Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano


A Gruta
Numa Pilha
Colinas de Curoca
Sinal de Vida
Deserto do Namibe
No Cimo
Rio Curoca em Pediva
Museu dos Camiões
Estrada de Lixa
Colina de Curoca
Última Morada, em Curoca
Árvore Cabeluda
Arco da Lagoa
MPLA
Vale do Espírito
Estádio dos Arcos
Acácia
Monte Cársico II
Desfiladeiro
Ocaso de Curoca
À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.

Deixamos Moçâmedes mais tarde do que estávamos a contar.

Apontados ao sul, sulcamos a paisagem inóspita, numa corrida contra o declínio do sol. Iminente, o ocaso dourava e embelezava aquele grande nada sem apelo.

Quando o astro, por fim, se despede, subimos o primeiro dos morros em que se encaixa o casario de Curoca.

Homónima de um outro município angolano situado sobre a fronteira com a Namíbia, este povoado adaptou o nome do rio efémero que por ali passa, pouco antes de se entregar ao Atlântico.

Mesmo humilde e algo incaracterística, Curoca esconde os seus encantos. Haveríamos de lá regressar.

Conscientes do muito que faltava para o destino final, cruzamos o povoado. Prosseguimos EN100 abaixo, à velocidade possível.

O piso provisório revelava-se de tal maneira áspero que, Alexandre Rico, o guia que nos conduzia, preferia tomar escapatórias arenosas, paralelas à estrada.

Chegada ao Acampamento da Orca de Gilberto Passos

Nativo da província, filho de pai angolano e mãe da Namíbia, Alexandre conhecia o terreno.

Malgrado o escuro e, a determinada altura, uma certa indefinição do caminho gerada pelo movimento das areias, 150km e mais de três horas depois, chegamos ao domínio do acampamento Orca e da sua famosa Gruta.

Lá nos recebem o sr. Gilberto Passos e a esposa Isabel. Corteses, aceitam as desculpas devidas pelo atraso. Logo, inauguram um périplo explicativo.

O acampamento Orca fica situado no extremo norte do imenso Iona, o maior parque nacional de Angola. Angolano natural de Malange, Gilberto foi, durante 15 anos, o concessionário exclusivo e administrador.

A sua administração durou o que durou. De 1975 em diante, o alastrar e agravar da Guerra Civil Angolana ditou a captura sistemática de animais do parque, enquanto meio de alimentação de tropas e de caça furtiva geradora de rendimentos.

A guerra arrastou-se até 2002. Mesmo após o seu término, o extermínio da fauna prosseguiu. Só a partir de 2010 começaram a estabelecer-se parcerias financeiras e operacionais com instituições da União Europeia e outras, na esperança de que o parque recuperasse a anterior riqueza animal.

No entretanto, Gilberto preservou o direito de explorar o acampamento Orca, ainda disposto em redor de uma colina formada por incontáveis rochedos ocres e arredondados.

Uns poucos, situados na frente de quem chega e mais emblemáticos, formam a Gruta, o albergue lítico e reputado em que iríamos pernoitar.

Gilberto e Isabel mostram-nos distintos quartos, que nos dão a escolher.

Na sequência, conduzem a comitiva à sala de jantar. Enquanto inspeccionamos várias fotografias de encontros com personalidades de visita à Gruta, os anfitriões ultimam uma surpreendente refeição.

Estávamos bem para o interior do inóspito Namibe.

Não obstante, apoiado por uns poucos funcionários, o casal prenda-nos com uma cataplana digna das melhores marisqueiras, seguida de deliciosas peras doces.

Noite aquecida e Animada em Volta da Fogueira

À entrada do Inverno do Hemisfério Sul e do Cacimbo, faz frio no deserto. Gilberto e Isabel convidam-nos a continuarmos à conversa junto de uma grande fogueira que acendem ali por perto.

Gilberto conta-nos episódios e peripécias da sua já longa vida angolana.

