Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini


Luzes Celestiais
Cruzeiro "Celestyal Crystal" ancorado ao largo de Nea Kameni.
Caminhada solitária
Visitante ascende o trilho de gravilha de Nea Kameni.
Bom tempo no Canal
Cruzeiro ancorado entre Nea Kameni e Santorini e o sopé de Thira, a capital de Santorini.
Entrada em Curva
Ferry proveniente de outra ilha entra na caldeira inundada de Santorini.
Mergulho pouco ortodoxo
Banhista salta de um barco tradicional kaki para o mar da caldeira de Santorini.
Por um canal de lava
Barco tradicional kaki percorre o canal entre Palea Kameni e Nea Kameni.
Lava vs Casas
Casario de lava do limiar de Oia, contrasta com o negrume da lava de Nea Kameni.
Visitante fotografa bandeira grega-Nea Kameni-Santorini-Grécia
Visitante de Nea Kameni fotografa uma bandeira grega que ondula acima da lava.
Pequenez
Visitante de Nea Kameni fotografa o casario no cimo da caldeira de Santorini.
Visitantes correm trilho acima-Nea Kameni-Santorini-Grécia
Jovens amigos correm pelo trilho de gravilha de Nea Kameni acima.
Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.

Despertamos pouco depois da aurora. Saímos para a varanda do camarote em que seguíamos curiosos quanto a onde nos tinha levado o “Celestyal Crystal” nessa noite.

Por muito que nos custasse a compreender, acima do inevitável Egeu azul-helénico víamos apenas parte de uma vertente de lava áspera e vetusta, negra na base, castanha-amarelada em certos retalhos cimeiros.

Cruzeiro Celestyal Crystal, Santorini, Grécia

Cruzeiro “Celestyal Crystal” ancorado ao largo de Nea Kameni.

A vista destoava da doca ou porto cercado de casario alvo em que nos tínhamos habituado a amarar. Intrigados, atravessamos para o bordo oposto do barco.

Do convés superior, à distância, vislumbramos por fim esse casario alvo. Partilhava o cimo de uma falésia imponente, num equilíbrio comunal que, mais que precário, nos parecia tresloucado.

Mesmo algo ensonados, acabamos por apurar o que por certo seria já óbvio para os passageiros madrugadores: o “Celestyal Crystal” tinha ancorado em plena caldeira de Thira. Salvo movimentações de última hora, a exploração de Santorini que se seguia irradiaria do seu quase meio geométrico e inóspito para as orlas habitadas. E, no entanto, seria por aquele mesmo núcleo de lava que a iríamos começar.

Transbordo da Visão à Realidade de Nea Kameni

Meia-hora depois, com o pequeno-almoço despachado, estávamos a postos para a nova missão. A excentricidade geomorfológica de Thira – é este o nome grego de Santorini – não tardou a fazer-se sentir. Vimo-nos forçados a um curto transbordo do “Celestyal Crystal”  para Skala, o porto antigo de Thira, situado na base da capital da ilha.

Ali, embarcamos num kaiki – barco  tradicional de Santorini – designado para a expedição. Instantes depois, zarpamos com o rumo oposto ao que nos tinha ali levado, na direcção do fulcro da grande caldeira.

Contornarmos o “Celestyal Crystal”. Navegamos, durante um bom tempo, sem percebermos onde o acervo de lava por detrás nos permitiria desembarcar. Até que, a determinada altura, a proximidade nos revela um recorte na lava e um ancoradouro improvisado, dotado de uma escadaria que dava para um trilho ascendente, cercado por pequenas árvores recém-plantadas para retirar ao lugar alguma da sua lito-lugubridade.

Passamos do convés do kaiki para esse trilho e, de acordo, para o domínio vulcânico de Nea Kameni.

Lava e Casario, Santorini, Grécia

Casario de lava do limiar de Oia, contrasta com o negrume da lava de Nea Kameni.

