Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista


Travessia entre Jacarés
Três pantaneiros cruzam a lagoa infestada de jacarés da fazenda.
Jacaré Pouco Camuflado
O réptil mais temido do Pantanal a recarregar energias ao sol.
Boiada Intrigada
Vacas desconfiadas pela aproximação de forasteiros do seu pasto.
Pausa para Mate II
Pantaneiros convivem num descanso das tarefas da fazenda.
Mangas a Caminho de Maduras
Mangueira carregada de mangas que estarão maduras com a chegada da estação das chuvas.
Moda Pantaneira
Pantaneiro em trajes tradicionais de trabalho com gado no Pantanal.
Lagarto Camuflado
Outro réptil, semi-camuflado sobre a erva viçosa à beira da lagoa da Fazenda de São João.
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Momento Pantaneiro
Pantaneiro da fazenda num momento de descanso e conversa.
Pitéus Pantaneiros
O buffet de comida regional da Fazenda São João.
Alinhamento Íbis
Íbis-escarlates voam a baixa altura, entre o verde do Pantanal.
O Cardeal do Pantanal
Uma das pequenas aves mais exuberantes do Pantanal.
Ocaso Escondido
Sol desce para o horizonte, atrás de galhos e de uma bruma densa causada pelo calor da tarde.
O Convívio das Araras
Araras-azuis convivem à sombra de uma grande árvore.
Um Ocaso Espelhado
Sol poente doura a lagoa da Fazenda de São João.
Sono de Angola
Galinhas-de-Angola dormem sob um telheiro da fazenda.
Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.

Temos a primeira surpresa ainda antes de partirmos.

O guia encarregue de nos acompanhar falava português. Não o típico português “brasileiro”, muito menos o da região do Pantanal. Expressava-se num português africano.

Quando lhe perguntamos o que o tinha levado até aquele interior do Brasil, tão longe da sua Angola, Coutinho conta-nos que o facto de também falar inglês, lhe abriu a perspectiva de por ali trabalhar na fazenda e em turismo.

A oportunidade pareceu-lhe perfeita, até porque ia continuar a viver no calor.

Agarrou-a assim que pôde.

E continuava por ali, entre a Passo do Lontra e a São João. No caminho entre as duas, sentados na caixa de uma camioneta, conversamos um pouco mais.

Passo do Lontra à Fazenda São João: Viagem pelo Âmago Rural do Pantanal

De terra batida, a estrada provou-se poeirenta e recta, mas repleta de pequenas subidas e descidas forçadas nos lugares em que, durante a época das chuvas e do Pantanal alagado, havia que evitar a sua submersão, sobretudo em redor do grande curso de água mais próximo, o Corixo do Cerrado.

Cruzamo-nos com iguanas e com os inevitáveis carcarás, uma mera introdução à extensão faunística da Passo do Lontra que iríamos encontrar.

Damos entrada na propriedade por volta das onze da manhã, com o calor estival já a apertar. Os quartos, os redários, todos os aposentos privativos, aliás, estavam ocupados.

Instalamo-nos, assim, no dormitório masculino da fazenda, deu-nos ideia de que há muito por usar. Partilhamo-lo com dois grandes sapos que tinham reclamado o “banheiro” como um seu domínio refrescado.

Meia hora depois, Coutinho reaparece. Convoca-nos para uma volta guiada pela fazenda, na companhia de uma guia externa boliviana e dos seus clientes chilenos.

Sor João, o Ancião e Dono da Fazenda São João

Contornamos o pântano no âmago da fazenda quando nos surpreende um senhor já da sua idade, aos comandos de um tractor.

Coutinho informa-nos que se tratava de João Venturini, o dono da propriedade. Como se não bastasse, conduzia um Massey Ferguson, há muito a nossa marca de tractores preferida.

Rogamos-lhe algumas fotos sobre o seu veículo de trabalho. Apesar de pouco habituado a este tipo de atenções e de protagonismo, João Venturini acede.

Posicionamo-nos de maneira a lhe dar o destaque que merecia, e a evitarmos obstáculos de fundo indesejados.

