Seul, Coreia do Sul

Um Vislumbre da Coreia Medieval


Manobras a cores
Soldados reais do Palácio de Gyeongbokgung desfilam com armas e estandartes numa das cerimónias de render da guarda.
Linhas medievais coreanas
Sequência de telhados de edifícios do Palácio de Gyeongbokgung.
A salvo do frio
Guarda real aguenta o seu turno num uniforme medieval felpudo adaptado ao frio intenso do Inverno de Seul.
Blues’ Asia
Monumento aos Blues Brothers numa rua da capital sul-coreana.
Em formação
Militares em trajes medievais nos seus postos de guarda, à entrada do Palácio de Gyeongbokgung.
Em Seul, by night
Transeunte atravessa um mercado nocturno de Seul.
Vento inconveniente
Estandarte cobre a face de um dos guardas a postos no Palácio de Gyeongbokgung.
Um abrigo a jeito
Pequeno bar improvisado numa rua fria de Seul.
Em pleno Inverno asiático
Um dos lagos gelados no interior do Palácio de Gyeongbokgung.
Um kiwi entre sul-coreanos
Paul Parsons e amigos durante uma das aulas de equitação que o professor de inglês neozelandês costuma frequentar.
Às voltas na cidade
Moradores de Seul divertem-se a deslizar numa pista de patinagem no gelo.
Invasão fotográfica
Sul-Coreana faz-se fotografar junto aos militares da guarda-real do Palácio de Gyeongbokgung.
O Palácio de Gyeongbokgung resiste protegido por guardiães em trajes sedosos. Em conjunto, formam um símbolo da identidade sul-coreana. Sem o esperarmos, acabamos por nos ver na era imperial destas paragens asiáticas.

Quanto mais caminhamos pelos túneis do metro e falamos em inglês com o último dos expatriados que conhecemos em Seul mais nos custa a crer no surrealismo da conversa. 

“The kids there in my school just love snakes!” “Snakes, really? Are you sure?” tentamos confirmar, abismados. Pouco, depois, o interlocutor pergunta-nos: “Do any of you guys have a pin by chance?”

A pin?” voltámos a perguntar sem perceber para que raio iria querer um pin naquele momento… e os mal-entendidos continuariam pelo fim de tarde fora. Foi preciso mais algum tempo para que nos inteirássemos por completo do que se passava.

Paul Parsons era um jovem neozelandês de face ruborizada pelo frio e olhos azuis fugidios. Fora contratado por uma escola de Seul para dar aulas de inglês a crianças.

O problema começava no seu forte sotaque kiwi da zona da cidade Art Deco de Napier que transformava meros snacks em snakes, pen em pin bem como outras incontáveis mutações tóxicas à inteligibilidade.

Ao confrontar-se com este sério obstáculo aos objectivos do estabelecimento de ensino, o director pediu-lhe para falar inglês dos States em vez do seu kiwi.

Paul recusou-se porque, quando o contrataram, sabiam que ele provinha da Nova Zelândia e não dos “States“. Vimo-nos tão vítimas da sua integridade como os pequenos coreanos seus pupilos mas, aos poucos, lá nos entendemos. Acabámos por confraternizar bem mais do que pensámos possível.

O rechonchudo cantor Psy feito milionário pelo YouTube tornou a febre do bairro de Gangnam pela equitação e requintes afins globalmente famosa.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, aulas equitação

Paul Parsons e amigos durante uma das aulas de equitação que o professor de inglês neozelandês costuma frequentar.

Paul Parsons mostrou-nos como, pelo menos a vertente equina, se tinha disseminado a várias outras partes da cidade e levou-nos a participar em aulas particulares de que um professor seu amigo estava encarregue num picadeiro com visual suburbano.

Damos umas voltas a passo, depois a trote que fizeram aumentar o bafo dos animais condensado pelas temperaturas siberianas que já se faziam sentir debaixo do céu azul sobre a península coreana.

A alvorada seguinte trouxe uma atmosfera igual, talvez ainda mais fria. Deixámo-nos dormir por duas horas extra e a Paul Parsons muito mais. O anfitrião de Couchsurfing tinha chegado já de dia da farra com os amigos.

Ressacado, nem a equitação dessa manhã nem repetir o programa de assistir ao render da guarda real só para nos fazer companhia lhe passavam pela cabeça palpitante.

Por volta das 8h 40, saímos para o gelo cruel do Inverno coreano precoce determinados em espreitar o complexo de palácios Ch’ angdokkgung.

Em particular, o Palácio de Gyeongbokgung, considerado o mais imponente da Coreia do Sul, o mais sumptuoso dos cinco mandados construir pelos monarcas da dinastia Joseon que lideraram a nação do fim do século XIV ao final do XIX.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Telhados

Sequência de telhados de edifícios do Palácio de Gyeongbokgung.

Chegámos junto à entrada principal do complexo e deparámo-nos com umas poucas dezenas de pessoas à espera. Juntámo-nos ao grupo. Passados alguns minutos, começou a soar uma música oriental antiga.

Em simultâneo, militares coloridos de uma outra era contornaram a esquina do palácio e vieram na nossa direcção afastando-se da vertente granítica do Monte Bugak.

Trajavam longos quimonos acetinados vermelhos ou em diferentes tons de azuis, todos eles com pescoceiras de pelo felpudas que protegiam a nuca e parte considerável da face do frio cada vez mais acentuado.

A completar a indumentária, cada um dos guardiães tinha ainda um colar de contas e um capacete em forma de chapéu feito numa espécie de verga fina em que iam espetadas penas decorativas de pavão e outras aves.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, agasalho

Guarda real aguenta o seu turno num uniforme medieval felpudo adaptado ao frio intenso do Inverno de Seul.