Os guias da expedição desdobram-se em explicações e advertências, umas dedicadas à conservação da ilha, outras, à segurança dos visitantes.

Um Neo-Legado do Vulcanismo Milenar de Thira

Confrontamo-nos com a excentricidade única do cenário, tanto o do negrume circundante, formado pelos incontáveis fragmentos pretos, como o das falésias que restavam da gigantesca e milenar cratera do vulcão Thira, o colosso que se desfez sobre o Mar Egeu aquando da mais cataclísmica das suas erupções, a minóica, estimada entre 1642 e 1540 a.C..

Esta erupção devastou não só a povoação de Akrotiri situada no cimo da antiga cratera, como vários outros povoados minóicos, incluindo os de Creta (a 150km para sul) de onde se tinha desenvolvido e expandido a civilização homónima.

Sucessivos estudos arqueológicos e históricos comprovaram que, no que dizia respeito a surpresa e a vítimas, Akrotiri pouco teve que ver com a cidade de Pompeia, arrasada pelo Vesúvio.

A inexistência de corpos nas ruínas soterradas de Akrotiri comprovou que os seus habitantes tiveram tempo de observar o desenvolvimento da actividade vulcânica de Thira. E que se puderam refugiar numa das ilhas minóicas vizinhas, eventualmente na ilha-mãe Creta.

Ascensão ao Cume Sulfuroso de Nea Kameni

De regresso à actualidade de Thera, o guia que nos conduzia por Nea Kameni interrompe o seu discurso para perscrutar o horizonte a leste. Constata que vários outros kakis provindos de Skala navegavam na nossa direcção. Certo de que transportavam uma torrente de gente, fecha a dissertação e inaugura a caminhada Nea Kameni acima.

Caminhada, Nea Kameni, Santorini, Grécia

Visitante ascende o trilho de gravilha de Nea Kameni.

Percorremos o trilho principal da ilha, sobre uma superfície de brita resvaladiça e algo poeirenta. Num primeiro trecho, apenas e só entre o entulho vulcânico escuro. Após um ou dois meandros, já ladeados de um prado raso que brotava da lava num inesperado esplendor dourado.

Quanto mais subíamos, mais vivo e exuberante se revelava esse prado que, no entretanto, veio a ceder a um condomínio conveniente com uma colónia de margaridas silvestres, de um amarelo tão garrido que se destacava do dourado.

Não foram só as plantas a salvar-nos da ditadura do inóspito em que nos vimos à chegada. Passo após passo, a ladeira colocou-nos acima das cristas de lava, num plano em que nos devolveu o azulão do Egeu, as arribas sobejantes de Thera e as povoações que as coroavam: Oia, a norte. A capital Thira, mais próxima, para leste.  E, a sul, Akrotiri.

Aqui e ali, o prado cedia a novos enormes amontoados de lava que nos faziam insignificantes. Um rápido desvio revela-nos uma bandeira grega a esvoaçar no alto de uma dessas pilhas de rocha e, mais abaixo, a enseada-porto de Nea Kameni, agora já repleta de kakis atracados lado-a-lado.

Bandeira grega, Nea Kameni, Santorini, Grécia

Visitante de Nea Kameni fotografa uma bandeira grega que ondula acima da lava.

A Cratera Dourada e Fumegante da Ilha

Regressamos ao trilho-rampa vertebral. Umas dezenas de passos depois, damos com o ponto mais alto da ilha e, nas imediações, com o seu âmago vulcânico, uma cratera algo disforme, em boa parte forrada pelo prado dourado por que havíamos passado na ascensão, manchada por enxofre amarelado fumegante e pestilenta a condizer.

Num campo apenas visual, a Nea Kameni activa parecia restringir-se àquela furna multicolor aninhada junto ao zénite da ilha.

E, no entanto, para chegar à actual dimensão e à altitude de 127 metros, Neo Kameni sofreu um longevo e intenso vulcanismo.

