Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos


Um halo cristão
Luz artificial amarela a igreja colonial de São Francisco de Assis, sobre o lusco-fusco.
Bandelier
Uma escada dá acesso às habitações escavadas na rocha puebloanas de Bandelier.
Lares de Taos
Casario ancestral de adobe do Taos Pueblo, no Novo México.
Fé sobre azul
Uma das muitas obras decorativas da cidade de Taos.
Beatriz e Joseph
Nativos de Taos em repouso à entrada de uma das casas de adobe de Taos.
Uma vida adobada
Vida tranquila e de adobe do Taos Pueblo
Adobe em branco
Pormenor da entrada da igreja de adobe do Taos Pueblo.
Marca dos Guerreiros II
Espécie de totem identificativo à entrada de um rancho de Taos
Rio Grande Gorge Bridge
A ponte sobre o desfiladeiro profundo do rio Grande
Rio Grande, estrada Grande
Carro percorre a State Road 68, com o canyon do Rio Grande em fundo.
A Marca dos Guerreiros
Entrada de um rancho nos arredores de Taos.
De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.

Novo México Acima, a Caminho de Taos

Por alguma razão esta zona do sul interior dos Estados Unidos ficou conhecida por “Terra do Encanto”. Justifica-se que se orgulhe do título ao ponto de as autoridades a usarem como epíteto e o escarrapacharem nas matrículas dos carros do Novo México pelo menos, desde 1999.

Seguimos num carro californiano. Na viagem entre Albuquerque e Santa Fé, surpreendem-nos temperaturas negativas.

E um nevão de toca-e-foge que depressa congela o deslumbre rodoviário em que andávamos. Quase tão rápido como chegara, o tempo frígido rumou a outras paragens.

Desviamos caminho para oeste, apontados ao Bandelier National Monument. Quando lá damos entrada, a desejada combinação de céu limpo e sol radioso abençoava-nos uma vez mais.  Tínhamos dado com os primeiros testemunhos grandiosos que a civilização ameríndia Puebloana deixou a estes confins do Novo México e aos estados vizinhos do Colorado, Utah e Arizona. Não seriam, nem de longe, nem de perto, as últimas.

Bandelier National Park, Novo México, Estados Unidos

Uma escada dá acesso às habitações escavadas na rocha puebloanas de Bandelier.

O Legado Puebloano do Bandelier National Monument

Caminhamos montes e encostas acima e abaixo, intrigados quanto a como, entre 1150 e 1600 d.C. se tinham instalado e prosperado em grutas e aberturas escavadas em grandes paredões de rocha e leitos de rio do Planalto de Pajarito. Exploramos as suas moradias quase milenares durante duas horas a fio. Só não prosseguimos porque, no entretanto, o sol descera mais do que esperávamos.

Taos ainda distava uma hora e meia. Apontamos a Española. Apanhamos a State Road 68 e seguimo-la na companhia do Grande, um de vários rios famosos e cinéfilos da nação ianque.

Mais abaixo no mapa, o Grande deixa o Novo México e entra no Texas. O seu caudal sinuoso marca, ali, o limiar sul deste estado e estabelece a fronteira, ziguezagueante a condizer, dos Estados Unidos com o México.

Estávamos bem a norte dessa raia que o The Donald (Trump) tornou tão polémica. A mesma fronteira em que o sempre soberbo John Wayne faz do Coronel Kirby Yorke, na liderança de um posto de cavalaria infernizado pelos índios apaches que, na longa metragem homónima lançam sucessivos raides a partir do lado mexicano.

O Grande que perseguíamos era outro, recém-nascido. Contava com umas poucas centenas de quilómetros desde a sua nascente, formada pelo  aglomerar de riachos nas montanhas San Juan do Colorado.

Ao Longo do grande Rio Grande

Road 68 acima, vimo-lo passar nas imediações de sucessivas povações com nomes hispânicos: Santa Clara, Española, Pueblito, Alcalde, La Villita, Los Luceros, Velarde, Embudo, Rinconada e por aí fora.

Rio Grande Gorge Bridge

A ponte sobre o desfiladeiro profundo do rio Grande

A determinada altura do seu curso, o rio atraiçoa a RD68. Parte com a 570 e, pouco depois, com a 567, para norte. Nós, mantemo-nos fieis à State Road 68, rumo a Taos.

Chegamos já sobre novo anoitecer gélido a tempo de nos refugiarmos num motel de beira de estrada conveniente, o Super 8. Lá nos instalamos à pressa.

Mas, mudamos de ideias e de saímos disparados em direcção à igreja de San Francisco de Assis, um dos templos missionários da região, situado em Rancho de Taos, ainda hoje, palco de missas regulares.

