PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três


Doca Sombria
Cavalos do Rio
Árvore das Salsichas
Namushasha River Lodge
Derradeiro Deslumbre
Cuando Abaixo
Ocaso Namibiano
Paps
Namushasha River Lodge
Canavial Adentro
Cegonhas de bico-amarelo
Croc
Danças MaFwe II
Danças MaFwe
A Ferradura do Cuando
Desconfiança Paquiderme
Game Drive Nocturno
Ceia das Girafas
Cavalos do Rio II
Rota do Jacanã
Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.

Mesmo se ínfima, quase imperceptível no grande mapa fronteiriço da Namíbia, Angola e Botswana, a faixa de Caprivi depressa nos faz perceber que a devíamos levar à escala de África.

A viagem a partir do Hakusembe Lodge acrescentaria outros 450km aos milhares que já somávamos. Para variar, íamos percorrê-los sobre asfalto.

Tal como dita o bom-senso, em Rundu, voltamos a encher o depósito. Desta povoação, para leste, a estrada B8 alonga-se, recta sem fim atrás de outra, pela savana entre o deserto do Kalahari e o rio Cubango que serpenteava acima.

Contados 200km, atingimos Divundu. Voltamos a abastecer. Por ali, o Cubango curva para sul. Cruzamo-lo por uma ponte moderna. Do lado de lá, ficamos às portas das áreas “Mahango” e “Buffalo” do Parque Nacional Bwabwata, não do sector “Kwando” (Cuando) em que se situava o destino final do dia.

À Entrada do PN Bwabwata, as Desafiantes Popa Falls

Uma vez que por ali passávamos, impunha-se que desviássemos para as famosas Popa Falls. Aproveitamos a abordagem policial do lado de lá da ponte para descobrirmos o caminho que as duas aplicações nos telefones nos davam erróneo. Com a ajuda do agente, cumpridos dez minutos de picada arenosa, registamo-nos numa cabine com cancela.

Cinco adicionais, estamos sobre a margem esquerda (norte) do Cubango, agora já orientado para o Botswana e para o Delta do Okavango a que se entrega sem nunca chegar ao mar.

Contemplamos um trecho do rio repleto de cristas de rocha e cercado de floresta mais alta e mais verde que a savana predominante.

Estas formações ditam um desnível de quatro metros que, por sua vez, acelera o caudal e gera pequenas quedas e rápidos, território de hipopótamos e crocodilos, desaconselhado a devaneios balneares.

Adornada por algumas fotos, a contemplação deixa-nos satisfeitos.

De acordo, retornamos à estrada B8, já com o Okavango (Cubango) a sul. Um grande pórtico confirma a entrada na vastidão do PN Bwabwata.

Transitamo-lo, a boa velocidade. A espaços, entre grandes queimadas realizadas pelas autoridades em modo de prevenção.

Chegados a Chetto, já estamos na região namibiana de Caprivi em vez de na Kavango East.

Os Três Parques agrupados no PN Bwabwata

Ao mesmo tempo, percorremos o Caprivi Game Park, uma das três antigas reservas de vida selvagem que o Parque Nacional Bwabwata congregou, sendo as outras duas a Mahango Game Reserve e o Buffalo Game Park.

Esta reorganização reflectiu a aposta das autoridades namibianas (apoiadas por entidades estrangeiras) na gestão e protecção das suas paisagens e vida selvagem.

Contrasta, em absoluto com o sucedido durante a Guerra de Independência Namibiana, quando as forças armadas coloniais da África do Sul decretaram todo aquele domínio zona militar, expulsaram directores e o pessoal encarregue de as gerir e preservar.

Mesmo tratando-se de área protegida, sucedem-se, ao longo do PN Bwabwata, aldeias tradicionais de beira da estrada. Na maioria, carecem dos seus próprios acessos a água.

Kongola e o acolhedor Namushasha River Lodge

Percebemo-lo pelas filas que caminham pela berma da B8, de baldes nas mãos e à cabeça e que se agrupam a enche-los, em bombas demasiado distantes para o peso da água, mas providenciais.

Quarenta minutos depois, chegamos a Kongola. Voltamos a abastecer. De combustível e de alguns mantimentos. Completamos o pouco que faltava da viagem, já não pela B8 mas por uma estrada que dela flectia para sul, paralela aos meandros do Kwando, um afluente do Okavango, ambos rios volumosos com origem em Angola.

Sobre as 3 da tarde, damos entrada no Namushasha River, um ecolodge situado sobre uma margem elevada, com vista desafogada para uma vastidão de papiro sulcada pelos meandros do rio, tudo isto e muito mais, já integrante do sector Kwando do PN Bwabwata.

Os Meandros e Lagoas do Rio Cuando

Instalamo-nos. Tiramos as medidas ao lodge.

Com atenção especial ao trilho que o percorre de uma ponta à outra, apertado e florestado, entre uma das lagoas fluviais e a ravina que sustinha o lodge.

À nossa passagem, turacos-cinzentos dão o alarme. Alertam as jaçanãs-africanas, os macacos-verdes e não só.

Ao seu sinal, dois hipopótamos submergem, a investigarem que intrusos sondavam o seu território. Eram os primeiros de muitos que admiraríamos.