Vários deles, seguravam bandeiras e estandartes tão ou mais coloridos que os seus trajes, alguns, espadas, outros, escudos e armas com longos cabos e lâminas recortadas, similares às glaives medievais europeias.

Outros ainda eram arqueiros. Além dos arcos nas mãos, transportavam conjuntos de grandes flechas às costas.

Enquanto a música se desenrolou, os intervenientes levaram a cabo uma coreografia simples que os fez alinhar de forma pomposa com as bandeiras ao vento, primeiro de frente para o portal principal do palácio, logo com o palácio pelas costas. Então, alguns recolheram para o seu interior.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Manobras a cores

Soldados reais do Palácio de Gyeongbokgung desfilam com armas e estandartes numa das cerimónias de render da guarda.

Deixaram os contemplados com turnos de vigia numa guarda congelada em posições chave do pórtico para gáudio da pequena multidão de espectadores que aproveitou para com eles se fotografar, sob a arquitectura elegante das muralhas e entradas inaugurais do palácio.

Já tínhamos assistido a inúmeras cerimónias de render da guarda e de içar e recolher da bandeira em diversos países.

Estandarte cobre a face de um dos guardas a postos no Palácio de Gyeongbokgung.

Até então, nenhuma nos tinha impressionado tanto pela beleza dos trajes e realismo da reencenação como aquela. E nem os prédios modernos que se opunham ao Palácio de Gyeongbokgung pareciam prejudicar a subtileza de época conseguida.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Em formação

Militares em trajes medievais nos seus postos de guarda, à entrada do Palácio de Gyeongbokgung.

Os sul-coreanos têm boas razões para se esforçarem nesta tarefa. Foi a emergência da dinastia Joseon que lhes concedeu períodos de estabilidade, de paz e de identidade e soberania nacional bem mais longos que aqueles a que estavam habituados.

Quebrou os cenários antes prevalecentes de ingerência ou domínio da China e do Japão, os nipónicos sempre atrozes, em particular o de 1910 a 1945 em que, com o pretexto de organizarem uma exposição, os japoneses arrasaram por uma segunda vez o palácio de Gyeongbokgung.

Seguiu-se a Guerra da Coreia que terminou com a divisão do país em Coreia do Norte e Coreia do Sul e a absoluta polarização destas nações em termos de integração na comunidade mundial e de desenvolvimento.

É o reconhecimento pela sua identidade histórica e nacional e pela herança de modernidade generalizada que a Coreia do Sul celebra tanto com o Gyeongbokgung mais uma vez reconstruído como com a sua glamorosa e festiva guarda.

Passámos pelos soldados medievais e entrámos no vasto domínio que o palácio voltou a ocupar. Durante horas a fio, explorámos os incontáveis pavilhões, jardins, pontes e lagos gelados.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, lago gelado

Um dos lagos gelados no interior do Palácio de Gyeongbokgung.

Ao fim da tarde, voltámos à Seul dos nossos dias, sem sinal de Paul que continuava a debater-se com o abuso da noite anterior.

Investigámos o mercado nocturno, atarefado e colorido ao jeito da Korea Town 100% genuína que era. Detivemo-nos num ringue de patinagem e demos umas voltas meio deslizantes meio atabalhoadas mas, mais que saturados de frio, não tardámos a fartar-nos.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, patinagem gelo

Moradores de Seul divertem-se a deslizar numa pista de patinagem no gelo.

Refugiámo-nos no aconchego de um restaurante do centro e na gastronomia coreana.

Experimentámos uma espécie de mini-pizzas feitas com vegetais super picantes e, à parte, uma dose algo mais suave de kimchi. “Com essa combinação, vão ficar imunes a vírus para o Inverno todo!” atirou a empregada de mesa num inglês muito mais perceptível que o do nosso amigo neozelandês. “Não me levem a mal se vos aconselhar dong dong ju para acompanhar.

É um vinho de arroz adocicado tradicional. Vão gostar. Mas atenção! É suave mas muito forte!”

Terminámos a refeição e de novo reconfortados e anestesiados para o frio, deambulámos um pouco mais pelas ruas em redor.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Blues' Asia

Monumento aos Blues Brothers numa rua da capital sul-coreana.

No regresso a casa, Paul Parsons obrigou-nos a ver um seu projecto universitário rodado em vídeo de 20 mm, uma história de terror com um gato e quatro colegas.

O filme permitiu-nos, acima de tudo, constatar que o seu sotaque era terrivelmente mais cerrado que o dos seus conterrâneos.

Na manhã seguinte, também chegámos à conclusão que estávamos demasiado saturados das temperaturas cada vez mais negativas sabendo que tínhamos para cima de 30º à espera no hemisfério sul.

Metemo-nos num avião. Numas poucas horas, mudámo-nos para o Verão australiano.

DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
A Crucificação em Helsínquia
Cerimónias e Festividades
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Cidades
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
O projeccionista
Cultura
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Sal Muito Grosso
Em Viagem
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Étnico
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

tarsio, bohol, filipinas, do outro mundo
História
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Teleférico Achadas da Cruz à Quebrada Nova, Ilha da Madeira, Portugal
Ilhas
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
luz solar fotografia, sol, luzes
Natureza
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Parques Naturais
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Egipto Ptolomaico, Edfu a Kom Ombo, Nilo acima, guia explica hieróglifos
Património Mundial UNESCO
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Praias
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Religião
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Sociedade
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Vida Selvagem
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.