Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal


Altar de Pielpajarvi
Altar austero da igreja luterana de Pielpajarvi, um dos templos da nova fé do povo sami.
Mulher Sami
Armi Palonoja junto à sua casa-restaurante, situada a norte de Saariselka, onde acolhe visitantes para passeios de rena guiados pelo genro Maksim.
Lago Inari Gelado
Vista do lago Inari do topo da ilha de Ukonsaari.
Senhora Sami
Armi Palonoja apoia-se no parapeito da varanda da sua casa-restaurante, trajada com roupas e joias tradicionais sami.
Virsi Kirja
Biblia colocada junto ao altar da igreja luterana de Pielpajarvi.
Esquilo vermelho, Pielpajarvi
Um esquilo felpudo analisa a paisagem em redor numa floresta em redor da igreja luterana de Pielpajarvi.
Igreja luterana de Pielpajarvi
A igreja luterana de Pielpajarvi, atrás da sua vedação rosada.
Igreja de Pielpajarvi
Púlpito destacado no Interior de madeira pintada da igreja luterana de Pielpajarvi.
Ilha Ukonsaari
A ilha de Ukonsaari, situada no meio do lago Inari e sagrada para os sami da Lapónia finlandesa.
Escadaria ilha Ukonkivi
Cenário do lago Inari completamente gelado, como visto do cimo da ilha de Ukonkivi.
Nota aos fiéis
Uma nota dá as boas-vindas e explica parte da história da igreja luterana de Pielpajarvi, erguida em 1760.
Sami e rena
Sami de origem russa, Maksim, conduz um passeio de renas a norte de Inari.
Sami Maksim
Retrato do russo Maksim, protegido pelos trajes tradicionais sami que usa, contrariado, no dia a dia profissional
Igreja de Pielpajarvi
A igreja luterana de Pielpajarvi, à margem do lago Inari.
Ardósia da igreja de Pielpajarvi
Quadro de ardosia na velha igreja luterana de Pielpajarvi, a que muitos visitantes chegam de mota de neve mas a fé continua a ser renovada à moda antiga.
Pegadas rumo a Ukonsaari.
Um rasto conduz à ilha sagrada de Ukonsaari, no coração do lago Inari e cercada por gelo na maior parte do longo Inverno boreal do extremo norte da Lapónia
Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.

Chegam as dez da manhã.

Comprova-se mais um dia árctico inspirador de céu limpo e sol radioso que, com o reflexo na neve predominante, gera uma agradável luminosidade Invernal. O primeiro contacto com Maksim não parece condizer.

As vestes folclóricas com que aparece são as típicas dos nativos da terra Sapmi, com o padrão das cores vivas da bandeira nacional, dispostas sobre o azul profundo que lhe serve de base. Já as suas expressões, pelo contrário, são rígidas e sisudas.

Entramos na carrinha. O anfitrião organiza-se. Prepara a mente para mais uma das suas missões.

Assim que acciona o modo conformativo, faz pergunta sobre pergunta acerca destes convidados e as suas origens. Aos poucos, as nossas respostas divertem-no e suscitam-lhe comentários cómicos.

Maksim, o Guia Sami avesso ao Calor

Os olhos quase turquesa adoçam-se como a personagem em si que começa de imediato a encantar-nos. “Estão quase 20º em Portugal? Que horror, eu não era capaz de aguentar isso! Só gosto de frio.

Sou sami mas da zona mais gélida da Rússia. Lembro-me da nossa infância lá na aldeia. Fechavam a escola dos 30º negativos para baixo. Quando estava quase a acontecer, reuníamo-nos à volta do termómetro da entrada, a rezar para que a temperatura caísse mais um pouco. Aos -31º, começava a festa.

Agarrávamos nos trenós e brincávamos que nem loucos. Achavam que era demasiado frio para nos aguentarmos na escola mas, à solta, nenhum de nós se queixava!”

Maksim conduz-nos até à base operacional da família, uma enorme casa de madeira escurecida pelo fumo, perdida no meio da tundra e dotada de cercas que retêm as renas.

O sami aparelha alguns dos animais e convida-nos e a outros visitantes a subirmos às carroças deslizantes.

Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2

Sami de origem russa, Maksim, conduz um passeio de renas a norte de Inari.

A Miss Universo Finlandesa, a Sopa de Salmão e o Elogio da Finlândia

Começa, ali, um percurso panorâmico por trilhos já marcados que, sem percebermos como, volta ao ponto de partida. De regresso, espera-nos um almoço de sopa de salmão suculento e uma sobremesa de crepe com doce e frutos silvestres confeccionados pela sogra Armi Palonoja.

Maksim parece aliviado pelo fim do castigo. No exterior, o sol fere-lhe as íris de husky.

Assim que vence o desconforto, informa-nos que Armi foi um nome popularizado pela famosa Miss Universo finlandesa de 1952 (Armi Kuusela, a primeira Miss Universo de sempre), que tinha corrido o país e o estrangeiro numa espécie de tournée ferroviária, na companhia do marido e antes de se estabelecer nas Filipinas com o marido, o empresário Virgílio Hilário.

Não detectamos na senhora mãe da esposa, também ela trajada com roupa tradicional sami, nenhum prodígio de beleza. Para compensar, a comida que oferecia aos clientes no seu restaurante Joiku-Kotsamu merecia toda a aclamação.

Armi Palonoja, povo sami, Inari, Finlandia

Armi Palonoja junto à sua casa-restaurante, situada a norte de Saariselka, onde acolhe visitantes para passeios de rena guiados pelo genro Maksim.

