Levada do Caldeirão Verde, Madeira, Portugal

Água Cima, Água Abaixo


Lago dos Patos
Casa das Queimadas
Árvore Candelabro
Bis Bis
Casa das Queimadas II
Reino dos Líquenes
Cascata Efémera
Passagem Escavada
Fetos Ensopados
Pela Levada Fora
O Desfiladeiro
Túnel Duplo
Entrada para o Caldeirão
O Cimo da Neblina
Reino do Musgo
Outro túnel
Vale para o Norte
Desfiladeiro II
É apenas um dos mais de cem sistemas de canais prodigiosos que os madeirenses construíram para irrigarem os cultivos. Os seus cenários verdejantes, escarpados e dramáticos fazem os visitantes da ilha fluírem em contínuo ao longo da levada do Caldeirão Verde.

Surge como um conto de fadas madeirense, o ponto de partida da caminhada.

Desvela-o o resplendor do grande astro, à medida que se embrenha no manto de nuvens que aconchega o norte e o ocidente da ilha.

Névoa vem, névoa vai, define-se o lago longilíneo no âmago do Parque Florestal das Queimadas.

Os patos que nele chapinham sulcam a água escura, cercados por um contorcido de vedações feitas de velhos ramos.

Entrada para o Parque Florestal das Queimadas

O parque é florestal. Tudo nele se desvela orgânico, verdejante, natural. E, como a maior parte da Madeira, quase tropical. Reluzem fetos hipérboles e viçosos.

Pouco acima, em volta, disputam a luz as árvores e arbustos que adensam a vegetação endémica da Laurissilva, as urzes, folhados e perados, cedros-da-madeira, os tis, exemplares vetustos de pau-branco e de uveira-da-serra, piornos, sanguinhos e leitugas.

Forram-nos musgos e líquenes que a humidade constante mantem encharcados e a pingar.

A destoar desta quase-selva atlântica, duas ou três edificações, uma delas sobranceira, de um visual que roça o surreal.

É sabido que, mais cedo ou mais tarde, quem aterra à descoberta da Madeira, se encanta com as casas típicas de telhado de colmo, preservadas e aprimoradas, em Santana.

E a Casa de Encantar das Queimadas

Pois, nas Queimadas, meritória de tantos ou mais postais, aponta aos céus uma versão improvisada, se vítima de uma comparação insensível, exagerada.

O telhado em A e o frontal listado, parecem emular a arquitectura alpina do Tirol.

Só que os nevões são raros, na Madeira.

Quando se dão, cobrem de branco as alturas supremas dos Picos das Torres (1853m), Ruivo (1861m), do Arieiro (1818m) e altitudes afins.

Na sua precoce excentricidade, a casa das Queimadas surgiu para abrigar os caminhantes que, corria ainda o primeiro quarto do século XX, a notoriedade internacional da Ilha Jardim do Atlântico, atraía à floresta, ao trilho e à levada seculares (obra de 1877-1904) que lhes revelavam o misterioso Caldeirão Verde.

Não só.

Pelas Queimadas, passavam duas outras caminhadas eleitas, a do Caldeirão do Inferno e a do Pico das Pedras.

A casa integrou uma rede de edifícios de albergue, planeados a partir de 1877 e, pelo menos até 1904, distribuídos pelos lugares que os visitantes preferiam explorar.

Ajustada a realidade, aos 990 metros de altitude, chuva em vez de neve, foi o estilo peculiar das casas de Santana que deu azo à das Queimadas.

Mais desafogada e aconchegante, tendo em conta o cuidado necessário com as gentes que lá se hospedavam ansiosas e a ela regressavam fatigadas.

Como a execução dessa tal rede, a conclusão do quartel-general das Queimadas, tardou.

Durante mais de três décadas, as autoridades mantiveram uma versão elementar do abrigo.

Do Simples Abrigo à Mansão Madeirense que Deslumbra

Finda a 2ª Guerra Mundial – Portugal e Madeira à margem da tragédia – as autoridades confirmaram o ensejo dos europeus voltarem a viajar em modo de evasão.

A Madeira recuperou o seu estatuto de éden Atlântico idolatrado. A partir do meio do século XX, a casa das Queimadas foi equipada a condizer.

Numa altura em que a protecção das árvores da Laurissilva estava por vigorar, os dois pisos da casa receberam, soalhos e mobiliário talhados em madeiras da Madeira, em til e em vinhático. As árvores que nos viriam a oxigenar.

O que hoje lá se encontra, respeita a decoração inicial. Uma mesa sólida coberta por um delicado linho da Madeira.

De acordo com a relação íntima da ilha com investidores da terra de Sua Majestade, as loiças e outros utensílios eram relíquias inglesas, importadas para ingleses – entre outros – verem.

Visitantes e caminhantes terão partilhado essa mesa vezes sem conta. Nas noites mais invernais e húmidas, amornavam ainda o ambiente as incontornáveis ponchas, em torno do calor da grande lareira.

Num dia de estio, com o sol a subir no horizonte e a perder a timidez, estimávamos regressar ainda quentes da caminhada. Inauguramo-la assim que o deambular em redor da casa de colmo deixou de nos prendar novidades.

