Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão


Gentlemen Club & Steakhouse
Anúncio móvel na caixa de uma camioneta promove um clube masculino e casa de bifes de Las Vegas.
Boas-vindas exuberantes
Uma das famosas placas de acolhimento de Las Vegas, neste caso, à baixa da cidade.
Pennies
Neon no interior de um casino da Strip.
Limo Vegas
Veneza no Nevada
Gôndolas ancoradas no Venetian, um hotel de Vegas.
Aposta no Verde
Peões aguardam pelo fim da luz vermelha em frente a um casino.
Uma esfinge norte-americana
Estátua decorativa do hotel-casino Luxor.
Paris em Las Vegas
Cópia da torre Eiffel do hotel Paris Las Vegas destaca-se muito acima da Strip.
Máquinas de fazer dinheiro
Máquinas de jogos emprestam alguma cor e luz à sala de jogo lúgubre de um casino.
Classic LV
Modelo promove uma exposição de carros clássicos.
Flamingo
Neon garrido do hotel-casino Flamingo, um dos mais antigos de Las Vegas.
Negócio Dourado
Decoração exuberante no cimo do casino-hotel Harrahs.
Cidade de Luz
Rastos de luzes de trânsito em redor do hotel-casino MGM.
Clone de Elvis
Imitador de Elvis posa junto a um Cadillac igual ao que o ídolo conduziu.
Paris em Las Vegas II
Cópia da torre Eiffel do hotel Paris Las Vegas destaca-se muito acima da Strip.
Hotel-Casino-Zoo MGM
Espectadores e tratadores observam um leão exibido pelo hotel casino MGM.
The Strip
Perspectiva da Strip ao anoitecer.
Auto-Idolatria
Matrícula personalizada homenageia Elvis Presley, presença frequente nas salas de espectáculo de Vegas.
À moda do Lácio
Roda da Fortuna
Slot-machine temática destacada num casino.
Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.

Estão instalados o lusco-fusco e as cores garridas da Strip de Las Vegas quando os repuxos do Bellagio se voltam a elevar.

Como a quadrilha de Danny Ocean em “Ocean’s Eleven”, uma multidão expectante deixa-se deslumbrar pelos movimentos graciosos da água.

A banda sonora, “Time to Say Goodbye” (“Con te partirò”) de Andréa Bocelli e Sara Brightman, confere ao espectáculo um retoque extra de solenidade e dramatiza um momento de requinte e esplendor que, apesar de repetido até à exaustão, é sempre concorrido.

A iluminação e os flashes, disparados vezes sem conta, geram um clarão interactivo que envolve o hotel e, por alguns minutos, relega para segundo plano a restante cidade.

Terminado o show, a assistência desfaz-se aos poucos e regressa à realidade imprevisível de Vegas.

Transeuntes detêm-se para admirar a coreografia de repuxos exibida pelo hotel-casino Bellagio.

Do lado oposto da avenida, um exército de mexicanos dispostos ao longo do passeio desafia o glamour envolvente com roupas andrajosas e olhares de miséria sem solução: “ … girls, girls, girls… “ sugerem aos transeuntes enquanto distribuem pequenos flyers de mulheres de sonho, nuas, que a promoção oferece a partir de 50 dólares.

Os flyers rejeitados acumulam-se no chão. Formam um tapete de lascívia que os locais já se habituaram a pisar. Não é motivo para grandes escândalos, afinal “What Happens in Vegas, Stays in Vegas”.

Uma das famosas placas de acolhimento de Las Vegas, neste caso, à baixa da Cidade do Pecado. E do Perdão.

O Sonho de Ben “Bugsy” Siegel que deu Origem à Cidade Surreal do Pecado

A fama libertina de Las Vegas vem de longe, da sua fundação em 1905, quando a concentração de casas de entretenimento adulto lhe granjeou o título de cidade do pecado e atraiu gente de todos os cantos do país e do estrangeiro.

