Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania


A Cavalo
Vista de Balos
A Sombra Possível
O Areal Ideal
Deleite Mediterrâneo
O Painel de Balos
Praia Organizada
A Praia de Zorba
Lagoa Esmeralda
Recorte de Costa
Seitan Limiani

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Como se ainda fosse necessário, longe de o ser, Creta volta a provar-se a mais imensa ilha helénica.

O que começara como um mero plano de evasão matinal, revela-se uma verdadeira odisseia rodoviária.

Começamos por subir rumo à quase auto-estrada E65 que percorre o cimo de Creta, numa das raras linhas em que a orografia dramática da ilha o permitiu.

Percorremo-la entre o Golfo de Chania e as vertentes verdejantes a sul.

Por alguns quilómetros, na base de uma primeira península que se estende Mar Egeu adentro. Depois, pela beira de um novo golfo pronunciado, o de Kissamou.

O Caminho Árduo para o Extremo Noroeste de Creta

Encerra-o e à Creta continental, outra península, não tão longa, mas mais afiada que a anterior e que tinha como prolongamento insular um tal de arquipélago Gramvousa, abençoado por uma velha igreja ortodoxa.

Sem chegarmos a tanto, confrontados com a base do tal cabo, deixamos a via principal. Para uma outra desgastada, empoeirada e que, não tarda, se despromove a estrada terrosa repleta de sulcos, buracos e crateras que nos mantêm em constante trepidação e agitação.

Compensam o desconforto, os panoramas do mar arredondado do Golfo Kissamou. Aos poucos, subimos pelo cabo que o encerrava, pela base da crista de Platiskinos que nos barrava o acesso e a vista para ocidente.

Alguns meandros mais, e tanto a estrada como a crista se ficam por ali.

O Trilho para o Sopé de Platiskinos

Damos com um parque de estacionamento improvisado, patrulhado por um rebanho de cabras que, àquela hora, preferiam a sombra ao pasto.

Duas delas repousam contra uma venda de bebidas, submetidas à aresta que, por enquanto, o sol poupava. Outras, mantinham-se encostadas a carros mais altos ou disputavam os seus fundos oleosos.

Abandonamos o nosso em busca do trilho que conduzia ao lado oeste do cabo e ao destino final da expedição, Balos.

Percorremo-lo na companhia de banhistas ansiosos. 

Ultrapassam-nos outros, a cavalo de um sortido incaracterístico de equídeos, burros de distintos tamanhos, mulas e cavalos diminutos.

Praia Balos e um Deslumbre Turquesa-Esmeralda

O trilho desemboca numa espécie de socalco avançado. Por fim, para lá do fundo da encosta, vemos estender-se uma lagoa marinha de um ciano que o sol a pique acentuava e que só a profundidade longínqua transformava em turquesa.

Delimitavam-na, a oeste e a noroeste, ilhéus áridos, sarapintados de vegetação mediterrânica rasteira.

Um areal inesperado ligava o ilhéu mais próximo à vertente de que contemplávamos o cenário. As suas linhas caprichosas uniam distintas praias.

Uma, mais longa, ao longo do sopé de Platiskinos. Uma outra, arredondada, perpendicular a esta, já a meio da lagoa. E uma terceira, instalada contra a base do ilhéu.

Em todas elas, os banhistas dividiam o tempo entre conversas veraneantes e um arrefecimento custoso, num mar raso de leito bem alvo em que a água amornava ao ritmo a que o sol subia para o seu zénite.

Em certos trechos, a areia assumia uma enigmática dominante rosada gerada pela moagem natural de conchas por ali abundantes.

Balos: uma Lagoa Marinha Protegida mas Não o Suficiente

No exterior da lagoa, onde o mar se aprofunda e escurece ao tom do petróleo, do lado detrás, mais inacessível dos ilhéus, resiste uma fauna protegida pelo estatuto de reserva integrante do programa Natura 2000 e suas restrições.

Convivem, entre Balos e as ilhas de Gramvousa, tartarugas-careta, focas-monge, corvos-marinhos, falcões-da-rainha e painhos-de-cauda-quadrada.

Não obstante esta sua fauna diversificada, para o bem e para o mal, a notoriedade de Balos adveio das suas formas e, sobretudo, cores.

As gentes e, em especial, os guias de Chania e outras partes de Creta fazem questão de lembrar que, no seu tempo de casal funcional, o príncipe Carlos e a princesa Diana a frequentaram, a bordo dum iate real.

Afiançam ainda que Balos é a praia mais fotografada da Grécia.

Numa nação com mais de cinco mil ilhas e ilhéus, tantos deles repletos de litorais privilegiados e praias famosas, hesitamos em partilhar de tal certeza.

Caminhamos para a tarde. Aglomeram-se os pequenos barcos de excursões provenientes de Kissamos.

E a diminuí-los e às supostas regras Natura 2000, um navio de maior calado com música em altos berros que ancora além da lagoa e faz os passageiros desembarcarem para o areal na base do ilhéu central de Balos.

Com o calor a atingir o auge vespertino, o barco surgiu como o desmobilizador que nos faltava. Encetamos a ascensão de regresso ao cimo de Platiskinos e ao carro.

Regressamos a Chania.

Em redor da península de Akrotiri de que a cidade serve de pé, aguardavam-nos outras praias inverosímeis.

Stavros e as Praias do Norte de Akrotiri

Não chegamos a reentrar na capital do poente cretense. Em vez, subimos pelo lado oeste até a um quase cimo de Akrotiri e à povoação-retiro de Stavros.

Com menos de quinhentos habitantes permanentes, Stavros desenvolveu-se na iminência de uma enseada recortada e praia homónima, também ela aquém de um monte árido, um morro em forma de bossas de camelo, denominado Vardies.