A Emergência Assustadora de 1570

Os habitantes de Kasteli Skaros – outra povoação no alto das falésias mais resistentes de Thira – deram pela primeira vez conta da sua existência em 1570, durante uma de tantas erupções pós-minóicas do vulcão principal Thira.

Para seu espanto, uma massa de terra começou a emergir a nordeste da ilha de Palea Kameni e a pouca distância da então capital. Nesse preâmbulo, chamaram-lhe Mikri (pequena) Kameni. A recém-chegada só seria “mikri” por algum tempo. Decorreram mais 150 anos.

Em 1707, Thira teve uma nova erupção, bem mais avassaladora que a anterior. Segundo ficou registado, os habitantes viram duas ilhas distintas aparecerem, uma branca, outra negra. Nuns poucos meses, o processo vulcânico uniu as duas. Transformou Mikri Kameni numa já bem volumosa recém-chegada: Nea Kameni.

Entre 1866 e 1870, deram-se várias novas erupções, algumas ainda maiores que as anteriores, à imagem da Minóica, com as suas colunas de fumo e cinza visíveis em Creta e que causaram a submersão de meia centena de casas e de duas capelas, uma Ortodoxa, outra católica.

A novidade esteve em que a erupção original de 1866 gerou um sub-vulcão activo sobre Nea Kameni, em redor da tal cratera sulfurosa e pestilenta em que terminámos a ascensão ao cimo da ilha. As autoridades baptizaram-no de Georgios, em homenagem ao rei grego de então George I.

Nessa mesma erupção de 1866, surgiram os ilhéus de Afroesa e de Reka. Também eles se uniram, pouco depois, à cada vez mais aglutinadora Nea Kameni.

O vulcanismo de 1866 gerou réplicas ao longo de quatro anos, algumas delas poderosas. À medida que o leito da caldeira afundada de Thira libertava mais e mais magma, a área de Nea Kameni triplicou. Certas áreas em redor emergiram ou submergiram.

Uma Nova Abordagem ao Vulcanismo de Sempre de Thira

Por essa altura, na Grécia, a curiosidade pelos fenómenos vulcânicos tinha-se acentuado. O estado grego enviou um comité para observar as alterações de Santorini. Incluía um fotógrafo que fez as primeiras imagens fotográficas de uma erupção.

Este interesse e a divulgação que suscitou, despertou a atenção do vulcanólogo Ferdinand Foucault que, como vários outros cientistas ou meros curiosos endinheirados, não resistiu a visitar e estudar Santorini.

Entre os últimos, contava-se Júlio Verne. O autor francês ficou de tal maneira impressionado pela comoção vulcânica de Santorini que a incluiu na sua obra de ficção “As Vinte Mil Léguas Submarinas”, em que descreve como o Capitão Nemo e a sua tripulação fizeram o submarino Nautilus emergir na água quente em redor de Thira.

E ficaram boquiabertos a assistir à erupção do novo vulcão Georgios de Nea Kameni, hoje, consensualmente considerado o coração vulcânico de Santorini.

Auscultávamo-lo, fotografávamo-lo e cheirávamo-lo há quase quinze minutos. Chegara a hora de voltarmos às artérias pedestres da ilha.

De onde nos havíamos posicionado, víamos dezenas de outros visitantes cirandarem para cá e para lá, acima do tapete d’ouro sobranceiro, alguns, agrupados num miradouro conveniente que lhes permitia observar para oeste da caldeira.

O Desvendar da Irmã mais Velha Palea Kameni

Quando chegamos a esse ponto, percebemos o motivo da sua concentração. Por diante, abria-se perante os olhos de todos os forasteiros todo um novo mundo de Thira.

Kaki, Nea Kameni, Santorini, Grécia

Barco tradicional kaki percorre o canal entre Palea Kameni e Nea Kameni.

