Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam


Dia no ksar
Nativos deixam o ksar Ouled Soultane.
Abraço Ancião
Dois anciãos saúdam-se no ksar Oule Soultane.
Moda berber
Mulheres exibem o folclore berber no ksar Douiret.
Cavalaria do Deserto
Grupo de cavaleiros alinhados em frente à bancada do estádio de Tataouine em que se realizou o Festival dos Ksour.
Jóquei
Jóquei tunisino antes do início de uma prova equestre.
Encenação de batalha
Cavaleiros encenam antigas batalhas no deserto.
Corredores do Deserto
Prémios são entregues aos vencedores e participantes de uma prova de atletismo do Festival dos Ksours.
Tuareg
Guerreiro líbio exibe arte de guerra tuareg.
Cenário do deserto
O deserto visto do ksar Douiret, na iminência de uma tempestade de areia.
Conversa Discreta
Motorista da comitiva de políticos fala ao telefone num recanto do Ksar Ouled Soultane.
De volta a Casa
Mulheres descem do ksar Douiret para a planície em redor, a caminho da sua aldeia.
Vida colorida
Mulher exibe dotes de tecelagem durante exibições culturais levadas a cabo em Tataouine.
Reverência Forçada
Participantes do Festival dos Ksours louvam o então Presidente Tunisino Ben Ali, deposto durante a revolução tunisina Primavera Árabe.
Convívio berber
Nativos da região de Tataouine posam contra uma fachada interior do ksar Ouled Soultane.
Acrobacias a cavalo
Cavaleiro galopa de costas ao som de música berbere.
Tuareg
Guerreiro tuareg, parte de uma comitiva líbia que participou no festival.
Quotidiano simulado
Dois nativos berberes observam o trabalho de um ferreiro figurante, no ksar Ouled Soultane.
Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.

Tataouine ganhava nova vida.

Milhares de almas do deserto do Sara, provenientes dos quatro cantos do Magrebe e do Egipto, instalavam-se na povoação

Chegavam por terra, em carrinhas cobertas de poeira fina. Ou em voos curtos provenientes das nações vizinhas. Formavam comitivas desorganizadas e barulhentas que se instalavam um pouco por toda a cidade e arredores, de tendas de inspiração beduína aos hotéis mais luxuosos.

Os nativos de Tataouine estão habituados à esta invasão anual dos visitantes. Identificam com facilidade as origens dos visitantes. Saúdam-nos com salamaleques efusivos e apertos de mão repetidos.

O Mundo (Por Essa Altura ainda Mais Extraterreno) de Tataouine

Não estamos assim tão longe da Europa mas estas portas do Sara estabelecem ainda uma fronteira de exotismo que era famosa em tempos coloniais.

Os franceses partiram da Tunísia no terceiro mês de 1956. Por terras gaulesas, “aller à Tataouine” continua a significar perder-se no fim do mundo. Sem saber como nem porquê, George Lucas conseguiu ridicularizar a expressão.

Filmou parte substancial do episódio IV da Guerra das Estrelas na região circundante. Quando teve que baptizar um remoto exoplaneta das areias para a saga, optou por Tatooine.

Cavaleiros, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Grupo de cavaleiros alinhados em frente à bancada do estádio de Tataouine em que se realizou o Festival dos Ksour.

Enquanto avançamos do centro da capital de província para o hipódromo que acolheria vários eventos do festival, Tataouine parece-nos realmente de outro mundo.

Uma vasta zona de baixas-pressões resiste sobre o centro e norte de África. Estende-se do interior do Senegal, Mali e Níger até à Sicília e à Sardenha.

O manto de nuvens cúmplice rouba o sol escaldante a grande parte do Sara. Em simultâneo, vendavais revolvem as dunas do deserto e pintam a atmosfera do sul da Tunísia de um tom sépia algo marciano.

ksar guermessa, festival dos ksour, tataouine, tunisia

O deserto visto do ksar Douiret, na iminência de uma tempestade de areia.

Atletismos, Corridas de Cavalos, Acrobacias, Danças e Afins

Zulia, uma anfitriã do evento recebe-nos em frente ao hipódromo. Após os devidos cumprimentos, faz questão de avisar: “Está prestes a começar uma corrida. Andem por aí à vontade mas tenham cuidado com os animais. Alguns sentem a excitação no ar e podem dar coices ou morder”.

