Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem


Caño Negro aérea
O rio Frio e lagoas circundantes vistos do ar.
Ancoragem à sombra
Guia Rosi num dos barcos usados para tours no rio Frio.
Anhinga Anhinga
Anhinga seca as asas ao sol, numa margem do rio Frio.
“Rey Plateado II”
Pescadores a bordo "Rey Plateado" e abaixo de uma grande palmeira.
Olhar de Ararapa
Um ararapa juvenil atento no cimo duma árvore acima do rio Frio.
Um Túnel Arbóreo
Moradores de Caño Negro percorrem um trilho sombrio que conduz ao molhe de embarque para Caño Negro.
De entrada no Rio Frio
Barco com pescadores prepara-se para entrar no rio Frio.
Garça-Tigre
Garça-tigre de olho na superfície do rio Frio.
Sono de Morcego
Pequenos morcegos dormitam agarrados a uma árvore.
Triunfo das Pescadoras
Duas pescadoras exibem peixes recém pescados no Rio Frio.
Anhinga Anhinga II
Anhinga patrulha o rio Frio em busca de peixes.
Recarga Réptil
Crocodilo reaquece-se após um período de chuva.
Rosi busca Vida Selvagem
Guia Rosi procura animais numa árvore à beira do rio Frio.
Macaco-Aranha
Macaco-aranha acompanha os movimentos dos embarcados cá em baixo.
Trogon Azul
Um trogon azul, uma de muitas aves que habitam Caño Negro.
Duo à Pesca
Dois pescadores junto a um braço do rio Frio.
Pouso de Iguana
Iguana instalada sobre a vegetação densa em volta do rio Frio.
Martim Pescador à Pesca
Um dos vários martim pescador que habitam Caño-Negro.
Rio Frio & Lagoas
Vista aérea do rio Frio e das lagoas que a sua inundação gera durante a época das chuvas.
“Rey Plateado”
Pescadores compenetrados a bordo do "Rey Plateado"
Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.

Juntos, percorremos o longo trilho acima das águas, na base de um quase túnel de copas verdejantes, sulcado por inúmeras raízes que irrigam as árvores.

Chegados ao molhe, embarcados, Rosa Arguedas Sequeira, a guia e mulher do leme pergunta-nos: “e agora, querem ir para a esquerda ou para a direita?”. Como Rosi (assim a tratam os demais cañonegrenses) bem sabia, a questão suscitava, pelo menos, uma adicional.

Assim que acabámos de retorquir, tratou de nos esclarecer, com a tranquilidade sorridente que dela ainda retemos. “Bom, para a direita, o rio entra em terras mais abertas e, por isso, é mais fácil avistarmos aves.

Para a esquerda, é sinuoso, estreito e flui entre selva. Para ali, encontramos mais mamíferos e répteis, também algumas aves.

Barco, Caño Negro, Costa Rica

O rio em questão era o Frio. Uns dias mais tarde, haveríamos de nos mudar para o domínio do vulcão Tenório em que nasce.

Por enquanto, explorávamos a parte baixa da sua bacia, ainda a meio caminho da foz inusitada, em que se entrega ao rio San Juan, no ponto exacto em que este se lança do sudoeste do lago Cocibolga, já em terras da Nicarágua, como é também chamado o lago.

Antes de nos fazermos aos incontáveis meandros do Frio, detemo-nos para uma subida estratégica à torre de observação do Caño Negro, a apenas umas centenas de metros do molhe. Subimos os três.

A Revelação Panorâmica de Caño Negro

Do topo, desvendamos a vastidão alagada do humedal que o rio por ali gera, um conjunto de grandes lagoas tom de terra com mais de 8km2, que se destacavam da imensidão verde do norte da Costa Rica.Rosi aproveita o panorama a 360º para nos elucidar melhor.

Já não tanto acerca a geografia do Frio, em vez, sobre o magnetismo que as suas águas espraiadas exercem em centenas de espécies de aves migratórias vindas sobretudo do Norte, algumas delas, em perigo de extinção.

“Vejam que durante a época das chuvas, de Junho a Novembro, tudo o que veem é um grande mar de água doce.

