Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo


Tilaran na névoa
Névoa provinda do lado caribenho da Costa Rica cobre a floresta da Cordilheira de Tilaran.
Motmot molhado
Um motmot pousado à chuva.
Caminhada à Chuva
Visitantes percorrem um dos muitos trilhos da da Reserva Biológica Bosque Nuboso de Monteverde.
Ponte Suspensa
Uma das pontes suspensas que cruzam a floresta nas encostas da Cordilheira de Tilaran.
Macacos-aranha
Macacos-aranha saltam de galho em galho, na Reserva Biológica Bosque Nuboso de Monteverde.
Ancião Juvenil
Don Juan, proprietário de uma fazenda cafeeira de Monteverde.
Lianas
Lianas balançam ao vento, junto à entrada da Reserva Biológica Bosque Nuboso de Monteverde.
Quetzal
Um quetzal repousa sobre um tronco musgoso da Reserva Biológica Bosque Nuboso de Monteverde.
Ocaso sobre o Pacífico
Ocaso doura o panorama do lado Pacífico da Costa Rica.
Tarântula
Espécime exuberante de tarântula, uma espécie abundante na Costa Rica.
Veios da Floresta
Árvores musgosa fortemente irrigada pela humidade constante da floresta no cimo da Cordilheira de Tilaran.
Bromélia
Bromélia resplandecente desponta de um tronco da Reserva Biológica Bosque Nuboso de Monteverde.
Bicho-pau
Um dos insectos mais excêntricos presentes na Costa Rica.
Ocaso
Visitantes de Monteverde fotografam o pôr-do-sol exuberante sobre o lado Pacífico da Costa Rica.
Degrau a Degrau
Caminhantes descem um dos muitos trilhos da Reserva Biológica Bosque Nuboso de Monteverde.
Desiludidos com a propensão militar dos E.U.A., um grupo de 44 Quakers migrou para a Costa Rica, nação que havia abolido o exército. Agricultores, criadores de gado, tornaram-se conservacionistas. Viabilizaram um dos redutos naturais mais reverenciados da América Central.

A viagem a partir do sopé oeste do vulcão Arenal teria levado metade do tempo não fosse a selva que se estende para sul da montanha, por centenas de quilómetros da província de Alajuela.

Até hoje, o asfalto está por a tocar. A existirem, as estradas de terra batida mal se percebem no mapa.

É a razão porque inauguramos a jornada pelo norte do lago, aos esses e aos altos e baixos a que o relevo das margens nos sujeitava.

A ruralidade dos cenários intensifica-se, aqui e ali, entrecortada por povoações desfasadas da modernidade.

Detidos numa operação stop, a conduzirmos de sorvete a derreter nas mãos, sentimos o quanto se acanhava a jovem agente por se confrontar com forasteiros sabe-se lá de onde. “Sigan, sigan!” despacha-nos em três tempos, ao verificar o exotismo dos passaportes.

Continuamos a ondular pelos prados ora verdejantes ora secos, dourados pela iminência do ocaso.

Cruzamo-nos com camponeses sobre grandes tractores e com os vaqueiros da Costa Rica, os seus pitorescos sabaneros.

À medida que nos acercamos de Santa Elena – a povoação que precedia o destino final – aproximamo-nos também do imaginário da era dos seus colonos pioneiros.

O Abandono dos Estados Unidos Militaristas

Na viragem para a segunda metade do século XX, viviam na região umas poucas famílias. Longe de o puderem supor, em 1950, receberam a companhia de um grupo de Quakers.

Durante a década de 40, confrontados com o alastrar da 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos desenvolveram a sua indústria bélica a um nível inaudito.

Contra a sua vontade, forçaram os homens Quaker ao serviço militar, aprisionando, inclusive, alguns dos que o recusavam.

Como resultado, num encontro no Alabama, uma comunidade de 44 elementos de uma povoação denominada Fairhope deliberou que, como objectores de consciência, deveriam abandonar os E.U.A.

Por essa altura, tinham-se inteirado, via imprensa, de que o Presidente da Costa Rica convidava estrangeiros motivados a desenvolverem o país, atractivo a dobrar para os Quakers, se tivermos em conta que a Costa Rica abdicara do seu exército.

Após seis meses a viverem na capital San José, em prospecção de um lugar para se instalarem, descobriram a zona de Santa Elena e do Cerro Plano, a mesma por que continuávamos a ziguezaguear, às tantas, por estradas cobertas de lama seca e avermelhada, disseminada por enxurradas.

