Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike


Cruzeiros
Residente contempla dois cruzeiros ancorados no porto de Skagway.
Mais cruzeiros
Dois cruzeiros atracados no porto de Skagway.
Tentação Clássica
Cadillac colorido numa ruela secundária de Skagway.
Comboio na encosta
Composição do White Pass & Yukon Train avança ao longo de o White Pass.
Can Can nos dias de hoje
Bailarinas Can Can do "The Days of 98" show.
White Pass
Cenário da White Pass, às portas do Yukon.
White Pass & Yukon Train
Composição do White Pass and Yukon Train.
Ouro
Visitantes peneiram ouro em Skagway.
Protectores nativo-americanos
Totens indígenas expostos na rua principal de Skagway.
Rua de Skagway
Transeuntes caminham por uma rua histórica de Skagway.
Rio do White Pass
Riacho ganha rápidos com o declive de White Pass.
Alasca em ponto pequeno
Miniatura histórica de uma povoação do Klondike.
Todos a bordo
Maquinista sobe para a locomotiva do White Pass & Yukon Train.
Prince
Transeunte passa em frente a uma loja pintada com uma imagem típica de mineração.
Nas traseiras
Zona de estaleiro das Klondike Dredge Tours.
Nova Febre do Ouro
Trabalhador da Klondike Dregde explica a visitantes o funcionamento da prospecção de ouro com recurso à draga.
Espartilhos
Empregada de um bar de Skagway em trajes históricos.
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A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.

Isolada entre o oceano Pacífico e a imensidão da British Columbia, a região da panhandle surge  fragmentada por incontáveis canais e fiordes.

Dela se elevam as Coast Mountains, uma cordilheira litoral semi-subsumida na maior floresta dos Estados Unidos, a Tongass.

Esta natureza rude inviabiliza a construção de vias. Com excepção de Skagway, Hyder e Haines, as povoações locais continuam desprovidas de uma ligação rodoviária ao exterior.

A via de eleição é o Alasca Marine Highway, como o nome indica, uma espécie de auto-estrada marítima que tem início no porto aleuta longínquo de Unalasca/Dutch Harbour e percorre a passagem interior do cabo de frigideira alasquense até Bellingham ou Prince Rupert, a norte de Vancouver.

Tínhamos acabado de aterrar em Juneau, vindos da grande Anchorage. É na pitoresca capital alasquense que embarcamos no M/V Malaspina.

Navegamos rumo a Skagway, algumas centenas de quilómetros para norte, entre fiordes verdejantes sempre ensopados pela chuva e a humidade.

Atracamos numa enseada escondida de Juneau pouco depois do pôr-do-sol.

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Residente contempla dois cruzeiros ancorados no porto de Skagway.

A Recepção Calorosa de Janilyn, em Skagway

Janilyn aguarda-nos no topo da rampa que se projecta da doca. Sem se dar conta, atrapalha os passageiros que sobem, sobrecarregados com a bagagem que levam.

Quando dá por nós, inaugura um acolhimento carinhoso e voluntarioso que duraria quase três dias. “Ainda bem que vieram. Estava mesmo ansiosa pela vossa visita!” Ao que acrescenta depois de fechar a porta traseira do jipe “ ’Bora! Deixei o meu marido e o meu filho no bar. O Lukas vai actuar dentro em pouco…”

Sem tempo para desenjoar da longa viagem, damos connosco no Bonanza, um bar acolhedor de Skagway, a beber Alaskans Amber tonificantes.

Num canto, vários músicos tocam para si, para as famílias e alguns amigos, compenetrados, como se se tratasse do concerto das suas vidas.

Nas mesas e ao balcão, fluem conversas fáceis interrompidas apenas por uma ou outra piada demasiado divertida para ser ignorada.

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Empregada de um bar de Skagway em trajes históricos.

Lukas pega na guitarra e conquista a sala com uma voz semi-rouca e melodiosa.

