São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos


Alcatraz em fundo
Cable car 24 sobe para as alturas de São Francisco com a famosa ilha e ex-prisão de Alcatraz em fundo
Casamento sobre carris
Noivos e convidados celebram um matrimónio sobre os carris do cable car, no topo de um dos incontáveis declives da cidade
Frisco rosada
Vista nocturna sobre uma das muitas colinas percorridas pelos funiculares de São Francisco.
Chinatown acima
Cable car passa em frente a um prédio com arquitectura oriental que se destaca da enorme Chinatown de São Francisco.
Crossing
Sinal de trânsito alerta para a passagem de cable cars.
Nos dois sentidos
Dois funiculares cruzam-se a meio de uma das colinas de Frisco, com vista para a baía da cidade.
Penduras
Passageiros sobem uma colina de São Francisco pendurados num cable car.
Ponte São Francisco – Oakland
A ponte San Francisco/Oakland que possibilita um acesso à cidade norte-americana das colinas alternativo ao da Golden Gate Bridge.
A meio do cimo
Cable car impõe-se ao topo de uma longa colina.
Transamerica Pyramid
Cable car surge de uma rampa com a Transamerica Pyramid no fundo.
Linha em sombra
Passageiros descem de um cable car com o Sol a pôr-se a Oeste de São Francisco.
De volta ao sol
Cable car deixa a escuridão que preenche o fundo de uma elevação de São Francisco.
Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.

O polícia de trânsito destacado para controlar os muitos cable cars de São Francisco de passagem pelo cruzamento da Califórnia Street com a Powell-Hyde desespera:

«Amigo, mais uma dessas e vou ter que o multar. E olhe que não me agrada nada multar peões.»

Para variar, a tarde está solarenga. Na Powell-Hyde Street, uma horda ansiosa e indisciplinada de visitantes atravessa e volta a atravessar, espera no meio das ruas, de câmara em riste.

Afasta-se apenas no último momento e passa, de novo, para o lado oposto, em repetidos movimentos incautos que levam os guarda-freios ao desespero.

De máquinas fotográficas em riste, resistem. Aguardam as cabines deslizantes nas várias dobras que a estrada impôs ao relevo.

As mesmas lombas que Clint Eastwood e o detective Dirty Harry Callahan que representava galgavam contra o sistema e em contramão, ao volante de um emblemático blue Sedan, durante intermináveis perseguições policiais

Para cá, para lá, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Dois funiculares cruzam-se a meio de uma das colinas de Frisco, com vista para a baía da cidade.

Um Património Secular da Cidade das Colinas

Encontram-se ali duas das principais linhas de cable cars de São Francisco, semelhantes aos «eléctricos» alfacinhas, ou aos bondes do Brasil. As cabines deslizantes podem não surpreender forasteiros oriundos de Lisboa, ou de uma ou outra urbe europeia ou do mundo.

Mas, no cenário inusitado em que se inserem, por se tratarem de uma das principais imagens de marca da cidade, geram um entusiasmo redobrado que os condutores e as autoridades se habituaram a perdoar.

A prisão de Alcatraz surge ao fundo, a meio da baía de São Francisco. Um manto de nevoeiro arroxeado desliza por detrás da ilha que a acolheu. Confere um toque místico de beleza ao cenário. Com Alcatraz, são já três os símbolos da cidade numa só imagem, para regozijo dos diversos fotógrafos, dos iniciantes aos profissionais.

No interior de cada funicular o ambiente está também longe de ser pacífico. Os passageiros são de igual forma, em grande maioria, forasteiros.

Mesmo que existam lugares vagos, alguns dos mais jovens fazem questão de seguir pendurados no exterior. Encaram a viagem como uma nova experiência radical, e inclinam-se em excesso para fora, em nome da fotografia e da aventura.

Sinal de Crossing, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Sinal de trânsito alerta para a passagem de cable cars.

Ignoram os alertas repetidos dos pacientes guarda-freios e dos seguranças que seguem na traseira das cabines. “Os jovens aí fora importam-se de não surfarem tanto, por favor? Há obstáculos pelo caminho. Se alguma coisa acontece, estamos todos em apuros…”

Cable Cars de Frisco: a Criação Providencial de Andrew Hallidie

Nunca Andrew Hallidie imaginou que, 138 anos depois, a sua criação ainda fizesse tanto furor. E, se actualmente a maior parte dos admiradores e passageiros saem incólumes deste frenesim, foi um acidente terrível numa das colinas da cidade que  convenceu este inglês a desenvolver o primeiro funicular de São Francisco.

