El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro


El Fuerte e o Oásis do Fuerte
Lançamento Enevoado
El Zorro
El Fuerte das Alturas
Quinceñera Nallely no Forte
El Fuerte de todas as Cores
Deco Colonial II
O Âmago Musical
El Fuerte metido no Oásis
Vaqueros Cristanos
Palácio vs Igreja
O Palácio e o Jardim
El Zorro, Miguel Àngel León
Jovens Católicos
Fiéis na Iglésia de Las Dolores
Viva México
Abençoada Viagem
Quinceñera Nallely e Amiga
Passeio Solitário
Muralhas de El Fuerte
El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.

Tínhamos terminado uma viagem ferroviária com que há muito sonhávamos, a bordo do tren El Chepe (Ferrocarril Chihuauha al Pacífico), entre Creel e Los Mochis, através das Barrancas del Cobre, das terras planas e semi-desérticas de Sinaloa.

Despertados em Los Mochis, vemo-nos a braços com a indefinição do que faríamos em seguida. Prolonga-se para lá de uma hora de check out que fizemos esticar.

Regressamos de um almoço de burritos, almoçado a pouca distância da casa em que o líder do cartel de Sinaloa, El Chapo, foi capturado.

Ao reentrarmos no Hotel Balderrama de Los Mochis, cruzamo-nos com Bernardo Balderrama, o dono da cadeia, que nos lembrávamos de nos ter abordado, dias antes, numa feira turística. “Esperem lá… nós conhecemo-nos, certo?” questiona-nos.

Pensamos um pouco para termos a certeza e confirmamo-lo. “Ah, sim, já me lembro. Então gostaram do nosso hotel lá nas Barrancas del Cobre? E da viagem de comboio? É incrível, não é?”

Conversa puxa conversa, quando lhe explicamos o impasse em que estávamos, convida-nos para passarmos umas noites num outro hotel Balderrama, o de El Fuerte.

Tínhamos por lá passado, no quase fim do percurso sobre carris do comboio El Chepe.

Sabíamos que muitos passageiros escolhiam lá começar ou terminar a viagem, para ficarem a conhecer a cidade, colonial, elegante e com uma história prolífica.

Aceitamos de imediato.

Às quatro e meia, entramos numa carrinha. Guiava-a um funcionário de nome Salvador.

Cumprimos boa parte do percurso já de noite, com a companhia de dois polícias de trânsito a que Salvador se viu forçado a dar boleia.

A Pousada Hacienda del Hidalgo, Portal Histórico para El Fuerte

Damos entrada em El Fuerte e na Posada Hacienda del Hidalgo já depois das seis da tarde. Jantamos, investigamos o centro histórico, que encontramos mais escuro do que estávamos a contar.

Num estado mexicano de cartéis e inúmeros sucedidos à margem da lei, depressa regressamos à segurança da Posada e nos entregamos a tarefas de escritório.

Novo dia. Pelas 10h, toca-nos à porta Miguel Ángel León, gerente da posada. Miguel dá-nos as boas-vindas.

Tinha que sair dentro em pouco. No tempo que lhe sobrava, faz questão de nos mostrar o que a Posada Hacienda del Hidalgo tinha de especial, além da sua surreal beleza colonial.

Ao passarmos para o jardim para que dava o quarto, reparamos, de imediato numa estátua de bronze, de chapéu a cobrir quase toda a cara e uma espada em riste. “Zorro? Porque é que aqui têm uma estátua dele?”

Ah, vocês ainda não sabem? Já vos explico tudo.

E, ao jantar, levem as câmaras, para fotografarem e filmarem.

Daquela surpresa e incredulidade, aos poucos, rendemo-nos à cada vez mais estranha realidade.

“Sigam-me! Vou-vos mostrar o nosso quarto mais importante, o 46.” Instantes depois, examinávamos uns aposentos que Miguel afiançava serem onde tinha nascido Diego de la Vega, o “Zorro” não disfarçado de Zorro.

