Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo


Horseshoe Bend
Adolescentes espreitam as profundezas da Horseshoe Bend, um meandro caprichoso do rio Colorado, nas imediações de Page.
Colonos & Colonizados
Bandeiras dos E.U.A. e da Nação Navajo ondulam próximo da Navajo Bridge.
Veias da Colonização
Estradas percorrem a extensão avermelhada do Planalto do Colorado.
Entering Navajo Reservation
Placa à entrada da Navajo Bridge assinala a entrada em território da Nação Navajo.
Navajo Bridge
Os vãos de aço da Navajo Bridge que atravessam o desfiladeiro porque flui o rio Colorado, no Marble Canyon.
À frente da chuva
Roulotte RV (Recreation Vehicle) afasta-se de uma frente de ar húmido.
Rio Colorado
Rio Colorado flui por um desfiladeiro profundo junto à Navajo Bridge.
Marina à pinha
Centenas de embarcações de recreio ancoradas na marina de Wahweap, nas imediações de Page.
Live Elevated
Outdoor dá as boas-vindas a quem entra no Estado do Utah, a norte do Arizona.
Esse no Deserto
Trânsito vence um S de uma das estradas que atravessa o Marble Canyon.
Desfiladeiro de Mármore
Carros percorrem um vale entre vertentes coloridas do Marble Canyon.
Multi-Destinos
Indicadores de estradas junto a um cruzamento do Marble Canyon.
Lago Powell
Arco-Iris acrescenta cor ao cenário excêntrico do lago Powell, junto a Page.
TIR
Camião aproxima-se de Kayenta debaixo de uma forte ventania.
Navajo
Nativo da naão navajo junto de uma das formações emblemáticas do Monument Valley.
De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.

Um vento poderoso castiga o deserto e, como é suposto nestes confins norte-americanos, arrasta arbustos rolantes de um lado para o outro das rectas infindáveis da Highway 89.

Mas nem a tempestade de areia nem os tumbleweeds incautos perturbam a trajectória soberana do Buick Le Sabre clássico que conduzíamos, em cruise control, há já milhares de quilómetros.

Separavam-nos 160 km de Page.  Percorremos a distância em três horas com uma paragem estratégica no Navajo National Monument para admirarmos a antiga aldeia índia de Betatkin, abrigada sob a cavidade enorme de uma falésia, à imagem da vizinha do Colorado, Mesa Verde.

Chegados ao destino, instalamo-nos e recuperamos de algum cansaço rodoviário acumulado.

Page: uma Negação do Deserto

Deselegante e improvisada, Page é a porta de entrada para o segundo maior reservatório de água dos E.U.A, aumentado em 1963, pela construção da barragem Glen Canyon que rentabilizou o caudal imenso do lago Powell.

Marina à pinha

Centenas de embarcações de recreio ancoradas na marina de Wahweap, nas imediações de Page.

Este, surge como uma gigantesca miragem de azul, aconchegada na vastidão desolada em redor. O privilégio da sua visão e da diversão que proporciona atrai viajantes dos estados vizinhos mas também um pouco do resto do país e do mundo. Mas foi o trabalho e não o lazer que deu origem a Page.

A obra confirmou-se longa e exaustiva. Exigiu o esforço permanente de milhares de trabalhadores migrados. As casas que lhes foram atribuídas e os negócios que vieram atrás, acabaram por formar a cidade.

O futuro da barragem parece condenado por uma seca prolongada que, desde 1999, diminuiu o reservatório para metade da capacidade, expondo petróglifos, arcos, grutas, pegadas de dinossauros e outras atracções antes submersas.

Mas, mesmo encolhido, o lago preserva um forte encanto, reforçado por muitos dos seus 3200 km de costa encaixarem na fronteira com o místico Utah, a que acabamos por fazer uma ou outra breve incursão.

Live Elevated

Outdoor dá as boas-vindas a quem entra no Estado do Utah, a norte do Arizona.

Às vezes na ida, outras no regresso, encontramos pontos elevados que revelam uma vastidão quase marinha e as centenas de barcos-casa alinhados na marina Wahweap, ancorados até à chegada das férias e das famílias proprietárias.

Questionamo-nos se, ao ritmo a que a água é consumida por cidades sedentas como Phoenix, Las Vegas e Los Angeles, as embarcações não estarão, dentro em breve, em doca seca.

De regresso ao Arizona, desviamos para a excêntrica Horseshoe Bend do rio Colorado.

Rio Colorado

Rio Colorado flui por um desfiladeiro profundo junto à Navajo Bridge.

