Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes


Petisco Inesperado
Girafas a pouca distância de Palmwag
O Oásis de Palmwag
Palmwag Lodge, no oásis do rio Uniab
Jovem Embondeiro
Embondeiro à beira do rio Uniab, Palmwag
As Palmeiras do Uniab
Palmeiras e relevo de ocre, Palmwag
Em Busca
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia
Galinhas d’Angola
Galinhas de angola em alerta
Ovni, pisteiro Bosquímano
Ovni, um pisteiro San, ou bosquímano ao serviço do Palmwag Lodge
Eufórbia
Eufórbia, arbusto tóxico comum na Namíbia
Eufórbias em Marte
Cenário marciano da Torra Conservancy,
Estudo do Terreno II
Guias e girafas em fundo, Torra Conservancy
Estudo do Terreno I
Guias de binóculos na Torra Conservancy
Um Percurso algo Marciano
Jipe cruza a Torra Conservancy
Observação
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy
Rinoceronte Negro e Desconfiado
Rinoceronte negro na Torra Conservancy
Ocaso de Palmwag
Ocaso no oásis de Palmwag
Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.

Já vamos com vários dias de novo périplo pela Namíbia.

A viajarmos de Windhoek para norte, o trajecto que se segue depressa trata de nos esclarecer que nos aproximamos da zona mais remota e selvagem do país, o recanto noroeste da província de Kunene.

Após deixarmos o Twyfelfontein Adventure Camp, ainda desfrutamos, por breves minutos, do asfalto novo e suave que servia a zona, os seus vários lodges e o reduto de arte rupestre de Twyfelfontein, património da Humanidade.

A via em que nos metemos era de categoria C. Na Namíbia, ao mínimo descuido, certas estradas C podem significar Carga de trabalhos. De maneira a não perdermos as horas de melhor luz nem na origem, nem no destino, cumprimos o percurso de 1h30, com o sol a pique.

Twyfelfontein para Trás. Rumo a Palmwag.

Tanto a C39 como a C43 a que dá lugar são de areia e gravilha. Como se não bastasse, sulcam montes e vales, ao sabor do leito seco do rio Springbok, noutro dos cenários áridos, escarpados, para o interior do deserto do Namibe.

Pelo caminho, até o nome das povoações ilustra esta secura.

Passamos Spaarwater. Progredimos já entre dois leitos fluviais, o do Springbok e o de um seu distributário. Na iminência de Palmwag, torna-se óbvia, a razão, sobretudo aquífera, de ser da povoação.

Por acção da gravidade e da erosão, uma depressão geológica concentra ainda mais álveos derivados de um rio efémero principal que nasce um pouco mais a norte, nas montanhas Grootberg.

A passagem do Uniab, renovado pelas sucessivas épocas das chuvas, de Novembro a Abril, dá origem a um oásis de palmeiras-de-leque e outras plantas que inspirou o baptismo da povoação.

O Palmwag Lodge, no oásis do rio Uniab

Chegamos a um entroncamento. Uma nova via, a C40, flecte para noroeste. Nós, mantemo-nos na C43, sobre um solo de lixa, ora ocre, ora cinza e de tons intermédios que contrasta com o verde à vista.

Umas poucas bancas de pau-a-pique na beira da estrada, expõem minerais coloridos e algum artesanato.

Como acontece com tantas outras disseminadas pela Namíbia, os seus donos estão ausentes. Aparecem de lares humildes, por vezes, distantes, numa correria e berraria, sempre que um carro se detém.

Uma Pausa na Divisória Veterinária da Namíbia

Um portão barra-nos. Estamos perante o posto de controlo local do Veterinary Cordon Fence, a Linha Vermelha Namibiana, criada para controle da febre aftosa e outras doenças do gado.

Dois funcionários abordam-nos com modos secos. “Podem abrir lá atrás? O que é que levam no frigorífico? Alguma carne ou assim?” “Abrimos, claro que sim, mas só vão encontrar duas malas quase soterradas na poeira. Frigorífico teria sido óptimo. Não nos calhou nenhum!” Ao abrirmos a porta traseira da pick up, os agentes empoeiram-se.

Desmotivam-se de investigarem o que levávamos nas malas. Dão-nos uma folha de registo para assinarmos. Dizem-nos para seguirmos, sem nos desejarem boa viagem.

O Palmwag Lodge que nos ia acolher já só distava 6km. Estava a cinco ou seis minutos finais. Demoramos mais a lidarmos com as vendedoras himba e herero que nos cercam. Outro tanto a atestamos a pick up.

Pela enésima vez desde Windhoek.

Girafas a pouca distância de Palmwag

Instantes depois, voltamos a deter-nos. A uns poucos metros da beira da estrada, duas girafas mordiscam árvores moringas, brotadas como milagres ressequidos do solo pedregoso.

Palmwag Lodge e o Oásis do rio Uniab

Damos com o lodge, quase sobre o rio, integrado no palmeiral e na mancha vegetal densa na sua base, contrastante com as elevações ocre e gráficas em fundo, montes afiados e mesetas.

Por ali, mesmo em época seca, o Uniab preservava uns poucos charcos e lençóis freáticos generosos. Sem surpresa, a água sustém a vida vegetal exuberante. Ambas, atraem uma fauna sedenta.

O quarto em que nos instalamos fica logo acima do ervado que preenche o leito. Ora, entre os extras faunísticos que tornaram o Palmwag Lodge famoso e concorrido, contam-se as visitas frequentes de manadas de elefantes.

O Uniab, as terras baixas nas suas margens e o planalto de Etendeka são habitat de zebras de montanha, vários tipos de antílopes, girafas-angolanas, entre outros.