Já atrasado, Miguel deixa-nos ao cuidado de uma empregada.

Continuamos a cirandar pela hacienda, maravilhados com a sua combinação de arquitectura e decoração, uma espécie de quimera colonial convertida, ajustada e aprimorada desde a génese militar da propriedade, datada do século XVII.

Uma de tantas outras haciendas exuberantes que continuam a embelezar o México.

A Fundação da Predecessora da Cidade, há quase Meio-Milénio

A povoação colonial pioneira surgiu um bom tempo antes, em 1563.

Fundou-a, baptizada de Villa de San Juan Bautista de Carapoa, Francisco Ibarra, conquistador basco, o primeiro europeu a aventurar-se pelas montanhas da Sierra Madre Ocidental. Também fundador de Durango e governador de Chihuahua.

Por volta de 1610, a povoação mantinha-se vulnerável aos ataques constantes dos indígenas Zuaque e Tehueco que durante séculos dominaram aquelas terras, que deixaram inúmeros registos rupestres.

Que estão presentes, em termos genéticos em boa parte dos habitantes mestiços da região

Ibarra ordenou a construção de um forte à beira do rio Fuerte.

Esse forte – El Fuerte de Montesclaros – congregou os colonos em redor da sua protecção e do sustento que o rio Fuerte garantia.

Com o decorrer dos anos, tornou-se o mais importante entreposto agrícola e comercial do imenso Noroeste Mexicano.

E, em 1824, capital do estado de Sonora y Sinaloa.

O termo simplificado El Fuerte, passou a ser o usado, em vez dos mais longos anteriores.

Diego de La Vega. Filho de Alejandro de La Vega. E de El Fuerte

Diego de La Vega surge neste contexto. O seu pai, Alejandro de La Vega, filho de espanhóis, já nascido no México, era casado com uma mestiça (meio espanhola, meio indígena).

Dessa relação, em 1795, nasceu o filho Diego. Alejandro de La Vega tinha transformado, na mansão da família, uma velha guarnição na colina de Garapoa que as autoridades espanholas haviam abandonado.

O parto terá, supostamente, acontecido no quarto 46 que nos mostrara Miguel Ángel.

Fluem nove anos da vida de Diego de La Vega em El Fuerte. A sua mãe falece. A mineração em que o pai Alejandro tinha investido deixa-os a ambos em apuros.

Desiludido com o que o destino lhe reservava na povoação, Alejandro muda-se para Los Angeles, cidade da então província mexicana da Alta Califórnia.

El Fuerte deixou de ter novidades dos De La Vega. Décadas depois, chegaram relatos. De tal forma espantosos que justificaram a estátua no jardim em frente ao quarto. E muito mais.

À Descoberta de El Fuerte

Saímos para o cerne histórico da povoação.

Encontramos a praça central a que os mexicanos chamam Zócalo, disposta em redor de um jardim desafogado, à boa maneira colonial mexicana, dotado de um coreto.

Despontam palmeiras imperiais portentosas, com copas verdejantes que contrastam com o ocre dos tijolos do imenso Palácio Municipal, onde a cidade é gerida.

Serve El Fuerte um trenzito turístico que leva famílias e namorados a conhecerem a cidade.

Vemo-lo passar e soar a sua melodia contagiante, enquanto subimos a ladeira da Pousada Hidalgo, a caminho do antigo forte militar.

O Velho Forte que Inspirou o Baptismo

Foi esta a estrutura que inspirou o nome do pueblo.

Hoje, acolhe um museu histórico cuidado, disposto sob adarves com vistas desafogadas.

Do seu cimo, admiramos o rio Fuerte, logo em frente, a serpentear num oásis imenso.

Na direcção da costa do Pacífico, para lá da mancha verdejante, vemos ainda o deserto plano.

Na direção oposta, temos o vislumbre das encostas da Sierra Madre Ocidental.

Tão fotogénico como histórico, o forte serve de cenário aos mais distintos propósitos.