Vindos de Santa Fé, já nos tínhamos habituado aos edifícios de adobe ora elegantes ora elegantes e monumentais do Novo México.

State Road 68 com o Rio Grande em fundo

Carro percorre a State Road 68, com o canyon do Rio Grande em fundo.

Peregrinação à Igreja Deserta de San Francisco de Assis

Erguida pelos Padres Franciscanos entre 1772 e 1816, a igreja revelar-se-ia apenas mais um. Isto, se a sua origem histórica não fosse a de escudo de fé contra os ataques frequentes dos índios Comanche de que os colonos se viram vítimas.

Àquela hora quase nocturna não encontramos vivalma. Nem de índios nem de cowboys, de padres franciscanos ou qualquer que fosse o género humano válido no Novo México, diga-se de passagem. Mesmo assim, ficamos a fotografá-la sob um crepúsculo que o avançar do tempo tornou religioso.

igreja de San Francisco de Assis, Taos, Novo México, Estados Unidos

A igreja de San Francisco de Assis, um deslumbrante legado colonial de adobe

Afinal, estávamos perante uma das igrejas mais pintadas e fotografadas dos E.U.A. As orgulhosas autoridades de Taos reclamam que o é, aliás, do mundo inteiro.

A sua arquitectura colonial hispânica terá parecido humilde aos frades que a delinearam e supervisionaram. Hoje, essa simplicidade adobada e amarelada é vista como uma incrível expressão de subtileza da elegância. Justificou a adolação de Georgia O’Keeffe e de Ansel Adams, entre tantos outros pintores e fotógrafos, de artistas em geral.

Nem condicionados pelas nossas próprias limitações e pela reverência perante o edifício, queríamos deixar de dali levar um bom registo fotográfico. Esperamos, assim, pelo momento em que o amarelo-torrado da fachada iluminada e o azul da abóbada celeste mais resplandecessem e fazemos as nossas fotos, rendidos a uma trilogia distorcida do templo, da cruz de Cristo e da estátua branca de São Francisco de Assis.

A Caminho de Taos

Uns minutos depois, o breu apoderou-se do cenário. Desde o nascer do sol e de Santa Fé que vínhamos a viajar e a descobrir o âmago pós-colonial do Novo México. Àquela hora tardia, sobrava-nos uma réstia de energia. Ansiávamos pelo repouso no Super 8, o tal motel situado num vale amplo entre o já distante limiar do Deserto de Chihuahua e as montanhas de Sangre de Cristo.

A aurora prenda-nos com uma meteorologia igual à antecessora. Saímos disparados para Taos. Pode até parecer estranho mas, estávamos de tal maneira intrigados quanto ao que encontraríamos no velho Taos Pueblo que atravessámos a Taos cidade sem nos determos.

Quando verificamos o caminho no mapa, reparamos numa realidade curiosa. Até então, o rio Grande tivera o protagonismo fluvial do Novo México.

A Inesperada Confluência Fluvial do Planalto de Taos

Ali, onde Taos e o povoado secular homónimo se haviam instalado, os rios e acequias (canais) eram muitos mais. Fluíam o Lucero e o Pueblo de Taos. Estes, ramificavam-se em vários cursos secundários e voltavam a unir-se. Mais para sudoeste, o Pueblo de Taos render-se-ia ao Grande.

Todos estes fluxos irrigavam e alisavam um planalto aluvial situado acima dos 2.000 metros. Muito devido à água gerada pelo degelo a norte, a aridez do Deserto de Chihuahua dava lugar a uma área de transição para as montanhas que anunciavam as terras altas do Colorado, os seus prados e florestas. Entendíamos, assim, porque os nativos escolheram há muito esta zona para se instalarem.

Uma Aldeia de Adobe Milenar

Estacionamos à entrada de um descampado terroso. Para diante, impunha-se um conglomerado excêntrico de casas de adobe por pintar, umas empilhadas sobre as outras. Formavam uns cinco níveis habitacionais. E retalhos com arestas arredondadas, à primeira vista uniformes mas que compunham uma geometria geral inusitada.

Taos Pueblo, Novo México, E.U.A.

Casario ancestral de adobe do Taos Pueblo, no Novo México.

Nos pisos térreos mais à mão dos visitantes, encontrávamos lojas exíguas e escuras de artesanias: a Taos Indian; a Dancing Hummingbird.

A maior parte, anunciava olaria, trajes e bijutaria. Uma em particular, promovia ainda contadores de histórias.