As suas melodias em estilo Red House Painters ou Mark Kozelek a solo, causam arrepios na mãe Janilyn, e levam-na a um extremo de comoção que se vê obrigada a partilhar. “É maravilhoso não é?

Tenho muito orgulho nele… e olhem … já que estou a falar de orgulho, gostava de vos dizer outra coisa: eu e o meu marido não fazemos isto há muito tempo.

Começámos a receber estrangeiros quando percebemos a imagem com que os Estados Unidos estavam a ficar no resto do mundo.

A Imagem dos EUA e a Bipolaridade Sazonal de Skagway

Achámos que era importante mostrarmos a quem vem de fora a hospitalidade da verdadeira América e suavizar a imagem que estávamos a criar. Felizmente, agora, temos um presidente mais digno para nos ajudar.”

Apesar da contribuição quase sempre embaraçosa da bárbie republicana Sarah Palin e da camada mais conservadora da população do 49º estado, esta porção diminutiva do Alasca contribui há muito para marcar a diferença.

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Totens indígenas expostos na rua principal de Skagway.

Talvez por o território estar destacado do Lower 48 e intimamente ligado à natureza, a sua existência revela-se mais leve e descomprometida, ideal para quem procura novas perspectivas de vida. Mas não só.

Skagway surge como uma das primeira povoações a quem chega do North Country (o grande Alasca setentrional) à descoberta da Panhandle, o cabo de frigideira.

A sua população fixa não chega aos 1000 habitantes mas, porque integra a rota alasquense dos cruzeiros, à medida que Junho se aproxima, é reforçada com outros tantos imigrantes oriundos do norte dos Estados Unidos e do estrangeiro.

Como acontece nas cidades vizinhas do sul, durante cada curto Verão, esta força de trabalho atende quase um milhão de visitantes que podem desembarcar de até cinco paquetes monstruosos por dia (com um total de 8000 passageiros), 400 por ano.

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Dois cruzeiros atracados no porto de Skagway.

Skagway: o Rentável Frenesim Comercial de Maio a Setembro

São grupos de reformados e famílias inteiras que desembarcam em contra-relógio, determinados a passar momentos inolvidáveis e a gastar a condizer.

Skagway facilita-lhes a vida. Os navios atracam quase sobre a Broadway Street. Esta rua mantém os forasteiros represados e entretidos entre as suas lojas, bares e cafés.

Como complemento da emboscada, os edifícios históricos foram recuperados e re-decorados ao pormenor.

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Cadillac colorido numa ruela secundária de Skagway.

Exibem montras e placares apelativos, chamamentos sofisticados do consumismo a que o mais alienado dos ascetas teria problemas em resistir.

Nos derradeiros anos do século XIX, o apelo era outro.

Reluzia bem mais que as vitrinas elegantes da Broadway Street e custava frequentemente a vida.

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Transeuntes caminham por uma rua histórica de Skagway.

A Época do Ouro Alasquense que Reluzia

Em 1896 foi encontrado ouro no Klondike, uma região longínqua do vasto território do Yukon canadiano.

No ano seguinte, um navio a vapor deixou no Moore’s Wharf de Skagway uma primeira leva de mineiros.

Sucederam-se mais e mais embarcações que elevariam o seu número aos 30.000, na grande maioria americanos conflituosos e sem escrúpulos ansiosos por vencer os 800km de montanhas e glaciares que os separavam dos cascalhos milionários.

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Cenário da White Pass, às portas do Yukon.

Nem todos se fizeram ao caminho.

As narrativas dos pioneiros depressa foram promovidas a mitos. Exaltavam tempestades enregelantes, ataques de indígenas, de ursos e de lobos e travessias de rios mal calculadas em que várias caravanas se perdiam para sempre.

Os aspirantes mais prudentes dedicaram-se, em vez, a abastecer e servir os mineiros.

