PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka


Em 2ª Classe
Passageiros de 2ª Classe do comboio Ella - Kandy.
Frescura Tropical
Banhistas cingaleses refrescam-se nas quedas d'água de Ravona.
A Caminho do Campo
Camponesa conduz duas vacas pelo cimo ferroviário da Nine Arches Bridge.
Uma Ponte com 9 Arcos
Composição cruza a Nine Arches Bridge, a poucos km da estação de Ella.
O Chefe da estação
O chefe da estação ferroviária de Ella, no seu gabinete.
Modo de espera
Família cingalesa aguarda na estação ferroviária de Ella.
Comboios humanos
Passageiros saem da estação de Ella sobre os carris.
Plantacao cha-Sri Lanka
Um retalho das plantações de chá vastas de ambos os lados da linha na zona entre Ella e Kandy.
Uma Plateia a Bordo
Passageiros apreciam a vista das portas e janelas do comboio.
Em 2ª Classe
Passageiros de 2ª Classe do comboio Ella - Kandy.
Passageiros à janela-comboio Ella Kandy-Sri Lanka
Passageiros refrescam-se de janelas abertas e fora das janelas.
O caminho mais óbvio
Pedestre caminha pela linha à saída da estação de Nanu Oya.
Um arejar arriscado
Passageiros debruçam-se para o exterior da composição, à entrada de um túnel.
A Máquina Motriz
Locomotiva à saída da estação de Nanu Oya.
Passageiros dependurados-Comboio Ella Kandi-Sri Lanka
Passageiros dependurados da composição detida numa estação.
Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.

Passámos a madrugada e o início da manhã às voltas na floresta do PN Yala, à procura dos seus sempre elusivos leopardos.

Por volta do meio-dia, donos e senhores de fotografias mal-amanhadas de espécimes demasiado distantes ou demasiado escondidos, voltamos à companhia do motorista Ari e inauguramos o trajecto que nos levaria a Ella.

Passamos por Kataragama, por Sella e pelo templo hindu local em que os fiéis louvam Lord Ganesh. Cumpridos alguns quilómetros na mesma estrada, cruzamo-nos com elefantes de verdade, entretidos a devorar frutas de árvores à beira do asfalto.

Em Buttala, flectimos para oeste. Uns minutos depois, Ari anuncia-nos Wellawaya e, não tarda, a primeira paragem digna desse nome: “Pronto, já cá estamos em Buduruwagala.

Este é um dos santuários budistas mais antigos e importantes do Sri Lanka. Eles costumam fechar cedo, por isso viemos mais depressa e directos. Divirtam-se, vou estar por aqui.”

Monge Budista, esculturas de Buduruwagala, Sri Lanka

Monge budista de visita às esculturas milenares de Buduruwagala.

Escala em Buduruwagala, um Santuário Budista Milenar

Não que fosse necessário mas a sequência Sella-Kataragama – Buduruwagala voltava a evidenciar-nos a complexidade religiosa da nação singalesa.

À hora tardia em que damos entrada no espaço de Buduruwagala, o reduto natural envolvente parecia por nossa conta.

Milenar, o monumento consiste em sete imagens esculpidas lado a lado, na face de um grande rochedo enegrecido pelo tempo. Seis delas surgem alinhadas ao lado de um buda Avalokitesvara agora embranquecido, a maior escultura de Buda do Sri Lanka. Crê-se que uma delas represente Tara, a consorte de Buda.

Um passar de olhos mais atento pela superfície ampla do rochedo prova-nos que tínhamos afinal companhia. Num recanto, cada qual sentado sobre sua rocha arredondada, dois monges budistas admiravam as esculturas.

Por respeito à sua paz reverente, mantivemo-nos à distância mas quando um deles caminhou sobre a laje de pedra na base do monumento e se prostrou na base do grande Buda a rezar, aproveitamos para enriquecer as imagens que dali levávamos com uma preciosa escala e relação humana.

Os monges não tardaram a debandar. Pressionados pelo percurso que ainda tínhamos pela frente, seguimos-lhes o exemplo.

A Ascensão Lenta e Sinuosa para Ella

Aos poucos, deixamos as terras planas do sul e inauguramos uma ascensão sinuosa e vagarosa para os mil metros de altitude de Ella. Pelo caminho, a selva de montanha adensava-se a olhos vistos. Irrigavam-na incontáveis veios que conduziam de volta ao Índico a água despejada pelas persistentes chuvas.

Devagar devagarinho, retidos por sucessivos camiões Tata (mas não só), atingimos um meandro da estrada atravessado por um desses riachos, frequentado por dezenas de cingaleses saídos de autocarros de excursão com pinturas exuberantes.

Banhistas cingaleses, Ravona, Sri Lanka

Banhistas cingaleses refrescam-se nas quedas d’água de Ravona.

O Deleite Melodramático das Ravana Falls

Ari detém o carro. Aconselha-nos a redobrarmos cuidados ao caminharmos sobre as pedras polidas que ladeavam o curso íngreme das quedas d’ água acima, as Ravana Falls.