Incursão ao Pantanal-Canavial Gerado pelo Cuando

Na manhã seguinte, a bordo de um barco apropriado a ziguezaguearmos canavial adentro, o timoneiro e guia Candy revela-nos uma boa parte daquele incrível ecossistema alagado.

De tal maneira especial que foi classificado lugar RAMSAR. Navegamos por colónias de abelharucos ameaçadas por lagartos varanos.

Vemos gazelas e palancas-negras, um rol de garças, cegonhas-de-bico-amarelo e tantas outras aves.

Avistamos ainda crocodilos e, o ponto alto e momento quente daquela incursão, uma manada de hipopótamos, dessa feita, já mais de dez.

Para nosso espanto, para deles se acercar, Candy faz o barco entrar no braço da lagoa que lhes servia de território.

Com memória de um ataque feroz de um hipopótamo contra uma embarcação cinco vezes maior que aquela, em pleno rio Chobe, perguntamos-lhe se tinha experiência, se devíamos estar a aproximar-nos tanto.

“Sosseguem, à distância a que nos mantenho, estes hipopótamos limitam-se a controlar-nos.

Faço isto há muito tempo. Sei até onde podemos ir e por onde podemos passar.”

Fazemos fé nas suas palavras. Só descontraímos de verdade quando ladeamos os cavalos-do-mar em segurança, para fora daquele trecho da lagoa a que chamavam lar.

Retornamos ao embarcadouro e ao Namushasha River Lodge. Já aborrecidos de um breve descanso, voltamos a sair à descoberta, agora na pick-up que conduzíamos.

O Heritage Center às Portas do Namushasha River Lodge

No caminho para Kongola, espreitamos um Heritage Center dedicado às tribos que partilham àquele extremo norte da Namíbia: a Balozi, BaYeyi, a MaFwe e a HaMbukushu.

Já no interior de uma paliçada que emula a tradicional das aldeias locais, um guia explica-nos o lugar. Apresenta uma sequência de exibições levadas a cabo por dançarinos e músicos, em volta de um enorme embondeiro bipartido que, assim nos afiançam, era usado para detectar caçadores furtivos no rio Kwando.

Os dançarinos e os tocadores de jambés entregam-se às danças das suas tribos de corpo e alma. Um deles, protagonista, chega a trepar ao cimo do embondeiro, de onde exibe uma coreografia mística.

Todos suam a bom suar.

As Raízes Angolanas de Moisés Vicente

A sua entrega faz-nos esquecer quase por completo que a exibição emanava do heritage center em vez de uma cerimónia genuína de uma das suas aldeias.

Quando com eles dialogamos, percebemos que um dos jovens homens, de nome Moisés Vicente, falava português.

“A minha mãe trouxe-me para cá muito novo.” explica-nos. “O meu pai pequeno e o grande (avô) estão em Angola. Vivo cá na Namíbia faz já muito tempo, mas ainda consigo falar um pouco como vocês.”

Deixamos o grupo numa amena cavaqueira, Moisés, um pouco à parte, assolado por inquietudes de vida que provavelmente lhe despertámos.

Vamos até Kongola, entre uma profusão de aldeias paliçadas e reais que o heritage center tinha a função de representar.

Parque Nacional Bwabwata: um Game Drive Frenético

Voltamos ao lodge a tempo de sairmos para uma deambulação de barco e, logo, de jipe pelo PN Bwabwata, em busca da sua vida selvagem.

Ora, devemos sublinhar que, do famoso Big Five animal, só não habitam o parque, rinocerontes, avistáveis mais para o sul da Namíbia, por exemplo, no vasto PN Etosha.

Guia o jipe e guia-nos a nós Lector, de olho na paisagem e, ao mesmo tempo, nas pegadas deixadas pelos animais sobre as pistas arenosas.

Ficamos de caras para manadas de búfalos e de elefantes. No caso dos paquidermes, tão frente a frente, que, responsável pelas nossas vidas, Lector retira em marcha-atrás.

Por diante, correm manadas de zebras, de girafas, de distintos antílopes.

Incluindo, para nosso espanto, de palancas-negras. Lector sugere que paremos, de maneira a recuperarmos os corações de toda aquela agitação.

A Vida Selvagem deslumbrante da Ferradura do Cuando

Detém-se sob uma árvore, num lugar aberto e excepcional do sector que vasculhávamos, a Ferradura do rio Kwando.

Ali, atraídos pela abundância e acessibilidade da água, sucediam-se manadas muito maiores, de elefantes, de zebras, de distintos antílopes e mais algumas girafas.

Bandos de babuínos disputavam frutos silvestres recém-caidos.

A partir da Ferradura, Lector segue pegadas de leões que nos afiançava estarem por perto e justificavam um corrupio de manobras. Para nosso desgosto, a vegetação alta ocultava-os.

O ocaso surpreendeu-nos. Galvanizou o céu, como sempre faz, em África.

Durante o regresso enregelante ao lodge, o escurecer impõe-nos uma cogitação perturbadora:

como era possível tudo aquilo ser apenas uma ínfima parte do imenso Parque Nacional Bwabwata.

FICHA DE DESTINO

1 – Windhoek

2 – PN Bwabwata

COMO IR

TAAG – Linhas Aéreas de Angola:  Voo Lisboa – Luanda – Windhoek (Namíbia) em TAAG: www.taag.com por a partir de 750€.

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Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
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Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

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De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
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Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
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Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
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Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
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Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
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Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
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O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
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A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
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São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
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Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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