Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias


A derradeira luz
Silhuetas de gondoleiros definida pelo ocaso, no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba.
Um portal para o passado
Tráfico intenso e diversificado em frente ao pórtico do palácio de Cooch Behar.
À caça de imagens
Gondoleiro move fotógrafos de vida selvagem no lago repleto de aves migratórias da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba.
Volta histórica
Funcionário governamental do palácio de Cooch Behar pedala em frente ao seu local de trabalho.
Confronto de gigantes
Participantes indianos de um safari de elefante admiram um rinoceronte unicórnio nativo da Índia, no PN Jaldapara.
Espelho de Cooch, reflexo de Behar
O palácio majestosos de Cooch Behar, até 1949, casa real do reino homónimo.
Fila indiana
Patos deslizam no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Bengala Ocidental.
Uma boleia sagrada
Transporte inusitado de vacas nas imediações do palácio de Cooch Behar.
Promoções sonoras
Vendedor ambulante ciclista promove os seus produtos com recurso a um grande altifalante.
Travessia colorida
Senhoras de visita à região de Jayanti, na fronteira entre Bengala Ocidental e o reino do Butão, cruzam um riacho do rio Jayanti, diminuido pela época seca.
Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.

Despertamos em Cooch Behar para uma espécie de sonho. O Raj Britânico é história há setenta anos. O Estado Principesco homónimo, seus rajas e marajás há dois menos. Já o batalhão de edifícios majestosos e vermelhos que os acolheram durante séculos perdura destacado do caos sobrepovoado e frenético do distrito a que o Principado foi despromovido.

A própria Circuit House em que tínhamos passado a noite, hoje uma das muitas pousadas geridas pelo governo indiano, fazia dele parte. Deixamo-la às nove da manhã, após um pequeno-almoço que os anfitriões se esforçam por preparar o mais ocidental possível – composto por chá, café guarnecido por torradas e bolachas estilo “Maria” – e nos servem no quarto.

Entramos no carro. Saudamos Raney. O motorista Gurkha arranca para o tumulto rodoviário que se apoderara havia algumas horas da cidade.

Um Jornada pelo ex-Reino de Cooch Behar

Inaugura o seu dia de buzinadelas, guinadas e apertos forçados de condutores rivais que lhe permitem fluir na exuberante enxurrada de camiões folclóricos Tata e Ashok Leyland, dos inúmeros mini-automóveis que substituíram os velhos Ambassadors, de peões, riquexós motorizados e a pedais. De carroças puxadas por vacas e vacas deambulantes algo mais sagradas que as motrizes.

Portão palácio de Cooch Behar, Bengala Ocidental, Índia

Tráfico intenso e diversificado em frente ao pórtico do palácio de Cooch Behar.

Vinte minutos depois, avistamos o alvo da viagem madrugadora. Passamos uma praça de riquexós wala (os movidos por ciclistas) e uma sequência ainda maior de negócios de rua. Sem que o esperássemos, à esquerda desta confusão, uma vedação elegante pouco ou nada perturba a visão longínqua e mirabolante do palácio de Cooch Behar.

Deixamos o carro, para espanto e contentamento dos transeuntes que por ali andavam, pouco habituados à presença de estrangeiros naquelas paragens do subcontinente menos famosas que tantas outras.

Apontamos a um pórtico rendilhado, fixo a duas colunas vermelhas, amarelas e brancas. Inclui capitéis coroados por estátuas do duo elefante e leão, símbolo indiano de realeza. Resolvida a burocracia da bilheteira, fazemo-nos à alameda extensa que aponta ao monumento, perseguidos pelas primeiras famílias de turistas nacionais que usufruíam do descanso sabático em modo de deleite cultural.

Palácio de Cooch Behar, Bengala Ocidental, Índia

Funcionário governamental do palácio de Cooch Behar pedala em frente ao seu local de trabalho.

Na entrada para o palácio em si, um grupo antecipado de visitantes levava a cabo um ritual centrado na partilha de um cântico esotérico. Assistimos ao encerrar da cerimónia. Depois, seguimo-los paço adentro.

As autoridades proíbem a fotografia no interior do palácio. Concentramo-nos, assim, em enriquecer os nossos imaginários do que terá sido a vida elevada e faustosa dos seus condóminos.

A Resiliência Política e Diplomática de Cooch Behar

O estado de Cooch Behar teve origem quase um século após Vasco da Gama ter aportado em Calecute. De 1680 a 1772, viu-se acossado pelo inesperado expansionismo do Reino do Butão, apoiado por forças tibetanas. Receoso de novas e mais poderosas incursões vindas dos Himalaias, a corte de Cooch Behar tomou a medida radical de pedir a intervenção Britânica.