Foram tantos os que ficaram em Skagway que, em 1898, a cidade era disputada por 10.000 almas gananciosas e tinha-se tornado na maior do Alasca.

As Reconstituições Turísticas da Época Áurea de Skagaway

“Entrem cavalheiros, não façam cerimónias! As senhoras, se não se importam, peçam-lhes dinheiro e vão às compras…” apregoa uma alcoviteira apertada por espartilhos e rendas sedutoras, à entrada do Museu-Bordel do Red Onion Bar.

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Bailarinas Can Can do “The Days of 98” show.

Hoje, espectáculos como o teatro “Days of 98”, a povoação fictícia de Liarsville e o acampamento à beira-rio de Gold Rush remetem os visitantes para a época.

Como é de esperar, ficam muito aquém da realidade áspera de então, feita de álcool e prostituição, de lutas, tiroteios e linchamentos que os representantes da lei procuravam sobretudo evitar.

As Aventuras e Desventuras de Jack London no Alasca e Klondike

Em 1897, Jack London e o cunhado James Shepard cederam ao apelo da prospecção.

Pouco depois, London já padecia de escorbuto. Em 1903, passou a vida no Alasca para o papel sob uma perspectiva inesperada.

Em “O Apelo da Floresta”, narrou as agruras de Buck, um mestiço de São Bernardo com uma pastora Shetland que é raptado na Califórnia por um jogador enterrado em dívidas e se vê desesperado no mundo-pior-que-cão do Klondike.

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Trabalhador da Klondike Dregde explica a visitantes o funcionamento da prospecção de ouro com recurso à draga.

Para o interior, ao longo do Chilkoot Trail, a existência era de igual forma infernal.

Ao chegarem à fronteira canadiana, milhares de prospectores só recebiam permissão para prosseguir quando tivessem para cima de uma tonelada de equipamento e provisões.

Além de contrariar toda a lógica aduaneira dos dias de hoje, a exigência obrigava a inúmeras viagens de ida e volta e causava um grave congestionamento de carroças ao longo do íngreme White Pass.

O problema  forçou o governo canadiano a construir um caminho de ferro.

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Maquinista sobe para a locomotiva do White Pass & Yukon Train.

Atrasado pelos inúmeros obstáculos levantados por Soapy Smith – um controverso mafioso de Skagway -, o empreendimento só ficou concluído em Julho de 1900, já a febre do ouro tinha passado.

White Pass and Yukon Route, um Deslumbrante Desfiladeiro Ferroviário

Apesar de pouco ou nada ter servido os propósitos iniciais, desde então, a White Pass and Yukon Route manteve-se quase sempre em intensa actividade.

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Composição do White Pass and Yukon Train.

Nos dias que correm, o seu comboio fumarento e os cenários de faroeste que atravessa são um dos principais motivos porque atracam tantos cruzeiros no Moore’s Wharf.

No Verão, também dão emprego a dezenas de residentes da povoação.

Janilyn faz tudo o que pode para facilitar a experiência de quem agora visita a cidade que servia de porta de entrada para aquele reduto aurífero.

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Visitantes peneiram ouro em Skagway.

Quando chegamos enregelados da viagem ferroviária de ida e volta, ela, a família e amigos convidam-nos para nos sentarmos em redor da fogueira a beber cervejas e a comer salmão grelhado.

Na hora da partida, a anfitriã e o marido oferecem-nos sandes daquele peixe suculento e despedem-se numa comoção disfarçada.

Em breve, a família se mudaria temporariamente para o Oregon.

Skagway ficaria de novo entregue à sua solidão invernosa.

Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
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Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
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Arquitectura & Design
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Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
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Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
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Cerimónias e Festividades
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Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
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Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
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Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
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Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
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Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
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Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
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À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
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Ilhas
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
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Inverno Branco
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Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
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Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
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Natureza
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O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
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A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
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Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
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Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.