Guarnece uma aturada sessão de fotos de Nallely, uma quinceñera bonita e orgulhosa.

As amigas compõem-lhe o vestido roxo, o bouquet de flores e a tiara que a coroa.

Fotografam-na diante das muralhas, de um grande cacto saguaro, e em trajes de vaqueira, sobre um cavalo irrequieto.

Naquele deambular, voltamos a passar pelo Zócalo.

A igreja de Dolores acolhe uma qualquer cerimónia católica.

Familiares e convidados chegam nos seus melhores trajes.

Fazem fila diante da porta.

Nas arcadas opostas, uns poucos forasteiros, mexicanos e gringos, conversam, massajados pelo sol invernal.

Não tarda, anoitece. Regressamos à Posada Hacienda del Hidalgo.

A Reaparição Teatral de El Zorro na Hacienda que o viu Nascer

Sobre a hora marcada, sentamo-nos numa mesa em redor da piscina, a jantar. A meio da refeição, sem aviso, irrompe um vulto trajado e mascarado de negro.

Como tinha prenunciado Miguel Ángel, irrompe El Zorro, de espada em riste, munido de um lote de piadas e de um charme namoradeiro que dedica às mulheres presentes, ao ponto de raptar para a cena, duas hóspedes solteiras.

A Hacienda del Hidalgo celebrava, assim, a sua relevância numa personagem que conquistou notoriedade mundial. Cabe-nos explicar de que forma.

Ora, na vida adulta passada na Alta Califórnia, Diego de La Vega tornou-se um justiceiro anónimo.

Quando as autoridades espanholas e, mais tarde, mexicanas, oprimiam e abusavam dos súbditos pobres e indefesos, atacava, roubava os responsáveis, repunha a justiça e a sua dignidade.

El Zorro: da Alta Califórnia para os Livros, os Ecrãs e o Mundo

Com o tempo, a personagem de El Zorro tornou-se lendária. Deu origem a obras literárias. A primeira aparição do mascarado do Z deu-se no romance “O Sinal do Zorro” do norte-americano Johnston McCulley, de 1919.

No ano seguinte, o sucesso do filme mudo que adaptou a história fez com que o realizador convencesse McCulley a escrever mais e mais aventuras. McCulley prolongou a vida a El Zorro por mais de quarenta anos, divididos por cinco séries principais e cinquenta e sete contos e episódios.

De 1919 em diante, surgiram várias outras obras literárias, incluindo BD, peças de teatro e séries de rádio. Um dos romances mais eloquentes a que a lenda deu origem foi “Zorro: começa a lenda” de Isabel Allende.

Estrearam-se ainda 40 filmes em torno de El Zorro.

Representaram-no estrelas como Alain Delon, Anthony Hopkins e António Banderas, os dois últimos, em “A Máscara do Zorro”, de 1998.

Noite após noite, Miguel Ángel León, também gerente, empenhava-se para cativar os hóspedes e manter vivo o papel da Posada Hacienda del Hidalgo na lenda.

De uma coisa estamos certos: conquistadas, agarradas e beijocadas a fingir pelo enigmático filho da casa, as mulheres presentes nunca mais se esquecerão.

Nem de El Fuerte nem do seu Zorro regressado a casa.

Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Guanajuato, México

A Cidade que Brilha de Todas as Cores

Durante o século XVIII, foi a cidade que mais prata produziu no mundo e uma das mais opulentas do México e da Espanha colonial. Várias das suas minas continuam activas mas a riqueza de Guanuajuato que impressiona está na excentricidade multicolor da sua história e património secular.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Cerimónias e Festividades
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Forte de San Louis, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas
Cidades
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Cultura
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
Em Viagem
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Étnico
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Buraco Azul, ilha de Gozo, Malta
História
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Torshavn, Ilhas Faroe, remo
Ilhas
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Natureza
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Parques Naturais
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Ruínas, Port Arthur, Tasmania, Australia
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

Uma Ilha Condenada ao Crime

O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Cortejo Ortodoxo
Religião
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.