Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval


Vendedor ancião
Dono de uma pequena loja de rolos fotográficos contempla e saúda os transeuntes com grande alegria
Loja dos chapeus
Artesã finaliza chapéus tradicionais nipónicos.
Manjus
Pasteis tradicionais acabados de confeccionar numa pastelaria de Tsumago.
Fabrico de Manjus
Pasteleira mostra pasteis manju acabados de fazer.
Sapataria Japonesa
Calçado tradicional japonês exposto numa loja de Magome.
Tem correio
Carteiro entrega correspondência a um morador de Magome.
O Carteiro
Carteiro em trajes típicos, junto a um marco de correio de Magome.
Cascata
Pequena queda d'água de um riacho atravessando pelo trilho do Nakasendo
Colegas
Vendedoras partilham o espaço exíguo de uma loja.
De Entrada
Visitante entra numa sala de uma casa-museu de Tsumago.
Diospiros suspensos
Dióspiros amadurecem pendurados em suportes de palha pendurados do beiral de uma loja, em Tsumago.
Pausa para Gelados
Família repõe energias junto a uma gelataria de Tsumago.
Pedra de Lei
Marcos seculares assinalam a lei do shogunato Tokugawa para o uso do Nakasendo à saída de Magome.
Tsumago quase noite
O trecho do Nakasendo que atravessa Tsumago quase deserto ao anoitecer.
Acolhimento nipónico
Empregada à porta de uma loja de Magome.
Multidão
Visitantes nipónicos percorrem a rua histórica de Tsumago, antiga 42a estação do Nakasendo.
A Estrada Medieval
Casal passa num cenário de Magome preenchido por árvores nipónicas.
Almoçaradas
Comensais japoneses num restaurante tradicional de Tsumago.
A Serrania
As montanhas que fecham o vale de Kiso.
Frutos Secos
Empregada de uma loja de frutos secos e guloseimas nipónicas mostra uma taça com algumas nozes.
Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.

É noite cerrada quando o motorista do autocarro nos aponta para o começo do desvio para o ryokan Magomechaya.

Sentimos o frio de rachar do exterior. Aquele retalho de Japão campestre mantinha-se no passado. Carecia de uma solução tecnológica que nos ajudasse a vencer a longa rampa por diante. Conformados, carregamos as mochilas mais pesadas contra a gravidade. Até as pernas nos ferverem e o suor nos percorrer as faces ruborizadas.

Recuperamos o fôlego quando entramos na recepção do edifício antigo. Acompanha-nos um canadiano de origem nipónica prestável. Malgrado a fragilidade do momento, pouco ou nada poupa o seu. Em vez, transmite-nos informação em catadupa sobre a cultura dos ancestrais.

Quando por fim conseguimos algum recobro, percebemos que devíamos ser os únicos hóspedes daquela pousada tradicional. Rendemo-nos ao conforto dos futons acabados de desenrolar e a um sono revigorante.

Despertar Madrugador e a rua de Magome Só para Nós

Acordamos às 7 da manhã. Sentimo-nos rejuvenescidos e prontos para o sábado invernal mas solarengo. Saímos de pequeno-almoço japonês tomado, curiosos pela novidade do que nos cercava.

Não vemos vivalma na rua íngreme e de visual medieval. Percorremo-la para cima e para baixo, tantas vezes e com tal intriga que depressa precisamos de restabelecer energias numa espécie de taverna histórica.

Lá nos sentamos a devorar pastéis manju ainda fumegantes, acompanhados de chá com leite.

Pasteis Manju, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Pasteis tradicionais acabados de confeccionar numa pastelaria de Tsumago.

De regresso à descoberta, damos com uma velha azenha bem preservada e a rodar em pleno.

Subimos nova escadaria. Desperta-nos a atenção uma tábua de madeira que exibe as regras e penalizações ditadas pelo xogunato Tokugawa e pelos daimyos (líderes feudais) para uso das estações que compunham a via e as terras em redor.

Entre as várias, destaca-se a pena dada a quem cortasse um só que fosse dos ciprestes da região, necessários para construção dos castelos dos governantes: a morte.

O Velho Caminho Nakasendo Entre Edo e Quioto. Ou Vice-Versa.

O caminho Nakasendo tinha início em Edo. Atravessava as cordilheiras centrais da ilha de Honshu e conduzia a Quioto.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

As montanhas que fecham o vale de Kiso.

Foi apenas uma das vias principais (gokaidos) encomendadas por Tokugawa Ieyasu, o general que, em 1603, na sequência de complexos jogos de guerra, passou a controlar o Japão e viu o seu poder legitimado pelo Imperador que lhe atribuiu o título de xogum (comandante supremo).

Os xogunes estabeleceram 69 estações intermédias do percurso (jukus), em povoações que, além de acolherem os viajantes e os seus cavalos, centralizavam a distribuição da correspondência.

Magome, a povoação pitoresca e antiga em que nos encontrávamos era a 43ª destas estações, na sequência da vizinha Tsumago.

Nem de propósito, quando voltamos a subir a calçada alisada pelas autoridades para maior conforto dos moradores e visitantes, cruzamo-nos com um carteiro em plena entrega.

Carteiro, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Carteiro em trajes típicos, junto a um marco de correio de Magome.

Traja um uniforme fidedigno dessa época e vai munido de uma mala preta de madeira leve, com enormes caracteres kanji que identificam a sua função.

