Cansaço religioso
Crente dorme em frente à Igreja de Nª Sra. de Guadalupe chegado de uma longa peregrinação.
Chamula
Crente chiapenho de sub-etnia chamula segura uma tocha durante o seu trecho de peregrinação.
Placards iluminados
Técnico instala um placard religioso com o ex-papa João Paulo II.
Na Companhia de Guadalupe
Grupo de jovens peregrinos posa em redor de uma estátua da Nossa Senhora de Guadalupe
Oração de grupo
Fiéis oram à Nossa Senhora de Guadalupe na igreja homónima de Campeche.
Estradas de fé
Veículos seguidos por peregrinos corredores percorrem as estradas do México.
Luzes de Crença
Fachada da igreja de Nª Senhora de Guadalupe, iluminada para receber os peregrinos e decorada com painéis religiosos em que os fieis se fotografam
Devoção de todas as idades
Senhoras e um bebé acompanham os acontecimentos em redor da igreja de nossa senhora de Guadalupe.
Furo
Jovem crente repara um furo que afectou a sua peregrinação.
Patrona multiplicada
Estátuas da nossa senhora de Guadalupe trazidas pelos crentes, reunidas em frente à igreja erguida em sua honra.
Passageiros da Fé
Indígenas chamula seguem a bordo da caixa de um camião decorado com motivos católicos em homenagem à virgem de Guadalupe.
Animação Católica
Campeche, iluminada para acolher os peregrinos que para ela viajaram em nome da Patrona das Américas.
Descanso merecido
Grupo de fiéis repousa sob uma árvore nas imediações da igreja de Nossa Senhora de Guadalupe.
Cicló-crença
Detalhe da decoração religiosa que os peregrinos atribuem às suas bicicletas durante a viagem até à igreja de Nossa Senhora de Guadalupe de Campeche.
Auto-decoração
Faixa com a aparição da Virgem de Guadalupe decora a caixa de uma carrinha que transporta peregrinos.
Missão Cumprida
Jovens peregrinos agrupam-se junto às bicicletas em que viajaram das suas povoações até Campeche, uma cidade colonial situada na costa norte do estado mexicano homónimo.
Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.

Ainda há fumo nos arredores de San Cristobal de Las Casas quando nos preparamos para deixar a cidade em direcção a Palenque.

Durante dois dias, a região foi palco de um reacendimento da aversão que a população maia e mestiça local tem pelas igrejas evangélicas cristãs e seus convertidos, que vêem como ameaças à uniformidade cultural e religiosa porque se regem.

Os maias nativos expulsaram uma comunidade por eles antes banida de terras próximas à cidade. A intervenção conciliatória da polícia degenerou uma vez mais em violência mas tudo indicava que os intransigentes Chamulas voltavam a levar a sua à avante.

De início reticentes em aceitar os ensinamentos dos missionários hispânicos, os maias desta zona de Chiapas acabaram por os acolher mas só em parte. Geraram cultos católicos independentes a que acrescentaram elementos da sua mitologia pré-colombina.

decoracao, camiao, peregrinos, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Faixa com a aparição da Virgem de Guadalupe decora a caixa de uma carrinha que transporta peregrinos.

A comunidade de San Juan Chamula foi mais longe.

Conseguiu do governo a concessão de uma autonomia administrativa. Da mesma maneira, apesar de a Igreja Católica mexicana ser das mais conservadoras da América Latina, nenhum padre interfere na fé dos indígenas ou participa nas cerimónias realizadas no enigmático templo da aldeia, que proíbe aos visitantes qualquer captura de imagens.

Edgardo Coello, mexicano por mestiçar de provável origem galega, conhece os caprichos dos Chamulas melhor que as estradas secundárias da região.

Ainda assim, com recurso a uma calma e cortesia irrepreensíveis, informa-se com os residentes sobre a melhor maneira de evitar as barreiras policiais, de nos levar por caminhos alternativos à então cercada San Juan. E, dali, descer até às terras baixas de Chiapas.

Visões da Nossa Senhora de Guadalupe, no Caminho para Palenque

A via de montanha em que nos metemos é a mais sinuosa desde há vários dias de viagem pelo México.