Em 1869, 17 anos depois de chegar da Grã-Bretanha, Hallidie descia uma rua íngreme e molhada pela chuva. Sem aviso, uma carruagem que vencia a inclinação a custo, perdeu a tracção devido a um óbvio excesso de peso e começou a descair.

De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Cable car deixa a escuridão que preenche o fundo de uma elevação de São Francisco.

Ganhou tal velocidade que, ao despenhar-se, matou os cinco cavalos que a puxavam uma tragédia que o impressionou tal como a inúmeros outros transeuntes e às autoridades.

Na terra da oportunidade, Hallidie não perdeu tempo. O seu pai registara, além-mar, a primeira patente para o fabrico de cabo de aço e Hallidie tinha-o já empregue em pontes e sistemas de içamento de minas em várias partes do Gold Country californiano. O passo seguinte foi mudar a produção para São Francisco e construir um sistema de transporte digno das suas colinas.

A obra foi aperfeiçoada ao longo do fim do século XIX mas, em 1892, uma rede de eléctricos operava já noutras zonas da cidade com custos de construção e de manutenção bastante inferiores aos dos cable cars de São Francisco o que os colocou sob a pressão da companhia que geria os eléctricos, a San Francisco & San Mateo Electric Railway.

A partir de então, à imagem dos itinerários que percorrem, o seu passado teve inúmeros altos e baixos.

A discussão agravou-se, polarizada entre o aspecto financeiro e a inestética dos postes e cabos necessários aos eléctricos. Até que o grande tremor de terra de 1906 destruiu várias cabines e restantes infraestruturas dos cable cars e obrigou a United Railroads a ceder à electricidade.

Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Vista nocturna sobre uma das muitas colinas percorridas pelos funiculares de São Francisco.

Viagem da Quase Extinção à Glória Turística

Em 1912, sobravam só 8 e apenas porque serviam colinas que os cable cars não conseguiam vencer. Em 1944, a decadência tinha-se acentuado e já só restavam os 2 da famosa Powell Street.

No fim da década de 70, além de diminuído, o sistema revelava-se demasiado desgastado e perigoso e foi desactivado. Mas, depois de cada baixo há um alto e, em breve, a história viria a inverter-se.

O turismo tornava-se cada vez mais importante para a cidade e os sucessivos mayors viram finalmente nos cable cars de São Francisco, ícones que se deviam valorizar.

Uma convenção do Partido Democrata a realizar-se em Frisco, contribuiu para justificar o enorme esforço financeiro e, em Junho de 1984, o sistema foi reactivado a tempo de beneficiar da publicidade que traria o evento político.

Desde então, a sua recuperação intensificou-se, como o interesse dos visitantes e o orgulho dos governantes e habitantes da cidade ainda mais porque o novo sistema de três linhas é o último no mundo permanentemente operado de forma manual.

Uma Profissão Que Não é Para Todos

Como pudemos compreender em várias viagens, não é qualquer um que chega a guarda-freio (gripman) dos cable cars de São Francisco. Só cerca de 30% passam no curso de treino e, até hoje, apenas uma mulher – com o nome bem sulista de Fannie May Barnes – foi contratada, em 1998.

Rampa, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Cable car surge de uma rampa com a Transamerica Pyramid no fundo.

Trata-se de um trabalho que requer um tronco forte mas, ao mesmo tempo, é relativamente qualificado já que a operação de travagem e libertação exige bom senso, sensibilidade e coordenação para que os veículos se imobilizem nos lugares indicados e se antecipem possíveis colisões e tragédias, algo que nem sempre é possível.

O historial de segurança das relíquias está longe de ser famoso. Uma investigação apoiada por números do US Department of Transportation apurou que quase todas as semanas os cable cars chocam contra outros veículos ou embatem em pedestres, ou que travam com demasiada brusquidão e magoam passageiros ou a tripulação.