O dinheiro, tantas vezes sujo mas fácil, o espírito de aventura que lhe era inerente fizeram deste oásis perdido na vastidão árida do Deserto do Mojave – a que os primeiros exploradores espanhóis chamaram Vegas (prados) – a maior urbe norte-americana fundada no século XX.

Hoje, apesar de ser apenas a 28º em termos de população (cerca de 560.000 habitantes), Las Vegas continua a ocupar um lugar à parte no imaginário da nação ianque e do mundo.

Fachadas garridas de um trecho da Strip.

Tudo começou com um dos sonhos tresloucados de Ben “Bugsy” Siegel que ali arriscou a sua reputação e muito dinheiro ao abrir um casino esplendoroso de inspiração tropical a que chamou Flamingo. Passou por uma fase de desenvolvimento em volta da Fremont Street, hoje uma mini-amostra do que se tornou a Strip.

Pouco tempo depois, o Las Vegas foi introduzida a uma modernidade anunciada pela passagem do caminho de ferro que ligava Los Angeles a Salt Lake City.

Desenvolveu-se desenfreadamente graças a projectos de construção apoiados pelo governo federal e à legalização do jogo que permitiu ao estado do Nevada e a Las Vegas cruzar a Grande Depressão sem sobressaltos, acolher uma base da Força Aérea e uma das grandes auto-estradas oriundas do sul da Califórnia.

Pórtico de mais um dos muitos hotéis-casinos, o Bally’s.

Com o advento da Guerra Fria, o Nevada recebeu ainda um dos mais activos test sites nucleares dos Estados Unidos. A determinada altura, as explosões estilhaçavam janelas dos casinos da Downtown todos os meses. A animação depressa foi incorporada no espírito “the show must go on”.

Várias Miss Mushroom Cloud oficiais promoveram as facetas atómicas do estado em campanhas turísticas radioactivas.

Todas as sextas, ou ainda antes, se algum feriado o conceder, as longas estradas de acesso à capital do jogo enchem-se de carros apressados por condutores ansiosos. São muitos milhões os viciados em apostas dos Estados Unidos.

Máquinas de jogos emprestam alguma cor e luz à sala de jogo lúgubre de um casino.

O Jogo Pelo Jogo, a Fortuna, a Ruína, e as Luzes da Fama

Assim que as vidas o permitem, uma parte considerável conflui para as suas roletas, slot-machines e mesas de cartas favoritas. Ali, possuídos pela ganância, aprisionados nas salas cavernosas e fumarentas dos casinos, perdem a noção do tempo e do razoável.

Dos mais insignificantes aos sumptuosos – como o Wynn, o Bellagio, o Caesar Palace e o MGM -, os casinos decoram as suas paredes com imagens sugestivas dos ganhadores. Os jornais divulgam-nos, com pompa, dia após dia.

Os falidos, esses, surgem apenas nas listas de devedores dos bancos e das empresas de crédito, de procurados pela polícia e, em casos extremos de desespero, das morgues.

Roda da Fortuna

Existem ainda aqueles que jogam “dólar a dólar” para preencher um vazio existencial. E os que podem perder por pura diversão por, de tão ricos, serem quase imunes aos estragos.

Hollywood, Beverly Hills e a Mulholand Drive escondem-se logo ali ao lado, por detrás das encostas litorais da vizinha Califórnia. A viagem de jacto privado de LAX é tão curta que não chega para saborear uma garrafa de champanhe.

As estrelas aproveitam a proximidade. Desembarcam para ocupar lugares reservados ad eternum nas UltraLounges VIP dos casinos.

Algumas destas estrelas – actores/comediantes/cantores – alargam a sua órbita de fama à cidade. Assim que pisam os palcos mais prestigiantes de Vegas ou lá filmam, passam a dela fazer parte.

Assim aconteceu com Elvis, Frank Sinatra, Cher, Bette Middler, Celine Dion, Seinfeld ou o britânico Elton John, todos eles protagonistas de espectáculos concorrentes sempre esgotados.

Cópia da estátua da Liberdade diante do hotel-casino New York New York.