A irmã mais velha Palea Kameni insinuava-se a uns poucos metros da orla de Nea, separada por um canal estreito que apreciámos percorrido por um curioso surtido embarcações: pequenos veleiros, grandes catamarãs e os inevitáveis kakis.

Vindo do mar Egeu longínquo, que não veríamos caso a caldeira original de Santorini estivesse completa, aproximava-se um dos ferries que ligam as ilhas gregas. Navegava a tal velocidade que os seus motores deixavam uma marca longa, curva e branca no azul-marinho para sudoeste.

Ferry, Santorini, Grécia

Ferry proveniente de outra ilha entra na caldeira inundada de Santorini.

Pouco antes de essa embarcação atracar no porto novo de ferries, aos pés de Pyrgos, iniciamos o regresso ao ancoradouro e ao kaki em que tínhamos chegado a Nea.

Navegação da Praxe às Águas Quentes de Nea Kameni

O homem do leme fá-lo contornar a ilha contra os ponteiros do relógio. Antes de entrarmos no canal entre Nea e Palea, desvia para uma enseada rochosa similar ao ancoradouro do lado oposto.

A tripulação indica aos passageiros onde está a atracção por que tanto ansiavam. Um a um, estes saltam do convés para a água ali esverdeada e esbracejavam na direcção de um braço de mar formado pela lava.

Banhista em salto, Nea Kameni, Santorini, Grécia

Banhista salta de um barco tradicional kaki para o mar da caldeira de Santorini.

Seguimos-lhes as braçadas e o exemplo. Quando lá chegamos, as queixas não tardam. Por razões que só a geotermia local conhecia, a água quente ali tão famosa, pouco passava de morna. A temperatura mal tépida, desiludia a comitiva internacional que tanto ouvira falar daquelas termas excêntricas.

Por maior que fosse o logro, a popularidade de Santorini nunca concederia uma continuidade anfíbia das reclamações.

De um momento para o outro, dois outros kakis surgiram à entrada da enseada. Conhecedores da competição por cada recanto de Nea e dos procedimentos, a tripulação bracejou aos nadadores a exigir o seu resgate.

Voltamos a subir a bordo. Enquanto o kaki continuava a contornar a ilha na senda do porto Skala, secamo-nos sob o sol escaldante do estio Mediterrânico.

Em todo aquele fim de volta, Neo Kameni voltou a provar-se apenas e só o monte de lava escuro e rude que nos tinha assustado ao despertar.

Vários dos vulcanólogos que a estudam afiançam que estará para breve uma sua nova assolação. Resta saber de que intensidade e o quanto afectará a cada vez mais na moda, superpovoada e excessivamente visitada Santorini.

 

OS CELESTYAL CRUISES OPERAM CRUZEIROS NO MAR EGEU E MAR MEDITERRÂNEO DE MARÇO A NOVEMBRO, POR A PARTIR DE 539€.  RESERVAS EM www.celestyalcruises.com e pelo telefone.: +30 2164009600.

Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida

Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
Lombok, Indonésia

Lombok. O Mar de Bali Merece uma Sonda Assim

Há muito encobertos pela fama da ilha vizinha, os cenários exóticos de Lombok continuam por revelar, sob a protecção sagrada do guardião Gunung Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.

Lago Cocibolca, Nicarágua

Mar, Doce Mar

Os indígenas nicaraos tratavam o maior lago da América Central por Cocibolca. Na ilha vulcânica de Ometepe, percebemos porque o termo que os espanhóis converteram para Mar Dulce fazia todo o sentido.

La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
Chania, Creta, Grécia

Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Via Conflituosa
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Coração Budista do Myanmar
Cidades
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Em Viagem
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Selfie, Hida do Japão Antigo e Medieval
História
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde, casario equilibrista
Ilhas
Ponta do Sol a Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde

Uma Viagem Vertiginosa a Partir da Ponta do Sol

Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Natureza
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Parques Naturais
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Moradores de Iloilo em frente a uma das suas várias igrejas
Património Mundial UNESCO
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Sociedade
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.