PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca


Acácia sem Saída
Duo do Pasto
Má Camuflagem
“Stay in your Car”
O Rei da Estrada
Girafas Celestiais
Gnus & Rino
Um órix apressado
etosha-parque-nacional-namibia-zebras
Hora da Sede
Aurora Regada
Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.

Despertamos para uma inesperada aurora chuvosa.

Da beira de estrada em que a admiramos, o sol eleva-se atrás de uma árvore com ramagem ampla mas fina a que a luz faz destacar os mais ínfimos detalhes. Nasce em conflito com uma nuvem ampla e carregada.

Aos poucos, os seus tentáculos ondulantes de água capturam-no e escurecem o dourado. A chuva dança sobre a Terra. Abençoa a savana ressequida com mais vida do que a savana tem.

Se estivéssemos no Botswana, a chuva caía enquanto “pula”, a coisa mais valiosa desta nação do Kalahari.

De tal maneira preciosa que assim se denomina a moeda nacional e o fenómeno ilustra as suas notas.

O Botswana fica logo ao lado, a oriente. A fronteira sul de Angola, está bem mais próxima, antecedida por uma constelação de povoações que, por alguma razão terrena, têm nomes começados por Ó.

Ó de Oshivelo, de Omuthiya, de Ondangawa, de Oshakati, de Ongwediva, de Oshikango, de Okathima, de Oukahao e de Outapi, para mencionar uns poucos.

Para que não fiquem dúvidas da apetência da Namíbia para terras assim começadas, saiba ainda que as três províncias em redor da Kunene que desbravávamos eram Oshana, Oshikoto e Otjozondjupa.

Tínhamos subido ao cimo da Namíbia determinados a, entre outros, ficarmos a conhecer o seu “Grande Lugar Branco”. Assim que a chuva e o áureo da alta madrugada se desvanecem, o Parque Nacional Etosha recupera a sua alvura.

Parque Nacional Etosha: a Grande Namíbia Branca e Salgada

Damos entrada no reduto imenso do parque homónimo. Assim que perscrutamos a paisagem, avistamos um casal de avestruzes, de bicos a sondar o solo e, a espaços, em modo de periscópios de criaturas desconfiadas.

Nas imediações, um dos muitos chacais-de-dorso-negro que habitam as redondezas observa as aves, desmotivado por não figurarem no cardápio da sua espécie.

Na direcção oposta, as expectativas revelam-se ainda mais parcas. Duas girafas adultas destacam-se acima da forragem espinhosa.

De tal maneira altas e espadaúdas que, para se alimentarem, dobra o pescoço exagerado.

Adequada à época, a pluviosidade tinha feito germinar vegetação há meses rendida ao calor.

O verde do ervado selvagem e o amarelo do feno, disfarçavam a aridez e crueza do cenário. Os chifres aguçados e os corpos espartanos de alguns órix destacava-se desse pasto aveludado.

À medida que nos acercávamos do âmago do Parque Nacional Etosha, já nem a chuva fazia milagres.

Aos poucos, Etosha tornava-se a grande planície de sal que recorta o mapa da Namíbia.

Estradas de Sal Cruzadas pelos Animais

Continuamos pela estrada de solo compactado e níveo. A certo ponto, confrontamo-nos com um grupo de zebras que barram a passagem e que, não só não arredam pé, como parecem querer conviver com os passageiros dos carros.

Um desses visitantes ignora as regras. E um mínimo bom senso.

Abre a porta do condutor, acocora-se sobre a berma vegetada e fotografa as zebras. Em vários outros casos de semelhante incúria, em distintas paragens, leões, tigres e predadores afins não perdoaram. A sorte e a probabilidade estiveram do seu lado.

Chegamos a um ponto de observação numa ramificação sem saída, à sombra de uma grande acácia disputada por corvídeos.

Ali, em jeito de marco geodésico, um aviso escrito a vermelho sobre cimento branco relembrava os mais tentados a sair para uma contemplação arejada: “Stay in your car”.

Assim fazemos. Mesmo que, por diante, a visão do Etosha apenas salgado e sem fim, clamasse por inconsciência.

Etosha: um Salar gerado pela Dispersão do Rio Cunene

O salar principal de Etosha tem uns, nada módicos, 130km por 50km. Ocupa mais de 20% da área total do Parque Nacional Etosha e é distinguível do Espaço.

É, ainda, a secção mais profunda do parque, se bem que situada entre os 1071m e os 1086m acima do nível do mar.

O salar de Etosha formou-se durante o Plioceno.

Surgiu de um processo de dispersão do alto rio Cunene e, eventualmente, também do Cubango, para sul que geraram um lago interior e um pântano, semelhantes ao Delta do rio Okavango (Cubango).

Mais tarde, o fluxo do Cunene desviou-se de sul para oeste, na direcção do Atlântico. As altas temperaturas e a insuficiência de chuva fizeram o lago encolher. Até restar argila e o sal contido na água.

O visual aparentemente estéril do salar leva ao engano de se pensar que os animais da savana circundante o evitam. Na realidade, como temos a fortuna de constatar, a sua hipersalinidade é apreciada por várias espécies.

