Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete


Leme Manual
Pescador manobra uma embarcação tradicional num litoral rochoso dos Borrifos.
Enseada atrás de Enseada
Litoral do Sudoeste remoto de Ilhabela.
Banho frio
Guia Fabrício refresca-se na lagoa abaixo da cachoeira da Toca.
Agitação Tropical
Mar batido nas imediações da praia do Bonete.
Recolha
Pescadores puxam um barco de pesca de Bonete praia acima, para o proteger da maré cheia.
De pé descalço
Guia Fabrício e visitante paulista atravessam um riacho de Ilhabela.
Uma Coroa Vegetal
Bromélia prospera sobre um ramo da Mata Atântica de Ilhabela.
À medida
Sô Deitinho, dono da Pousada da Rosa, de Bonete.
Rampa Árdua
Caminhantes chegam ao cimo de uma ladeira pedregosa e verdejante no caminho para Bonete.
Em doca seca
Barcos dos pescadores de Bonete, a salvo da subida das águas da maré cheia.
Gerente a Condizer
Sô Deitinho num recanto colorido da Pousada da Rosa.
Porto de Abrigo
Barco ancorado ao largo do norte de Ilhabela.
Atlântico Suave
Ondas baixas invadem o areal de uma enseada nas imediações de Bonete.
Acrobacia & Splash
Guia Fabrício desliza no escorrega natural da cachoeira da Toca.
Praia & Mata Atlântica
Enseada abrigada do sul de Ilhabela, nas imediações da aldeola piscatória de Bonete
Acrobacia & Splash II
Guia Fabrício desliza no escorrega natural da cachoeira da Toca.
Praia de Pesca
Abrigo diminuto usado pelos pescadores de Bonete.
Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.

Nos dias que tínhamos já passado em Ilhabela foi-se repetindo a questão “E a Bonete, já foram? seguida do apelo sempre muito enfatizado

“Ah, mas tem que ir!. É uma maravilha!”  Quem éramos nós para duvidar.

Na manhã seguinte à visita ao DPNY encontrámo-nos às 7 da manhã nos escritórios da agência Archipelagus e saímos, desta vez com o Paulo, o guia Fabrício e a advogada espeleóloga paulista Carol.

Paulo conduziu-nos de jipe até ao início da trilha e voltou para trás, deixando-nos entregues às pernas nas quatro horas seguintes. Fabrício e Carol, preocupados com possíveis lesões, ainda levaram a cabo um aquecimento muscular suave.

Rampa da trilha para Bonete, Ilhabela, Brasil

Caminhantes chegam ao cimo de uma ladeira pedregosa e verdejante no caminho para Bonete.

Pela Trilha Verde da Mata Atlântica

O caminho, fechado pela Mata Atlântica cerrada, só muito raramente deixava vislumbrar o Atlântico. Em compensação, pouco depois da partida, presenteou-nos com o avistamento, sempre raro, de uma cobra coral que, apesar do risco, o caiçara Fabrício fez questão de nos apresentar à mão.

Daí para a frente, foi andar e falar sem pressas. Apesar de algumas subidas e descidas, a trilha era suave e, para mais, estavam programadas duas paragens estratégicas para banhos nas cachoeiras da Lage e do Areado.

Guia Fabrício na cachoeira da Toca, Ilhabela, Brasil

Guia Fabrício desliza no escorrega natural da cachoeira da Toca.

A primeira, além de ser realmente refrescante, foi palco de uma exibição acrobática de Fabrício num escorrega de rocha polida que terminava numa deliciosa piscina natural. A segunda, proporcionou mais uns mergulhos e braçadas e, como não podia deixar de ser, um novo ataque dos omnipresentes borrachudos.

A cachoeira do Areado marcava o início do último terço da trilha que, em pouco tempo, deixou para trás a selva densa e revelou, ao longe, a praia e a aldeia de Bonete.

