Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre


Paisagem Cársica
O “Adventure Camp”
Contemplação a Dois
O vale de Aba-Huab
Monte Cársico
Desconfiança nas Alturas
Vale Rosado
Paquiderme
Rio Vegetal
Silhuetas ao Ocaso
O “Adventure Camp II”
Entre Avestruzes
Himba vs Herero
Calau
Curiosidade a Dobrar
Ao Alcance
Estrada fora
Manada ocupada
“Lion Man” e cia
“Adventure Camp”, quase noite
Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.

Não têm conta as rochas e calhaus amarelados, empilhados com a arte dos milénios que compõem a montanha pedregosa, em forma de baleia, a que se encostou o Twyfelfontein Adventure Camp que nos abriga.

Acabados de chegar do litoral de Swakopmund, rendemo-nos num ápice ao surrealismo lítico do lugar. Um trilho-escadaria instalado pelo lodge facilita-nos a ascensão ao cimo do monte, frequentado, pelos hóspedes, sobretudo para contemplação do ocaso.

Há muito e, para sempre, deslumbrados com a peculiaridade da paisagem namibiana, conquistamo-lo mais de uma hora antes, com tempo de apreciarmos a vastidão do sul de Kunene em redor, a uns quase 360º.

Vários outros montes daquele mesmo crumble de dolomite salpicavam-na até perder de vista, intersectados por duas das estradas que servem a zona.

A distância revelava-nos ainda mesetas com topos rosados ou ocres destoantes.

Tanto a norte como a sul da ilha cársica que nos sustinha, insinuavam-se linhas densas de vegetação.

Irrigavam-nas o leito do rio Aba-Huab, por essa altura, subterrâneo mas, chegada a época das chuvas fulminante da Namíbia, uma torrente enlameada que levava tudo à frente.

Como viríamos a compreender, o Aba-Huab e o Huab eram, havia muito, as artérias que concediam a vida.

O Twyfelfontein Adventure Camp provava-se apenas um capricho de requinte no ecossistema ancestral daquele domínio de África.

No Cimo do Twyfelfontein Adventure Camp, à espera da Magia Crepuscular

Com o sol a descer sobre as montanhas a leste, os hiracoides recolhem às suas tocas.

Os hóspedes do lodge aparecem e servem-se de bebidas no bar improvisado entre pedregulhos.

Sentam-se nos assentos providenciados, cirandam pelas orlas panorâmicas da elevação.

O grande astro não tarda a sumir-se.

Tinge aquela Namíbia de rosados, lilases e até purpuras que lhe reforçam o visual já de si extraterrestre.

Escurece.

O Espaço cintilante reclama a sua dose de protagonismo, com rival único nas instalações iluminadas do lodge.

Lá se reunia, em volta da sala de jantar, uma comunidade multinacional privilegiada.

Por aqueles lados, tanto como o ocaso e o arrebol que o remata, a aurora e o seu próprio lusco-fusco representavam estímulos que começávamos a ansiar.

Dormimos aconchegados pela exaustão. Sobre a aurora, saímos em busca do Aba-Huab.

Pelo rio Aba-Huab seco acima

Guia o jipe e guia-nos a nós, Lucas, descendente de família angolana que, quando grassava a destrutiva Guerra Civil de Angola, se viu forçada a migrar para sul.

Lucas esforça-se por nos saudar com o pouco que sabia de português.

Até que outros passageiros o interrompem e reorientam para a incursão.

Passamos por boa parte das tendas do Twyfelfontein Adventure Camp.

Contornamos o monte cársico que o acolhia pelo seu norte. Logo, flectimos para sul e para uma planície coberta de um feno amarelado.

Twyfelfontein e a Fauna em Redor do vale do Aba-Huab

Instantes depois, avistamos avestruzes e antílopes kudus. No encalço de um outro jipe que tinha saído primeiro, Lucas desce para a pista arenosa do Aba-Huab seco.

Seguimos-lhe os meandros e trejeitos, entre árvores mopane, espinhos-de-camelo e outros tipos de acácias em que pululavam calaus curiosos.

Sem que o esperássemos, da folhagem áspera, despontam os pescoços e cabeças de girafas.

Uma, duas, três. Várias mais.

Adultas, crias, numa comunidade relativamente habituada à presença humana e que, como tal, tolerava a nossa aproximação.

Lucas mostra-se satisfeito com aquele avistamento tão rápido e fácil.

Os passageiros a bordo, partilham um mesmo entusiasmo.

Os Elefantes do Deserto de Damaraland

O guia sabia, no entanto, que as vedetas da fauna local eram outras.

De olho nas pegadas e fezes sobre o leito do rio, de ouvido nas comunicações chegadas de outros jipes, depressa as situou e revelou.

Uma grande manada de elefantes do deserto, mais de quinze, por serem de um bioma com menos alimento e água, substancialmente menores do que os seus congéneres da savana verdejante.

Devido a viverem em função da água, humidade e vegetação deste e de outros rios efémeros, habituados a avistarem as gentes namibianas e os visitantes a bordos de jipes.

De acordo, os paquidermes pouco ou nada se importunam ou reagem.

Apenas uma cria mais reguila decide manifestar indignação.

Finge investir e, para gáudio comunal, com a trombinha, atira terra na nossa direcção.

Relembramos que o rio Aba-Huab e o Huab a que se junta são os principais sustentos da flora e da fauna da região.

Há muito que tornam a Namíbia em redor menos desértica e ali atraem e mantêm uma panóplia de espécies.