Monteverde, o Refúgio Pacifista em que se Instalaram os Quakers do Alabama

Dos sucessivos altos e baixos, passamos a subir à séria. Mais e mais, para os 1400m de altitude de Monteverde, rumo às terras que os Quakers adquiriram acima das dos proprietários pioneiros, algumas, a eles compradas.

Os Amigos retalharam em redor de 1400 hectares em quintas familiares, ligadas por propriedades comunitárias, casos da escola, da Casa de Reunião (erguida em 1957) e de uma fábrica de queijos em que investiram.

Muitos deles não eram sequer agricultores no Alabama. Ainda assim, os seus esforços solidários asseguraram-lhes um ansiado sucesso.

Monteverde, Costa Rica, quakers, Reserva Biológica Bosque Nuboso, Don Juan

Don Juan, proprietário de uma fazenda cafeeira de Monteverde.

Não se ficaram por aí.

Estradas 606 e 620 acima, cruzamos Santa Elena.

Logo, ascendemos a Monteverde, hoje, uma povoação enfiada num vale profundo, com um casario pouco elegante que, justificado sobretudo pelo vigor do turismo, se expande pelas encostas envolventes.

A Monteverde Excêntrica dos Nossos Dias

Instalamo-nos num hotel cercado de floresta. Lá nos observam tucanos, motmots (no Brasil, udus), colibris e tantas outras aves.

Visitam-nos ainda mapaches, guaxinins determinados que, à hora do pequeno-almoço percorrem os terraços e varandas atraídos pelos distintos aromas.

Da nossa varanda, de outras partes da povoação, inteiramo-nos da peculiaridade orológica e meteorológica de Monteverde, de Santa Elena e da zona entre ambas.

Instalamo-nos numa esplanada humilde. Saboreamos mais um casado, o prato nacional da Costa Rica, composto de arroz, feijão, banana assada ou tostones, neste caso, banana em fatias fritas.

Durante o repasto, apreciamos como caravanas de nuvens fluíam a grande velocidade pela crista da Cordilheira de Tilaran e como, a espaços, as rajadas de vento se apoderavam das suas gotas e, malgrado a distância, nos borrifavam.

Cordilheira de Tilaran e a Crista que Separa as Caraíbas do Pacífico da Costa Rica

Percebemos, melhor, que estávamos a oeste e um pouco abaixo dessa mesma crista que, na prática, ali separa o lado caribenho da Costa Rica, do Pacífico.

Testemunhamos como as montanhas de Tiraran retinham os ventos húmidos soprados do Atlântico, transformados em tempestades ciclónicas ou em mera chuva.

À chegada da comunidade Quaker, já esse padrão meteorológico se provara determinante.

De tal maneira que, apesar de arrasarem vastas áreas de vegetação para pastos e cultivo, os Quakers compreenderam que deviam preservar a floresta nos cumes da cordilheira.

Era de lá que os cursos de água que usavam nas suas propriedades e casas fluíam para o rio Guacimal. Não se podiam dar ao luxo de os perder.

Watershed Property: a Reserva Quaker precursora das Reservas Costarriquenhas

De acordo, estabeleceram que cerca de um terço (554 hectares), dos que haviam adquirido, integrariam uma tal de Watershed Property, à época, uma das primeiras reservas das muitas actuais da Costa Rica de que o PN Manuel António é a menor mas uma das mais reputadas

A Watershed Property e a crista de Tilaran daquelas partes viriam a revestir-se de interesse adicional.

Decididos a irmos directo ao que mais interessava em Monteverde, na manhã seguinte, damos entrada na sua Reserva Biológica Bosque Nuboso. Lá nos recebe Juan Ramón Cano Corrales, um jovem guia.

Até quase à recepção, o tempo mantém-se estável. Quando nos internamos e subimos a encosta, intensificam-se a ventania e a chuvada que tínhamos constatado à distância.

Incursão na Reserva Biológica Bosque Nuboso de Monteverde

À conversa, embrenhamo-nos na floresta de chuva, enevoada, repleta de musgos ensopados, de lianas balouçantes e das raízes exuberantes com que as enormes figueira-da-índia e outras árvores gigantescas se agarravam ao solo saturado.

Detemo-nos num dos varandins instalados nos lugares em que se revela com frequência a ave estrela da reserva, uma das mais procuradas da Costa Rica.

Experiente nessa missão, Juan Ramon avista e revela-nos um quetzal, de plumagem exuberante e bico quase todo coberto pelas penas fartas. Fotografamo-lo, até mesmo a sacudir a água que sobre ele se acumulava.