Mais para cima, uma dona de casa lava tubérculos que temos dificuldade em identificar. Enxágua-os com recurso a uma tábua e um balde.

Ainda é cedo. Conseguimos apreciar este e outros episódios da vida real da aldeia, mesmo se é Tsumago e não Magome a mais genuína das duas povoações.

À letra, Magome traduz-se como cesto de cavalo. O nome da povoação popularizou-se porque os viajantes eram obrigados a ali recuperar os seus cavalos antes de enfrentarem a subida íngreme no início do percurso para Tsumago.

A mesma rampa que nos deixara de rastos na noite gélida em que chegámos à povoação.

O Aumentar dos Visitantes. E dos Caminhantes do Nakasendo.

Tinham passado três horas desde o despertar madrugador. Reparamos que o número de visitantes aumentava a olhos vistos. Como o número de clientes nos cafés, doçarias, lojas de artesanato e recordações de ambos os lados da estrada.

Sapataria Japonesa, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Calçado tradicional japonês exposto numa loja de Magome.

A determinada altura, a afluência torna-se avassaladora. Ao ponto de termos dificuldade em caminhar em linha recta e em não pisarmos as centenas de cães de bolso que as senhoras e donzelas japonesas passeiam com trela curta.

Aproveitamos uma paragem num ponto de informação turística para perguntar o que se passava. Contra a sua forte timidez, uma funcionária lá se resolve a recorrer a um inglês básico e explica-nos: “é um fim de semana especial. Fim de semana cultural. Três dias. Muitos japoneses vir aqui”.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Empregada à porta de uma loja de Magome.

Agradecemos o esclarecimento. Logo, constatamos um aviso gráfico bilingue que pede às pessoas para usarem guizos quando percorrerem o trilho florestal entre Magome e Tsumago.

Afiançava o alerta, que era essa a melhor maneira de afugentar os ursos já que os animais só atacavam quando surpreendidos.

Mais que os ursos, era o excesso ameaçador de humanos nipónicos em Magome que nos apoquentava. Mesmo assim, fazemo-nos ao Nakasendo sobre a calçada de pedra redonda ishidatami por que serpenteia por 7.8km até Tsumago.

Acima e abaixo, entre minifúndios verdejantes, ao longo de florestas lúgubres de cedros.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Casal passa num cenário de Magome preenchido por árvores nipónicas.

Paramos apenas para fotografar os cenários mais sedutores. E para colher alguns dos dióspiros irresistíveis que abundam à beira do caminho e em quintais, como por grande parte do Japão, nos meses mais frios do ano.

Atravessamos pontes convenientes em redor de quedas d’água e sobre riachos, estruturas anciãs que justificaram, em tempos, uma histórica preferência das mulheres nipónicas pelo Nakasendo, fartas de se encharcarem em caudais incontornáveis, noutras vias mais antigas.

Cascata, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Pequena queda d’água de um riacho atravessando pelo trilho do Nakasendo

Pela Floresta Nipónica Abaixo, Rumo a Tsumago

De início e por momentos, temos a sensação que o Nakasendo está por nossa conta. Não tardamos a escutar tilintares longínquos. Sem que o esperássemos, seguem-nos grupos de caminhantes  precavidos contra as feras felpudas da floresta.

Em breve, haveríamos de nos cruzar com muitos mais deste peregrinos estridentes, no sentido contrário do percurso.

Por certo, bastante mais silencioso, também o famoso poeta haiku Matsuo Bashô terá percorrido estas paragens, durante as suas longas jornadas de contemplação descritiva do Japão.

Chegamos aos derradeiros meandros do trilho que, já na imediações de Tsumago se rende, por momentos, ao asfalto para logo recuperar a genuinidade.

A via principal desta 42ª estação, como a de Magome, foi fechada ao trânsito e concentra uma variedade de edifícios seculares de madeira escura.

Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

O trecho do Nakasendo que atravessa Tsumago quase deserto ao anoitecer.

Tsumago, a Rival Também Pitoresca de Magome

Casas, estalagens, templos e santuários de arquitectura nipónica ancestral compõem um conjunto pitoresco de igual forma ocupado por alguns dos melhores artesãos, doceiros e gastrónomos da região.

Mulheres pintam chapéus cónicos de vime. Outras espalham malaguetas escarlates para secarem em cestas rasas.

Chapeus, Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval

Artesã finaliza chapéus tradicionais nipónicos.

Como acontecia já há muito em Magome, também ali uma multidão solidária de famílias nipónicas aprecia e regista para mais tarde recordar estas visões sedutoras das origens da sua pátria.

Em pleno Inverno, a tarde depressa se torna enregelante e se precipita para o fim. Como apareceram, aos poucos, estes herdeiros da era Edo refugiam-se nos restaurantes e pousadas recuperadas da zona.

Um lusco-fusco rosado, depois um breu atenuado por uma iluminação dourada acolhedora  apodera-se de Magome e de Tsumago e de todo este Japão de outros tempos.

Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

Budismo vs Modernismo: a Face Dupla de Nara

No século VIII d.C. Nara foi a capital nipónica. Durante 74 anos desse período, os imperadores ergueram templos e santuários em honra do Budismo, a religião recém-chegada do outro lado do Mar do Japão. Hoje, só esses mesmos monumentos, a espiritualidade secular e os parques repletos de veados protegem a cidade do inexorável cerco da urbanidade.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nara, Japão

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Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

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Ronronares Descartáveis

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