A Distinta Relação das Espécies com a Chuva e a Seca

Após a época das chuvas (Dezembro a Março), quando diversos canais fluem de Angola para sul, o salar fica por algum tempo coberto de água. Nesse período, habitam-no flamingos e pelicanos. Quando a água volta a drenar, deixa a descoberto secções de lama ou de blocos salgados.

O único animal que se embrenha no interior do Etosha é a avestruz que lá encontra lugares de nidificação por que nenhum predador dos seus ovos se aventura.

Nas orlas, com a vegetação à vista, constatamos manadas de zebras e de gnus. Outras espécies de grande porte habituaram-se a lamber a lama e os blocos salgados de maneira a se suplementarem de minerais.

Etosha poderá também significar “Lugar das Miragens”. A fauna que interage em redor do salar é tão real como deslumbrante.

Conta com uma das maiores concentrações de grandes animais à face da Terra.

São elefantes, rinocerontes, elandes, órix, zebras, gnus, leões, hienas e girafas de subespécie angolana, entre outros.

Tanto as espécies como o número de espécimes podiam ser mais.

Parque Nacional Etosha e a sua Vastidão nem sempre Protegida

No final do século XIX, os elefantes – à imagem dos rinocerontes, leões e outros animais de grande porte, estavam quase extintos. O governo colonial alemão da África do Sudoeste reagiu e criou uma reserva animal.

Daí em diante, quase todas as espécies recuperaram.

O território hoje namibiano pertencia já à África do Sul quando, em 1967, as autoridades decretaram Etosha parque nacional. Etosha parecia ter um futuro promissor.

Mas, tal como aconteceu (por exemplo) no PN Gorongosa, de Moçambique e em distintos parques de vida selvagem de Angola, durante as guerras civis de ambos os países, a Guerra de Independência da Namíbia (1966-88), levou a que, tanto a força de guerrilha SWAPO (Organização do Povo do Sudoeste Africano), como as tropas sul-africanas que a combatiam, tenham abatido boa parte dos animais de grande porte.

Daí para cá, algumas das espécies voltaram a recuperar. Outras nem por isso. Temos a sorte de avistar um dos animais emblemáticos e em maior perigo de extinção, o rinoceronte-negro.

O espécime que admiramos caminha solitário duas centenas de metros atrás de uma pequena manada de gnus, dourada pelo sol poente.

Por forma a não atrair caçadores furtivos, as autoridades optam por não revelar qual o total de rinocerontes-negros do parque.

Estima-se, todavia, que só em 2022, na ressaca da pandemia, tenham sido abatidos quarenta e seis dos rinocerontes de Etosha.

O motivo permanece o mesmo. A veneração de países do Oriente (a populosa China à cabeça) do corno do animal, pelas suas alegadas propriedades medicinais e do seu uso em peças de joalharia.

Os elefantes, ao invés, são comuns em Etosha e num número bem superior.

De tal maneira, que acontece, amiúde, e nos aconteceu a nós, as suas deambulações pelas estradas condicionarem o trânsito de visitantes do parque.

Porque lhes bloqueiam a passagem.

E porque estes seguem os paquidermes determinados a deles conseguirem boas imagens.

Alguns visitantes, menos cautos ou hábeis ao volante, chegam a ver-se em apuros.

As Lagoas e Charcos Cruciais que as Autoridades têm que Manter

Com a tarde a caminhar para o fim e a temperatura ainda elevada, os animais ressentem-se. Avançamos para próximo da entrada que tínhamos usado de manhã cedo.

Nas imediações, damos com um lago de acesso algo pedregoso. Ainda estamos a estacionar quando uma longa manada de zebras se aproxima.

Aos poucos, enfia-se na água livre de crocodilos e enche o lago de um listado quase hipnótico.

Esperamos, atentos, à aparição de predadores, de leões ou leopardos, já que as chitas são apenas umas poucas.

Não aparecem nem predadores, nem gnus, que têm o hábito de aderir às rotinas das zebras.

A água satisfaz-lhes a sede comunal. Em seguida, vemo-las debandarem rumo ao coração do parque.

Para mais perto do branco e do sal, o composto ora temido, ora ansiado que faz do Parque Nacional Etosha um habitat e ecossistema especial.

FICHA DE DESTINO

1 – Windhoek

2 – PN Etosha

COMO IR

TAAG – Linhas Aéreas de Angola:  Voo Lisboa – Luanda – Windhoek (Namíbia) em TAAG: www.taag.com por a partir de 750€.

Reserve o seu programa de viagem na Namíbia com a Lark Journeys: www.larkjourneys.com   Whats App: +264 81 209 47 83

FB e Instagram: Lark.Journeys

Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Palácio de Cnossos, Creta, Grécia
Cidades
Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Cultura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Fim do dia no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia
Em Viagem
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
MAL(E)divas
Étnico
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
História
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Ilhas
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Natureza
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Parques Naturais
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Músicos de etnia karanga jnunto às ruínas de Grande Zimbabwe, Zimbabwe
Património Mundial UNESCO
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Praias
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Sociedade
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Vida Selvagem
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.