Até o célebre vizinho canadiano Cirque du Soleil, de início familiar e alternativo, moveu mundos e fundos para responder ao recrutamento de várias corporações presentes em Vegas.

As suas produções locais – Mystere, O, Zumanity, Ka, The Beatles- Love, Believe e Viva Elvis – são exibidas em seis dos hotéis mais importantes da cidade. Tornaram-se, elas mesmas, de certa forma, corporativas.

Las Vegas: uma Recreação Tresloucada de Lugares Famosos do Mundo

Para compensar a falta de referências internacionais do Nevada, Las Vegas e, sobretudo a Strip, foram geradas com base em clonagens e franchises culturais internos e externos.

O próprio nome Strip foi tomado de empréstimo da Sunset Strip de Los Angeles. Com o passar do tempo, substituiu o original Arrowhead Highway.

Perspectiva da Strip ao anoitecer.

Ao invés de aborrecerem, estes plágios arquitectónicos e conceptuais suscitaram enorme interesse num público em que predominavam os pouco viajados americanos.

Continuaram a ser produzidos, sempre em função da capacidade de entretenimento e facturação deste american playground.

A Strip tem actualmente 6.1 km, preenchidos na quase totalidade por edifícios e complexos de visuais dramáticos como o Mandalay Bay, que assinala a sua extremidade norte e o futurista Stratosphere que delimita a sul.

A torre imponente do hotel-casino Stratosphere que abriga uma montanha-russa no topo.

Entre ambos, impõem-se vários dos maiores casinos e resorts do planeta e 19 dos 25 maiores hotéis do mundo, por número de quartos.

Nos melhores anos, passam pela cidade quase 40 milhões de pessoas.

O Brilho da Cidade do Pecado, Sobretudo da Longa e Luminosa Strip

Para as impressionar, a iluminação dos edifícios e das ruas, em geral, é de tal forma potente que, vista do Espaço, a área metropolitana de Las Vegas revela-se a mais brilhante à face da Terra.

A Strip acolhe também as duas maiores empresas de jogo do Mundo à data da criação deste texto: a Harrah’s Entertainment e a MGM Mirage.

Rastos de luzes de trânsito em redor do hotel-casino MGM.

Como tributo à imagem da marca, esta última dá-se ao luxo de exibir ao público leões, tigres brancos e outros felinos, nas suas instalações megalómanas.

Estamos a quase 14.000 quilómetros de França. Ainda mais de Itália e do Egipto. Ainda assim, surgem em Las Vegas uma reconstituição de Paris que contempla os indispensáveis Arco do Triunfo, Campos Elísios e Torre Eiffel.

Cópia da torre Eiffel do hotel Paris Las Vegas destaca-se muito acima da Strip.

Destaca-se da Strip uma pirâmide de Luxor protegida por uma esfinge.

E a mini-Veneza do Venetian em que circulam gôndolas subtilmente movidas a motor, para compensar, conduzidas por gondoleiros trajados a rigor, alguns cantores de ópera.

Gôndolas ancoradas no Venetian, um hotel de Vegas.

Ao cruzarmos a avenida, a fantasia continua, desta vez, entre os piratas e corsários do Treasure Island. Prolonga-se pelo imaginário greco-romano do imperial Caesar.

Estátuas com inspiração romana anunciam o hotel-casino Caesars.

Seja qual for o espaço, as instalações revelam-se requintadas e acolhedoras, refrescadas ou aquecidas por sistemas de ar condicionado poderosos que protegem os visitantes das temperaturas sufocantes do Verão, quando as máximas chegam facilmente aos quarenta graus.

E das gélidas do Inverno, que roçam os zero.

Para espanto geral, nos últimos anos, a concorrência desenfreada e o estado decadente da economia dos E.U.A. (que à data da criação deste texto) derretia o poder de compra dos norte-americanos) gerou diárias de hotéis e preços, de uma forma genérica, bastante acessíveis.

Panorâmica do trecho da Strip para lá do lago do hotel-casino Bellagio.

