Um dos vários aviões instalados em redor do PN Manuel António para servir de alojamento ou bar.
Tombolo e Punta Catedral
O istmo tombolo que liga a costa à Ponta Catedral.
Playa Manuel António
A sempre luxuriante playa Manuel António.
Recreio Cetáceo
Baleia volta a submergir, ao largo do PN Manuel António.
Casal em festa
Passageiros de um catamarã admiram o oceano Pacífico ao largo do PN Manuel António.
Fragatas
Fragatas partilham o cimo de um ilhéu ao largo da Playa Espadilla.
Guia em acção
Guia do PN Manuel António foca um dos muitos animais do parque.
Amanhecer Preguiçoso
Preguiça move-se ao longo de uma árvore do PN Manuel António.
Voo de Pelicanos
Pelicanos voam a grande altitude, sobre o PN Manuel António.
Ilhéu de Espadilla
Banhistas divertem-se junto a um ilhéu ao largo da Playa Espadilla Sur.
Macaco-capuchinho
Macaco de cara-branca convive com os banhistas da Playa Manuel António.
Passos arriscados
Banhista caminha sobre o recife da Praia Manuel António.
Tempo de Leitura
Banhista lê sobre o areal da Playa Espadilla Sur.
Enseada junto à Punta Catedral
Enseada na continuação da Playa Manuel António.
Ocaso sobre oceano Pacífico
Passageiros de catamarã admiram o ocaso longínquo, sobre o Oceano Pacífico.
Pouso dos Pelicanos
Pelicanos partilham uma árvore sobre um rochedo da Playa Espadilla Sur.
Recanto da Playa Espadilla
Banhistas à sombra de um canto da Playa Espadilla, a mais longa do PN Manuel António.
Trio do Miradouro
Amigos apreciam a vista a partir de um miradouro sobre a Praia Manuel António.
Lancha ao Ocaso
Lancha regressa a Quepos, com rumo entre o Ocaso e o Oriente.
São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Texto: Marco C. Pereira
Imagens: Marco C. Pereira-Sara Wong
Tinham passado não tarda duas décadas desde a primeira vez que viajámos pela Costa Rica.
“Olhem que não é como aqui” afiançam-nos Glen e Rose Marie, um casal de norte-americanos que vivem parte do ano em Montezuma, onde os conhecemos. “Nós estivemos um bom tempo à procura de casa por lá. Era tudo demasiado caro. Além disso, quanto mais procurávamos mais percebíamos o quão desenvolvido e urbanizado se estava a tornar.”
Já por altura dessa tal nossa viagem inaugural por terras ticas, o PN Manuel António se revelava o destino incontornável mas discutível que é hoje.
Desde Quepos – a cidade que lhe serve de portal, até à península em forma de cauda de baleia porque se estende o parque – sucediam-se e sucedem-se uma miríade de lodges, resorts, bares, agências de tours e de outros negócios quase todos dedicados a acolher e a servir as hordas de visitantes que chegam, sobretudo, da América do Norte e da Europa.
Entre o Natal e a Passagem d’Ano de 2020, pelo motivo mais que óbvio da pandemia Covid 19, os estrangeiros faziam grande falta.
Em jeito de compensação, por esses dias, os ticos afluíam ao parque e as praias em redor em massa.
À Porta do Sempre Concorrido Parque Nacional Manuel António
Instalamo-nos paredes meias com o parque. Sempre que nos levantamos, damos com uma fila crescente, com início no pórtico e que se estendia para a direita da La Posada and Jungle que nos acolhia.
Mesmo controladas pelo SINAC, o Sistema Nacional de Áreas de Conservação costarriquenho, as sucessivas lotações esgotadas ditaram que adiássemos o ingresso.
Assim, damos prioridade ao manguezal pejado de animais que envolve a ilha de Damas, em pleno estuário do rio Cotos. E calcorreamos as praias exteriores, com destaque para a longa e concorrida Espadilla, repleta de veraneantes determinados a tornarem memoráveis as derradeiras férias do ano.