Aba-Huab e Huab, fontes de Vida Fluvial que vêm da Idade da Pedra

Sabe-se, aliás, que, durante a Idade da Pedra, entre há 6000 e há 2000 anos, a zona era ainda mais vegetada e que os animais a frequentavam em maior abundância.

Encontramos o sítio com maior concentração de arte rupestre da Namíbia, Ui Aes (na língua nativa damara, Twyfelfontein no dialecto afrikans), a meros 9km do lodge homónimo.

Ocupa outra cordilheira de montes cársicos, habitados por lagartos e colónias prolíficas de hiracoides.

Lá, uma guia com pele negróide mas feições quase caucasianas acolhe-nos sob um céu azulão que combinava com o ocre rochoso.

Leva-nos aos petróglifos mais famosos, de entre os quase cinco mil que se estimam.

As Teorias em volta do petróglifo “Lion Man” e de outros mais

Seguimo-la pelo trilho do “Lion Man” assim denominado por conduzir a uma gravura de um leão com uma presa na boca, cinco dedos em cada pata e uma longa cauda levantada em L.

Estas últimas peculiaridades levaram alguns estudiosos a afirmar que se tratava, na realidade, de um homem, para o caso, um xamã a transformar-se num leão.

Na mesma face da mesma rocha ocre, cercam-no uma girafa, kudus e distintos antílopes, rinocerontes e outros.

Em mais de doze aglomerados de rochas próximos, constam também órix, avestruzes, flamingos e zebras.

Determinadas gravuras exibem figuras humanas e humanas-animais, caso do Kudu Dançante.

Outras ainda, revelam padrões geométricos, os animais retratados com linhas de movimento que os estudiosos afirmam serem consequência do transe em que entravam os xamãs durante rituais.

Como acontece com a do “Lion Man”, uma teoria facilmente rebatível.

Nos milénios e na ocupação, seguiram os caçadores-recolectores San, os pastores de etnia KhoiKhoi (damara/nama) que subsistem na Namíbia.

E, em tempos recentes, os colonos alemães e os afrikaners da África do Sul que, pelo menos em parte, substituíram os germânicos nas suas colónias de até à derrota na 1ª Guerra Mundial

Ui Aes / Twyfelfontein: a Inusitada História Colonial

Malgrado a sua importância histórica, Ui Aes / Twyfelfontein só foi declarada Monumento Nacional, pelas autoridades sul-africanas, em 1952. Mesmo assim, permaneceu desprotegido até 1986.

E só em 2007, viu o seu estatuto de Património Universal concedido pela UNESCO.

Como consequência, foi erguido um lodge (o Twyfelfontein Country Lodge) sobre o que é considerado o Lugar das Cerimónias ancestrais. Deparamo-nos também com as ruínas de uma antiga casa rural de estrutura europeia.

Ui Aes / Twyfelfontein manteve-se livre de colonos de origem europeia até pouco depois da 2ª Guerra Mundial.

Por essa altura, uma seca trágica fez com que agricultores bóeres lá se tivessem instalado, na esperança que a proximidade dos rios e uma nascente específica lhes viabilizassem a existência.

Um colono em particular, David Levin, dedicou-se a estudar a fiabilidade da tal nascente, que encontrou, mas de que não conseguiu obter água suficiente para os seus cultivos e criação de gado.

E a Origem não menos Rara do nome Twyfelfontein

Um amigo te-lo-á alcunhado de David Twyfelfontein, traduzível por “David duvida da nascente”, ou “David nascente duvidosa”. Em 1948, o próprio David Levin registou a sua propriedade com esse nome jocoso.

Em 1963, a quinta foi integrada no Plano Odendaal (1963) de reorganização étnica da África do Sul sob o regime do Apartheid.

Dois anos volvidos, mais de uma década após o início da investigação científica das gravuras, os colonos bóeres deixaram a zona, mais para sul e de volta à África do Sul.

O nome Twyfelfontein, esse, ficou, a par com o Ui Aes nativo. Tal como ficaram as milhares de obras de arte da Idade da Pedra locais.

Agora, devidamente valorizadas e protegidas, espera-se que para sempre.

COMO IR

TAAG – Linhas Aéreas de Angola:  Voo Lisboa – Luanda – Windhoek (Namíbia) em TAAG: www.taag.com por a partir de 750€.

Reserve o seu programa de viagem na Namíbia com a Lark Journeys: www.larkjourneys.com

Whats App: +264 81 209 47 83

FB e Instagram: Lark.Journeys

Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
La Paz, Baja California, esquina da capital, com El Quinto Sol
Cidades
La Paz, Baja Califórnia Sur, México

Na Paz do Golfo da Califórnia

Los Cabos e o fundo da longa península acolhem a maior parte dos resorts e dos gringos. La Paz, recebe os seus, mas mantem-se a grande urbe genuína da Baja Califórnia, com um entorno desértico e marinho dos mais exuberantes do México.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Em Viagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Remadores Intha num canal do Lago Inlé
Étnico
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Comunismo Imperial
História
Hué, Vietname

A Herança Vermelha do Vietname Imperial

Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.
festa no barco, ilha margarita, PN mochima, venezuela
Ilhas
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Grand Canyon, Arizona, Viagem América do Norte, Abismal, Sombras Quentes
Natureza
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
ilha de Alcatraz, Califórnia, Estados Unidos
Parques Naturais
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Património Mundial UNESCO
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Praias
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Religião
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Salão de Pachinko, video vício, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Vida Selvagem
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.