Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas


Amanhecer sobre o High Camp
Don, o Carregador
Trilho acima
Sol sobre a Crista
Caravana a Caminho
Trilho Nevado
Tabuleiro Dal Baht
Conquista para a Posteridade
Bênção da Estupa
Em Fila
Pequeno Glaciar
Mais uma Ladeira Nevada
Nepal Communist Party
Benção de Bandeira Lungta
Povoado Nepalês
Quase em Muktinath
Muktinath
O Bob Marley Hotel
Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.

O cansaço era já tal que, nem o vendaval sibilante da noite nem o conforto espartano do quarto, nos levou o sono.

Das 22h às 4h, mesmo com o oxigénio da atmosfera reduzido, renovamos energias para o percurso extremo que nos esperava.

Despertamos algo titubeantes. Recompomos as mochilas e certificamo-nos que o carregador, Don, acordava e se preparava.

Nestes preparos, chegamos às cinco da manhã.

Com recurso à luz dos frontais, mudamo-nos da ala dos quartos para o edifício principal do High Camp, lugar da cozinha e dos sempre ansiados pequenos-almoços.

Quando entramos, damos de caras com Josh, o parceiro de caminhada que tinha ficado para trás em Yak Karka, a tentar perceber se os restantes membros do grupo estariam ou não em condições de prosseguir. Nem todos estiveram.

Rejubilamos por o voltarmos a ver. Era dos parceiros de circuito com quem melhor nos dávamos, ao ponto de juntos, nos termos metido em caminhadas de aclimatização e em apuros mas deles termos saído rejuvenescidos e ainda mais unidos.

Também Josh nos pareceu feliz pelo reencontro.

Não conhecia mais ninguém naquela levada de caminhantes. Sentia algumas dores de cabeça típicas do Mal de Montanha. Poder fazer-se ao temido Thorong La, na companhia de amigos, sempre suavizava o repto.

Momentos depois, Sara e Manel, juntam-se a nós. Sara “receita” um Diamox a Josh.

Conscientes da sua debilidade e de que, para o habitual, Don só teria que transportar um quinto do peso a que os carregadores nativos estão habituados, passamos-lhe alguns itens.

Era um peso adicional que não lhe faria diferença, mas que poderia salvar a travessia de Josh.

Com o sol a aparecer acima do horizonte, o vento deu de si. Não deixou nem vestígio da nebulosidade que, na noite anterior, tinha gerado um súbito nevão.

Ascensão do High Camp ao Desfiladeiro de Thorong La

Partimos do High Camp pouco antes das seis da manhã. Sob uma meteorologia abençoada e desejada que contribuiu e muito para nos tranquilizar.

O peso da atmosfera dos 4880 metros do High Camp para cima, depressa nos começou a desgastar. Quase todo o caminho rumo ao zénite de Thorong La se provou a subir, nalgumas partes, com inclinação acentuada.

Dávamos cada novo passo, em câmara lenta de homem na Lua.

Todos, sem excepção, nos requeriam respirações profundas, com os pulmões na senda do oxigénio rarefeito em volta, precioso no sangue que nos mantinha quentes e em movimento.

Aos poucos, ascendemos.

Ao contrário de até então, sulcamos uma paisagem toda ela nevada. Subimos por um trilho estreito, com frequência coberto de neve endurecida.

Boa parte do trilho, cortava pelo quase cimo de encostas por que, ao mínimo descuido, rolaríamos sem sabermos onde iríamos parar, ou onde acabaríamos por nos despenhar.

Por essa altura, damos graças pelos crampons ajustáveis às botas que, à última hora, apostámos em comprar.

Conquistamos um primeiro alto panorâmico em que recuperamos o fôlego por mais tempo.

Nesse cimo, ao nos virarmos para trás, percebemos que tínhamos sido dos primeiros a deixarmos o High Camp.

Atrás de nós, com o sol a impor-se às montanhas nas suas costas, os vultos alinhados ao longo do trilho aumentavam.