“Todos os anos aí escorrega alguém e já vários turistas, até estrangeiros, acabaram por morrer. Trinta e seis até agora, acreditem ou não. As autoridades já deviam ter feito alguma coisa a este lugar… “

Malgrado o dramatismo do alerta, dedicamo-nos a admirar e a registar mais que as quedas d’água em si, o frenesim balnear que os cingaleses de visita ali geravam, entregues a aturados banhos de sari ou de tanga (consoante o género) sob repuxos caídos de pequenos tanques, ou em convívios bem-dispostos nas lagoas então quase rasas abastecidas pelas cascatas.

Atentos como nós às tropelias e comoções dos banhistas, macacos sinicas felpudos endémicos do Sri Lanka espreitavam as melhores oportunidades para furtarem os petiscos e posses dos primos humanos desatentos.

Ella já só distava cinco quilómetros, vinte minutos de derradeiras curvas e contracurvas. Por essa altura, o despertar madrugador começava a cobrar-nos o seu preço. Como o reclamava também a Ari.

De acordo, regressámos ao carro e completámos o percurso até à guest house recôndita em que tínhamos reservado estada.

Instalamo-nos e damos ao motorista, a liberdade porque tanto ansiava, com o compromisso doloroso de nos voltar a apanhar às oito da manhã.

Camponesa e vacas, Nine Arches Bridge, Sri Lanka

Camponesa conduz duas vacas pelo cimo ferroviário da Nine Arches Bridge.

A Epopeia Ferroviária do Trecho Ferroviário Ella – Kandy

A essa mesma hora, metemos as malas na bagageira do carro, após o que Ari nos deixou à entrada de um desvio que conduzia a um vale cruzado pelos carris do trajecto ferroviária Ella-Kandy. Sabíamos que o comboio passava sobre uma ponte da era colonial, a Ponte dos Nove Arcos.

Após uma descida por caminho de cabras para o nível dos carris. Instalamo-nos num lugar privilegiado para o apreciarmos. No processo, atravessaram a também chamada Ponte no Céu sucessivos camponeses, alguns deles conduziam vacas.

Por fim, por volta das 9h20, o comboio apareceu da curva dissimulada que antecede a estrutura. Primeiro, uma locomotiva longa e poderosa.

Aos poucos, as onze carruagens puxadas pela máquina, o conjunto de um azul-claro que se destacava do panorama vegetal-tropical em redor.

Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka

Composição cruza a Nine Arches Bridge, a poucos km da estação de Ella.

Estávamos longe de ser os únicos dedicados àquele programa. Noutras ladeiras subsumidas na vegetação, sobre varandas e terraços feitos panorâmicos de restaurantes e pousadinhas em redor, vários outros estrangeiros admiravam o filme ferroviário.

Breve Convívio com a Autoridade Cingalesa

De um lado e do outro da ponte, dois polícias enfiados nas tradicionais fardas cingalesas cor-de-mostarda controlavam os movimentos dos forasteiros de maneira a evitar que as suas desventuras fotográficas terminassem em tragédia.

Após descermos do poiso instável que havíamos escolhido, sentamo-nos num bar improvisado na floresta, entre a ponte e o túnel que seguia. Lá bebemos duas lassis à conversa com J.M.W.S Karunarathne e A.W.M Nandasena, o duo da autoridade destacado para a ponte.

Revigorados pelo descanso e pelo iogurte-refresco, seguimos carris-a-fora até à estação de Ella, meros 2km dali, e onde subiríamos a bordo do comboio.

Como já esperávamos, os lugares em turística e em 2ª Classe com assento marcado estavam esgotados. Compramos bilhetes para 2ª Classe Normal e sujeitamo-nos ao imprevisto.

A Fascinante Estação de Ella

Durante a nova espera pelo comboio, fizemos da vida da estação de Ella, uma deliciosa viagem cultural.

Enfiamo-nos no gabinete pitoresco do chefe da estação e fotografamo-lo, orgulhoso do seu posto, sob fotos emolduradas do presidente do Sri Lanka, com uma bandeirinha cingalesa sobre a sua secretária de mogno.

Chefe de estação ferroviária Ella, Sri Lanka

O chefe da estação ferroviária de Ella, no seu gabinete.

Examinámos com inevitável curiosidade étnico-religiosa, a entrada na plataforma de uma família muçulmana, as suas três mulheres cobertas por chadares negros.

Entretanto, o surgimento súbito da composição interrompeu as brincadeiras de um grupo de amigos indianos sobre os carris e gerou uma disputa frenética pela beira da plataforma.

Por Fim, a Bordo e a Caminho

Mais confusão menos confusão, conseguimos instalar-nos à porta de uma das carruagens que o absoluto relaxamento da empresa ferroviária estatal do Sri Lanka nos permitiu – como a tantos outros jovens passageiros acrobatas – manter abertas, a servir de poleiros e de arejamento providencial aos vendedores de comida que caminhavam de uma ponta à outra da composição sem descanso.