Avançamos rumo ao coração da aldeia. Sentamo-nos num banco de um lar avançado, de adobe, claro está. Um adobe tão puro que, da sua argila gretada, ainda saía palha amarela. Sem aviso, um casal abre uma porta vermelha e senta-se ao nosso lado. Eram Beatrice e Joseph, irmãos Pueblanos de etnia Tiwa. Perguntam-nos se precisamos de ajuda. Destas suas boas-vindas, a conversa veio a fluir em redor do mundo.

Conversas em Redor da Genética

“Sara, tu pareces Navajo, sabes?” Para a co-autora Sara, era mais uma etnia/nacionalidade a adicionar à sua lista. Uma porque não contava.

Nativos de Taos, Novo México, E.U.A.

Nativos de Taos em repouso à entrada de uma das casas de adobe de Taos.

Até já tínhamos visitado e percorrido a Navajo Nation a norte do Grand Canyon e em redor do famoso e cinéfilo Monument Valley. Por razões que só a razão conhece foi, ali, no povoado de uma das tribos que em tempos mais rivalizaram e guerrearam com os Navajo, que a Sara se viu confrontada com tal comparação.

Os Antigos Pueblanos desta zona também são agora popularmente conhecidos por Anasazi. Ora, Anasazi é o termo há muito usado pelos Navajo para designar os seus “antigos inimigos” do sudoeste. Os descendentes dos Puebloanos desaprovam-no. Preferem ver a sua etnia tratada por Puebloanos Ancestrais. Fosse como fosse, naquele pueblo inverosímil de Taos, continuávamos em paz, entre indígenas amigáveis.

A Sara passou para o lado dos nativos. Quando contemplei o trio, não pude deixar de constatar e sentir uma base sólida na observação de Beatrice e na semelhança dos três visuais: os olhos rasgados e escuros com sobrancelhas incompletas. Os cabelos pretos e lisos e as peles de tons parecidos, o da Sara mais com a de Beatrice.

Como eu a via, a face masculina tostada e marcada pelo sol do tímido Joseph fazia dele um meio-caso à parte. Para mim, Joseph era um verdadeiro pele-vermelha, sem nada de pejorativo.

Continuamos a tagarelar à sombra e retomamos a observação de Beatrice “É que o meu pai é chinês.” explica-lhe a Sara, o que traz à baila a grande migração paleolítica dos povos asiáticos para as Américas pela Ponte Terrestre de Bering. O tema dar-nos-ia muito que falar. Na prática, concordamos em que deveriam partilhar os três uma mesma base genética de há uns 15 ou 16 mil anos atrás.

Vida no Taos Pueblo, Novo México, E.U.A.

Vida tranquila e de adobe do Taos Pueblo

A História de Resiliência de Taos

Estima-se que Taos tenha sido fundada em redor do ano 1000 d.C. É o mais setentrional dos vários Pueblos do Novo México. Lá residem o ano inteiro cerca de 150 pessoas e, muitas mais, partilham as suas vidas entre casas modernas na cidade de Taos em redor (durante o rigor do Inverno) e os seus pequenos negócios no Pueblo, quando a meteorologia suave das restantes estações do ano o permite.

Já a cidade de Taos para que, não tarda, nos mudámos – na origem Don Fernando de Taos – resultou da colonização que se seguiu ao domínio espanhol dos Puebloanos.

Taos Pueblo, Novo México, E.U.A.

Casario ancestral de adobe do Taos Pueblo, no Novo México.

Taos – a cidade – passou por revoltas indígenas contra os missionários e os encomenderos. Mais tarde, integrou o México. E com a supremacia político-militar dos E.U.A. sobre o México que resultou na entrega de boa parte do Norte Mexicano e do Novo México, também Taos mudou de “donos”.

E a sua Nova Era Artística

A excentricidade colonial de adobe de Taos, cedo atraiu uma catadupa de almas criativas. Na viragem para o século XIX, a cidade acolheu os primeiros artistas, entusiasmados pela inspiração daquelas paragens tão distintas dos E.U.A.

As obras da comunidade local de artistas e os seus estúdios, entretanto considerados históricos, ajudaram a notabilizar a povoação e a lá chamar forasteiros curiosos, como nós.

Decoração de rua, em Taos, Novo México, E.U.A.

Uma das muitas obras decorativas da cidade de Taos.

Outros dos seus edifícios emblemáticos é casa de Kit Carson, um lendário pioneiro norte-americano, caçador de peles, agente de assuntos índios que intermediou incontáveis disputas entre os colonos e os indígenas, mais tarde, promovido a oficial do exército dos Estados Unidos.

Carson permanece sepultado nas imediações do lar-museu, junto da terceira esposa Josefa Jaramillo.

Enriquecida pelo seu extraordinário passado multi-étnico, multinacional, multi um pouco de tudo, Taos prossegue no trilho da sua história, mais viva que nunca.

Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

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Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

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Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
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Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
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Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
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Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
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Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.