Desde 1600 que a Companhia Britânica das Índias Orientais alastrava o seu domínio na Índia. Na viragem para o século XIX, era já temida. Dharendra Narayan, o marajá de então de Cooch Behar, concordou em pagar-lhe um tributo para que expulsasse os butaneses para o seu território habitual nas encostas dos Himalaias.

Os Britânicos enviaram um regimento de Calcutá que se juntou ao exército de Cooch. Após uma série de confrontos, esta coligação triunfou. Os britânicos recusaram-se a perseguir os butaneses pelo terreno problemático dos Himalaias acima. Preferiram deixar uma guarnição em Behar e declarar súbdito o Estado Principesco de Cooch Behar. Essa indesejada submissão viria a atormentar Dharendra Narayan até ao fim da sua vida.

Neste período, a Companhia Britânica das Índias Orientais foi substituída pela administração directa do governo Britânico, o Raj Britânico que estabeleceu Calcutá como principal entreposto. Apesar de diminuto, o Estado Principesco de Cooch Behar situava-se a pouca distância da capital.

O Palácio despromovido pela União Indiana

Ao longo dos anos, o contacto intenso da realeza de marajás, maranis, descendentes e familiares com o universo dos colonos ditou a sua ocidentalização, uma improvável proeminência na esfera social britânica da Índia, pouco tempo depois, nas de Londres, Oxford, Cambridge e distintas urbes da Velha Ânglia e Europa continental.

Palácio de Cooch Behar, Bengala Ocidental, Índia

O palácio majestosos de Cooch Behar, até 1949, casa real do reino homónimo.

Percorremos as salas e salões arejados e requintados do palácio atentos às fotografias e a outros registos e artefactos que atestavam da duplicidade social, cultural e até étnica, da sofisticação e luxo em que prosperaram as sucessivas dinastias e cortes de Cooch Behar até que, em 1949, quando os Britânicos entregaram a sua Joia da Coroa, o estado acedeu a integrar-se na Índia, parte da província de Bengala Ocidental.

Nem todos os súbditos ficaram ou se sentem satisfeitos com a nova despromoção. Uma associação com a sigla GCPA (The Greater Cooch Behar People Association) é apoiada por Ananta Rai, o marajá sem raj de Cooch Behar. A GCPA conquistou notoriedade por volta de 2005.

Ganhou ascendente em torno da exigência de um novo território homónimo bem mais vasto que o actual e com grau de autonomia C (de A a D, sendo A’s os principais Estados da Índia).  Ou, em alternativa, um Território da União Indiana como o são Delhi ou Damão e Diu, este, politicamente distinto do estado de Gujarat que o envolve.

Ao nos inteirarmos desta reclamação, também comprovamos a fascinante riqueza e complexidade étnica e política de que se reveste a Índia. A GCPA pretende há muito que Darjeeling faça parte desse território.

Dias depois, in loco, inteiramo-nos que a terra do famoso chá tinha saído de um período de três meses de greves e contestação pela exigência de abandonar ela própria a província de Bengala Ocidental e da criação de um estado Ghurkaland que melhor representasse a etnia predominante Ghurka.

Promoções de rua em Cooch Behar, Bengala Ocidental, Índia

Vendedor ambulante ciclista promove os seus produtos com recurso a um grande altifalante

Viajem pelo Sopé dos Himalaias Indianos

Deixamos Cooch Behar entregue à sua contenda e ao saudosismo dos tempos reais. Apontamos a norte e aos Himalaias. Nessa mesma tarde, atravessamos a selva do PN Bruxa, notório pelos tigres residentes, e atingimos o rio Jayanti.

Em vez de um verdadeiro caudal, deparamo-nos com um vasto mar de seixos brancos sulcado por pequenos riachos. Várias famílias indianas entretêm-se a contemplar o cenário meio extraterrestre e a refrescar os pés em poças fluídas. Raney arranja-nos programa melhor. “Sir, madam: come. I got us a jeep, there’s a waterfall you have to see!

Perante a amostra do rio, a sugestão de uma queda d’água deixa-nos de pé atrás mas, sem nada a perder, acolhemos o seu entusiasmo e subimos a bordo do pequeno Maruti Gypsi. Um guia local conduz-nos rio acima, sujeitos a diversas travessias de ribeiros do Jayanti.

Senhoras indianas cruzam um riacho do rio Jayanti, Bengala Ocidental, Índia

Senhoras de visita à região de Jayanti, na fronteira entre Bengala Ocidental e o reino do Butão, cruzam um riacho do rio Jayanti, diminuído pela época seca.

Fa-lo até o mar de pedras afunilar num desfiladeiro dos baixos Himalaias. “Estão a ver aquela mancha da derrocada?” questiona-nos Raney. A partir dali é Butão. Vamos até lá?”