Estamos nesse processo quando sentimos um ardor crescente. Num pé. Logo no outro. Pelos tornozelos acima.

No tempo de percebermos o que se passava, o ardor transforma-se numa aflição generalizada, uma espécie de incêndio biológico.

Estávamos há quase um minuto a fotografar sobre um enorme ninho de formigas-bala (paraponera clavata), assim tratada no Brasil por, com o devido exagero, a sua mordedura causar uma dor comparável à infligida pelos projécteis.

Sôr João Venturini e Coutinho esforçam-se por evitar risadas iminentes. Várias sacudidelas e praguejados depois, antecipamos o término da sessão fotográfica.

À Descoberta do Pantanal da Fazenda São João

Continuamos a afastar-nos dos edifícios da fazenda, ao longo das margens da sua lagoa, que vemos repleta de vegetação anfíbia, decorada por nenúfares, habitada por jacarés juvenis, engordados pela profusão de peixes com que a estiagem todos os anos os brindavam.

Passamos entre mangueiras hiperbólicas, por essa altura, carregadas com mangas ínfimas, miniaturas ainda verdes da fruta suculenta e deliciosa em que o calor abafado da época das chuvas os tornaria.

Enquanto isso, as árvores cumpriam uma outra função.

Araras, Ibis e Tantas outras Aves do Pantanal

Concediam pousos sombrios e protegidos aos bandos de araras que por ali esvoaçavam, entregues aos seus taramelares estridentes.

Ao passarmos sob uma dessas mangueiras, detectamos quatro ou cinco, das azuis, com as suas golas e aros dos olhos amarelos.

Observam-nos, intrigadas, mas menos apreensivas do que contávamos.

Quando, enfim, lhes passa a curiosidade, regressam ao mordiscar conflituoso em que andavam.

Em redor, bandos de íbis-escarlates, guarás-vermelhos, como preferem os brasileiros tratá-los, levam a cabo as suas próprias coreografias de voo, quase sempre ordeiros e bem agrupados.

Primeiro contra a folhagem tropical, logo, pelo firmamento que o calor parece deslavar.

Da comunhão de mangueiras, evoluímos para um pasto encharcado e vasto, sustento e modo de vida das manadas de cavalos que a fazenda fez por aumentar e da boiada que esteve na génese da propriedade.

Fazenda São João, a Fazenda Irmã da Passo do Lontra

Até à sua conversão, a Fazenda São João manteve-se como o retiro rural e pecuário da família Venturini.

Existia como contraponto à Passo do Lontra, uma fazenda fluvial que inauguraram, em 1979, às margens do Miranda para dar resposta a uma crescente procura deste rio e do Vermelho, por parte dos aficionados da pesca.

Com o passar do tempo, a família decidiu oferecer aos hóspedes da Passo do Lontra um dia à descoberta da sua outra fazenda.

Quando os visitantes com ela se encantavam, começaram a reclamar lá passarem noites. Os Venturini acederam. Adaptaram a propriedade a condizer.

Instalaram, por exemplo, o redário em que já não encontrámos vaga. E uma sala de refeições pitoresca, num edifício arredondado de que desponta uma das várias palmeiras do Pantanal, uma bocaiuva ou, pelo menos, assim nos parece.

A Sempre Fascinante Gastronomia Pantaneira

Nesse seu abrigo redado, cozinheiras com figuras e modos de Dª Benta, do velho “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, confecionam, expõem e servem refeições típicas pantaneiras.

Arroz e feijão, macaxeira (mandioca) frita, empadões suculentos e galinha guisada, de tempos a tempos, sacrificadas do bando de galinhas-de-angola que, ao fim do dia, encontramos num sono comunitário sobre as tábuas mais altas do estábulo.

A noite, anunciou-a uma circunferência do sol perfeita, velada por um céu que o braseiro da tarde acinzentara e, assim o quisemos nas nossas fotografias, a ocultar-se atrás dos galhos de um qualquer arvoredo seco.