Não levamos a coisa demasiado a sério. Circulamos entre camelos e cavalos a que os proprietários e os jóqueis dão os derradeiros cuidados. Um veterinário de serviço inspeciona-os com minúcia e tira notas num bloco com páginas pré-formatadas. Está visto que as provas não são a brincar.

Cavalo, Jokei, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Jóquei tunisino antes do início de uma prova equestre.

Passamos para o interior do recinto. Damos com as bancadas repletas de um público agasalhado e curioso que acompanha a chegada à meta dos primeiros classificados de uma meia-maratona. Atrapalham-nos camelos foragidos que teimam em não abandonar a pista.

Os prémios são entregues com pompa e circunstância.

Premiados Atletismo, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Prémios são entregues aos vencedores e participantes de uma prova de atletismo do Festival dos Ksours.

Logo após, têm início exibições de acrobacias montadas que entusiasmam a multidão: cavaleiros que galopam virados para trás. Outros que deles se dependuram e apanham terra do chão. Tudo ao som de tambores e flautas do deserto tocados ao vivo. Tudo narrado em directo por uma repórter radiofónica equipada a rigor.

Entretanto, um exército de peões trajados de jilabas toma conta do recinto. Alinham-se no extremo oposto à bancada a empunharem bandeiras vermelhas e brancas, – as cores da Tunísia.

Assistem à acção oferecida por cavaleiros que galopam de um lado para o outro, a simularem antigas batalhas históricas a que Lawrence das Arábias preferia não ter faltado.

Cavaleiros a Galope, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Cavaleiros encenam antigas batalhas no deserto.

Sem que o esperássemos, tornamo-nos vítimas do confronto.

Perigosos Disparos de Pólvora Seca e os Tuaregues Líbios

Os cavaleiros haviam recebido ordens para dispararem quando se cruzassem em frente ao centro da bancada.

Alguns fazem-no contra o solo, demasiado próximo dos fotógrafos e do público. Ficamos meio surdos.

Como se não bastasse, somos atingidos por pequenas pedras projectadas do chão que nos provocam feridas ligeiras no pescoço e na face. Esses estilhaços e deixam uma espectadora a chorar, com perda momentânea de visão.

Recuperamos do incómodo. Um comentário sarcástico de um colega inglês devolve-nos o bom-humor: “São assim os guerreiros do deserto! Se os tivessem deixado usar pólvora a sério, por esta altura estávamos todos mortos!”

Pouco depois, entra em cena uma milícia tuaregue líbia. Os seus trajes negros, as bolsas vermelhas a tiracolo e os turbantes e véus que lhes revelam apenas os olhos impressionam-nos.

Guerreiros, Libios, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Guerreiro líbio exibe arte de guerra tuareg.

Sentimo-nos intimidados mas, ao mesmo tempo, aliviados. Como armas, usavam apenas punhais. Só com muito azar sofreríamos novos danos.

Uma Já Esperada Apoteose Presidencial

Nos últimos anos e até à revolução tunisina, o grande evento do hipódromo era encerrado em apoteose.

Levava-o a cabo uma multidão de participantes e figurantes que exibiam ao público uma fotografia emoldurada do ex-Presidente Ben Ali, entre bandeiras ondulantes da Tunísia e gritos de apoio incondicional. Isto, enquanto o locutor de serviço assegurava uma longa ovação de pé.

Viva Presidente, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Participantes do Festival dos Ksours louvam o então Presidente Tunisino Ben Ali, deposto durante a revolução tunisina Primavera Árabe.

A realização do Festival dos Ksour de 2012 esteve em dúvida. Foi recentemente confirmada pelos representantes da Associación des Diplomés du Superieur, pela primeira vez encarregada de supervisionar a organização. Ben Ali já não esteve presente, nem em pessoa nem em imagens.

No dia seguinte, o Festival dos Ksour passa a itinerante. Afasta-se da cidade e visita os ksour considerados mais importantes da região.

Acrobacias Cavalo, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Cavaleiro galopa de costas ao som de música berbere.

A Fascinante Itinerância do Festival dos Ksour

Viajamos quase 20 km. Até que damos com uma multidão de pedestres de beira de estrada.

Como nós, dirigiam-se para o ksar de Guermassa, situado num cenário extraterrestre ainda e cada vez mais alaranjado, entrecortado por mesetas longínquas. A subida para o topo da colina deixa bem claro porque o povo berbere ali instalou a sua fortificação.

Mulheres a sair Ksar, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Mulheres descem do ksar Douiret para a planície em redor, a caminho da sua aldeia.