Edgardo percorre-a a velocidade de cruzeiro. Durante muitos quilómetros, quase não vemos vivalma. Uma hora depois, surgem as primeiras povoações indígenas no sopé da serra.

Vislumbramos uma Nossa Senhora de Guadalupe sobre a caixa de uma carrinha. Enfeitada com panos e balões, repleta de passageiros vestidos com as cores da nação, a carripana segue devagar, encostada à berma estreita.

Persegue-a um jovem crente com os mesmos trajes alusivos à Santíssima usados pelo resto do grupo. Este jovem crente empunha uma tocha acesa.

crente, chamula, peregrino, tocha, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Crente chiapenho de sub-etnia chamula segura uma tocha durante o seu trecho de peregrinação.

Já a visão original da Nossa Senhora de Guadalupe teve-a um nativo, em 1531, sobre uma colina nos arredores da Cidade do México. Desde então, a Nossa Senhora de Guadalupe tornou-se um elo crucial entre a espiritualidade indígena e a católica, a propalada pelos missionários.

À medida que a nação se mestiçou, foi também promovida ao seu símbolo católico mais forte, a Patrona do México e das Américas.

Durante o percurso, passamos por muitos outros destes cortejos auto-religiosos. Quase todos obrigavam os carros atrás a ultrapassagens arriscadas.

Edgardo acabava de nos alertar para o drama rodoviário que aquela época do ano representava, apesar de o governo nunca se dignar a apresentar números. Não demoramos a constatá-lo.

Um jipe evitava peregrinos sobre uma curva quando foi surpreendido por um veículo no sentido oposto. O acidente causou danos físicos e materiais sérios.

Palenque, Rumo a Campeche, sempre no Caminho da Virgem de Guadalupe

Entretanto caíra a noite. Durante a descida através da selva Lacandona – a mesma que abrigou os rebeldes zapatistas – só encontramos uns poucos participantes atrasados ou em descanso à beira da estrada, pouco ou nada sinalizados ao trânsito.

A alvorada brinda-nos com novo dia prazenteiro. Quando chegamos à entrada dos templos maias de Palenque, os funcionários ainda abrem as portas do complexo.

Mesmo assim, dezenas de carros, carrinhas e carripanas decoradas com pinturas e motivos da Virgem estão já estacionadas no parque contíguo. Assim que entram no complexo, os seus grupos de passageiros partilham o êxtase daquela rara evasão espiritual, trepam as escadarias dos templos e trocam chiste atrás de chiste.

veiculos, peregrinos, corredores, fieis, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Veículos seguidos por peregrinos corredores percorrem as estradas do México.

A boa disposição parece  também subsistir à falta de fôlego e ao deslumbre causado pelos monumentos históricos opostos e pela floresta elevada em redor.

De Palenque, retrocedemos no mapa. Anima-nos a perspectiva de nos refrescarmos nas Águas Azules de Chiapas, um trecho do rio Tulijá com quedas de água e represas naturais cor de esmeralda que também tinha atraído inúmeros crentes.

Uma Vez Mais os Chamulas, agora em Versão Peregrina

Cruzamo-nos com várias das suas camionetas. Uma delas chama a atenção de Edgardo: “Vêem aqueles trajes brancos felpudos? São os Chamulas!” Numa espécie de juízo instantâneo, concluímos que a imagem era demasiado impressionante para a deixarmos escapar. Pedimos ao guia que invertesse caminho, que os ultrapassasse e nos deixasse bem posicionados.

Saímos do carro junto a uma banca e preparamo-nos. Edgardo, aproveita para comprar bananas.

Quando a camioneta surge na subida, o guia estica-se para oferecer a fruta aos peregrinos de San Juan. Nós, premimos os botões das câmaras e registamos o estafeta da comitiva destacado e a restante acção em hi-speed.