Em seguida, prosseguimos para o Mirador da Ventana em que desembocava o trilho, em dias de bonança, revelador da vastidão da cordilheira a oriente, do vulcão Arenal e até dos contornos do Mar das Caraíbas.

Pelo caminho, passamos sob um gangue curioso de macacos-aranha que saltavam de galho em galho numa das suas abundantes rotas arbóreas.

Cruzamo-nos com mariquitas-de-crista-vermelha que nos acompanharam os passos por dezenas de metros a fio, a razão porque os ticos tratam a espécie por Amigo del Hombre.

Chegados à tal ventana destino final, tal como esperado, o panorama resume-se a névoa. Conversa puxa conversa, Juan Ramón surpreende-se com o nosso interesse com os colonos antepassados.

Explica-nos tudo o que pode sobre os quakeros, inclusive, a preponderância que tiveram na sua adorada profissão.

Da Watershed Property ao Conservacionismo de Monteverde

A partir de 1960, incitados pela presença de moradores anglófonos e pela riqueza biológica da Serra de Tilaran e da Costa Rica, afluíram a Monteverde biólogos e outros cientistas, apostados em avistarem espécies raras, exóticas ou simplesmente procuradas, casos do quetzal e do sapo-dourado.

Anos mais tarde, instalaram-se, em Monteverde, George e Harriett Powell, estudantes de biologia e conservacionistas.

O casal apercebeu-se da rapidez com que, malgrado o estabelecimento da Watershed Property, a floresta em redor desaparecia.

Harriett e George começaram a angariar dinheiro nos E.U.A., em parceria com uma organização de pesquisa científica de San José e até com World Wide Fund for Nature.

Tinham como objectivo comprarem o que restava da floresta, antes que os colonos a pudessem cortar.

Desse e doutros esforços, resultou uma nova reserva de 328 hectares.

Os Powell e o Quaker tornado conservacionista Wolf Guindon apostaram em sensibilizar e envolver a comunidade Quaker e outros agentes governamentais e privados.

Quando o conseguiram, a reserva aumentou de forma substancial. Hoje extravasa e muito a Reserva Biológica Bosque Nuboso que calcorreávamos.

 

Com cerca de 22.500 hectares, a tal vastidão que lograram proteger recebeu o nome de Bosque Eterno de Los Niños.

É, nem mais nem menos, que a grande floresta tropical intocada que nos obrigou a circundar o lago Arenal.

Artigo realizado com o apoio de:

JUMBO CAR COSTA RICA

https://en.jumbocar-costarica.com/?utm_source=got2globe

Código JUMBOCOSTARICA =  -10% em todas as reservas, até 31-12-2022

PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Miravalles, Costa Rica

O Vulcão que Miravalles

Com 2023 metros, o Miravalles destaca-se no norte da Costa Rica, bem acima de uma cordilheira de pares que inclui o La Giganta, o Tenório, Espiritu Santo, o Santa Maria, o Rincón de La Vieja e o Orosi. Inactivo no que diz respeito a erupções, alimenta um campo geotermal prolífico que amorna as vidas dos costarriquenhos à sua sombra.
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Montezuma, Costa Rica

De Volta aos Braços Tropicais de Montezuma

Passaram 18 anos desde que nos deslumbrámos com este que é um dos litorais abençoados da Costa Rica. Há apenas dois meses, reencontrámo-lo. Tão aconchegante como o  tínhamos conhecido.
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Sirocco, Arabia, Helsinquia
Arquitectura & Design
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Luderitz, Namibia
Cidades
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Cultura
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Em Viagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Étnico
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

A Casa Oswald Hoffman, património arquitectónico de Inhambane.
História
Inhambane, Moçambique

A Capital Vigente de uma Terra de Boa Gente

Ficou para a história que um acolhimento generoso assim fez Vasco da Gama elogiar a região. De 1731 em diante, os portugueses desenvolveram Inhambane, até 1975, ano em que a legaram aos moçambicanos. A cidade mantém-se o cerne urbano e histórico de uma das províncias mais reverenciadas de Moçambique.
Brava ilha Cabo Verde, Macaronésia
Ilhas
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Natureza
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Parques Naturais
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Património Mundial UNESCO
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Insólito Balnear
Praias

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Madu River: dono de um Fish SPA, com os pés dentro do viveiro de peixes-doutores
Religião
Rio e Lagoa Madu, Sri Lanka

No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Vida Selvagem
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.