Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano


A Paróquia Sobranceira
Caminhada Solitária
Vaquero no cimo de uma das muitas rampas que ladeiam Real de Catorce.
Luzes de Real de 14
Transeuntes passam junto às letras identificativas de Real de Catorce
Estacionamento Inclinado
Jipe estacionado, por segurança, contra uma parede secular de Real de Catorce.
O Pueblo de Real de Catorce
O casario de Real de Catorce com a Parroquia de la Purísima Concepción em destaque.
Galeria dos Milagres
A ala milagreira da Parroquia da Puríisima Concepción.
Milagres Ilustrados
Milagres ilustrados por crentes e expostos na Parroquia da Purísima Concepcíon.
Sombras vaqueras
Visitantes no cimo duma ladeira de Real de Catorce.
Convívio Vaquero
Vaqueros em convívio na praça do coreto de Real de Catorce.
Abençoado Túnel
Capela que abençoa o longo túnel Ogarrio.
Vaqueros y Cavallos
Donos de cavalos conduzem-nos por ruelas de Real de Catorce.
No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.

No derradeiro trecho a partir da estrada 60, a carrinha paga o preço da antiguidade do destino.

A via mantém-se um verdadeiro calçadão, composto de pedras pouco ou nada alisadas que fazem o veículo e os passageiros trepidarem até mais não.

Com o tempo passado naquela rota, o condutor aprendeu a defender-se. Coloca as duas rodas da direita sobre a vala que escoa raras torrentes de água. Dessa maneira, poupa a van e poupa-nos a nós a metade do desgaste.

Ascendemos, aos ziguezagues, a sulcarmos a colónia de árvores de Josué (yucca brevifolia) que nos cercavam desde que aterrámos em São Luís, a capital Potosina.

Aproximamo-nos dos mais de 2700 m a que se situa Real de Catorce. Com uma meteorologia vinda de sul, a altitude valida o calor do fim da manhã. Em breve, mudaria de forma drástica.

Atingimos o zénite da via. Um portal de pedra, em arco, saúda os visitantes com um “Bienvenidos a Real de Catorce”. Por diante, continuamos a ver encostas pardas de arbustos espinhosos e de cactos.

Nem sinal de um povoado digno de tal nome.

Para lá do portal, já quase à sombra das montanhas, aumenta uma fila de carros que aguardam permissão para prosseguir. Percebemos, aí, a iminência do túnel de Ogarrio de que tanto tínhamos ouvido falar, a longa passagem subterrânea para o pueblo.

Esperamos pouco. O trânsito que vinha de lá para cá esgota-se num ápice. Com a bandeirola verde hasteada por uma jovem sinaleira, seguimos na cauda da caravana que se interna.

Percorremos 2km escavados na rocha, sempre com as marcas das picaretas e das explosões de dinamite amareladas pela iluminação artificial. Até que regressamos à luz fulminante, malgrado a secura dos cenários, tropical.

Afinal, tínhamos cruzado a linha imaginária do Trópico de Câncer, meros oitenta e poucos quilómetros para sul.

A Febre de Pueblo Mágico de Real de Catorce

Ao início da tarde de um Domingo, damos com uma multidão de forasteiros que se cruzavam, para cá e para lá, na Calle Lanzagorta, na grelha de ruas paralelas, becos e ruelas que desse eixo central ramificavam.

Inúmeras bancas e montras de lojas exteriores exibiam e impingiam petiscos mexicanos de todos os tipos e mais algum, artesanias e até remédios naturalistas para uma miríade de maleitas.

A esforço, passamos pela Parróquia de la Purísima Concepción, para a Plaza Hidalgo, com o seu já expectável coreto, o coração urbano da povoação. Dali, ainda, a estranharmos o inesperado ajuntamento, em busca do hotel em que nos íamos hospedar, ganhamos coragem e enfrentamos uma das ladeiras mal empedradas que despontam da praça para ocidente.