Pelo caminho, informam-nos que está prestes a começar o espectáculo dos aldeãos. Chegamos extenuados mas a tempo de ouvir a música introduzir as danças, protagonizadas por um coro de mulheres trajadas com haiks folclóricos e lenços vermelhos que cobrem as cabeças coroadas por tiaras douradas.

Indiferente à agitação humana, um camelo altivo, também enfeitado, espreita por cima deste grupo.

Grupo Mulheres, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Mulheres exibem o folclore berber no ksar Douiret.

Ao nível do solo, dois anciãos de jilabas brancas protagonizam uma estranha dança bélica.

Circulam num sentido e no outro. As velhas espingardas que mantêm em riste fazem-nos lembrar ponteiros de relógio. Da forma que os manuseiam, os guerreiros de idade, renovam provocações dramáticas e perseguições lentas e contidas.

Quando a exibição termina, mudamo-nos para o ksar Ouled Soultane.

Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Nativos deixam o ksar Ouled Soultane.

O Castelo de Areia Sumptuoso de Ouled Soultane

Ouled Soultane é um dos castelos de areia mais sumptuosos do Magrebe. Agrupa duas estruturas de ghorfas (células de armazenamento de alimentos) construídas em alturas diferentes (séculos XV e XVIII) e repartidas por quatro ou cinco andares.

Ksar, Ouled, Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Nativos da região de Tataouine posam contra uma fachada interior do ksar Ouled Soultane.

Também aqui os aldeões organizaram uma recepção calorosa aos visitantes. Contempla degustação de comida tradicional, música e danças e uma reconstituição do que se crê ter sido a existência das tribos berberes que habitavam o ksar.

Dois outros anciãos encontram-se. Trocam um abraço interminável que nos parece pôr cobro a uma longa separação.

Abraço, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Dois anciães saúdam-se no ksar Oule Soultane.

Perguntamos o porquê de tanta emoção a um organizador que fala francês.

O anfitrião explica-nos com orgulho: “Nunca foi fácil por estes lados. Agora a Tunísia é predominantemente árabe mas já foi berbere. A partir da altura em que os primeiros exércitos islâmicos aqui chegaram, as incursões tornaram-se frequentes e, sempre sob ameaça, as tribos habituaram-se a dar valor à amizade e à solidariedade.

Foram valores que nunca mais se perderam. Estes cumprimentos são apenas uma das suas expressões. Não pensem que só acontecem nestes dias.”

Acompanhamos o festival até o fim e percebemos melhor a honra porque se rege o evento: malgrado todas as adversidades, os povos indígenas do Sara não salvaram só os ksour.

Tecela, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Mulher exibe dotes de tecelagem durante exibições culturais levadas a cabo em Tataouine.

Ao manterem os seus castelos na areia, preservaram as suas identidades.

São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Jaisalmer, Índia

A Vida que Resiste no Forte Dourado de Jaisalmer

A fortaleza de Jaisalmer foi erguida a partir de 1156 por ordem de Rawal Jaisal, governante de um clã poderoso dos confins hoje indianos do Deserto do Thar. Mais de oito séculos volvidos, apesar da contínua pressão do turismo, partilham o interior vasto e intrincado do último dos fortes habitados da Índia quase quatro mil descendentes dos habitantes originais.
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Verificação da correspondência
Cerimónias e Festividades
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Cidades
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cultura
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Em Viagem
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Indígena Coroado
Étnico
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

História
Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
Amigas em Little Venice, Míconos
Ilhas
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Mte. Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Oásis do Atlas Tunisino, Tunísia, chebika, Palmeiras
Natureza
Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas

Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Serra Dourada, Cerrado, Goiás, Brasil
Parques Naturais
Serra Dourada, Goiás, Brasil

Onde o Cerrado Ondula Dourado

Um dos tipos de savana da América do Sul, o Cerrado estende-se por mais de um quinto do território brasileiro que abastece de boa parte da água doce. Situado no âmago do Planalto Central e do estado de Goiás, o do Parque Estadual Serra Dourada resplandece a dobrar.
Aloés excelsa junto ao muro do Grande Cercado, Great Zimbabwe
Património Mundial UNESCO
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Ecohabs do Parque Nacional Tayrona
Praias
Santa Marta e PN Tayrona, Colômbia

O Paraíso de que Partiu Simón Bolívar

Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Sociedade
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Glaciar Meares
Vida Selvagem
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.
PT EN ES FR DE IT