Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval


Vendedor ancião
Dono de uma pequena loja de rolos fotográficos contempla e saúda os transeuntes com grande alegria
Loja dos chapeus
Artesã finaliza chapéus tradicionais nipónicos.
Manjus
Pasteis tradicionais acabados de confeccionar numa pastelaria de Tsumago.
Fabrico de Manjus
Pasteleira mostra pasteis manju acabados de fazer.
Sapataria Japonesa
Calçado tradicional japonês exposto numa loja de Magome.
Tem correio
Carteiro entrega correspondência a um morador de Magome.
O Carteiro
Carteiro em trajes típicos, junto a um marco de correio de Magome.
Cascata
Pequena queda d'água de um riacho atravessando pelo trilho do Nakasendo
Colegas
Vendedoras partilham o espaço exíguo de uma loja.
De Entrada
Visitante entra numa sala de uma casa-museu de Tsumago.
Diospiros suspensos
Dióspiros amadurecem pendurados em suportes de palha pendurados do beiral de uma loja, em Tsumago.
Pausa para Gelados
Família repõe energias junto a uma gelataria de Tsumago.
Pedra de Lei
Marcos seculares assinalam a lei do shogunato Tokugawa para o uso do Nakasendo à saída de Magome.
Tsumago quase noite
O trecho do Nakasendo que atravessa Tsumago quase deserto ao anoitecer.
Acolhimento nipónico
Empregada à porta de uma loja de Magome.
Multidão
Visitantes nipónicos percorrem a rua histórica de Tsumago, antiga 42a estação do Nakasendo.
A Estrada Medieval
Casal passa num cenário de Magome preenchido por árvores nipónicas.
Almoçaradas
Comensais japoneses num restaurante tradicional de Tsumago.
A Serrania
As montanhas que fecham o vale de Kiso.
Frutos Secos
Empregada de uma loja de frutos secos e guloseimas nipónicas mostra uma taça com algumas nozes.
Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.

É noite cerrada quando o motorista do autocarro nos aponta para o começo do desvio para o ryokan Magomechaya.

Sentimos o frio de rachar do exterior. Aquele retalho de Japão campestre mantinha-se no passado. Carecia de uma solução tecnológica que nos ajudasse a vencer a longa rampa por diante. Conformados, carregamos as mochilas mais pesadas contra a gravidade. Até as pernas nos ferverem e o suor nos percorrer as faces ruborizadas.

Recuperamos o fôlego quando entramos na recepção do edifício antigo. Acompanha-nos um canadiano de origem nipónica prestável. Malgrado a fragilidade do momento, pouco ou nada poupa o seu. Em vez, transmite-nos informação em catadupa sobre a cultura dos ancestrais.

Quando por fim conseguimos algum recobro, percebemos que devíamos ser os únicos hóspedes daquela pousada tradicional. Rendemo-nos ao conforto dos futons acabados de desenrolar e a um sono revigorante.

Despertar Madrugador e a rua de Magome Só para Nós

Acordamos às 7 da manhã. Sentimo-nos rejuvenescidos e prontos para o sábado invernal mas solarengo. Saímos de pequeno-almoço japonês tomado, curiosos pela novidade do que nos cercava.

Não vemos vivalma na rua íngreme e de visual medieval. Percorremo-la para cima e para baixo, tantas vezes e com tal intriga que depressa precisamos de restabelecer energias numa espécie de taverna histórica.

Lá nos sentamos a devorar pastéis manju ainda fumegantes, acompanhados de chá com leite.

Pasteis Manju, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Pasteis tradicionais acabados de confeccionar numa pastelaria de Tsumago.

De regresso à descoberta, damos com uma velha azenha bem preservada e a rodar em pleno.

Subimos nova escadaria. Desperta-nos a atenção uma tábua de madeira que exibe as regras e penalizações ditadas pelo xogunato Tokugawa e pelos daimyos (líderes feudais) para uso das estações que compunham a via e as terras em redor.

