Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos


Do Cimo do Farol
O Vulcão dos Capelinhos como visto do cimo do farol homónimo.
Cimo do Velho Farol
O Farol dos Capelinhos, desactivado após a destruição provocada pelas sucessivas erupções e sismos de 1957-58.
Arco-Íris de Limiar
Arco-íris resplandece sobre a fronteira entre a área verdejante e a árida da Península dos Capelinhos.
O Derradeiro Caminho
O Caminho do Vulcão. Atravessa a Península dos Capelinhos até a Ponta dos Capelinhos.
Jipe & Império
Jipe passa em frente a um dos Impérios do Divino da ilha do Faial.
Almoxarife
Vista de Almoxarife do cimo do Miradouro da Conceição.
Moinho Flamengo.
O moinho da Espalamaca, com a montanha do Pico em fundo.
Convívio ao vento
Amigas conversam junto a uma vedação do Vulcão dos Capelinhos.
Pasto Viçoso
Vacas pastam num prado entre Almoxarife e a Caldeira do Faial.
Arco e Íris
Arco-Íris dá mais cor a área enegrecida da Península dos Capelinhos.
O Velho Farol
Secção da Ponta dos Capelinhos, coroada pelo farol homónimo.
Coroa do Império
O cimo de um dos Impérios do Divino da Ilha do Faial.
O Vulcão dos Capelinhos
Panorâmica da Ponta dos Capelinhos com o vulcão homónimo em fundo.
Almoxarife de Basalto
Areal vulcânico da Praia de Almoxarife, com a montanha do Pico do outro lado do Canal do Faial.
De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.

Estava longe ser o caminho mais fácil e rápido para a costa e o extremo ocidental da ilha.

Era, no entanto, o único que a quase atravessava ao meio. Com passagem pela Caldeira, a cratera afundada e lacustre que era suposto provar-nos como o Faial, à imagem do vizinho Pico, tinha tanto de ilha como de vulcão.

Partimos para essa ascensão, das imediações da Praia do Almoxarife. Viramos as costas de vez ao Pico, primeiro apontados a Conceição, dali, EN1-2A acima, a ziguezaguearmos por entre moinhos de vento e minifúndios férteis, fertilizados por vacas entregues aos seus infindáveis pastos.

Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

Vista de Almoxarife do cimo do Miradouro da Conceição.

Aos poucos, subimos do quase nível do mar, aos 1.043 metros do Cabeço Gordo, o tecto da ilha.

Estávamos a menos de metade da altitude do Pico. Mesmo assim, quando saímos do carro e vencemos o derradeiro trecho para o Miradouro, um vendaval tresloucado quase nos varre Faial abaixo.

Se fosse só a ventania, não estaríamos mal.

O Zénite Nublado do Cabeço Gordo e a Caldeira Sumida na Névoa

Uma caravana de nuvens passava por ali. Tão densas como desgovernadas, levavam consigo a visibilidade com que contávamos, uma claridade de atmosfera, parcial que fosse, que nos deixasse deslumbrarmo-nos com a cratera iminente. Sabíamos o quão verdejante e especial era a caldeira. Mede 1.5km de diâmetro. E quase 400 metros até ao seu ponto mais fundo, no leito da lagoa que há muito a habita.

Para mais, um trilho percorria toda a volta da sua orla. Dar-lhe um giro contemplativo, era, num dia de bonança, um exercício também fotográfico deslumbrante. Naquelas condições, só com muita sorte evitaríamos acabar estatelados nas profundezas do vulcão.

Esperamos vinte minutos. Depois meia-hora. De início sobre a orla, a tremer que nem varas. Momentos depois, já dentro do carro que o vento, além de furioso, soprava húmido e batia em nós gélido. Quase três quartos de hora de ditadura de branco depois, rendemo-nos à frustração.

Damos uma olhadela definitiva do cimo da orla. Sem vislumbrarmos uma aberta de azul que fosse, revertemos. Para o carro. E para a Estrada Nacional 2-2A.

