os barcos para uma enseada abrigada. A fortuna dupla de encontrarem o abrigo e um território que, ao contrário das Canárias, os rivais de Castela não tinham ainda reclamado, suscitou o baptismo religioso de Porto Santo.

Enseada da Ilha de Porto Santo

Enseada apertada e profunda da Ilha de Porto Santo.

Regressemos à nossa própria descoberta da ilha. No tempo que lhe dedicámos, deslumbramo-nos com incontáveis enseadas que o vulcanismo parece ter ditado inacessíveis, pelo menos por terra, uma das que mais nos impressiona, no fundo da falésia dos Morenos.

Outras, em redor do Furado do Norte e da Ponta da Canaveira, com vista para o Ilhéu de Ferro, aproximável por um trilho exíguo no cimo de penhascos vertiginosos que, do nada, Carolina investiga numa correria.

Ilhéu do Ferro, Ilha de Porto Santo, Portugal

Silhuetas do ilhéu de Ferro e mais além.

Espreitamos a enseada do Zimbralinho, essa, acessível, dona e senhora de um visual cru e escuro com muito de islandês. Mudamo-nos ainda para o noroeste da ilha onde descemos para a beira-mar rochosa e intrincada do Porto das Salemas.

Chegamos com a maré vazia, como é aconselhável.

Porto das Salemas, ilha do Porto Santo

Maré vazia no Porto das Salemas, com o rochedo King Kong na distância.

Uma tabuleta bem hirta, espetada entre grandes seixos e ao lado de um exemplar único de espreguiçadeira amarela, deixa bem vincado que se trata de uma Praia Não Vigiada.

Àquela hora tardia, não só ninguém a vigia como, além de nós, ninguém a frequentava.

Praia das Salemas, ilha de Porto Santo, Portugal

Recanto balnear inusitados da Praia das Salemas.

Deslumbrados pela sua excentricidade rochosa, cirandamos de poça em poça, estudamos salemas, lapas e búzios.

E contemplamos o rochedo longínquo do King Kong, há muito conformado com a solidão marinha a que se viu votado.

Piscinas naturais de Porto Salemas, Ilha Porto Santo, Portugal

As Piscinas naturais de Porto de Salemas.

Vila Baleira e a Presença Incontornável de Cristóvão Colombo

Regressamos às imediações de Vila Baleira, apesar de acolher menos de 6.000 habitantes, a capital da ilha de Porto Santo.

Passeamos pela praia. Desviamos para as suas dunas d’ouro. Do cimo de uma delas, localizamos os vinhedos de caracol espraiados sobre o solo arenoso, entre sebes de muros de crochet, caniços e arbustos.

Admiramos a beleza daqueles vinhedos quase de brincar mas que, todos os anos, renovam o vinho peculiar de Porto Santo, apurado nos seis séculos do povoamento sempre desafiante da ilha.

Das dunas e seus vinhedos, embrenhamo-nos nas ruelas de Vila Baleira. Numa delas, esbarramos com a casa em que Cristóvão Colombo, desde cedo, bem relacionado com a corte e com nobres portugueses, se dignou a viver na cidade.

Ditaram certas circunstâncias que, na sequência da descoberta da ilha, Bartolomeu Perestrelo fosse indigitado o primeiro Capitão-Donatário de Porto Santo, em 1445.

Como determinaram outras que, em 1479, três anos após se ter instalado em Lisboa, o navegador genovês viesse a casar em Vila Baleira com Filipa Moniz Perestrelo, filha de Bartolomeu Perestrelo e neta de Filippo Pallastrelli, um nobre de origem italiana que, após se mudar para Lisboa e viver no Porto, viu o apelido aportuguesado.

A Ligação Matrimonial de Colombo aos Perestrelo, Família Pioneira de Porto Santo

Até dois anos antes do casamento, Filipa Perestrelo mantinha-se comendadora do Mosteiro de Santos, em Lisboa, um mosteiro exclusivo da alta nobreza, frequentado pelo rei D. João II e por Cristóvão Colombo que lá costumava ir à missa. Estima-se que entre repetidas conversas e convívios com Filipa Perestrelo, veio a resultar o agendamento da boda, conveniente aos planos de vida de ambos.

Em 1478, Colombo conseguira uma posição no negócio de exportação do açúcar produzido na Madeira, estima-se que de Paolo di Negro, um negociante italiano.

Por essa altura, Colombo ambicionava já tornar-se um descobridor reputado. Filipa Perestrelo, abrir-lhe-ia caminho à influência e conhecimento náutico do pai. Alguns historiadores afiançam, inclusive, que a sogra de Colombo lhe passou os mapas e documentos de cartografia de Bartolomeu Perestrelo.

Terá sido no Porto Santo e na Madeira que Colombo gizou boa parte do projecto de chegar às Índias pelo Ocidente, projecto que a Coroa Portuguesa, entretanto, recusou apoiar.

Cristóvão Colombo acabou por desvendar as Américas para o Velho Mundo, em Outubro de 1492, doze ou treze anos depois do casamento em Lisboa.

Da Subsistência Desafiante, à Prosperidade Sobretudo Turística

No meio milénio e pouco que decorreu, os colonos intrépidos de Porto Santo tudo fizeram para vencer as adversidades, sobretudo as secas que se repetiam, agravadas pelo desmatamento intensivo, necessário à lenha e à construção de tudo um pouco.

E pela reprodução descontrolada dos coelhos que vemos saltitar em toda a ilha, diz-se que descendentes de um único par de roedores libertado por Bartolomeu Perestrelo, consciente de que seria difícil atrair e manter povoadores se estes tivessem que subsistir apenas da pesca, da captura de aves e dos caracóis prolíficos da ilha.

Melhor ou pior, com o tempo, os Profetas – como são também chamados os portosantenses – asseguraram a sua vida na ilha e aperfeiçoaram meios fascinantes e hoje famosos do que começou como mera subsistência.

É o caso da arquitectura das Casas de Salão e das matamorras em que se abrigavam dos piratas. E, num âmbito gastronómico, do vinho, das papas de milho e do milho frito, também do bolo do caco que Carolina Freitas e os portosantenses em geral, defendem com unhas e dentes ter sido criado no Porto Santo, não na Madeira.

Hoje, o Porto Santo oferece aterragens bem mais suaves que a sua vizinha e memoráveis retiros atlânticos. Regressaremos o quanto antes.

 

Para Reservar Actividades em Porto Santo contacte a DUNAS VIAGENS E TURISMO

dunastravel.com

+351  291 983 088

[email protected]

 

 

 

Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Via Conflituosa
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Canal de Lazer
Cidades
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Cultura
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Étnico
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Bagu, Reino de Pegu, Siriao
História
Bago, Myanmar

Viagem a Bago. E ao Reino Português de Pegu

Determinados e oportunistas, dois aventureiros portugueses tornaram-se reis do reino de Pegu. A sua dinastia só durou de 1600 a 1613. Ficou para a história.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Ilhas
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
PN Tortuguero, Costa Rica, barco público
Natureza
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Parques Naturais
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Mini-snorkeling
Praias
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Religião
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Uma espécie de portal
Sociedade
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Vida Quotidiana

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Glaciar Meares
Vida Selvagem
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.