Passageiros, Comboio Ella Kandy, Sri Lanka

Passageiros de 2ª Classe do comboio Ella – Kandy.

O comboio fluía com a suavidade comprometida pelos muitos meandros impostos pela serrania e pelos sucessivos túneis que a perfuram.

O trecho inicial do percurso fez-se por uma selva algo ressequida, antecedida por bananeiras e papaeiras da beira-linha.

A determinada altura, já numa altitude superior, passa a fluir entre plantações de chá vastas e ondulantes, as mesmas aperfeiçoadas pelos colonos britânicos e que continuam a produzir e a exportar o famoso chá do Ceilão, como é o caso da reputada e infindável Edinburgh State.

Badulla, Ohiya, Pattipola, Ambewela, as estações sucediam-se.

A cada paragem, a composição renovava as suas gentes, os saris, as camisas lustrosas dos homens, os sacos, trouxas e embrulhos atirados de ambos os lados das carruagens com a habitual emergência e audácia destas paragens sobrelotadas.

Dois miúdos pintarolas recém-subidos a bordo encantam-se com a nossa comoção fotográfica.

Sem pejo ou cerimónias reclamam-nos a atenção com poses e mais poses estilosas atrás de sorrisos juvenis e dos óculos baratuchos a fingir de aviador.

Nestes e noutros entreténs, não damos pela chegada à paragem em que Ari nos esperava. Só o aviso estridente comunicado, via altifalantes, pelo chefe de estação nos salva de prosseguirmos a em vão.

Desembarque Antecipado em Nanu Oya

Tínhamos já percorrido a secção realmente imperdível do trecho Ella-Kandy que o Lonely Planet classificou de forma sensacionalista como “A Viagem de Comboio Mais Bela do Mundo”. De acordo, em boa parte devido conselho de Ari, saímos em Nanu Oya.

Não encontramos o motorista nem à primeira nem à segunda. Desistimos de o procurar.

Vemos os moradores da povoação caminharem sobre os carris como se de um trilho se tratasse e emulamos-lhes os passos asulipados. Acabamos a fotografar a composição vermelha que tínhamos abandonado a atravessar uma outra ponte local.

Ari apareceu do nada. Ou melhor – assim calculávamos – de mais um dos seus frequentes masala chais. Voltámos ao carro híbrido em que nos conduzia e ao asfalto.

Eram duas da tarde. Kandy distava 85km, três horas no pior dos casos. Alertamos Ari de que íamos continuar sem pressas, com as paragens necessárias, nem que chegássemos de noite. Dito e feito.

Duas da Tarde: Hora da Descoberta do Chá Cingalês

Cruzamos Nuwara Eliya, outra hill station pós-colonial repleta de chá, no momento, coberta por um manto de névoa que irrigava as plantações verdejantes.

Uns quilómetros adicionais para norte, detemo-nos na fábrica de chá Glen Loch, também ela sintomática da predominância colonial escocesa destas paragens.

Ari estaciona e deixa-nos entregue à guia de serviço, Shiva Kala de seu nome, uma cingalesa senão deusa da destruição, do tempo e da morte (como os deuses que tinham inspirado o seu baptismo) pelo menos, divinal; a mulher mais bonita e encantadora que tínhamos encontrado no Sri Lanka, concordamos pouco depois, sem demasiados atritos.

Seguimo-la e às suas narrativas sorridentes. Cheiramos folhas de chá verde. Comparamos com outras tostadas, do negro. Provamos uma série de infusões aromáticas e espreitamos a loja bem abastecida de caixas e saquinhos com designs apelativos.

Éramos os últimos visitantes da fábrica, numa tarde que se tornara chuvosa.

Os Derradeiros Quilómetros para Kandy

Calculamos que, sorrisos à parte, Shiva Kala deveria estar desejosa de nos trocar pela família e fazemos-lhe a vontade.

Chegamos a Kandy às oito e um quarto da noite, hora tardia que deixou Ari apreensivo quanto às jornadas que estavam por vir. Para compensar, deixámo-lo levar-nos a um hotel em que se poderia hospedar de graça. Arrependemo-nos em três tempos.

Fosse como fosse, estávamos em Kandy, coração do Ceilão, na Cidade-Reino histórica que Portugal nunca conseguiu subjugar e que, a partir do século XVII e da conquista holandesa do forte de Galle, precipitou o colapso do Ceilão Português,

Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Rio e Lagoa Madu, Sri Lanka

No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Cidades
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Cultura
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Em Viagem
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Étnico
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
História
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Camponesa, Majuli, Assam, India
Ilhas
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
Natureza
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Parques Naturais
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Missoes, San Ignacio Mini, argentina
Património Mundial UNESCO
San Ignácio Mini, Argentina

As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini

No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Insólito Balnear
Praias

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Religião
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Walter Peak, Queenstown, Nova Zelandia
Sociedade
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Parque Nacional Everglades, Florida, Estados Unidos, voo sobre os canais dos Everglades
Vida Selvagem
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.