Principalmente de Domingo a Quinta, verdadeiras instituições como o Bellagio e o Stratosphere oferecem quartos e refeições divinais por valores em que custa a acreditar. São os japoneses, sempre abastados, e os europeus  quem mais beneficiam e se surpreendem.

Elvis Presley, Celine Dion, Elton John, Seinfeld e Todos os Outros

Os passeios da Strip não fogem à esfera do espectáculo barato. Servem de sala a um sem número de imitadores, promotores e artistas tantas vezes empresários de si mesmos.

Elvis Presley está vivo em Las Vegas. Além de presente em determinadas capelas da Downtown, aparece multiplicado ao longo da Strip.

É raro o visitante que deixa a cidade sem uma foto sua abraçado a um King trajado a rigor.

Os sósias quase nunca cobram assim de caras mas apressam-se a sugerir: “A contribution would be just fine … one of ten or even … twenty if you don’t mind …

Imitador de Elvis posa junto a um Cadillac igual ao que o ídolo conduziu.

Por cachês bem mais altos, de 1969 a 1976, Elvis Presley actuou em Las Vegas numa média de dois concertos por dia, (um durante a tarde e outro à meia-noite).

Dependendo da sua disposição, certos espectáculos foram mais curtos ou mais longos, mais ou menos vivos e contagiantes. Entre tanta actuação, contaram-se, claro está, alguns dos seus momentos inesquecíveis.

Vegas ficou-lhe eternamente agradecida.

Duas décadas antes, durante a febre de construção iniciada pelo Flamingo, foram outros os entertainers, só ligeiramente menos famosos.

Enquanto os magnatas apoiados pela máfia elevavam o  esplendor da cidade ao nível dos últimos andares dos seus  hotéis-casinos, chegavam novos grupos de dançarinas topless, de França, inclusive.

Neon garrido do hotel-casino Flamingo, um dos mais antigos de Las Vegas.

Por forma a credibilizar os palcos demasiado despidos foram então contratados nomes já famosos do showbizz norte-americano. Frank Sinatra, Liberace e Sammy Davis Jr, estiveram entre os pioneiros.

Nos dias que correm, os espectáculos diversificaram-se. Uns, resumem-se a experiências de Stand Up Comedy de sucesso, transpostas de outras partes do país, como o exótico Carrot Top, Terry Fator, David Spade ou o ocasional Seinfeld.

Outros, revelam-se mega-produções multi-disciplinares e tecnológicas. E se o Cirque du Soleil vinha a monopolizar este tipo de shows, a recente inauguração do elegantíssimo hotel-casino Wynn, implicou a entrada em cena de um concorrente digno de registo, o Le Revê.

Cúpulas em estilo Disney do hotel-casino Excalibur.

O próprio acesso à sala, feito através dos corredores e átrios avermelhados, aveludados e brilhantes do Wynn deixa perceber algo especial. Lá dentro, revela-se o único aqua-theater de Las Vegas.

Assim que a acção tem início mergulha, nada, dança, salta e representa um elenco de 85 artistas ágeis capazes de combinar força, sensualidade e drama num mundo anfíbio e aéreo de fantasia que encanta o mais céptico dos espectadores.

De volta à Las Vegas real, nem tudo é tão elegante. À saída do Wynn, um semáforo no vermelho detém um pequeno grupo de pedestres e um camião adaptado para fazer de outdoor móvel.

A tela exibe um anúncio sedutor.

Uma loura irresistível surge deitada sobre um sofá, de cabeça reclinada e olhos fechados numa postura de pura provocação e volúpia.

Anúncio móvel na caixa de uma camioneta promove um clube masculino e casa de bifes de Las Vegas.

O texto, em dourado, remete para a origem supostamente sofisticada de tal preciosidade. E é directo: ”Treasures. Gentlemen’s Club & SteakHouse”.

Estamos em Las Vegas. Na Cidade do Pecado, tudo tem perdão.

Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Sentosa, Singapura

A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
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O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
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O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
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Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
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Crocodilos, Queensland Tropical Australia Selvagem
Vida Selvagem
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O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
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