Com aquelas desventuras da caldeira, já nos tínhamos esquecido da excentricidade rodoviária em que andávamos. Nuns poucos quilômetros, a estrada tratou de nos reavivar a memória. Em vez de uma mera via linear e estável de asfalto, à imagem do seu próprio nome, a EN 2-2A desmultiplicava-se e travestia-se numa sucessão de trechos inusitados.

O Percurso Mágico para a Costa Oeste. Na Senda dos Capelinhos

O percurso para o litoral oeste, obrigava-nos a contornar pelo menos metade da base da Caldeira, contra os ponteiros do relógio, em soluços ondulantes gerados pelas incontáveis linhas de água que ramificavam da barriga do Cabeço Gordo, em busca do Atlântico.

Nalgumas secções, a estrada mantinha-se convencional. Sem aviso, interrompia-a um longo remendo empedrado que as frequentes enxurradas abaulavam a seu gosto.

A espaços, a rota sinuosa entregava-nos ainda a pinhais e florestas de cedro, lúgubres a condizer.

Em puro contraste, de cada novo cimo de meandro, com o oceano cada vez mais perto, a estrada voltava a embasbacar-nos com a exuberância verde-azul-marinha em redor.

Praia de Almoxarife, Misterios, Faial, Açores

Areal vulcânico da Praia de Almoxarife, com a montanha do Pico do outro lado do Canal do Faial.

Nas imediações da aldeia de Joana Alves, sabíamos que tínhamos já entrado na espécie de fatia de queijo faialense da freguesia de Cedros.

Chegados a Ribeira Funda, faltava-nos pouco para entrarmos na de Praia do Norte. Seguir-se-iam a do Capelo e a península homónima que perseguíamos desde os antípodas de Almoxarife.

Escondia-se em Capelo, o intrincado Mistério dos Capelinhos, uma profusão de expressões vulcânicas e tectónicas que se alongava até à Ponta dos Capelinhos e salpicava o mar ao largo.

O Passado Dramático do Vulcão dos Capelinhos

Desde os confins da colonização portuguesa do Faial que as gentes da ilha ali confluíam em função da fertilidade dos solos. Século atrás de século, as gentes beneficiaram de uma produção agrícola imaculada e das pastagens que davam sentido a toda e qualquer existência.

Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

Vacas pastam num prado entre Almoxarife e a Caldeira do Faial.

De tal maneira que, de ainda antes do Valadouro, estrada fora, pela falda circular do Monte Capelo, até ao Norte Pequeno, se repetem casas e casinhas alvas, boa parte delas, com vistas desafogadas para o oceano e que concedem aos moradores vidas rurais, piscatórias e até turísticas tão simples e estáveis como se possa imaginar.

No dia 16 de Setembro de 1957, a Terra começou a agitar essa tranquilidade. Nesse dia, tomou conta do lugar uma hiperactividade sísmica que abalaria, para sempre, as vidas destas paragens. Até dia 27, registaram-se mais de 200 sismos de intensidade Mercali intermédia.

Nesse mesmo dia, verificou-se que, a meras três centenas de metros da Ponta dos Capelinhos, o Atlântico, por norma frio, fervia e borbulhava.

Chegado o fim do mês, a intensidade dos sismos aumentou de forma brusca.

Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

Arco-Íris dá mais cor a área enegrecida da Península dos Capelinhos.

Da Ameaça Sísmica, à Catástrofe Vulcânica

O mero borbulhar deu origem a uma projecção de cinza vulcânica, que nos seus momentos mais dramáticos, chegou ao quilómetro e meio de altitude, quinhentos metros mais alto que o tecto do Faial do Cabeço Gordo.

Mas não eram apenas as cinzas que explodiam para o céu. Com a água do oceano num modo de panela de pressão, também se geraram gigantescas nuvens de vapor. As mais dantescas ascenderam aos quatro quilómetros. Como se não bastasse, a 27 de Setembro, deu-se ainda uma erupção submarina ao largo da Ponta dos Capelinhos.

