Birgu, Malta

À Conquista da Cidade Vittoriosa


vittoriosa-birgu-malta-birgu-waterfront
Igreja de São Lourenço
Perdidos na História
Encontro sob o Partit Laburista
Viajem de Dghjasa
vittoriosa-birgu-malta-escadaria-vulto
vittoriosa-birgu-malta-estatua-sao-lourenco
Triunfo Bronze
Forte San Angelo
MDCCXXII
Vittoriosa, ex-Birgu
A Marina de Birgu II
A Marina de Birgu
Malta Vittoriosa
xilitla-huasteca-potosina-san-luis-potosi-moldura-gradeada
Vittoriosa é a mais antiga das Três Cidades de Malta, quartel-general dos Cavaleiros Hospitalários e, de 1530 a 1571, a sua capital. A resistência que ofereceu aos Otomanos no Grande Cerco de Malta manteve a ilha cristã. Mesmo se, mais tarde, Valletta lhe tomou o protagonismo administrativo e político, a velha Birgu resplandece de glória histórica.

Deambulávamos pelo passado amarelado de Malta. Uma inesperada incursão à praça Misrah ir Rbha, em Vittoriosa, revela-nos uma deliciosa fusão das dimensões temporais da ilha.

Três miúdos vestidos com equipamentos de clubes malteses de futebol aparecem de recantos distintos.

À hora que tinham combinada ou a que estavam habituados, cumprimentam-se, conversam um pouco.

Acabam por se sentar, aconchegados contra uma das portas cor-de-vinho de um dos edifícios seculares.

Acima deles, a imagem de uma jovem parece contemplar o porvir de Malta.

Surge destacada, num cartaz, sobre o letreiro da sede local do Partit Laburista e da tocha acesa que lhe serve de símbolo.

Mais para o meio da praça, uma estátua branca, diminuta, se comparada com o pedestal que a suporta, empunha uma cruz.

A figura homenageia São Lourenço, patrono de Birgu e também da ilha de Gozo.

Uma sequência de rampas e escadarias conduz-nos para mais perto da Birgu Waterfront, ainda antes, à igreja de São Lourenço, um dos principais templos católicos da península.

A par com a da Anunciação que se projecta do seu meio, sobranceira face ao todo do casario.

À medida que percorremos os becos e ruelas que as separam, testemunhamos a fusão do dia-a-dia da cidade com o intruso dos visitantes turistas.

Um casal de trajes claros e leves, ideais para o calor estival de Malta estuda, num qualquer livro ou guia, o contexto do cenário que os deslumbra.

Enquanto o fazem, um padre ainda enfiado na sua batina, passa de um recanto na penumbra para a via solarenga que leva à praça.

Pouco depois, um outro, de hábito escuro, surge do sol. Some-se na sombra crescente e nos meandros sinuosos da história, entre Birgu e Vittoriosa.

Os Cenários Amarelados e Sagrados dos Cavaleiros Hospitalários

Não fossem os turistas e a limpeza quase imaculada da cidade, este jogo de luz e de trevas quase se podia passar na Idade Medieval e nos séculos seguintes em que os Cavaleiros Hospitalários tomaram conta da ilha.

O Palácio do Inquisidor continua apenas duas ruas acima da igreja de São Lourenço, outras tanto abaixo da Armaria dos Cavaleiros de Malta. É um dos poucos palácios usados pela Inquisição ainda intactos tanto na Europa como na América do Sul.

Em Malta, foi habitado e usado durante cinco séculos. Desde que, em 1574, Monsignor Pietro Dusina, chegou de Itália, recém-nomeado o delegado apostólico e o primeiro inquisidor de Malta.

Até ao meio do século XVIII, os sucessivos moradores esforçaram-se por aprimorar e tornar o palácio, antes vago, numa residência digna e acolhedora.

Lá encontramos uma área de cozinha desafogada.

E, no primeiro andar, os aposentos e outras áreas privadas sofisticadas. Como era suposto, coexistiam com estes espaços pessoais e humanizados, o Santo Ofício, os calabouços e a sala de tortura.

Vasculhamo-los, curiosos como nunca quanto ao estranho conluio da vida e da morte ou, pelo menos, condenação à morte, bastante mais deslumbrados e entretidos que quando cirandamos pelo Museu Marítimo de Malta, também situado na Birgu Waterfront.