Junto ao alto em que apreciávamos a sua evolução, surgiam já em fila indiana, caminhantes atrás, retidos pela lentidão dos que seguiam na dianteira, impedidos de os contornarem por fora do trilho, pela aceleração requerida, por a neve poder esconder buracos e, nem que fosse só esse o motivo, pelo precioso bom-senso da montanha.

Na caravana que se adensava, seguiam uns poucos cavalos.

Alguns, carregavam os primeiros desistentes do dia, os que o cansaço e o mal de montanha já tinham derrotado e a quem, de bom grado, os proprietários dos animais cobravam 100 dólares, ou mais, para os carregar até ao lado de lá do desfiladeiro.

Outros donos de equídeos, tal qual rapinas dos Annapurnas, seguiam junto dos caminhantes que lhes pareciam mais exauridos a tentarem convencê-los a recorrerem aos seus serviços.

Desde os primeiros passos que o Circuito Annapurna nos corria de feição. Também não seria ali que soçobraríamos.

Claro está que nos sentíamos ofegantes. Com o coração a querer sair pela boca, as coxas a arderem, cegos pela intensidade da luz directa em altitude e pela sua reflexão ofuscante na neve que nem os óculos de sol pareciam resolver.

Não voltámos a sentir as dores de cabeça e indisposição que demasiada papa de aveia tinha gerado no trecho entre Yak Kharka e Thorong Phedi.

Devagar, devagarinho, derreados, mas a recuperarmos bem sempre que nos detínhamos, atingimos as terras planas do desfiladeiro de Thorong.

Conquista do Thorong La (5416 m) e Celebração a Condizer

A determinado ponto do seu vale, uma profusão enrodilhada de bandeiras budistas de oração lungta quebrava a alvura do cenário.

Parte delas estavam atadas a uma estupa.

Outras, esticadas de uma placa comemorativa do lugar e da conquista respectiva.

Letras douradas sobre um fundo negro versavam: “Thorang La Pass – 5416 mtr. Congratulation for the Success! Hope you enjoy the trekk in Manang. Hope to see you again.

A mensagem tinha erros que, desde então, foram corrigidos.

Quando todos ali nos reunimos, com o céu ainda limpo e o dia soleado, celebramos e fotografamo-nos por conta de cada um, em casal e em grupo.

Até o guia de Sara e Manel que, pelos vistos, também era estreante no circuito e no desfiladeiro, revelou um êxtase que nos divertiu.

Abraçamo-nos, gritamos. Voltamos a fotografar-nos e abraçar-nos, numa celebração que só a visão da casa de chá local a servir bebidas quentes, teve o poder de abreviar.

Mudamo-nos para junto da tea house. Conscientes de que tínhamos conquistado o Thorong La no tempo previsto, sentamo-nos à conversa, a bebermos chá, devorarmos barritas e chocolates.

Brindamos. Voltamos a comemorar.

A quem agora o lê, pode parecer festa em excesso. Tendo em conta a história recente daquele mesmo desfiladeiro, talvez devêssemos ter celebrado a dobrar.

A Tragédia de Outubro de 2014

Recuemos até 14 de Outubro de 2014. Nesse dia, tal como nós havíamos feito, dezenas de caminhantes tinham deixado Thorong Pedi e o High Camp, apostados em cruzar o desfiladeiro de Thorong La.

A época do ano era uma das melhores para a travessia. No entanto, a acção do ciclone Hudhud, que se intensificou Baía de Bengala acima e evoluiu para o coração da Índia, gerou tempestades inesperadas e avassaladoras nas montanhas do Nepal.

Nessa manhã, as temperaturas desceram a pique. Nevões intensos e vendavais apanharam caminhantes no trilho exíguo e instável que vai do High Camp a Thorong Pedi.

Muitos conseguiram refugiar-se naquela mesma tea house em que comprámos os chás.

A determinada altura, o edifício diminuto ficou à pinha.

Mesmo aí, o frio, a iminente hipotermia e o pânico tornaram-se tais que se propagou a noção de que, se ali ficassem, todos os caminhantes pereceriam.