Reina a animação a bordo da caixa da furgoneta. Os indígenas parecem divertir-se inclusive com aquela espera descarada. O que nos surpreende. De um momento para o outro, um deles, mais rigoroso, restabelece a ordem chamula das coisas das coisas e grita-nos: “Se vos apanhamos, vão pagar bem por essas fotos!”.

peregrinos, indigenas, chamula, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Indígenas chamula seguem a bordo da caixa de um camião decorado com motivos católicos em homenagem à virgem de Guadalupe.

A Entrada Abençoada em Campeche

Já nas terras planas da Península de Iucatão, intensifica-se a versão ciclista da peregrinação, desta feita, rumo a Campeche. É a cidade a que chegamos em pleno lusco-fusco.

Instalamo-nos no hotel em contra-relógio. Saímos para as esplanadas do Portal de San Francisco onde devoramos quatro das horchatas mais deliciosas do México.

Por Fim, o Acolhimento da Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe

Com as energias repostas, não demoramos a encontrar a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe. Este templo amarelo de Campeche acolhia os peregrinos fazia já algum tempo.

igreja, fachada, iluminada, crentes-fieis, peregrinos, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Fachada da igreja de Nª Senhora de Guadalupe, iluminada para receber os peregrinos e decorada com painéis religiosos em que os fieis se fotografam

Do topo do santuário e em todas as direcções, projectam-se cordas com bandeirolas esvoaçantes, verdes, vermelhas e brancas.

Centenas de bicicletas com estandartes, mini-santuários e outros artefactos foram encostadas à fachada sul da nave e umas às outras.

oracao, fieis, igreja, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Fiéis oram à Nossa Senhora de Guadalupe na igreja homónima de Campeche.

A maior parte dos fiéis conserva uma derradeira energia e convive. Apesar de tocar música evangélica em altos berros e das luzes potentes das barraquinhas de comes, bebes e de recuerdos religiosos, alguns outros que chegaram derreados, cochilam sobre a relva em redor.

Do lado oposto, de frente para um Golfo do México iminente, dois negócios concorrentes disputam a fé e a carteira dos crentes.

Ambos instalaram cenários coloridos em painéis luminosos que reconstituem a aparição da Virgem Morena. Tanto um como o outro procuram atrair as famílias e grupos de crentes a fotografarem-se na companhia da santa. “Duzentos pesos, amigos. É uma verdadeira bênção!” promove um dos empresários.

papa joao paulo II, decoracao, estatua, fieis, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Técnico instala um placard religioso com o ex-papa João Paulo II.

O pároco de serviço trata da diligência oficial. De cada vez que novo grupo de romeiros ciclistas ou pedestres chega à porta da igreja, borrifa-os com água benta e acolhe-os no rebanho.

Ainda guarda tempo para, num dos intervalos do rito, se mudar para a beira da estrada de onde, em modalidade Drive Through, salpica os capôs a dezenas de carros tuning da cidade e concede a graça aos seus proprietários.

O dia aproxima-se do fim. Os crentes provindos de paragens mais longínquas perdem o embalo.

Estamos de regresso ao hotel a padecer dessa mesma fraqueza quando entramos numa praceta organizada em redor de um coreto. Ali, centenas de peregrinos ciclistas improvisaram um albergue partilhado.

furo, bicicleta, reparacao, jovem, peregrino, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Jovem crente repara um furo que afectou a sua peregrinação.

Muitos já dormem. Outros partilham refeições, remendam pneus ou compõem pequenas tendas apoiadas em árvores ou nos guiadores dos velocípedes.

Todos tinham completado mais uma prova de fé.

igreja, campeche, crentes, peregrinos, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico

Crente dorme em frente à Igreja de Nª Sra. de Guadalupe chegado de uma longa peregrinação.

Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Canal de Lazer
Cidades
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Tatooine na Terra
Cultura
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Em Viagem
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Étnico
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
História
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
fuerteventura ilha canária tempo, PN Corralejo, Playa del Pozo
Ilhas
Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura – Ilha Canária e Jangada do Tempo

Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Natureza
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Nuvem lenticular, Mount Cook, Nova Zelândia
Parques Naturais
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Embaixada, Nikko, Spring Festival Shunki-Reitaisai, Cortejo Toshogu Tokugawa, Japão
Património Mundial UNESCO
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Praias
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.