Uma vez mais, demoramos a levá-lo a sério. Entre o que sabíamos do Butão, contava-se que tinha invadido e preocupado anos a fio o antigo reino rival de Cooch Behar.  E que, na actualidade, cobrava a quase todos os forasteiros mais de duzentos euros por cada dia de descoberta do seu território.

Um Breve Incursão ao Reino do Butão

Na brincadeira, meio apreensivos, avisamos Raney que, caso houvesse problema, seria responsável pela despesa. Continuamos a segui-lo, ao guia e a um pelotão de indianos que sabiam de antemão que, como os nepaleses, podiam cruzar a fronteira sem custos.

Atravessamos o Jayanti já mais digno por uma ponte de troncos. Na margem oposta, pisamos oficialmente o Butão. E somos abençoados por um eremita hindu que havia instalado o seu lar e santuário numa laje luxuriante da encosta. A queda d’água provou-se ainda mais banal do que esperávamos.

Fosse como fosse, a partir desse momento, podíamos dizer que tínhamos estado no misterioso Butão. Feitas as contas, a proeza revelava-se extraordinária.

De Jayanti, viajamos para oeste. Cruzamos o Torsha, outro dos rios que irrigam Dooars. Damos entrada no PN Jaldapara onde dormimos e madrugamos para participarmos num dos safaris de elefante a ter lugar das cinco às nove da manhã, por trilhos da selva local.

Do cimo do paquiderme domado avistamos pavões, javalis, búfalos, veados sambar e a criatura vedeta do parque, o peculiar rinoceronte unicórnio nativo do subcontinente que, contra todas as dificuldades, as autoridades da Índia e do Nepal conseguiram que proliferasse de 1900 no início dos anos 90, para 3550, em 2015.

Safari de elefantes, PN Jaldapara, Bengala Ocidental, Índia

Participantes indianos de um safári de elefante admiram um rinoceronte unicórnio nativo da Índia, no PN Jaldapara.

O Lago Represado de Gajoldoba, um Trunfo Pseudo-Ecológico de Dooars

No fim da manhã, prosseguimos rumo ao limiar oeste de Bengala Ocidental. Uma vez mais, neste trecho, outro rio nos detém. Chegamos a Gajoldoba e à ponte formada pelo prolongamento da crista da barragem do Teesta.

Serpenteamos no meio de uma multidão indiana entregue a um exuberante convívio de fim-de-semana.

Dali, para norte, quase até à base da omnipresente cordilheira suprema, estende-se um prolífico lago salpicado por vegetação flutuante.

É pouso e habitat de dezenas de espécies de aves migratórias: patos, larros, tarambolas, mergulhões, garças, cegonhas, tartaranhões entre tantos outros. Um verdadeiro delírio para os mais obcecados observadores de pássaros.

Patos no rio Teesta, em Gajoldoba, Bengala Ocidental, Índia

Patos deslizam no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Bengala Ocidental.

As autoridades sediadas em Calcutá têm na calha um projecto de ecoturismo para Bengala Ocidental. O seu ministro chefe baptizou-o de “Brilho Matinal” numa alusão à reflexão intensa gerada pelas águas pouco mexidas e que, mesmo àquela hora tardia, contra o sol poente, tínhamos dificuldade em confrontar.

Não podíamos esperar pelo dia seguinte quanto mais pela concretização do projecto. De acordo, metemo-nos num dos barcos de madeira movidos por gondoleiros locais e zarpamos de imediato.

Fotógrafos na barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia

Gondoleiro move fotógrafos de vida selvagem no lago repleto de aves migratórias da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba.

A essa hora, só nós, outra dupla de fotógrafos de vida selvagem e três pescadores sulcávamos o enorme lago e perturbávamos a paz dos inúmeros espécimes asados.

O passeio soube-nos a uma revigorante evasão. Para desespero do barqueiro, prolongámo-la até ao ocaso dourar e, logo, rosar aquele cenário espelhado de Dooars, o fascinante portal indiano dos Himalaias.

Fim do dia no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia

Silhuetas de gondoleiros definida pelo ocaso, no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba

Os autores agradecem o apoio na realização deste artigo às seguintes entidades:  Embaixada da Índia em Lisboa; Ministry of Tourism, Government of India; Department of Tourism, Government of West Bengal.

Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Sombra de sucesso
Cerimónias e Festividades
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Homer, Alasca, baía Kachemak
Cidades
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cultura
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
kings canyon, Red centre, coracao, Australia
Em Viagem
Red Centre, Austrália

No Coração Partido da Austrália

O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, mulher Rarámuri
Étnico
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Forte Galle, Sri Lanka, Ceilão Lendária Taprobana
História
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Ilhas
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Natureza
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Parques Naturais
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Selfie, Muralha da china, Badaling, China
Património Mundial UNESCO
Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China

Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Religião
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.