Entregues a piqueniques balneares, a conversas animadas e às distintas actividades radicais e marinhas que os operadores locais lhes impingem.
Na sua ponta sudeste, a praia Espadilla faz fronteira com o tombolo destas partes.
Trata-se de uma língua de areia formada por acumulação das correntes. Além de selva, encerram-na um castro natural de rochas, uma pequena lagoa alimentada por um riacho e uma desencorajadora barreira de vegetação tropical.
Nesse recanto verdejante e sombrio, encontramos uma comunidade à margem que usufrui, em simultâneo, de um isolamento privilegiado e da energia revigorante do lugar.
A espaços, visitam-nos vendedores de granizados e de petiscos.
Já sobre a rebentação, uns poucos curiosos aventureiros trepam rochas acima apostados a passarem para o prolongamento sul da playa Espadilla, já parte íntegra do PN Manuel António e, como tal, supostamente a salvo de tais intromissões.
Chegamos a 2ª feira, o dia em que o parque fecha para descanso da Natureza e trabalhos de manutenção e recuperação dos trilhos e infraestruturas.
Por Fim, de Entrada na Selva Exuberante do PN Manuel António
Já fartos de esperar, 3ª feira, o mais cedo que conseguimos, concretizamos a entrada.
Nuns breves instantes, deslumbramo-nos com o que faz o PN Manuel António valer a pena apesar da civilização excessiva que o cerca.
Recebemos instruções para nos juntarmos ao grupo guiado por Sylvia van Baekel, uma holandesa radicada na Costa Rica havia dezasseis anos.
No frenesim do acesso, fazemos confusão e juntamo-nos ao de uma outra guia. Pouco importava. Os guias do PN Manuel António têm o bom hábito de partilharem entre eles os achados de cada qual.
De acordo, quando, por fim, Sylvia nos vê passar e nos reclama para o seu núcleo de seguidores, numas poucas centenas de metros de trilho, já tínhamos avistado e apreciado duas preguiças, um lagarto basilisco e um bando esquivo de macacos-uivadores.
Preguiça move-se ao longo de uma árvore do PN Manuel António.
Ainda só estávamos a começar.
O PN Manuel António é de facto diminuto. Abrange uma área de 16 km2, enquanto o PN Corcovado que exploraríamos uns dias depois, contempla 425 km2.
PN Manuel António. Diminuto mas Exuberante e Pejado de Animais
Na sua aparente insignificância, o Manuel António concentra boa parte das espécies selvagens características da Costa Rica: três espécies de macacos, o uivador, o capuchinho e o macaco-aranha e, de um total de 109 espécies de mamíferos, acolhe ainda coatis, pecaris, tatus e, ao largo, golfinhos e baleias.
Entre as 184 espécies de aves encontramos tucanos, pica-paus, periquitos, distintos falcões e abutres-de-cabeça-vermelha. Répteis, vimos iguanas e cobras.
O final do trilho El Perezoso Vehicular passa por um bar/restaurante com a sua esplanada. Aí mesmo, enquanto nos sentamos a compensar a falta já problemática de pequeno-almoço, detectamos duas preguiças nas copas de árvores logo acima.
Daí, em direcção ao mar, o trilho conduz à entrada do tombolo bem sinalizado por uma bandeira da Costa Rica esvoaçante e por uma torre de observação sobranceira face à selva.
A comunidade de guias do parque está habituada a aí libertar os seus grupos e a pôr a conversa em dia sobre a fauna encontrada e restantes temas em voga. Quem recebe a ordem de soltura, depressa se vê numa espécie de éden costarriquenho.
Uns poucos passos levam-nos da sombra abafada da selva ao areal branco e curvo da Playa Manuel António a leste.
Mesmo apenas acessível pelo parque, com um bilhete que pode ser considerado dispendioso, também esta enseada de vegetação luxuriante e mar suave acolhe mais gente do que esperávamos.
Nem a relativa sobrelotação lhe diminui a beleza verdejante, ainda mais valiosa, se tivermos em conta que o PN Manuel António foi estabelecido, em 1972, pelo governo, como resolução de um conflito duradouro.