O anfitrião retoma a conversa e aproveita para desabafar: “a verdade é que estou farto de ter que andar com esta roupa para turista ver. Na Rússia, não uso traje sami mas este emprego dá um bom dinheiro. Não estamos propriamente em Helsínquia mas é claro que têm muito melhores condições cá na Finlândia que do outro lado da fronteira.

De início, assustava-me com o que ia do ordenado para os impostos mas, aqui, o estado comparticipa e trata de tudo. Aliás, em suomi nem sequer existem verbos em tempo futuro. Tudo se resolve de imediato. Quando se quer deixar algo para mais tarde diz-se, no pior dos casos, faço-o amanhã!”

O Povo da Europa Boreal, em Tempos sem Fronteiras, Sami

Maksim tem um filho de um outro casamento na Rússia que só vê de tempos a tempos. Há um mês e meio, a filha dos patrões tinha-o prendado com o segundo. Mas o parto foi periclitante: “tivemos que percorrer 250 km daqui até Rovaniemi e estavam -40º. Felizmente correu bem.

Maksim, homem Sami, Inari, Finlandia

Retrato do russo Maksim, protegido pelos trajes tradicionais sami que usa, contrariado, no dia a dia profissional

Na Rússia teria sido bem pior. Acho que vou ficar por cá. Quero que os meus filhos vivam uma vida mais fácil.”

Nem sempre o povo sami pôde contar com a segurança adicional concedida pelos governos, principalmente o norueguês, o sueco e o finlandês.

Em tempos ancestrais, os sami percorriam livremente as estepes geladas do topo da Europa em função dos melhores pastos para as manadas de renas ou da pesca, no caso das tribos instaladas em zonas litorais.

A sua adaptação ao exigente clima árctico garantiu-lhes uma prosperidade invejada a sul e frequentes encontros comerciais com os vizinhos.

esquilo vermelho-inari-Finlandia, Inari, Finlandia

Um esquilo felpudo analisa a paisagem em redor numa floresta em redor da igreja luterana de Pielpajarvi.

A Inevitável Imposição das Nações Dominantes a Sul

No século XIX, estas nações mais poderosas começaram a impor-lhes as suas culturas e, através da acção dos missionários a aceitação da religião luterana em detrimento da milenar xamanista. O uso dos dialectos de Sapmi foi desencorajado e proibido.

A aquisição e exploração de terras anexadas, só era permitida aos sami que dominassem as línguas dos colonos. Estes, por sua vez, recebiam incentivos para se mudarem para terras de Sapmi.

Biblia, igreja de Pielpajarvi, Inari, Finandia

Biblia colocada junto ao altar da igreja luterana de Pielpajarvi.

No extremo norte da Finlândia, como em redor, a determinada altura, muitos sami sentiam vergonha de si próprios.

Os séculos passaram e as potências ocupantes evoluíram em termo civilizacionais como poucas na Europa. Este facto, em conjunto com uma emergente consciência da identidade dos indígenas, reverteu os diferentes processos destrutivos da suas várias sub-etnias.

Como em tantas outras comunidades da pan-nação são muitos os revezes para ultrapassar. Mas, agora, os indígenas assumem o desafio com forte mobilização política e uma combinação de determinação e dignidade nunca antes sonhada.

A Incursão Motorizada à Ilha Sagrada de Ukonsaari, Lago Inari

Na manhã seguinte, Jarmo Sirvio, um outro residente, espera-nos para nos guiar num passeio de mota de neve pelo lago Inari – então sob uma camada gelada com mais de um metro de espessura – e a Ukonsaari, uma ilha em forma de tiranossauro que é sagrada para os sami.

Ukonkivi, Lago Inari, Finlandia

Um rasto conduz à ilha sagrada de Ukonsaari, no coração do lago Inari e cercada por gelo na maior parte do longo Inverno boreal do extremo norte da Lapónia

Paramos primeiro na igreja luterana de Pielpajarvi, de madeira velha (erguida em 1760) e perdida entre as árvores das margens de uma forma surpreendentemente pitoresca.

Jarmo tem uma afeição especial por aquele lugar: “A minha mãe nasceu em 1954 ou 1955, já não sei bem.

Igreja de Pielpajarvi, lago Inari, finandia

A igreja luterana de Pielpajarvi, à margem do lago Inari.

Sei que ela andava horas a pé para aqui vir às missas e vender produtos sami. Incrível não é? Nós agora vamos fazer bem mais que os 8 km que ela fazia nuns meros minutos.”

Altar da igreja de Pielpajarvi, Inari, Finlandia

Altar austero da igreja luterana de Pielpajarvi, um dos templos da nova fé do povo sami.

Regressamos às motas e arrancamos para atravessar o lago. A 80 ou 90 km/h, o frio extremo depressa neutraliza a máquina de filmar, penetra nas luvas e fere-nos as mãos.

Em boa hora, lembramo-nos da dica do instrutor e salvamo-nos do sofrimento quando accionamos os potentes aquecedores de punhos.

Ilha Ukonkivi, Lago Inari, Finlandia

Cenário do lago Inari completamente gelado, como visto do cimo da ilha de Ukonsaari.

Mais cedo do que esperamos, chegamos à base da ilha que os samis ancestrais usavam para realizarem rituais de sacrifício e sepulcrais em honra dos seus deuses celestes.

Subimos a longa escadaria de madeira. Ainda algo ofegantes, sorvemos o ar denso e frígido com sofreguidão através das máscaras.

Recuperamos o fôlego e ficamos a  contemplar, deliciados, o vasto território sami branco em redor.

Vista a partir de Ukonkivi, Lago Inari, Finlandia

Vista do lago Inari do topo da ilha de Ukonsaari.

Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

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PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

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Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

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Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

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Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

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Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

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Inari, Finlândia

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