A sua carreira de músico e como lhe permitiu conviver com outros músicos de renome e entreter e animar os militares angolanos, em distintos lugares de Angola e da Guerra Colonial.

Toca-nos e canta alguns êxitos de Zeca Afonso, de Cesária Évora, Duo Ouro Negro e outros.

Derreados da viagem desde a longínqua Moçâmedes, embalados pelas suas melodias, cedo nos entregamos ao sono.

Adormecemos sem nos decidirmos sobre o que era mais especial, se aquele lugar só por si, ou a honra de assim o descobrirmos.

Fosse como fosse, esforçamo-nos por despertar antes da aurora.

Aurora do Cimo do Monte Cársico de “A Gruta”

A essa hora, já uns poucos funcionários tratavam de uma bomba d’água. Indicam-nos a melhor maneira de subirmos ao cimo do monte cársico em que se enquadrava a Gruta.

Afugentamos uns poucos damões-do-cabo (hyraxes) surpresos.

Do topo, contemplamos, a 360º, o Namibe a perder de vista.

Não tarda, apreciamos o Sol emergente dourá-lo e às suas linhas de acácias.

Na distância, três ou quatro burros percorriam a vastidão em busca de água.

Estendemos a contemplação tanto quanto podemos.

Quando regressamos ao solo, pela vertente oposta à da subida, ficamos de frente para uma espécie de estacionamento-museu do acampamento.

Lá se alinhavam quatro velhos camiões, usados, amiúde, durante os anos em que Gilberto foi responsável pelo PN Iona.

Animado pelo expectável convívio e por um debate aceso sobre qual a melhor sequência para o itinerário que íamos seguir, o pequeno-almoço retém-nos para lá hora estimada.

Despedimo-nos, agradecidos por tudo, de Gilberto e de Isabel.

Em Busca do Rio Curoca e das Termas de Pediva

Revertemos na EN100. Por pouco tempo. Instantes depois, Alexandre flecte para leste. Entramos num desfiladeiro arenoso e, por comparação, apertado.

Esse desfiladeiro leva-nos a um trecho distinto do rio Curoca, uma das suas poucas secções que, abastecida por nascentes, se mantinha com caudal.

Brotavam, dali águas quentes.

O pequeno oásis fluvial ladeado de palmeiras ficou assim conhecido como Termas de Pediva. As suas águas, tanto as termais como as convencionais, sustentam um ecossistema, em tempos, prolífico.

Como parte do esforço internacional de recuperação, as autoridades instalaram nas imediações uma estação de rangers do PN Iona.

São dois rangers de serviço, fardados a condizer, que registam a nossa visita e passagem.

De Pediva, inauguramos o regresso, por um caminho, em parte diferente em que nos cruzamos, com vacas, com burros, umas poucas zebras e gazelas que sulcavam um raro feno ondulante, legado por chuvas recentes.

Dois furos aborrecedores voltam a atrasar-nos.

Mesmo assim, por volta das quatro da tarde, estamos de regresso a Curoca.

Algum vento areja a povoação.

Refresca os angolanos que a habitam, gente simples, habituada a que jipes apareçam e deambulem entre o seu casario, em busca de informações, mantimentos ou, como acabou por também nos acontecer, uns jipes aos outros.

As Colinas Descomunais e o Oásis de Curoca

Convergimos para uma das atracções geológicas que deram fama a povoação, as Colinas de Curoca ou, como são igualmente tratadas, Vale do Espírito.

São na prática, um alinhamento colossal de desfiladeiros.

De canyons multicolores de que se destacam formações peculiares, pejados de fósseis que o recuo dos oceanos por ali deixou.

Um tesouro a que moradores de Curoca estão por dar o devido valor.

Cruzamo-nos com um trio de moças que carrega pilhas de galhos sobre as cabeças, fontes de fogo, de aquecimento e de comida cozinhada que substituem outras mais modernas e fáceis.

Atravessamos toda a povoação.