O Deslumbrante Vislumbre de Bonete

O fascínio exercido por Bonete nos restantes ilhabelenses e nos visitantes deve-se tanto à beleza da praia – a mais ampla da ilha, com 600 metros –  selvagem e isolada, como à história única da povoação.

Constituída por uma comunidade caiçara formada originalmente por piratas holandeses, Bonete só há alguns anos recebeu electricidade e telefone.

Enseadas nas imediações de Bonete, Ilhabela, Brasil

Litoral do Sudoeste remoto de Ilhabela.

A ligação com o resto da ilha é possível apenas pela mesma trilha que havíamos percorrido ou, quando o mar o permite, a bordo das enormes canoas (feitas de um só tronco escavado) que os pescadores manejam contra as ondas fortes com uma perícia inacreditável.

O Povoado Pitoresco à Beira-Mar

Por motivos programáticos da viagem, a visita a Bonete teve que ser breve. Houve tempo para recuperar energias com um almoço de cação, acompanhado de arroz com feijão na Pousada da Rosa, explorada pelo pitoresco Sô Deitinho e esposa.

Sô Deotinho, Pousada da Rosa, Bonete, Ilhabela, Brasil

Sô Deitinho, dono da Pousada da Rosa, de Bonete.

Depois, deu ainda para um giro rápido pelo meio da povoação passando pela improvisada Praça da Conversa Mole onde, como os próprios moradores fazem questão de assinalar, “se encontram pescadores, caçadores e muitos mentirosos e continua chegando cada vez mais…”.

Logo após, voltámos à praia onde os homens, uns acabados de chegar da pesca, outros da costa urbanizada e comercial de Ilhabela, recolhiam, em conjunto, as embarcações para as proteger da maré cheia que já se anunciava.

Pescadores em Bonete, Ilhabela, Brasil

Pescadores puxam um barco de pesca de Bonete praia acima, para o proteger da maré cheia

Contra a rotina da aldeia, Fabrício combinou com um seu conhecido o nosso regresso. Segundo nos comunicara, tínhamos que sair às quatro da tarde em ponto.

Se assim não fosse, podíamos encontrar uma rebentação demasiado poderosa à saída da enseada e, por acréscimo, o dono da canoa que nos ia levar corria o risco de, à volta, já não encontrar na praia alguém que o ajudasse a puxar para cima a embarcação.

Regresso a Contar com a Bonança da Maré-Vazia

Como tal, à hora marcada, lá estávamos a bordo, sentados no fundo da canoa para a estabilizar e mais facilmente vencermos a rebentação. A experiência do pescador permitiu-lhe avaliar com precisão as sequências de ondas e fez com que saíssemos com relativa tranquilidade.

Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil

Pescador manobra uma embarcação tradicional num litoral rochoso dos Borrifos

Vencido o maior obstáculo, o resto da viagem até à costa continental da ilha foi de pura contemplação uma vez que, aliados, o vento e o mar, nos encharcaram e impediram qualquer operação fotográfica.

Ao fim da tarde, a luz lateral suave que incidia sobre a ilha realçava as suas formas e cores que ainda não tínhamos tido o prazer de contemplar a partir do oceano.

De Bonete aos Borrifos, onde regressámos a terra, as imagens da paisagem insular crua, vista daquela canoa motorizada barulhenta, são das que mais mais tempo vamos guardar na memória.

São também das que mais contribuíram para dela nos recordarmos como a Ilhabela que é.

Nzulezu, Gana

Uma Aldeia à Tona do Gana

Partimos da estância balnear de Busua, para o extremo ocidente da costa atlântica do Gana. Em Beyin, desviamos para norte, rumo ao lago Amansuri. Lá encontramos Nzulezu, uma das mais antigas e genuínas povoações lacustres da África Ocidental.
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
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HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Ilha do Marajó, Brasil

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Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
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O Troar da Grande Água

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Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

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Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

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Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

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Manaus, Brasil

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Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
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Entre Minaretes do Velho Turquestão

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Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
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O Delírio Mexicano de Edward James

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Singapura

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Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
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Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete
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Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
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Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
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Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
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