Barco em Caño Negro, Costa Rica

Não se consegue identificar nem o rio nem as distintas lagoas. Depois, a chuva diminui de forma progressiva e o sol da época seca faz evaporar boa parte da água”

Uma Zona Inundada com uma Vida Selvagem Prolífica

A consequência que tínhamos a toda a volta representava um ponto de escala ou de estância providencial para íbis, cegonhas e garças, os intrigantes arapapás, patos com fartura, corvos-marinhos e muitos outros.

Ararapa, Caño Negro, Costa Rica

Criaturas asadas à parte, o rio Frio sempre foi abençoado com uma rara profusão e diversidade de peixes.

Sem surpresa, na ausência de modernidade e de passatempos sofisticados, impossibilitados de se banharem naquele que é habitat de tubarões-touro que sobem o rio a partir do lago Nicarágua, de caimões, crocodilos e dos seus predadores jaguares e pumas, os habitantes da região veneram a pesca.

Crocodilo, Caño Negro, Costa Rica

Voltamos ao solo. Reembarcamos. Prosseguimos para jusante.

Da “recta” de que tínhamos zarpado, o Frio não tarda a submeter-se a um trajecto de sucessivos esses subsumidos na sombra da floresta tropical.

Todo o Pueblo de Caño Negro à Pesca

Daí em diante, deparamo-nos com pequenos barcos com gente a bordo, quase todos de canas de pesca em riste, silenciosos, compenetrados na superfície da água, por essa altura, escura mas ainda assim translúcida.

Pesca no Rio Frio, Caño Negro, Costa Rica

Alguns dos barcos, o “Rey Plateado”, o “El Gaspar”, víamo-los como obras de arte vivas, como estátuas fluviais deslumbrantes, monumentos à família, à amizade e à solidariedade de Caño Negro.

Reconhecíamos uma ou outra face de nativos que nos tinham servido refeições, ou visto a saborear as suas.

Pesca, Caño Negro, Costa Rica

Rosi conhecia-os a todos. Alguns, eram seus familiares. Mesmo tendo em conta que Rosi e o marido habitavam uma casa e propriedade situada numa ilha do rio Frio, outros eram vizinhos.

Pescadoras, Caño Negro, Costa Rica

“Então mas e não alaga durante a época das chuvas?” questionamo-la, preocupados com a precariedade da morada. “Pois…não. O lugar foi escolhido também por isso.

É um dos poucos que sempre esteve acima da subida das águas.”

Caño Negro, Costa Rica, Rio Frio

O rio Frio e lagoas circundantes, vistos do ar.

Rosi continua a pilotar o barco coberto em que seguíamos entre as comitivas piscatórias.

Uma Inundação de Animais Selvagens

E, para nossa delícia fotográfica, a revelar-nos as espécies animais de Caño Negro, abundantes aningas e garças, jabirus, crocodilos, lagartos basiliscos, um gangue uivador de macacos bugios, iguanas alaranjadas, martins-pescadores e até uma colónia de morcegos a dormirem agarrados a um tronco sobre o rio.

Iguana, Rio Frio, Caño Negro, Costa Rica

E peixes, claro está. Os que de quando em quando, saltavam para fora de água. Os que os corvos-marinhos e anhingas devoravam inteiros.

Anhinga devora peixe, Caño Negro, Costa Rica

Os robalos, guapotes (ciclídeos-lobos) e outros que os pescadores fisgavam.

A Atracção Pré-Histórica do Peixe Gaspar

Quando nos cruzamos de novo com o “El Gaspar”, o sobrinho de Rosi já tinha feito justiça ao nome do barco. A bordo, seguia um recém-pescado gaspar (Atractosteus tropicus), um dos peixes realmente emblemáticos do México e América Central, de Caño Negro e de algumas outras partes da Costa Rica.

Pescar um gaspar é uma tarefa que requer ou enorme conhecimento e prática ou uma sorte gigantesca. O gaspar é um predador potente e astuto, tão vigoroso e letal para os outros peixes que também é tratado por pejelagarto.