Entre as várias, destaca-se a pena dada a quem cortasse um só que fosse dos ciprestes da região, necessários para construção dos castelos dos governantes: a morte.

O Velho Caminho Nakasendo Entre Edo e Quioto. Ou Vice-Versa.

O caminho Nakasendo tinha início em Edo. Atravessava as cordilheiras centrais da ilha de Honshu e conduzia a Quioto.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

As montanhas que fecham o vale de Kiso.

Foi apenas uma das vias principais (gokaidos) encomendadas por Tokugawa Ieyasu, o general que, em 1603, na sequência de complexos jogos de guerra, passou a controlar o Japão e viu o seu poder legitimado pelo Imperador que lhe atribuiu o título de xogum (comandante supremo).

Os xogunes estabeleceram 69 estações intermédias do percurso (jukus), em povoações que, além de acolherem os viajantes e os seus cavalos, centralizavam a distribuição da correspondência.

Magome, a povoação pitoresca e antiga em que nos encontrávamos era a 43ª destas estações, na sequência da vizinha Tsumago.

Nem de propósito, quando voltamos a subir a calçada alisada pelas autoridades para maior conforto dos moradores e visitantes, cruzamo-nos com um carteiro em plena entrega.

Carteiro, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Carteiro em trajes típicos, junto a um marco de correio de Magome.

Traja um uniforme fidedigno dessa época e vai munido de uma mala preta de madeira leve, com enormes caracteres kanji que identificam a sua função.

Mais para cima, uma dona de casa lava tubérculos que temos dificuldade em identificar. Enxágua-os com recurso a uma tábua e um balde.

Ainda é cedo. Conseguimos apreciar este e outros episódios da vida real da aldeia, mesmo se é Tsumago e não Magome a mais genuína das duas povoações.

À letra, Magome traduz-se como cesto de cavalo. O nome da povoação popularizou-se porque os viajantes eram obrigados a ali recuperar os seus cavalos antes de enfrentarem a subida íngreme no início do percurso para Tsumago.

A mesma rampa que nos deixara de rastos na noite gélida em que chegámos à povoação.

O Aumentar dos Visitantes. E dos Caminhantes do Nakasendo.

Tinham passado três horas desde o despertar madrugador. Reparamos que o número de visitantes aumentava a olhos vistos. Como o número de clientes nos cafés, doçarias, lojas de artesanato e recordações de ambos os lados da estrada.

Sapataria Japonesa, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Calçado tradicional japonês exposto numa loja de Magome.

A determinada altura, a afluência torna-se avassaladora. Ao ponto de termos dificuldade em caminhar em linha recta e em não pisarmos as centenas de cães de bolso que as senhoras e donzelas japonesas passeiam com trela curta.

Aproveitamos uma paragem num ponto de informação turística para perguntar o que se passava. Contra a sua forte timidez, uma funcionária lá se resolve a recorrer a um inglês básico e explica-nos: “é um fim de semana especial. Fim de semana cultural. Três dias. Muitos japoneses vir aqui”.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Empregada à porta de uma loja de Magome.

Agradecemos o esclarecimento. Logo, constatamos um aviso gráfico bilingue que pede às pessoas para usarem guizos quando percorrerem o trilho florestal entre Magome e Tsumago.

Afiançava o alerta, que era essa a melhor maneira de afugentar os ursos já que os animais só atacavam quando surpreendidos.

Mais que os ursos, era o excesso ameaçador de humanos nipónicos em Magome que nos apoquentava. Mesmo assim, fazemo-nos ao Nakasendo sobre a calçada de pedra redonda ishidatami por que serpenteia por 7.8km até Tsumago.

Acima e abaixo, entre minifúndios verdejantes, ao longo de florestas lúgubres de cedros.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Casal passa num cenário de Magome preenchido por árvores nipónicas.

Paramos apenas para fotografar os cenários mais sedutores. E para colher alguns dos dióspiros irresistíveis que abundam à beira do caminho e em quintais, como por grande parte do Japão, nos meses mais frios do ano.