Ali, entusiasmam-nos, sobretudo, os modelos dos barcos de guerra usados pelos Cavaleiros de São João.

De Vittoriosa a Cospicua, e de Volta a Birgu

Se o museu exibe e explica o passado flutuante de Malta, desde as suas batalhas contra os piratas do norte de África, à 2ª Guerra Mundial, o sub-braço de mar em frente acolhe dezenas de vidas embarcadas dos nossos dias.

Malta conta com várias marinas, quatro delas em redor de Valeta e das suas cidades.

As maiores são a de Msida – a noroeste da península em que se desenvolveu a capital. E a de Birgu, situada entre Vittoriosa e a “irmã” Senglea, numa das várias reentrâncias perpendiculares ao Grand Harbour da ilha.

À medida que caminhamos pela marginal Xatt Il-Forn e Xatt ir-Rizq, passamos pelas embarcações ancoradas, desde enormes e multimilionários iates, a pequenas lanchas e veleiros, mais propícios a um Mediterrâneo tranquilo.

Quanto mais avançamos para o fundo do braço de mar secundário e da marina, mais diminui o calado dos barcos.

Por altura da Normal Bridge, o braço de mar volta a estreitar para o canal de Bormla.

Na sua extensão terrestre, uma estátua dourada da Madonna, (Nossa Senhora, não a Louise Ciccone de “Like a Virgin”), abençoa a outra das Três Cidades em que, sem sabermos como, tínhamos já entrado: Cospicua.

Invertemos o rumo, na direcção do extremo oposto da península e de Birgu, o encerrado pelo Forte de St. Angelo.

A Entrada em Malta da Ordem de São João dos Cavaleiros Hospitalários

A Ordem dos Cavaleiros do Hospital de São João de Jerusalém, como eram denominados na íntegra, instalou-se em Malta, em 1530, após o cada vez mais poderoso Império Otomano a ter expulso da ilha de Rodes.

Malta foi um dos territórios que o Imperador Espanhol Carlos V concedeu aos Hospitalários, a par da ilha de Gozo e da cidade, hoje Líbia, de Tripoli.

Ainda antes de assumirem o controle da ilha, em 1526, os Hospitalários enviaram uma delegação de oito cavaleiros representativos de cada uma das suas divisões administrativas, identificadas como Línguas.

Quando chegaram, apesar de a povoação local ser básica e difícil de defender, decidiram erguer, ali, a capital de Malta.

Mdina, a de então, tinha fortificações satisfatórias. No entanto, estava situada no interior da ilha, o que anulava o poderio naval que os Cavaleiros Hospitalários cada vez mais requeriam.

Por outro lado, os Hospitalários sabiam que os Otomanos não desistiriam de os aniquilar.

Fortificaram Birgu à altura dessa noção.

No lugar do antigo Castrum Maris, fizeram erguer o Castelo Saint Angelo. Separaram-no da povoação com um canal exíguo que só podia ser cruzado por uma ponte levadiça.

Uma vez terminado, deliberaram que o castelo seria o aposento fortificado do Grã-Mestre de Malta, o primeiro com domicílio na ilha, já na ordem do 40º, se contados desde a génese da Ordem.

O 49º Grã-Mestre a lá residir, Jean Parisot de Valette, teve pouco sossego. Obcecados por dominarem o Mediterrâneo, os Otomanos voltaram à carga. Em 1551, falharam a conquista de Malta.

O Grande Cerco de Malta e a Resistência de Birgu

Tomaram Tripoli.

Em 1565, numa segunda tentativa mais bem preparada, cercaram a ilha. O cerco durou quase quatro meses, de Maio a Setembro desse ano. A localização de Birgu no âmago do Grand Harbour fez com que os principais confrontos lá se tivessem dado.

A defesa de Birgu e de Malta estiveram periclitantes. Contudo, a destreza militar de Valette e reforços providenciais chegados da Sicília ditaram a retirada dos Otomanos.

Os Cavaleiros Hospitalários e os Malteses saíram triunfantes, mas por pouco.

Valette ansiava por uma inexpugnabilidade quase total para Malta. Fez aprovar que a capital fosse passada para o cimo do Monte Sceberras, sobre a península a norte de Birgu. Veio a chamar-se Valeta.

Hoje, assim se mantém.