Guia Rosi, Caño Negro, Costa Rica

O que vai de encontro ao seu perfil improvável de peixe fóssil vivo, com uma fisionomia que pouco ou nada mudou desde há mais de 65 milhões de anos, desde a era dos dinossauros.

A destreza de os pescar parece correr na família de Rosi. Joel Sandoval, o seu marido, guia de pesca, detém o recorde do maior exemplar capturado.

Dois dias mais tarde, haveríamos de o encontrar no mesmo molhe em que, entretanto, desembarcámos.

Intrigados por não vermos um único barco em redor perguntamos-lhe onde andavam os pescadores de Caño Negro. Recebemos uma resposta de perito: “quando vocês os viram, o Rio Frio estava perfeito para pescar.

Duo à Pesca, Caño Negro, Costa Rica

Só que, entretanto, mudou tudo.

Aqui choveu um pouco. Mas, na zona das montanhas, por onde o rio nasce (vulcões Tenório e Miravalles), tem sido um dilúvio.

A água do rio tornou-se lamacenta e opaca e, por uns dias, não vai dar para pescar.”

Joel esclarece-nos com entusiasmo, às tantas, algo saudoso do Caño Negro de antes. “Agora é uma porção do que chegou a ser. Em dias ventosos, o volume da água e as vagas eram tais que não podíamos sair com os barcos para o rio ou para as lagoas. Era demasiado perigoso.”

Despedimo-nos. Na sequência, conjecturamos se, além do famigerado aquecimento global, não seriam o aumento exponencial de plantações agrícolas e de pasto em redor, verdadeiros sorvedores de água, co-responsáveis pelo tanto que o Caño Negro minguara.

Terminada a volta fluvial, Rosi dedica-se a um grupo de visitantes ticos. Nós, passamos para o barco de Jimmy Gutierrez.

O mais recente anfitrião conduz-nos até ao Rancho Pitin, uma propriedade e negócio da sua família, situada sobre um meandro em que o Frio se espraiava em mais uma vasta lagoa.

Caño Negro, Costa Rica

Quando desembarcamos, a família de Jimmy em peso zarpava num único barco, fretado para se juntar à pesca comunitária.

Jimmy, o irmão e a esposa deste tinham-se sacrificado em função do dever.

Mostram-nos o edifício principal do rancho, ao mesmo tempo, restaurante, bar e lugar de confraternização dos visitantes que lá afluíam para incursões piscatórias, tours ecológicos, cavalgadas e outros programas.

Bar do Rancho Pitin, Caño Negro, Costa Rica

O trio explica-nos a génese do negócio.

Também nos chama a atenção para o trabalho incrível do pai Pedro Gutierrez, que construíra o edifício quase todo em madeira, boa parte dela recuperada de troncos, cepos e ramos que a Natureza e as cheias de Caño Negro, em particular, lhe concederam.

Além da arquitectura do edifício, Pedro Gutierrez também se preocupava com a decoração. Alguns dos tampos de mesas e assentos do estabelecimento tinham sido aprimorados com pinturas garridas de araras, garças e outras criaturas asadas do humedal.

Em jeito de ajuste ao nome da propriedade, deixamos o Rancho Pitin a cavalo, ao longo das margens enlameadas do rio, de tal forma ensopadas que, a cada novo passo, os equinos se tinham que aplicar para que as suas patas se soltassem do lodaçal.

Cavalos, Caño Negro, Costa RicaAssim mesmo, em modo pantaneiro, chegamos ao centro da povoação.

Passada a pequena esquadra local da polícia, damos entrada no restaurante “Luna Mágica” de Jorge Zelledon, um dos pousos gastronómicos incontornáveis de Caño Negro, como o é o “Fogón Caño Negro” que, noutras ocasiões, nos restabeleceu de energia e deliciou com os melhores pratos do norte tico.

Quando nos mudámos para o sopé dos vulcões Tenório e Miravalles, sabíamos que tínhamos acabado de desvendar uma Costa Rica preciosa.

Onde Ficar em Caño Negro:

Pousada Rural Oásis – PosadaOasis.com

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