A Disputa que Suscitou o Estabelecimento do PN Manuel António
A contenda emergiu quando, na vigência da United Fruit Company e seus bananais, Noel Thomas Langham adquiriu a área entre as praias Espadilla Sur e Manuel António e lá decidiu instalar um portão que impedia o acesso às areias que, por essa altura, os visitantes da capital San José se tinham habituado a frequentar.
Intimidado pela inesperada oposição, Langham vendeu a propriedade a Arthur Aimé Bergeron, um franco-canadiano naturalizado estadounidense. Este, recuperou a posição de Langham, de uma forma ainda mais intransigente.
Aos visitantes de San José, juntaram-se os jovens de Quepos, também eles adoradores das praias em disputa, unidos num núcleo de contestação e justiça social entretanto denominado Grupo Pro-Parque, de acordo com a ideia recém-florescida de que aquele litoral se deveria tornar um parque estatal.
Arthur Aimé Bergeron alimentava um sonho de ali criar um polo turístico que o enriquecesse. De acordo, vedou as terras e defendeu-as com cães agressivos.
Inconformados, os jovens de Quepos, destruíram tudo o que lhes impedia a passagem. Por esse crime, alguns deles foram encarcerados. Ora, sabe-se que o líder do movimento de contestação se chamava Manuel António Ramirez Muñoz (1940-1998) mais conhecido como Balu, descendente de uma das famílias pioneiras da zona do parque, chegada em 1948, em plena vigência da United Fruit Company. A própria municipalidad de Quepos ratificou o papel de Balu. Homenageou-o com um busto.
No entretanto, as autoridades mostraram-se sensíveis às razões dos ticos de Quepos e San José. Algum tempo depois, quando viram recusado por Bergeron um encontro de mediação, decidiram-se a expropriar a propriedade e a transformá-la no desejado parque nacional.
Do Inusitado Tombolo à Ponta Catedral
Continuamos a percorre-lo, pela beira mar, até à ponta esquerda da cauda de baleia que encerra o tombolo. Por aqueles lados, um casal entretém-se com selfies e mais selfies produzidas num equilíbrio frágil sobre o topo de um rochedo isolado.
Outros banhistas fazem-se à escadaria que, num período de normalidade, dá início ao trilho para a Ponta Catedral, há milénios atrás, uma ilha que o assoreamento uniu à península em frente.
Só que pouco passou da época das chuvas da Costa Rica. À imagem do que fez em boa parte da América Central, o furacão ETA causou danos em várias zonas da costa do Pacífico incluindo nos trilhos, miradouros e passadiços, antes, quase obrigatórios desta secção do parque.
Por altura da nossa visita, sobravam esses mesmos degraus de madeira para o miradouro inaugural do percurso.
Na sua base, um bando de macacos-capuchinhos, os mais rufias da Costa Rica, abordavam os banhistas em busca de ofertas.
Foto para cá, foto para lá, um membro do seu gang identifica uma mochila descuidada. Num ápice, some-se com ela para a ramagem de uma árvore. Só a volta a atirar para baixo, após revistar o interior e concluir que não continha guloseimas de humanos.
Do miradouro, apreciamos a baía para oriente do tombolo e a densidade da floresta tropical que lhe serve de fundo. De regresso ao areal, cruzamos o âmago de selva para o areal mais aberto, longo e vago da praia Espadilla Sur, com vista para a Espadilla principal, para a floresta contígua e para a civilização que a salpica, suscitada pela fama extrapolada, mais que justificada do Parque Nacional Manuel António.
Passageiros de catamarã admiram o ocaso longínquo, sobre o Oceano Pacífico.
Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
Com 2023 metros, o Miravalles destaca-se no norte da Costa Rica, bem acima de uma cordilheira de pares que inclui o La Giganta, o Tenório, Espiritu Santo, o Santa Maria, o Rincón de La Vieja e o Orosi. Inactivo no que diz respeito a erupções, alimenta um campo geotermal prolífico que amorna as vidas dos costarriquenhos à sua sombra.
Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia. Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.
Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir
Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.
Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.