Avancemos até 13 de Outubro. A actividade vulcânica subiu de nível. Explosões poderosas projectaram verdadeiras bombas de lava e cinza para os céus.

Ao caírem sobre o Faial, essa lava e as cinzas arrasaram os cultivos e os pastos sobretudo os das freguesias actuais do Capelo e da Praia do Norte. Mas não só. Tornaram-se de tal forma aflitivas e perigosas que obrigaram à evacuação em massa dos habitantes com lares nas imediações do vulcão.

O Refúgio Providencial no Nordeste dos Estados Unidos

Daí em diante, durante um longo período, milhares de faialenses afligidos viram-se aliciados por uma cota de emigração extraordinária concedida pelas regiões de Rhode Island e de Massachussetts, também por vontade do Senador, não tarda presidente dos E.U.A., John Fitzgerald Kennedy.

Convencidos pelo espírito comunitário da migração, a maior parte dos faialenses caídos em desgraça, mudaram as suas vidas para o litoral nordeste dos Estados Unidos. É, aliás, a razão porque a maior parte dos emigrantes portugueses na América se concentram nestas zonas.

E porque nelas se perpetua o culto açoriano do Divino, com forte expressão no Faial.

Império do Divino, Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

Jipe passa em frente a um dos Impérios do Divino da ilha do Faial.

Enquanto essa emigração atlântica se desenrolava, nos Capelinhos, ao nível do solo e subterrâneo, já fluíam para o mar rios de lava imparáveis.

A actividade vulcânica prosseguiu, assim mesmo, dinâmica e complexa. O Faial ganhou novas terras.

Uma Iniciativa Nacionalista Desprezada pela Geologia do Faial

No dia 10 de Outubro, foi avistada uma ilha recém-formada. Treze dias depois, dois repórteres da RTP, Carlos Tudela e Vasco Hogan Teves e Urbano Carrasco, jornalista do Diário Popular, transportados num barco a remos pelo proprietário Carlos Raulino Peixoto, desembarcaram na recém-descoberta Ilha Nova.

Plantaram sobre as cinzas uma bandeira portuguesa. Este seu atrevimento ficou para a eternidade. Ao contrário da ilha.

Inflada até a uns quase 100 metros de altura e 800 de diâmetro, a Ilha Nova aguentou a bandeira das quinas apenas seis dias. A 29 de Outubro, afundou-se.

A actividade sísmica prolongou-se meses a fio. Nesse tempo, moldou a paisagem do Capelo e do oceano ao largo a seu bel-prazer. Esta obra da Terra provou-se de tal forma exuberante que a National Geographic decidiu registá-la e enviou dois dos seus repórteres.

Farol, Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

Secção da Ponta dos Capelinhos, coroada pelo farol homónimo.

Em termos sísmicos, o Vulcão dos Capelinhos teve um novo ápice na noite de 12 para 13 de Maio de 1958, quando se registaram quase quinhentos abalos.

No dia seguinte, as erupções passaram a um modo estromboliano. Mais regulares, as suas projecções de lava incandescente chegaram aos 500 metros.

Geraram um bruar assustador e uma vibração avassaladora que ameaçaram as casas do Faial e até das outras ilhas do triângulo atlântico.

Malgrado a sua exuberância, o longo fenómeno vulcânico do Mistério dos Capelinhos não fez vítimas.

Uma Séria Averiguação Fotográfica do Mistério dos Capelinhos

Mais metro menos metro de areal e cinza, ou de diâmetro da cratera e das ilhas que então se formaram, os Capelinhos e o Capelo ficaram como os estávamos prestes a encontrar.

Caminho do Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

O Caminho do Vulcão. Atravessa a Península dos Capelinhos até a Ponta dos Capelinhos.