Tenemos tamales, señores! Micheladas, cheladas, tejuinos, atoles” seduziam-nos com especialidades reverenciadas do México, os vendedores atentos ao suor e à saturação que já deixávamos transparecer.

Evitamos ceder. Em vez, baixamos as cabeças, voltamos a enfrentar a turba. Rebocamos as malas na senda dos aposentos reservados. Sob o olhar jocoso dos muitos cavaleiros locais.

Os que conduzem grupos de aspirantes ao cimo das velhas minas e de volta. E os que aguardam clientes, em conversa animada, na orla da Plaza Hidalgo.

Hoje, a confusão que se apodera de Real de Catorce dura o que duram os fins-de-semana e as férias mexicanas.

Com cada regresso dos dias laborais, a povoação fica entregue aos seus mil e quatrocentos moradores, quase todos sustentados pelos pesos deixados pelas incursões efémeras dos forasteiros.

A Origem Argentina, algo Caótica de Real de Catorce

Já na sua génese mineira, o pueblo era, todo ele, uma turba caótica e gananciosa que resistia a qualquer esboço de ordenamento.

Desde, pelo menos o início do século XVIII que existia, na região um lugarejo. A determinada altura da história colonial, catorze soldados da Coroa Espanhola foram, por ali, emboscados e abatidos por guerreiros Chichimecas, uma etnia indígena que os espanhóis há muito procuravam submeter.

Avançamos até 1773. Dois mineiros, crê-se que Sebastián Coronado e Manuel Martinéz, descobrem prata nas encostas da actual Sierra de Catorce. Provar-se-iam veios vastos, tão amplos como os achados nas zonas vizinhas de Zacatecas e de Guanajuato.

Tal como tinha acontecido noutras paragens do México, afluem ao local milhares de prospectores, mineiros e, tão só, aventureiros, ávidos por fazerem fortuna.

Durante vários anos, os recém-chegados instalaram-se e acumularam-se. Subsistiram em função da ganância da prata, naquele que se transformava, a olhos vistos, num domínio sem lei nem rei, do Altiplano mexicano.

Assim foi, até que, o governo colonial nomeou Silvestre López Portillo, comissário encarregue de avaliar o potencial mineiro da Sierra de Catorce e, anos mais tarde, também da fundação de Real de Minas de la Purísima Concepción de los Catorce.

A Autoridade Estadista e Ordenamento Colonial de  López Portillo

Foi López Portillo quem delineou a esquadria actual da povoação, quem distribuiu os títulos de propriedade entre os muitos pretendentes.

E quem, do seu próprio bolso, por algum tempo, pagou sucessivos trabalhos de urbanização, até que, por fim, a mineração passou a garantir lucros que cobriam fosse qual fosse a despesa.

Sabe-se, aliás, que, em 1784 e anos seguintes, a produção anual de prata de Real de Catorce era de 8.6 toneladas, uma das mais abundantes do Novo Mundo hispânico.

Com a supervisão das autoridades centrais do Virreinato, López Portillo transformou o acampamento desordeiro no povoado criterioso que continuámos a desvendar.

A Paz Esfriada que Chega a Real de Catorce, com o Fim do Fim de Semana

Aos poucos, até ao final do Domingo, quase todos os findesemaneros debandam. Os donos dos negócios desfazem as bancas e montras. Real de Catorce entra num modo de repouso, mais fiel a como, antes do advento do turismo, a História a tinha deixado.

A aurora vem acompanhada de uma frente fria das que, durante o Inverno, descem do Árctico, cruzam os Estados Unidos e, com frequência, cobrem de neve e enregelam o norte do México.

O facto de o sol ter deixado de sorrir a Real de Catorce, pouco ou nada nos desmotiva. Em vez, dedicamo-nos a explorar alguns dos seus interiores intrigantes.