Gal

Galinhas de angola em alerta

Em função destes herbívoros, também de leopardos, chitas, hienas-malhadas e até de leões, para mencionarmos apenas as espécies mais familiares.

Sobre as quatro e meia da tarde, saímos para explorar o rio e o seu entorno. Ainda perguntamos, na recepção, se há um trilho que nos permita subir às elevações destacadas para lá da margem oposta.

“Haver há. Mas a ideia de virem cá nunca foi servirem de refeição de leopardos ou hienas!

Por isso, vão manter-se do lado de cá do rio e nem sequer desçam para junto do matagal. Nunca se sabe o que se pode por lá esconder.”

Embondeiro à beira do rio Uniab, Palmwag

Rendemo-nos, de uma vez por todas, às evidências. Afastamo-nos.

Descemos apenas o suficiente para fotografarmos uns poucos embondeiros recém-nascidos, com formas de árvores-garrafa deslumbrantes.

Ocaso Resplandecente e um Despertar Madrugador

Com o pôr-do-sol, intensificava-se o risco de por ali cirandarmos. Refugiamo-nos para próximo do jardim e das piscinas do lodge.

Dali, o palmeiral-de-leque ficava entre nós e o ocaso.

Gera silhuetas que nos entretemos a enquadrar e a combinar.

Ocaso no oásis de Palmwag

Parte da fauna diversa que descrevemos, Palmwag tornou-se especial como ponto de partida para avistamento de uma das criaturas raras e em perigo de extinção da Namíbia e do Mundo.

Palmwag e os Rinocerontes Negros em Perigo de Extinção

Falamos do rinoceronte negro do sudoeste africano, uma subespécie de que, até há pouco, Angola conservava de um a quatro espécimes. Bem mais abundantes na Namíbia. Foi também recentemente introduzida na África do Sul, parte de um esforço internacional de preservação.

Estão, em qualquer dos países, sob ameaça de caçadores furtivos pagos para lhes removerem os chifres, há muito considerados terapêuticos ou milagrosos pela medicina tradicional chinesa e, apesar da evolução social e tecnológica da China, ainda com enorme procura.

Estima-se que 70% destes rinocerontes que subsistem em vida selvagem estejam na concessão de Palmwag. São – bem mais que os prolíficos elefantes – o principal atractivo da zona.

Ora, na madrugada seguinte, ainda antes da aurora, íamos sair em sua busca.

Viagem de Palmwag à Torra Conservancy

Partimos rumo a sul, pela mesma C43 que nos tinha levado de Twyfelfontein a Palmwag. À entrada do Inverno do hemisfério sul, faz um frio que o vento gerado pela velocidade do jipe aberto agrava.

Apanhados desprevenidos, embrulhamo-nos o melhor que conseguimos, num poncho felpudo que o guia tinha passado aos participantes.

Sofremos mais de uma hora de briol no breu.

Às tantas, o condutor deixa a estrada principal para uma via mal definida que nos leva para terras mais altas da Torra Conservancy, um de vários domínio namibianos incumbidos de preservar a vida animal.

Jipe cruza a Torra Conservancy

O sol começa a nascer.

Aos poucos, alaranja um domínio marciano que banalizava alguns dos esdrúxulos que havíamos testemunhado na Namíbia:

Eufórbia, arbusto tóxico comum na Namíbia

ondulante, coberto de rochas oxidadas, salpicado de arbustos eufórbia verdes, em cuja seiva venenosa os bosquímanos embebem as pontas das suas flechas.

Acima, outras girafas alimentam-se das suas moringas predilectas.

Guias e girafas em fundo, Torra Conservancy

Deixamos o jipe.

Munidos de binóculos, três guias perscrutam a paisagem.

Ovni, o Pisteiro San entra em Acção

Um deles é Ovni, um jovem bosquímano, como é apanágio dos bosquímanos, perito a seguir rastos e encontrar animais.

Ovni, um pisteiro San, ou bosquímano ao serviço do Palmwag Lodge

Ovni deixa os restantes guias. Inaugura o seu trabalho investigativo, de olhos bem focados no chão.

Ainda o vemos desaparecer para trás da vertente em que pastavam as girafas.

Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia

O duo de namibianos que ficara, faz-nos formar uma fila indiana. Um deles, segue adiante, outro, na cauda.

Caminhamos, a subir, na direcção da montanha mais alta em redor e de uma manada de cabras-de-leque, alinhada lateralmente em vez de, ao comprido, como nós.

Paramos por ali. Sobre o empedrado cor-de-tijolo irregular, entre várias eufórbias que evitávamos tocar.

Os guias voltam a recorrer aos binóculos.

Guias de binóculos na Torra Conservancy

Do Nada, um Rinoceronte Solitário e Desconfiado

Percebemos, por fim, na direcção que observavam, que um grande rinoceronte descia por um vértice entre encostas, e espantava as cabras-de-leque no seu caminho.

Ovni segue-o, a boa distância, até que o rinoceronte se detém e nos sonda, de focinho no ar, a tentar cheirar se constituíamos ameaça.

Rinoceronte negro na Torra Conservancy

Acocoramo-nos todos. Com a sua missão cumprida, Ovni refastela-se numa pequena laje diagonal que quase lhe oferece um sofá.

O rinoceronte mantem a sua posição. Permite-nos observá-lo e fotografá-lo por um bom tempo.

Os guias do Palmwag Lodge ditam a retirada.

E um providencial pequeno-almoço, à sombra de umas poucas árvores em redor de uma nascente e respectivo charco.

Os rinocerontes estão num tortuoso caminho da extinção. Com aquela expedição, tínhamos admirado um deles.

E dado um pequeno contributo para a sua salvação.

Cenário marciano da Torra Conservancy,

COMO IR

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Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
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A Montanha Afiada da Namíbia

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A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
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