Em 1571, os Cavaleiros Hospitalários transferiram-se em peso para Valeta. Até então, a igreja a que chamavam sua era a de São Lourenço. Quando, em 1577, a Co-Catedral de São João de Valeta ficou pronta, passaram a usá-la.

Devido ao papel determinante que desempenhou na resistência aos Otomanos, Birgu recebeu o título de Città Vittoriosa. Por outro lado, perdeu o protagonismo político que mantinha. Dedicou-se sobretudo ao comércio e a serviços náuticos.

A tranquilidade que viveu durante quase dois séculos foi quebrada, uma vez mais, pelas piores razões bélicas.

Da Expulsão de Napoleão à Reconstrução do Pós-Guerra

Chegamos a 1798. Napoleão colocou a invencibilidade de Valeta à prova. E ganhou. Só dois anos depois, com o auxílio precioso da Grã-Bretanha, de Nápoles e até de forças portuguesas, os franceses retiraram.

Malta tornou-se um protectorado Britânico. Birgu, acolheu a Frota Mediterrânica da Royal Navy, uma espécie de preâmbulo para a função de grande marina que continua a desempenhar, todos estes anos após os Britânicos terem deixado a ilha (1979).

Não seria o único preâmbulo ou prenúncio digno de registo. Em 1806, o grande paiol que lá era guardado explodiu e o acidente tirou a vida a mais duas centenas de pessoas.

Durante a 2ª Guerra Mundial, devido à proximidade face aos Estaleiros Navais, Vittoriosa foi bombardeada vezes sem conta. Vários dos seus edifícios históricos mais emblemáticos ficaram arrasados.

Foi o caso da Torre do Relógio, uma torre de vigia erguida ainda no período medieval, com vistas desobstruídas sobre o Grand Harbour em que se esperavam as embarcações e frotas inimigas.

Foi também arrasado o Albergue d’Allemagne, um dos edifícios em que os Cavaleiros Hospitalários se alojavam.

O Forte Saint Angelo recém-devolvido aos Hospitalários

Por fim, ficamos de frente para o Fort Saint Angelo. Tínhamos a intenção de o visitar. Mas vemo-nos barrados pelo destino que a história de Malta lhe reservou. Recentemente, o Governo de Malta chegou a um acordo com a Ordem dos Cavaleiros de São João, regressados à ilha.

Uma parte do forte foi cedida, por 99 anos, para uso exclusivo dos Hospitalários. Integra, assim, uma espécie de estado independente sobre o qual Malta não possui jurisdição.

Outras secções do forte pertencem à Heritage Malta, uma organização encarregada do património histórico da ilha. Estará prevista uma recuperação com fins turísticos.

Sem solução, nem vista, deixamos para uma próxima vez.

Acabamos por o admirar mais tarde, a partir do Miradouro dos Upper Barraka Gardens, de onde a sofrida mas triunfante Vittoriosa se volta a insinuar.

Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Mdina, Malta

A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
Rabat, Malta

Um ex-Subúrbio no Âmago de Malta

Se Mdina se fez a capital nobiliárquica da ilha, os Cavaleiros Hospitalários decidiram sacrificar a fortificação da actual Rabat. A cidade fora das muralhas expandiu-se. Subsiste como um contraponto popular e rural do agora museu-vivo de Mdina.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Massada, Israel

Massada: a Derradeira Fortaleza Judaica

Em 73 d.C, após meses de cerco, uma legião romana constatou que os resistentes no topo de Massada se tinham suicidado. De novo judaica, esta fortaleza é agora o símbolo supremo da determinação sionista
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portas da Cidade
Cidades
Ponta Delgada, São Miguel, Açores

A Cidade da Grande Ilha dos Açores

Durante os séculos XIX e XX, Ponta Delgada tornou-se a cidade mais populosa e a capital económico-administrativa dos Açores. Lá encontramos a história e o modernismo do arquipélago de mãos-dadas.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Cultura
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Em Viagem
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
Étnico
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
História
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde, casario equilibrista
Ilhas
Ponta do Sol a Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde

Uma Viagem Vertiginosa a Partir da Ponta do Sol

Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Natureza
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Parques Naturais
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Património Mundial UNESCO
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Praias
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Religião
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Bar de Rua, Fremont Street, Las Vegas, Estados Unidos
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.