A começar pelo amplo e sumptuoso da Parróquia de la Purísima Concepción, com a sua nave colorida-dourada, assente em soalho de madeira corrida.

O monumento católico esconde um passado atribulado. O do colapso da sua cúpula, de 1800, que vitimou uma crente, o do incêndio de 1817 e o da proibição de culto, durante a Revolução Mexicana de 1910.

São Francisco de Assis e a Arte do seu Culto Milagreiro

Oculta ainda uma espécie de exposição popular, sempre em crescendo, numa ala lateral dedicada aos alegados feitos de São Francisco de Assis.

Por estranho que pareça, apesar do condomínio com Jesus Cristo e com a Nª Srª Virgem de Guadalupe, Panchito ou Charrito, assim o tratam os fiéis, é, há muito, a figura religiosa mais venerada de Real de Catorce e redondezas.

Entramos no tal espaço milagreiro da igreja.

Lá encontramos exibidas, centenas de pinturas realizadas pelos crentes, a maior parte com visual infantil ou kitsch, ilustrações do mesmo número de intervenções consideradas divinas em que Deus, através do Santo, intercedeu e salvou as vidas de fiéis mexicanos de todas as idades.

Lá apreciamos pinturas que retratam desde tragédia da criança que, durante uma pausa numa viagem de carro se perdeu na floresta tropical e foi encontrada dias depois, com vida, ao trabalhador da PEMEX (Petróleos Mexicanos) poupado num acidente em que, não fosse a Divindade, teria perecido.

Na base de um dos enormes painéis, à altura terrena, acessível aos crentes, reparamos numa outra sub-exposição, em que se alinham dezenas de estatuetas de São Francisco de Assis, de Cristo, da Virgem de Guadalupe e de outras santidades operadoras de milagres.

Sobre a hora de encerramento, as funcionárias ao balcão da loja da igreja fazem-nos sair pela porta central da nave.

Quando o fazemos, deixamos a dimensão espiritual, de regresso à materialista na génese de Real de Catorce, aquela que, devemos relembrá-lo, financiou a magnânima parróquia.

De Real da Nueva España ao Pueblo Mágico Mexicano

Oposta à fachada principal da igreja, virada para o alto em que as minas se expandiram, encontramos a Casa da Moeda do Pueblo.

Foi erguida, em 1863, com o fim de, à beira de tanta prata, oficializar a produção de moedas e medalhas que já ocorria desde o início do século e que se intensificou com o estalar da Guerra da Independência (1810-21), conflito em que os insurgentes precisaram de financiar o combate da todo-poderosa Coroa Espanhola.

Real de Catorze passou de espanhola a mexicana em Agosto de 1821. Com o século XIX a chegar ao seu término, a povoação abrigava em volta de quinze mil habitantes, dez vezes mais que os actuais.

Tinha-se dotado de uma praça de touros própria e várias das suas lojas vendiam bens de luxo importados da Europa.

Uns anos depois, a prata traiu-a.

Veremos como, na 2ª parte deste artigo dedicado a Real de Catorce.

ONDE FICAR EM REAL DE CATORCE

hotelruinasdelreal.com

hotelpalaciodelgambusino.com

Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Singapura, ilha Sucesso e Monotonia
Cidades
Singapura

A Ilha do Sucesso e da Monotonia

Habituada a planear e a vencer, Singapura seduz e recruta gente ambiciosa de todo o mundo. Ao mesmo tempo, parece aborrecer de morte alguns dos seus habitantes mais criativos.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Verão Escarlate
Cultura

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Remadores Intha num canal do Lago Inlé
Étnico
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
História
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Santiago, ilha, Cabo Verde, São Jorge dos Órgãos
Ilhas
Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima

Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Salto Negao, chapada diamantina, bahia gema, brasil
Natureza
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Rio Matukituki, Nova Zelândia
Parques Naturais
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Património Mundial UNESCO
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Praias
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo
Religião
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.