Levada do Caldeirão Verde Fora

Séculos depois da sua construção, aprontamo-nos a seguir os passos dos forasteiros.

Deixamos o vislumbre da casa para um túnel arbóreo composto pelas copas, ramagem e troncos sortidos, que culminam na solidez áspera de alguns cedros-da-madeira, um deles, com a forma inusitada de uma meia menorá.

A mesma névoa que nos prendara à chegada ascende as encostas viradas ao norte, afaga e irriga a vegetação.

Sobretudo os líquenes e barbas-de-espanhol ensopadas que dela pendem e pingam sobre um húmus ora saturado, ora erodido pelas bátegas e sulcado por entrelaçados de raízes.

Contra o sentido da levada, da água fria e assumimos que o percorrido por umas poucas trutas, depressa nos vemos na base de penhascos de tal maneira cobertos de fetos e musgos que não exibem sinal de rocha.

A água desce, veloz, na direcção do Faial. Nós, subimos, mas pouco, na do ainda distante Caldeirão.

O ziguezaguear dissimulado da levada interna-nos nos recortes abruptos da montanha.

Expõe cristas e vales do Norte e as raras povoações que neles se aventuraram, encurraladas entre as vertentes e o oceano.

A espaços, a encosta estreita de tal maneira que o trilho perde o lugar.

Avançamos pelo próprio rebordo que sustem o caudal, sob ramos que o vento e a gravidade fizeram inclinar ou quase tombar sobre o caminho.

Uma cascata preliminar eterniza uma verdadeira queda, dividida entre dois deslizes suaves sobre o veio polido do talude.

Abre-se vista para novo vale florestado, massajado pela neblina matinal. Logo, retomamos o aperto, contra muros naturais, agasalhados de mais musgo.

A levada serpenteia na base de grandes rochedos talhados.

Passado um enorme fetal vertical, arredonda-se e ajusta-se à ferradura da Caldeirinha.

Os Túneis Escavados na Encosta de que a Floresta se Apodera

Pouco depois, deparamo-nos com outro dos quatro túneis que viabilizam a levada e o trilho, todos, escavados à lei da picareta e auxiliares.

Uma vez mais, a matéria-prima é a rocha, vulcânica e escura. O visual da entrada para o novo trecho subterrâneo pouco ou nada destoa da floresta.

Uma pintura integral de musgo e de líquenes torna o paredão perfurado vegetal.

Como esperado, o interior permanece nas trevas.

A altura do tecto é irregular. Mesmo munidos de frontais, em boa parte da travessia, vemo-nos obrigados a baixar as cabeças.

Assim nos mantemos, quando um laivo de luz se intensifica e quebra a penumbra.

Do nada, o túnel surpreende-nos com uma dupla abertura para a falésia florestada.

De volta ao exterior, recuperamos a vista das escarpas mais altas da ilha.

Distinguimos o sulco na vertente de uma levada oposta. Seria um trecho distante da do Caldeirão Verde?

Seria outra?

Com tanto meandro, por essa altura, estávamos baralhados.

Progredimos para uma passagem à sombra, conquistada a uma secção côncava do barranco mais profundo e dramático do percurso.

A mesma vedação, simples, de cabo de aço que há muito delimita o trilho e apoia os caminhantes, atenua a vertigem do precipício à direita.

Quando a deixamos para trás, temos como recompensa vistas abertas e longínquas do vale de São Jorge.

Escutamos o murmurar de água e os sons comunicativos das aves que têm habitat neste interior abrupto da Madeira.

O arrulhar de pombos-torcazes distantes.

O chilrear dos tentilhões e dos amigáveis bísbis, estes, endémicos da ilha da Madeira, habituados a aproximarem-se dos caminhantes, a esperarem pelas suas doces oferendas.

Chegada a um Caldeirão Verde demasiado Instável

Seis quilómetros de exercício, conversa e deslumbre depois, estamos na iminência da falésia arredondada de que se precipita, de quase cem metros de altura, a queda d’água do Caldeirão Verde que empresta o nome à levada.

Escondida no cimo do talude profundo, municia-a uma ribeira também ela homónima, uma das inúmeras que a névoa quase residente e as chuvas setentrionais fazem correr ilha abaixo, e contra as vagas do Atlântico.

Com frequência, a chuva castiga a Madeira com intensidade danosa. Provoca enxurradas e derrocadas que geram instabilidades duradouras.

O Caldeirão Verde e a sua queda d’água passavam por um desses períodos. Nos últimos tempos, a ribeira arrastava rochas que se estatelavam na lagoa abaixo.

A probabilidade de tragédia tinha feito as autoridades proibirem o acesso às suas imediações. Sem vontade de desafiarmos as normas e o destino, conformamo-nos. Como o fazem outros caminhantes.

Sentamo-nos sobre um dos grandes calhaus arredondados e polidos pelo curso erosivo do riacho.

Tiramos sandes das mochilas que devoramos em três tempos.

O suficiente para os bisbis detectarem o petisco e se instalarem em redor.

Tínhamos cumprido os 6.5 km da levada. Faltavam os do regresso.

No sentido da água corrente.

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