Espantamo-nos ao constatarmos como o leito do rio a torna um oásis, retalhado em pequenos hortos e plantações abastecedores de Moçâmedes e até, mais a sul, de Tongwa, a velha Porto Alexandre colonial.

Num caminho terciário, arenoso e estreito, uma manada de vacas bloqueia-nos a passagem.

Com esse tempo adicional perdido, ao chegarmos aos Arcos, a formação já está a sombra.

Da lagoa, demasiado usada para incontáveis irrigações, nem sinal.

Ainda batidos pelo sol, dezenas de jovens disputam uma partida de futebol poeirenta, na base de falésias opostas.

Voltamos a Moçâmedes.

Recuperamos os pneus e do cansaço.

Na manhã seguinte, retomaríamos a deambulação pelo Namibe, com reentrada Parque Nacional Iona pela entrada norte que dá acesso ao seu imenso domínio dunal.

 

COMO IR

1 – Reserve o seu programa de viagem para Namibe e outras partes de Angola na Cosmos Angola – Viagens e Turismo:  telm./whats App +244 921 596 131

2- Ou, a partir de Lubango, alugue a sua viatura no rent-a-car Fórmula Sul: www.formulasul.com  Tel. +244 943 066 444 ou +244 937 632 348 e-mail: [email protected]

Quedas d'água de Kalandula, Angola

Angola em Catadupa

Consideradas as segundas maiores de África, as quedas d’água de Kalandula banham de majestade natural a já de si grandiosa Angola. Desde os tempos coloniais em que foram baptizadas em honra de D. Pedro V, Duque de Bragança, muito rio Lucala e história por elas fluiu.
Lubango, Angola

A Cidade no Cimo de Angola

Mesmo barradas da savana e do Atlântico por serras, as terras frescas e férteis de Calubango sempre prendaram os forasteiros. Os madeirenses que fundaram Lubango sobre os 1790m e os povos que se lhes juntaram, fizeram dela a cidade mais elevada e uma das mais cosmopolitas de Angola.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Robben Island, África do Sul

A Ilha ao Largo do Apartheid

Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a vislumbrar a Robben Island, aquando da sua travessia do Cabo das Tormentas. Com os séculos, os colonos transformaram-na em asilo e prisão. Nelson Mandela deixou-a em 1982, após dezoito anos de pena. Decorridos outros doze, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Serra da Leba, Angola

Aos Esses. Pela História de Angola.

Uma estrada ousada e providencial inaugurada nas vésperas da Revolução dos Cravos liga a planura do Namibe às alturas verdejantes da Serra da Leba. As suas sete curvas em gancho surgem no enfiamento de um passado colonial atribulado. Dão acesso a alguns dos cenários mais grandiosos de África.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Forte de San Louis, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas
Cidades
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Mini-snorkeling
Cultura
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
A Toy Train story
Em Viagem
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Skyway cruza o Vale de Jamison
Étnico
Katoomba, Austrália

As Três Irmãs das Montanhas Azuis

Situadas a oeste de Sydney, as Blue Mountains formam um dos domínios mais procurados pelos ozzies e estrangeiros em busca de evasão. Atrai-os a beleza natural vista de Katoomba, os penhascos afiados das Three Sisters e as cascatas que se despenham sobre o vale de Jamison. À sombra deste frenesim turístico, perdura a habitual marginalização das origens e da cultura aborígene local.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

USS Arizona, Pearl Harbour, Havai
História
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
Gran Canária, ilha, Canárias, Espanha, La Tejeda
Ilhas
Gran Canária, Canárias

Gran (diosas) Canária (s)

É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Cowboys basotho, Malealea, Lesoto
Natureza
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Avestruz, Cabo Boa Esperança, África do Sul
Património Mundial UNESCO
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Praias
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Religião
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Fiéis cristãos à saida de uma igreja, Upolu, Samoa Ocidental
Sociedade
Upolu, Samoa  

No Coração Partido da Polinésia

O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Vida Selvagem
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.