Nesta aflição, muitos apostaram em chegar à segurança do povoado de Muktinath, no fundo das montanhas a norte do desfiladeiro.

Os sobreviventes relataram que o dono da Tea House cobrou dinheiro para guiar o grupo decidido em deixar o abrigo. E, que, logo depois, desapareceu.

Os que optaram por ficar, aninharam-se o melhor que conseguiram e sofreram nas mais de 20 horas em que a tempestade fustigou o desfiladeiro.

Às oito da manhã do dia seguinte, a tempestade amainou.

Quando os caminhantes abrigados decidiram buscar socorro, perceberam que o trilho tinha desaparecido.

Pouco depois, começaram a encontrar dezenas de corpos semienterrados e congelados de outros caminhantes e guias.

Nesses dois dias, a tempestade fez 43 vítimas mortais na região e muitos mais com queimaduras por frio graves.

Boa parte dos mortos e feridos foram encontrados entre o High Camp e Muktinath, o trecho em que já rejubilávamos, apesar de ainda só estarmos a meio, ou nem isso.

Thorong La a Muktinath: de Volta ao Caminho

O que faltava, era a longa descida para Muktinath.

Íngreme, a começar pouco abaixo de glaciares diminutos.

Com mais secções em que o trilho se sumia na neve, no cimo ou a meio de encostas em que, não fossem os crampons, voltávamos a arriscar quedas para fundos indefinidos.

Deixamos para trás a zona em que a neve perdurava. Sobre uma ilha de branco, um grande calhau rosado servia os propósitos propagandísticos de outro dos resistentes do Nepal e dos Annapurnas, entre Manang e Muktinath:

Long Live C.P.N. (Maoist)” versava a inscrição, a vermelho, as cores do Communist Party of Nepal.

Daí, para baixo, o caminho serpenteou sobre um solo cada vez mais pedregoso, danoso para os joelhos.

Foi com enorme alívio que avistámos as primeiras casas de chá e restaurantes, ainda bem acima dos 3800 metros a que se situa Muktinath, a uma hora da aldeia.

O dia continuava luminoso e sem vento. Fazia um calor quase veraneante que há muito não sentíamos.

Sentamo-nos numa mesa cá fora.

Pedimos sumos de frutas, pão tibetano e arroz com vegetais. Livramo-nos do vestuário sintético opressor necessário à passagem por Thorong La.

De troncos nus ou quase nus, deixamo-nos afagar pela aragem, pelos raios solares e pela aura de conquista.

Por volta das 15 horas, nove decorridas desde a partida do High Camp, damos entrada no Bob Marley Hotel de Muktinath. Instantes depois, voltamos a sentir água quente a correr-nos sobre o corpo.

Tínhamos passado pelo apogeu do Circuito Annapurna. A partir daí foi (quase) sempre a descer.

Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna - A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Família em Hobart, Tasmânia, Austrália
Cidades
À Descoberta de Tassie, Parte 1 - Hobart, Austrália

A Porta dos Fundos da Austrália

Hobart, a capital da Tasmânia e a mais meridional da Austrália foi colonizada por milhares de degredados de Inglaterra. Sem surpresa, a sua população preserva uma forte admiração pelos modos de vida marginais.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Cultura
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Sal Muito Grosso
Em Viagem
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Espantoso
Étnico

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Rabat, Malta, Mdina, Palazzo Xara
História
Rabat, Malta

Um ex-Subúrbio no Âmago de Malta

Se Mdina se fez a capital nobiliárquica da ilha, os Cavaleiros Hospitalários decidiram sacrificar a fortificação da actual Rabat. A cidade fora das muralhas expandiu-se. Subsiste como um contraponto popular e rural do agora museu-vivo de Mdina.
Ilha do Pico, a oeste da montanha, Açores, lajes do Pico
Ilhas
Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico

Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Natureza
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Um contra todos, Mosteiro de Sera, Sagrado debate, Tibete
Património Mundial UNESCO
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
La Digue, Seychelles, Anse d'Argent
Praias
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Religião
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Acolhedora Vegas
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.