Norte Pequeno já para trás, ao passarmos pelo sopé do Cabeço do Canto, flectimos para o Caminho do Vulcão.

Esta espécie de recta inaugural, transpõe-nos de um mato verdejante para uma planície de cinza-terra. Estacionamos.

Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

O Vulcão dos Capelinhos como visto do cimo do farol homónimo.

Caminhamos até ao Centro de Interpretação do Vulcão que estava prestes a fechar e subimos numa correria ao topo do farol da Ponta dos Capelinhos.

Ali, em modo panorâmico, batidos por um vendaval similar àquele com que a Caldeira nos havia prendado, apreciamos o cenário surreal, algo lunar em redor.

Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

Panorâmica da Ponta dos Capelinhos com o vulcão homónimo ao fundo.

A mesma caravana de nuvens do zénite faialense sobrevoava-nos.

Prendava-nos com um jogo de sol e de sombra mágico que fazia oscilar o prateado marinho da enseada por diante e, de tempos a tempos, dourava a terra vulcânica do areal, das encostas de cinza e do que resta da cratera.

Chegaram nuvens mais densas que largaram uma chuva miudinha. E legaram um arco-íris que fez de ponte entre o mar de verde no interior da península e as “traseiras” da cratera.

Arco-íris, Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

Arco-íris resplandece sobre a fronteira entre a área verdejante e a árida da Península dos Capelinhos.

Já demasiado encharcados, recolhemos ao interior do farol e regressamos à sua base.

Com o sol quase a pôr-se ao largo, metemo-nos pelo trilho que conduzia à praia do vulcão. Caminhamos sobre o areal  basáltico. Resistimos a uma súbita vontade de mergulhar e de nadar.

Mal abrigados sob uma ilha de arbustos que ali resistia à opressão geológica, vimos mais nuvens e uma nova chuvinha apoderarem-se da velha torre.

O aguaceiro seguinte, caiu já com o grande astro a sumir-se para o outro lado da Terra.

Sabíamos que a longa erupção de 1957/58 dos Capelinhos tinha arruinado o farol. De acordo, consolámo-nos a apreciar a luz derradeira do ocaso.

Farol, Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores

O Farol dos Capelinhos, desactivado após a destruição provocada pelas sucessivas erupções e sismos de 1957-58.

Com uma tempestade séria e o breu a instalarem-se sobre a península cinzenta, refugiamo-nos no carro e inauguramos o regresso ao outro lado do Faial. E à Horta.

Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida

Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Visitantes nos Jameos del Água, Lanzarote, Canárias, Espanha
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
São Tomé, cidade, São Tomé e Príncipe, ruela do Forte
Cidades
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Casal Gótico
Em Viagem

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Étnico
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe, equador, enseada
História
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
ilha de Alcatraz, Califórnia, Estados Unidos
Ilhas
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Mte. Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
viajantes contemplam, monte fitz roy, argentina
Natureza
El Chalten, Argentina

O Apelo de Granito da Patagónia

Duas montanhas de pedra geraram uma disputa fronteiriça entre a Argentina e o Chile.Mas estes países não são os únicos pretendentes.Há muito que os cerros Fitz Roy e Torre atraem alpinistas obstinados
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Praia de El Cofete do cimo de El Islote, Fuerteventura, ilhas Canárias, Espanha
Parques Naturais
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
ocupação Tibete pela China, Tecto do Mundo, As forças ocupantes
Património Mundial UNESCO
Lhasa, Tibete

A Sino-Demolição do Tecto do Mundo

Qualquer debate sobre soberania é acessório e uma perda de tempo. Quem quiser deslumbrar-se com a pureza, a afabilidade e o exotismo da cultura tibetana deve visitar o território o quanto antes. A ganância civilizacional Han que move a China não tardará a soterrar o milenar Tibete.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Praias
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
igreja, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico
Religião
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Casamentos em Jaffa, Israel,
Sociedade
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Vida Selvagem
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
PT EN ES FR DE IT