Atravessamos pontes convenientes em redor de quedas d’água e sobre riachos, estruturas anciãs que justificaram, em tempos, uma histórica preferência das mulheres nipónicas pelo Nakasendo, fartas de se encharcarem em caudais incontornáveis, noutras vias mais antigas.

Cascata, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Pequena queda d’água de um riacho atravessando pelo trilho do Nakasendo

Pela Floresta Nipónica Abaixo, Rumo a Tsumago

De início e por momentos, temos a sensação que o Nakasendo está por nossa conta. Não tardamos a escutar tilintares longínquos. Sem que o esperássemos, seguem-nos grupos de caminhantes  precavidos contra as feras felpudas da floresta.

Em breve, haveríamos de nos cruzar com muitos mais deste peregrinos estridentes, no sentido contrário do percurso.

Por certo, bastante mais silencioso, também o famoso poeta haiku Matsuo Bashô terá percorrido estas paragens, durante as suas longas jornadas de contemplação descritiva do Japão.

Chegamos aos derradeiros meandros do trilho que, já na imediações de Tsumago se rende, por momentos, ao asfalto para logo recuperar a genuinidade.

A via principal desta 42ª estação, como a de Magome, foi fechada ao trânsito e concentra uma variedade de edifícios seculares de madeira escura.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

O trecho do Nakasendo que atravessa Tsumago quase deserto ao anoitecer.

Tsumago, a Rival Também Pitoresca de Magome

Casas, estalagens, templos e santuários de arquitectura nipónica ancestral compõem um conjunto pitoresco de igual forma ocupado por alguns dos melhores artesãos, doceiros e gastrónomos da região.

Mulheres pintam chapéus cónicos de vime. Outras espalham malaguetas escarlates para secarem em cestas rasas.

Chapeus, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Artesã finaliza chapéus tradicionais nipónicos.

Como acontecia já há muito em Magome, também ali uma multidão solidária de famílias nipónicas aprecia e regista para mais tarde recordar estas visões sedutoras das origens da sua pátria.

Em pleno Inverno, a tarde depressa se torna enregelante e se precipita para o fim. Como apareceram, aos poucos, estes herdeiros da era Edo refugiam-se nos restaurantes e pousadas recuperadas da zona.

Um lusco-fusco rosado, depois um breu atenuado por uma iluminação dourada acolhedora  apodera-se de Magome e de Tsumago e de todo este Japão de outros tempos.

Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

Budismo vs Modernismo: a Face Dupla de Nara

No século VIII d.C. Nara foi a capital nipónica. Durante 74 anos desse período, os imperadores ergueram templos e santuários em honra do Budismo, a religião recém-chegada do outro lado do Mar do Japão. Hoje, só esses mesmos monumentos, a espiritualidade secular e os parques repletos de veados protegem a cidade do inexorável cerco da urbanidade.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Cidades
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Celebração Nahuatl
Cultura

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Centro Cultural Jean Marie Tjibaou, Nova Caledonia, Grande Calhau, Pacifico do Sul
Étnico
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Banhistas sobre o limiar entre as Piscinas Naturais e o oceano Atlântico, Porto Moniz
História
Porto Moniz e Ribeira da Janela, Madeira

Uma Vida de Encosta, Oceano e Lava

Exploramos terras que se diz terem sido colonizadas, ainda no século XV, pelo algarvio Francisco Moniz, o Velho. Decorrido quase meio milénio, Porto Moniz tornou-se um domínio balnear concorrido, muito por conta das suas piscinas retidas num labirinto de rocha lávica.
Ilhas
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Mar Morto, Tona de água, Lugar Mais Baixo Terra, Israel, repouso
Natureza
Mar Morto, Israel

À Tona d’água, nas Profundezas da Terra

É o lugar mais baixo à superfície do planeta e palco de várias narrativas bíblicas. Mas o Mar Morto também é especial pela concentração de sal que inviabiliza a vida mas sustém quem nele se banha.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Património Mundial UNESCO
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Conversa ao pôr-do-sol
Praias
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Religião
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Sociedade
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Vida Selvagem
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.