A noite encheu-se de sons e ruídos misteriosos e mágicos, mesmo ali em redor do dormitório a que chamámos casa.

Bufos de corujas e cantos de mães-da-lua, o coaxar das rãs na lagoa, passos furtivos de jaguatiricas e de antas, rastejares de anacondas. Tudo isto e muito mais ali era de esperar. Até ao despertar do grande pântano.

A aurora traz um alívio da fornalha e até algum orvalho que resiste às primeiras duas horas da ascensão solar. Na lagoa pantanosa, os nenúfares exibem uma frescura exuberante que só a aurora lhes concede.

Os Vaqueiros Pantaneiros da Fazenda São João

Saímos para nova caminhada, entre jacarés em plena recarga, tuiuiús a repararem os ninhos e a mesma boiada do dia anterior, intrigada pela nova invasão do seu pasto.

Ao regressarmos, damos com um trio de vaqueiros pantaneiros da fazenda a regressarem de uma qualquer tarefa a que o gado os tinha obrigado.

Aproximam-se num galope suave. Quando atingem a margem da lagoa, decidem-se pelo atalho e cruzam-na.

A travessia começa tranquila.

Até que, numa zona mais profunda, um cavalo se assusta com um jacaré. Empina e obriga o pantaneiro a dominá-lo, com a mestria dos anos passados sobre a sela.

Jesus e os seus auxiliares desmontam no estábulo. Retiram as selas aos cavalos, recompensam-nos com festas, sentam-se em cadeiras baixas e gozam um descanso ainda trajado.

De chapéus e botas de couro, calças de vaqueta. Cinto dotado de facas e bolsas com outros utensílios.

Descanso com Sabor a Chá-Mate

A conversa flui para um trabalho árduo de aí a uns dias e de como o mesmo labor gerou problemas inesperados numa fazenda vizinha.

Jesus não quer sequer pensar no que aí vem. Apostado em libertar-se do calor e da responsabilidade de ser o exemplo a seguir, enche um corno de mate de água a ferver.

Sorve o chá vitamínico com a leveza de espírito de quem já cavalgou milhentas atribulações daquelas.

Finda a trégua, remete-se à sombra do estábulo e a um estendal sem fim de correias, arreios, fitas e fivelas, alforges, esporas e itens afins.

Ainda tem por ali que fazer, mas o calor e a curiosidade dos forasteiros aliam-se num pretexto justo para adiar a faina.

Em vez, o pantaneiro elegante debruça-se sobre um dos barrotes que servem de cama às galinhas-de-angola.

Deslumbrado pelo lado de lá do Atlântico que lhe contamos, inverte os papéis.

Confronta-nos com duas ou três questões-observações que nos deixam a cogitar, a que responde com a sua forma pantaneira, terra-a-terra, mas tão honesta de ver o Mundo.

Naqueles confins quase paraguaios do Pantanal, o Brasil fazia mais sentido.

Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil
Cidades
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Cavalgada em tons de Dourado
Cultura
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Fim do dia no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia
Em Viagem
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Étnico
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
História
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Bando de Pelicanos-Pardo de olho em alimento
Ilhas
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A Aldeia Floridense Feita de Ilhas

Os descobridores espanhóis baptizaram-na de ilha Púrpura, mas os tons predominantes são os dos incontáveis recifes de coral num mar pouco profundo. Confinada às suas cinco keys, Islamorada mantêm-se pacata, num meio-caminho alternativo entre Miami e Key West, as urbes da Flórida que a prodigiosa Overseas Highway há muito liga.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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Literatura
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A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Vista Miradouro, Alexander Selkirk, na Pele Robinson Crusoe, Chile
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Alexander Selkirk: na Pele do Verdadeiro Robinson Crusoe

A principal ilha do arquipélago Juan Fernández foi abrigo de piratas e tesouros. A sua história fez-se de aventuras como a de Alexander Selkirk, o marinheiro abandonado que inspirou o romance de Dafoe
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
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O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
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O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
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O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
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Religião
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A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
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Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
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Cowboys da Oceania

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Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
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Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.