De tempos a tempos, verificam-se acidentes graves e até mortes. Como resume Miguel Duarte, um guarda-freios hispânico: “… muitas pessoas pensam que estão na Disneylândia, que isto é uma espécie de montanha-russa.” “Nós fazemos com que pareça fácil mas acreditem que não é.”

A Atribulada Gestão Financeira dos Cable Cars de São Francisco

O mesmo se pode dizer da missão dos revisores que há muito sentem dificuldades para vencer os oportunistas e quase-anarquistas da classe média-baixa da cidade, conhecida por acolher um grande número de bilionários mas também pelo desemprego elevado e por uma sub-população de sem-abrigos.

Um outro estudo realizado em 2007 comprovou que, até então, cerca de 40% dos passageiros viajava sem pagar bilhete. À estatística não serão inócuos os preços implacáveis praticados pela Muni (San Francisco Municipal Railway) que vão dos 5 dólares para uma simples viagem de ida aos 60 dólares dos passes mensais.

Bastou-nos percorrer para cá e para lá o bairro de The Haight para percebermos que a sua comunidade de residentes alternativos ou desenquadrados por certo fariam parte das estatísticas.

Chinatown, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Cable car passa em frente a um prédio com arquitectura oriental que se destaca da enorme Chinatown de São Francisco.

Ao fim de outro dia húmido, subimos a California Street, em boa parte do percurso com a Chinatown gigantesca de São Francisco à nossa direita.

O sol põe-se por detrás da névoa, sobre o horizonte ocidental da metrópole e cria uma cortina amarelada de que vão irrompendo os veículos num dos cimos da colina.

Nova Colina, Nova Epopeia Fotográfica

As silhuetas atraem-nos. Decidimos esperar pela chegada dos cable cars da carreira 61, que têm as formas que realmente queremos. Mas, mais uma vez, a operação é delicada e arriscada. A linha passa no meio da estrada que é também espaço dos carros e autocarros.

Silhueta, cable cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Passageiros descem de um cable car com o Sol a pôr-se a Oeste de São Francisco.

Temos, assim, que actuar nos tempos ínfimos em que os cable cars surgem na posição cimeira exacta e os outros veículos nos dão tréguas, um exercício que nos concedeu as imagens pretendidas e gerou alguma adrenalina.

Quando terminamos, percebemos que, nem ali, nem àquela hora tardia, somos os únicos a acossar os funiculares. Um casamento decorria num hotel luxuoso da avenida.

E, para fechar as recordações, noivos e fotógrafo de serviço tiram algumas fotos com família e amigos mesmo no meio da emblemática California Street.

A sorte sorri-lhes e passam dois cable cars num período mais tranquilo do trânsito. Nós aproveitamos também e registamos mais um momento insólito sobre os carris históricos de São Francisco.

The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Fremantle porto e cidade da Austrália Ocidental, amigas em pose
Cidades
Fremantle, Austrália

O Porto Boémio da Austrália Ocidental

Em tempos o principal destino dos condenados britânicos desterrados na Austrália, Fremantle desenvolveu-se até se tornar o grande porto do Oeste da grande ilha. E, ao mesmo tempo, um abrigo de artistas aussies e expatriados em busca de vidas fora da caixa.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
Cultura
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
formas de pagamento em viagem, fazer compras no estrangeiro
Em Viagem
Viajar Não Custa

Na próxima viagem, não deixe o seu dinheiro voar

Nem só a altura do ano e antecedência com que reservamos voos, estadias etc têm influência no custo de uma viagem. As formas de pagamento que usamo nos destinos pode representar uma grande diferença.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Étnico
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Vittoriosa, Birgu, Malta, Waterfront, Marina
História
Birgu, Malta

À Conquista da Cidade Vittoriosa

Vittoriosa é a mais antiga das Três Cidades de Malta, quartel-general dos Cavaleiros Hospitalários e, de 1530 a 1571, a sua capital. A resistência que ofereceu aos Otomanos no Grande Cerco de Malta manteve a ilha cristã. Mesmo se, mais tarde, Valletta lhe tomou o protagonismo administrativo e político, a velha Birgu resplandece de glória histórica.
Vanuatu, Cruzeiro em Wala
Ilhas
Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Natureza
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Parques Naturais
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Missoes, San Ignacio Mini, argentina
Património Mundial UNESCO
San Ignácio Mini, Argentina

As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini

No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Religião
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Sociedade
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.