O desenvolvimento de Stavros deve, todavia, ser relativizado.

O magnetismo e móbil deste arredor disputado assentou em dois atributos principais. A lagoa marinha tranquila e apelativa a leste do casario.

E os meros 15km de distância do domínio urbano de Chania, ainda menos do aeroporto internacional da cidade.

Quando lá damos entrada, percebemos que, em vez de se manter na sua torre de observação, o nadador-salvador convivia nos bares, esplanadas e outros negócios balneares em redor.

Ao nos fazermos ao mar encurralado da Golden Beach local, percebemos o quão difícil seria criticá-lo. Temos que andar muitas dezenas de metros para a água nos chegar à cintura. Com a maré a começar a encher, a única corrente que se esboçava, vinha do mar aberto para o interior arredondado da lagoa.

Mar e marés à parte, Stavros e a Golden Beach já tiveram os seus tempos inolvidáveis, de irradiação mundial da cultura cretense.

Stavros e a Golden Beach Eternizada em “Zorba o Grego

Recuemos até 1964. A povoação pouco passava de um lugarejo piscatório. O realizador grego-cipriota Michel Cacoyannis achou-a encantadora. Escolheu-a para uma das cenas mais memoráveis do clássico do cinema helénico “Zorba o Grego”.

Aquela em que, precisamente contra o recorte do monte Vardies e ao som de bouzoukis, Anthony Quinn dança uma dança sirtaki coreografada à medida para o filme, a melodia, crescente e contagiante, da autoria do não menos famoso compositor grego Mikis Theodorakis.

A longa-metragem baseou-se no romance homónimo do escritor cretense Nikos Kazantzakis, de 1946.

Aquém de uma música e dança tradicional grega, a cena combinou distintos ritmos lentos e acelerados de um tipo de música tradicional helénica denominado hasapiko. O nome Sirtaki, esse, foi adaptado da dança comunal e tradicional syrtos, em que os dançarinos dão as mãos, em círculo.

Mas voltemos à beira-mar que acolheu Michel Cacoyannis e Anthony Quinn.

A hoje conhecida tanto por Golden como por Zorba Beach não é a única praia de Stavros. Cerca de duzentos metros acima, encontramos uma outra mais exposta ao mar, agitada a condizer.

Trata-se Pachia Ammos, traduzível por “de areia grossa”.

Separa-as um cimo de península com vestígios de uma pedreira usada durante a Era Veneziana de Chania (sec. XIII a XVII), quando os colonos originários da Península Itálica extraíram as centenas de toneladas de pedra calcária, em boa parte, ainda empilhadas a formar as muralhas de Chania.

Em Busca da Furtiva Seitan Limiani

Com o fim do dia, haveríamos de lá nos refugiarmos. Enquanto isso, tínhamos uma derradeira e, assim esperávamos, impressionante praia de Chania e de Akrotiri para desvendar.

Atravessamos a península arredondada de oeste a leste, a determinada altura, entre o Mosteiro Ortodoxo de Agia Triada e a área vedada do aeroporto.

Pelo caminho, cruzamos as aldeias de Chordaki e de Akropoli. Quando deixamos Akropoli para trás, o novo destino final já pouco distava.

Encontramo-lo no cimo de uma espécie de rasgo geológico triplo na costa oriental de Akrotiri, uma sequência de braços de mar cavados na vertente abrupta e rochosa da península. Passamos por nova pedreira. Descemos.

E ainda mais.

Apesar de tanto descermos, é lá em baixo, ainda distante, que avistamos o meandro, de um tom turquesa, tão intenso que mais parece retroiluminado, de Seitan Limania, contrastante com o solo ferroso e ocre no cimo da falésia.

À medida que descemos, apercebemo-nos o deleite em que alguns banhistas flutuam naquela piscina natural, como deuses de folga, a recuperarem das atribulações e complicações terrenas.

Uma vez mais, a praia confirma-se divinal. E, no entanto, popularizou-se como demoníaca.

A Génese Otomana do Baptismo Balnear

O termo grego “limani” traduz o convencional “porto” ou “abrigo”. Já “Seitan” tem uma génese turca, do tempo que os Otomanos mantinham estas paragens no seu vasto império.

Diz-se que assim o baptizaram porque, em especial durante o Inverno, o seu visual apelativo encobria uma corrente traiçoeira, que terá provocado vítimas, tragédias atribuídas a um diabo marinho.

O mais demoníaco de que nos apercebemos foi o sol ter caído para o poente de Akrotiri.

De ter levado consigo o brilho do azul-turquesa. E nos deixado numa sombra decadente da glória balnear com que o dia e o recanto noroeste de Creta nos haviam prendado.

No recanto sudoeste ainda havia a famosa Elafonisi. E tantas outra menos notórias.

Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
Chania, Creta, Grécia

Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida

Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.

Spinalonga, Creta, Grécia

Uma Ilha Fortaleza Rendida a Colónia de Leprosos

Desde sempre disputada, ocupada por cristãos e sarracenos, venezianos, otomanos e, mais tarde, cretenses e gregos, entre 1903 e 1957, a árida Spinalonga acolheu um lazareto. Quando lá desembarcamos, estava desabitada, graças ao dramatismo do seu passado, era um dos lugares mais visitados da Grécia.

Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da America
Cerimónias e Festividades
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil
Cidades
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Cultura
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Casinhas miniatura, Chã das Caldeiras, Vulcão Fogo, Cabo Verde
Étnico
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
História
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Ilhas
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Natureza
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Parques Naturais
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Khiva, Uzbequistão, Fortaleza, Rota da Seda,
Património Mundial UNESCO
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Praias
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Sociedade
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Vida Selvagem
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.