Ali, alguns visitantes receiam chegar-se à margem elevada e trocam gritos surdos: “Não arrisques mais Kerbie, este turbilhão é do pior!”. Só mais dois passos, Will. Dois passos e já devemos ter vista”.

Não demoramos a perceber o porquê da comoção. Apesar de  travado à superfície pelas elevações que despontam do deserto, o vento subia da garganta profunda do rio com uma força descomunal e provocava rajadas e redemoinhos violentos.

Redobramos os cuidados.

Um, mais recolhido, fica a segurar os pés do que se adianta, enquanto este, deitado sobre a rocha, enfrenta o pior do turbilhão mas tem o privilégio de olhar para baixo e contemplar a ferradura perfeita esculpida pela erosão fluvial com mais de 300 metros de profundidade.

Horseshoe Bend

Adolescentes espreitam as profundezas da Horseshoe Bend, um meandro caprichoso do rio Colorado, nas imediações de Page.

Sobrevivemos à acrobacia e deixamos alguns discípulos adolescentes a seguirem o exemplo. Quando voltamos ao carro, ocorre-nos se não teríamos inspirado uma tragédia.

Progredimos para o sul do Arizona paralelos ao leito apertado do Little Colorado e reparamos que toda a região está a ser invadida por uma frente fria empurrada por nuvens de um azul cada vez mais escuro.

Enquanto conduzimos em direcção ao Marble Canyon, a temperatura acompanha a descida acentuada.

Desfiladeiro de Mármore

Carros percorrem um vale entre vertentes coloridas do Marble Canyon.

Mesmo já fora de época, somos prendados com um nevão surpresa que reduz a visibilidade a um quase nada mas que, por o frio não ser suficiente ao nível do solo, nunca chega a pintar a paisagem de branco.

O Colorado surge-nos agora de frente. Atravessamo-lo primeiro a pé, a contemplar o seu desfiladeiro inundado e, logo, no carro, por um dos dois braços da Navajo Bridge e de regresso ao ponto de partida.

Navajo Bridge

Os vãos de aço da Navajo Bridge que atravessam o desfiladeiro porque flui o rio Colorado, no Marble Canyon.

Esperava-nos em Page um voo panorâmico sobre o grandioso Planalto do Colorado.

Nos Céus Navajo do Arizona

Às 7h 45 da manhã seguinte, já estamos no aeroporto. Dizem-nos que o vento amainou e se mantém dentro dos limites em que a Westwind Air Service costuma voar. Recebemos a informação com uma inevitável desconfiança que só aumenta quando vemos sentar no cockpit um piloto feminino de visual adolescente.

Experiente para a idade, Jerrine Harrel tem pouco a temer. À boa maneira hiper-confiante norte-americana saúda os passageiros com um sorriso rasgado, passa-nos o briefing de segurança e faz levantar a pequena avioneta para os céus de novo cristalinos do Arizona: “Senhoras e senhores, acreditem no que vos digo.

Nunca mais vão esquecer estas vistas.”

Veias da Colonização

Estradas percorrem a extensão avermelhada do Planalto do Colorado.

Mesmo, a priori, concordamos sem reservas. Tão cedo não teríamos outra oportunidade de fotografar do ar uma superfície terrestre como aquela. Assim, abstraímo-nos dos saltos abruptos que a aeronave vai sofrendo e fazemos disparar as máquinas provavelmente vezes demais.

Sobrevoamos o âmago do gigantesco lago Powell em que descobrimos recantos e recortes impensáveis. Passamos por cima de Page e pairamos sobre a imensidão escarlate do Planalto do Colorado, esculpida ao longo da pré-história.

Vemos morros sedimentares e mesetas perdidas no nada, cursos ramificados de rios extintos, arcos de pedra, agulhas de rocha projectadas do solo e colinas pontiagudas. Pelo meio, também uma ou outra povoação improvável algures entre os dois e os trinta ou quarenta trailers ferrugentos, entregues à aridez e às cascavéis.

Para leste, a superfície erodida prenda-nos com uma concentração surpreendente de outras esculturas geológicas exuberantes. Suspeitamos que estamos sobre o Monument Valley e a narração da piloto confirma-o. Jerrine faz a avioneta circundar a área por duas vezes. A exclusividade da paisagem é ilusória.

Lá em baixo, a Navajo Nation permanece entregue aos seus indígenas acoboiados.

Da Tundra Alasquense à Integração nos E.U.A.

Crê-se que as tribos Athabaskan que deram origem aos navajos migraram para o sudoeste dos E.U.A. em 1400 d.C. vindas do leste do Alasca e do noroeste do Canada. Ao entrarem em contacto com a civilização Puebla, adoptaram as suas técnicas de cultivo e as produções agrícolas.

Dos colonizadores espanhóis – que lhes chamaram pela primeira vez navajos – assimilaram o hábito de criar animais em manadas e rebanhos para alimentação e para trocar por outros géneros. Seguiu-se a aprendizagem da tecelagem e da produção de roupas e mantas.

Por volta de 1860, os espanhóis perceberam que os navajos possuíam milhares de cabeças de gado, vastas áreas cultivadas e um passado de expansão territorial, de redefinição da sua identidade e da ligação com os vizinhos Pueblos, Apaches, Utes e Comanches que oscilava entre as incursões bélicas e o comércio.

Mas os apaches estavam também no caminho dos conquistadores. Cumprindo a tradição, estes, inauguraram um longo período de ataques e pilhagens aos índios.

Nativo da naão navajo junto de uma das formações emblemáticas do Monument Valley.

Alguns anos mais tarde, os Estados Unidos expulsaram os espanhóis e os mexicanos da zona e assumiram a anexação do território navajo com recurso a uma rede estratégica de fortes. Irados devido à construção de caminhos de ferro, à exploração mineira e à invasão, em geral, os navajo retaliaram como nunca.

Em simultâneo com a carnificina da Guerra Civil Norte-Americana, os anos de 1860-61, revelaram-se de tal maneira castigadores para os colonos e militares que ficaram conhecidos como “The Fearing Time”.

A reacção não se fez esperar. Com base no Novo México, as forças da União comandadas por Kit Carson queimaram sistematicamente os cultivos dos navajo.

A Violência da Long Walk e a Marginalização que se Seguiu

Levaram-nos primeiro à rendição e logo à condenação da Long Walk, uma deportação infame em que cerca de 9.000 homens, mulheres e crianças tiveram que caminhar no deserto durante quase 500 km até Fort Summer, onde o governo dos Estados Unidos tinha instalado Bosque Redondo, a primeira grande reserva índia.

Colonos & Colonizados

Bandeiras dos E.U.A. e da Nação Navajo ondulam próximo da Navajo Bridge

Após 18 dias de marcha, contaram-se mais de 200 mortos.

Daí em diante, as autoridades militares conseguiram manter e controlar os navajos nessa e noutras reservas que aumentaram de dimensão até ao seu território original.

Muitos nativos foram integrados no exército como batedores mas as permanentes agressões dos colonos civis e o preconceito impediram um melhor relacionamento entre os dois povos. Nos dias que correm, esse fosso étnico e cultural continua por resolver.

Como parte da Navajo Nation, o Monument Valley Navajo Tribal Park nunca foi integrado na rede norte-americana de National Parks.

Entering Navajo Reservation

Placa à entrada da Navajo Bridge assinala a entrada em território da Nação Navajo

De acordo, todos os dez dólares pagos pelos visitantes revertem para o sustento do povo navajo que, após uma longa disputa com os governos federais, conquistou igualmente uma legislação (assente no código tribal), um Conselho e Tribunal Supremo próprios – instalados na capital Window Rock – bem como o direito de dispor de forças de autoridade autónomas.

A Inusitada Mestria Militar dos Indígenas Navajo

Apesar da relação bipolar que os nativos norte-americanos sempre mantiveram com Washington, os navajo conquistaram, aliás, uma curiosa reputação militar. São famosos os seus code talkers recrutados pelos Marines durante a 2ª Guerra Mundial para o teatro do Pacífico, com o fim de transmitirem mensagens tácticas secretas via telefone ou rádio, com base nos dialectos indígenas.

Para muitos nativos, esta e outras colaborações nunca tiveram a recompensa devida. Alguns anos antes, os Estados Unidos tinham negado aos Navajo assistência social porque os indígenas viviam numa sociedade comunal. Mais recentemente, o financiamento federal da sub-nação indígena tem-se provado insuficiente para suprir a interioridade e as lacunas que a vitimam.

Durante a segunda metade do século XX, a mineração de urânio e de carvão representaram uma fonte de rendimentos significativa.

Mas a procura de urânio diminuiu e, mais grave que isso, a população navajo desinformada acerca dos malefícios da radioactividade sofreu graves danos ecológicos e biológicos que, em 2005, levaram ao cancelamento da extracção.

Sabe-se, hoje, que as terras da Navajo Nation abrigam os recursos minerais mais importantes de todos os domínios nativos dos Estados Unidos mas os navajos continuam a depender de outras actividades.

O artesanato e o turismo complementaram-se e se muitas famílias contam com artesãos, alguns dos seus elementos também se vestem de cowboys para representarem os protagonistas em falta.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Cidades
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
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Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
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A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
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Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
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Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

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Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

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Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
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Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
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À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

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Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
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A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
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Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
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Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

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Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.